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Lição 11 – EBD Geisel

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As cidades refúgio

Texto base: Josué 20:1-6

Verdade espiritual da lição: Assim como as cidades refúgio de Israel, Jesus é a nossa segurança, abrigo e socorro em todas as circunstancias da vida.

1.  INTRODUÇÃO

As “cidades de refúgio” foram estabelecidas por Deus para abrigar as pessoas que cometessem homicídio involuntário (Nm 35.1 1). Às portas delas, o acusado apresentava-se perante uma corte de anciãos a fim de justificar-se, e provar que não teve a intenção de matar seu semelhante.
Essas cidades, como providência divina, ilustram perfeitamente a verdadeira segurança que só encontramos na pessoa bendita de nosso Senhor Jesus Cristo (Hb 6.18-20).
Desta lição, extrairemos preciosos ensinos concernentes à justiça e à misericórdia divinas.

2.  AS CIDADES DE REFÚGIO E SEUS PROPÓSITOS (JS 20.2 6)

2.1   As cidades dos levitas (Nm 35.1-5).

De acordo com Números 18.20-24 os levitas não herdariam qualquer parte da Terra Prometida, pois, Deus mesmo era a sua herança (v.20). Até o sustento dos filhos de Levi provinha dos dízimos de todo o Israel (v.21), uma vez que se ocupavam apenas do sacerdócio (vv.22-24).
Os levitas receberam, por ordem divina, apenas 48 cidades dentre as tribos dos filhos de Israel (Nm 35.2-5,7). Dentre elas, seis foram separadas como “cidades de refúgio” para abrigar o homicida involuntário (Nm 35.6,14; Dt 4.41-43). Três ficavam ao leste do Jordão (Bezer, Ramote, Golã), e três ao oeste (Hebrom, Siquém, Quedes). Esses locais eram considerados sagrados, e administrados pelos sacerdotes. Qualquer israelita ou estrangeiro que cometesse um assassinato não proposital poderia abrigar-se ali até o seu julgamento (Nm 34.1 5, 22-25). Todavia, se o refugiado saísse dos “termos da cidade” poderia ser morto pelo “vingador do sangue” (vv.26,27). O acusado deveria, obrigatoriamente, permanecer na cidade até a morte do sumo sacerdote (v.28).
Aqui temos uma lição espiritual muito preciosa. Deus elegeu a Jesus Cristo como o sumo sacerdote que remove a culpa e livra o pecador de seus pecados (Hb 7.20-27).

2.2   O sistema judiciário da Lei (Js 20.2-6; Nm 35.6-34).

As passagens de Êxodo 21.24, Levítico 24.20 e Deuteronômio 19.21 mostram-nos claramente como funcionava o sistema judicial daqueles tempos, isto é: “olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé”. Havia leis para diversos tipos de crimes: os de natureza religiosa (Êx 20.3-5), material (Êx 22.1-15), moral (Êx 22.16-31; Lv 18.1-29) e pessoal (Êx 2 I. I 2-36). As cidades de refúgio foram criadas com o intuito de impedir a vingança contra alguém que praticasse um homicídio culposo. Pois, o desejo de vingança da família da vítima nem sempre era justo, razão pela qual a lei concedia ao homicida a oportunidade de se refugiar e obter um justo  julgamento (Nm 35.12,24).

2.3   A profanação da Terra Prometida (Nm 35.33,34). “Não profaneis a terra em que estais…” (v.33).

A terra Prometida era santa, e jamais poderia ser profanada visto que o próprio Deus habitava no meio dos filhos de Israel (v.34). Permitir que o assassino de uma vida inocente não pagasse por seu crime era o mesmo que corromper ou profanar a terra. Segundo Gênesis 4.10,11 o sangue absorvido pela terra clamava contra a vida daquele que o derramou. Esse princípio baseia-se no fato de que o sangue é vida, e, sendo vida, a terra contaminada exigia a morte do assassino: vida por vida, sangue por sangue (v.34; Lv 1 7.1 1).
Isto ilustra o sacrifício cruento de nosso Senhor Jesus Cristo. Somente a morte expiatória de Jesus é capaz de eliminar a culpa do pecado e libertar o pecador da maldição e condenação da lei (Hb 9.1 1-14; Ef 2.13).
SINOPSE DO TÓPICO
Quarenta e oito cidades pertenciam aos levitas e seis delas eram cidades de refúgio. Foram criadas para impedir a vingança contra o homicida culposo.

3.  O sentido figurado das cidades refúgio (js 20.7,8),

Deus muito se utilizou de linguagem figurada para ensinar ao seu povo. Nas cidades de refúgio encontramos diversas figuras que são aplicadas a Cristo e à vida cristã.
1. Quedes: santificação para o impuro (Js 20.7). No original, o termo “Quedes” significa “santo” ou “santuário”. O nome desta cidade ilustra perfeitamente o que Cristo é para nós: nosso santo refúgio. Jesus é santo e santificador dos que dEle se achegam (At 3.14; 4.27; 1 Co 1.30; Hb 13.12). Ele é o “cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (jo 1.29; Hb 1.3). É a sua santidade que nos assegura a salvação eterna (Hb 2.17,18; 4.14-16).
2. Siquém: lugar para o cansado (Js 20.7). Siquém no original significa “ombro” ou “costas”. O ombro é a parte superior do braço (Jó 31.22) que tem força para suportar peso (Js 4.5; Is 10.27). Assim como Siquém, Jesus é o refúgio para o cansado e oprimido (Mt 11.28). Ele é o bom pastor que carrega a ovelha ferida sobre os seus ombros (Lc 1 5.5).
3. Hebrom: lugar de comunhão (Js 20.7). O termo Hebrom significa “comunhão” ou “associação”. Esta cidade foi designada para ser um refúgio para o desamparado e solitário. Jesus é o refúgio seguro para o desamparado. Seu sangue nos aproximou de Deus, garantindo-nos todas as beatitudes salvíficas (Ef 2.11-19; Cl 1.21-23; 1 Jo 1.3). Ele nos reconciliou com Deus (2 Co 5.18), com o Espírito Santo (2 Co 13.13), e uns com os outros (1 Jo 1.7). Já não somos mais solitários, desamparados, pois habitamos em família (Ef 2.19). Glória a Deus!
4. Bezer: lugar de refúgio para o fraco (Js 20.8), De acordo com o original, Bezer significa “fortaleza”. Essa cidade era uma fortaleza para o homicida involuntário. Semelhantemente, Cristo é o nosso abrigo (SI 91.9), fortaleza (SI 91.2) e proteção (SI 119.14). Nele temos segurança e força para enfrentar todas as adversidades da vida (SI 9.9; Ef 6.13).
5. Ramote: lugar de refúgio para os humilhados (Js 20.8). Ramote no original quer dizer “exaltação”, “elevação”. Assim como Ramote, Jesus é o nosso lugar de elevação. Ele foi humilhado até a morte (Fp 2.7,8; Hb 2.7), mas, Deus o exaltou soberanamente (Fp 2.9-11; Hb 2.8,9). A Bíblia afirma que, excetuando o pecado, em tudo o Mestre amado foi semelhante aos “irmãos”, por isso “pode socorrer aos que são tentados”, e exaltá-los. Ele é o nosso sumo sacerdote fiel e misericordioso (Hb 2.17,18). Nele encontramos paz, esperança e segurança. Portanto, não temas! O Senhor exalta os abatidos (Is 57.1 5; 66.2; Mt 23.1 2; Lc 14.11; 18.14).
6. Golã: lugar de refúgio para os tristes (Js 20.8). A pessoa que fugia para uma cidade c de refúgio estava aflita e triste. O  termo “tristeza” tanto no Antigo quanto em o Novo Testamento tem o sentido de “labor”, “dor”, ou “lamento por algo negativo” (Gn 3.16; SI 127.2; Mt 14.9). Cristo é o nosso refúgio contra a tristeza (Rm 14.17; Gl 5.22).
Sinopse do tópico: Três cidades de refúgio ficavam no lado leste do Jordão: Bezer, Ramote e Golã, e três no lado oeste: Quedes, Siquém e Hebrom.

4.  conclusão

A principal lição que aprendemos neste estudo é que o Senhor Jesus Cristo é o perfeito refúgio para o necessitado, oprimido e triste. Jesus “foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção” (1 Co 1.30). Ele é o nosso escudo. Nele temos paz, descanso, segurança, alegria e vitória nas lutas de cada dia.


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“Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos dará; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também.” Lucas 6:38

SOBRE O AUTOR:
Josias Moura de Menezes

Possui formação em Teologia,  Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Licenciatura em Matemática. É especialista em Marketing Digital, Produção de Conteúdo Digital para Internet, Tecnologias de Aprendizagem a Distância, Inteligência Artificial e Jornalismo Digital, além de ser Mestre em Teologia. Dedica-se à ministração de cursos de capacitação profissional e treinamentos online em diversas áreas. Para mais informações sobre o autor veja: 🔗Currículo – Professor Josias Moura

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