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Curso de Apocalipse – Aula 02 – Os fatos e visões que antecedem a visão do arrebatamento da Igreja no Livro de Apocalipse e em outras passagens da Bíblia

Aula 02 -Os fatos e visões que antecedem a visão do arrebatamento da Igreja no Livro de Apocalipse e em outras passagens da Bíblia

Fatos antecedentes ao arrebatamento no livro de Apocalipse

É interessante notar que João recebe uma visão de Cristo, onde Ele é descrito de uma forma muito específica, vestido com uma túnica manchada de sangue. Depois disso, João envia cartas às sete igrejas, onde elogia algumas e corrige outras.

É importante entender o contexto histórico das igrejas para entender o que as cartas significam. E finalmente, vamos explorar a cena do arrebatamento, onde João é levado ao céu e vê Deus sentado no trono, cercado por anciãos e seres viventes que louvam a Deus continuamente. Essa é uma aula emocionante e cheia de simbolismos, e vamos nos aprofundar nesses detalhes para entender melhor a mensagem do livro de Apocalipse.

Portanto, o livro de Apocalipse, começa com uma saudação a sete igrejas na Ásia Menor. Em seguida, ele ouve uma voz que o convida a escrever tudo o que vê e enviar as cartas para as sete igrejas

O livro de Apocalipse, começa com uma saudação a sete igrejas na Ásia Menor. Em seguida, ele ouve uma voz que o convida a escrever tudo o que vê e enviar as cartas para as sete igrejas.

No capítulo 1, João descreve uma visão de Cristo, vestido com uma túnica manchada de sangue e cercado por sete estrelas e sete candelabros de ouro. No capítulo 2 e 3, João envia cartas às sete igrejas, elogiando algumas e corrigindo outras. No capítulo 4, ocorre a cena do arrebatamento, onde João é levado ao céu, onde vê Deus sentado no trono, rodeado por vinte e quatro anciãos e quatro seres viventes que louvam a Deus continuamente.

Deus Pai deu a Cristo o conteúdo do relato, que, por sua vez, o deu ao apóstolo João por intermédio de seu anjo. Talvez a expressão “seu anjo” possa ser traduzida por “seu mensageiro”, uma vez que a palavra grega angelos (anjo) significa “mensageiro” (22:16). O verbo “notificar” indica que o relato usa sinais e sím­bolos para transmitir verdades espi­rituais. Na verdade, o conteúdo do relato estendeu-se diante dos olhos de João. Fisicamente, ele estava na ilha de Patmos (1:9), contudo Deus transportou-o ao céu (4:1), ao deser­to (1 7:3) e a uma montanha (21:10) a fim de que testemunhasse esses eventos e os registrasse para nós.

Há uma bênção para quem lê o relato em voz alta e para os que o escutam com coração atento. Contudo, o versículo 3 indica que não devemos ler Apocalipse com curiosidade e desejo de aprender o livro; devemos “guardar” suas palavras, ou seja, obede­cer a elas e praticá-las. Às expressões “próximo” (v. 3) e “em breve devem acontecer” (v. 1) não significam que essas profecias seriam cumpridas na época de João.

Antes, indicam que o tempo passará rápido quando elas forem cumpri­ das. Hoje, nosso longânimo Deus espera a fim de dar uma chance para que os pecadores se arrependam. Todavia, não haverá retarda­ mento quando chegar o momento de aplicar esses julgamentos.

­ I. O Cristo que João conhecia (1:4-8)

João saúda as igrejas da Ásia Menor quando ordena o que deve ser feito (v. 11). Ele revê o milagre da Trindade citando cada divindade que faz parte dela:

A. O Pai “Aquele que é, que era e que há de vir” (v. 4), isto é, o Deus eterno. Veja 1:8 e 4:8. O Senhor está além da história, não é limitado pelo tempo.

B. O Espírito O algarismo “sete” é o número de complementação e de padrão para o cumprimento do Espírito. Em 4:5, as “tochas de fogo” representam os sete Espíritos; e, em 5:6, sete olhos os simbolizam. Cristo tem Espírito sétuplo (3:1), e o Espírito aponta para Cristo.

C. O Filho Apresenta-se Cristo, em sua pessoa trina, como Profeta (Fiel Testemunha), Sacerdote (o Primogênito dos mortos que é superior aos ressuscitados) e Rei (Soberano dos reis da terra). A seguir, João louva a Deus pela obra tripla que Cristo realizou na cruz: ele amou-nos, libertou-nos de nossos pecados e constituiu-nos um reino de sacerdotes. Reconquistamos em Cristo o domínio que per­ demos em Adão.

No versículo 7, Apocalipse faz a primeira de sete referências ao retorno de Cristo (2:25; 3:3,11; 22:7,12,29). Esse retorno dele é público (Dn 7:13; At 1:8ss), e não devemos confundi-lo com o do ar­ rebatamento da igreja, que é secreto (1 Ts 4:13ss). Os gentios prantearão Cristo, e os judeus verão aquele a quem traspassaram (Zc 12:10-12; veja Mt 24:27-30).

II. O Cristo que João ouviu (1:9-11)

João estava exilado em ilha localizada a cerca de 112 quilômetros de Éfeso, de onde pastoreava as igrejas asiáticas. Em Marcos 10:35-45, Tiago e João pediram tronos, mas, anos mais tarde, receberam tribulação. Tiago foi morto (At 12), e João, exilado. Ele foi exilado por causa da Palavra de Deus que pregou. É interessante o fato de João mencionar 23 vezes o mar nesse relato. “Na ilha […] no Espírito” (vv. 9-10, NVI), que situação maravilhosa! Nunca devemos perder nossas bênçãos espirituais por causa de nossa locali­zação geográfica.

A voz de Cristo pareceu uma trombeta para João. Em Apocalipse, as trombetas são importantes; em 4:1, a trombeta chama João para o céu, um retrato do arrebatamento da igreja; e em 8:2ss, as trombetas sinalizam que Deus derramará sua ira sobre o mundo. No Antigo Testamento, os judeus usavam trombetas para reunir a assembleia, para anun­ciar as guerras ou para proclamar dias especiais (Nm 10). A trombeta de Deus chamará a igreja para casa (1 Ts 4:1 6), reunirá Israel (Mt 24:31) e anunciará a guerra sobre o mundo (Ap 8:2ss). A voz disse a João que escrevesse esse relato e o enviasse às igrejas das quais estava separado.

Havia mais que sete igrejas na re­gião, mas Cristo escolheu essas para representar as necessidades espirituais de seu povo.

III. O Cristo que João viu (1:12-20)

João não podia mais “conhecer Cristo segundo a carne” (2 Co 5:1 6).

Agora, ele é o Rei-Sacerdote ressus­citado e exaltado. João viu o Cristo glorificado em meio a sete candeeiros, que simbolizavam as sete igre­jas (1:20). O povo de Deus é a luz do mundo; a igreja não criou a luz. Apenas a mantém e a deixa-a brilhar. Não vemos um candeeiro enorme, mas sete candeeiros separados.

Use um guia de referências bíblicas cruzadas (como da Bíblia Thompson) para estudar os símbolos que essa passagem apresenta para o Cristo glorificado. Suas vestes são de um Rei-Sacerdote. Os cabelos brancos falam de eternidade (Dn 7:9). Seus olhos veem tudo e julgam o que vêem (Dn 10:6; Hb 4:12; Ap 19:12). Cristo vê o que acontece nas igrejas e julga. Os pés de bronze dizem respeito ao julga­ mento, o altar de bronze era o local em que se julgava o pecado. A voz dele — “como voz de muitas águas” — sugere duas coisas: (1) a Palavra dele, como o mar, tem poder; e (2) todas as “correntes” da revelação divina convergem para Cristo. Veja Salmos 29 e Ezequiel 43:2.

Ele tinha sete estrelas na mão, e estas são os mensageiros (ou pastores) das sete igrejas. É possível que tenham vindo mensageiros dessas igrejas e recebido o relato de Apocalipse diretamente de João. As estrelas são os mensageiros (1:20); Cristo se­ gura seus servos nas mãos. Veja Da­ niel 12:3. Sua Palavra que julga é a espada que sai de sua boca; veja Isaías 11:4, 49:2 e também Apocalipse 2:12,16 e 19:19-21. O rosto que brilha como o sol fala da glória dele; leia Malaquias 4:2. Em 22:16, ele é a brilhante Estrela da manhã, pois aparecerá para sua igreja no momento de maior escuridão, pouco antes da ira de Deus surgir no horizonte.

João aconchegou-se ao peito do Cristo quando ele estava na terra (Jo 13:23); dessa vez, ele cai aos pés dele (Dn 8:1 7; e veja Ap 22:8). Hoje, os santos precisam ter cuidado para não se tornar “familiares” demais com Cristo em sua fala e em sua atitude, pois ele merece toda a honra e todo o louvor. Ele afirma João e acalma seus temores. Ele é “o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim” (22:1 3; 1:8), por isso não precisamos ter medo. Ele tem as chaves do Hades, o reino da morte. Um dia, o Hades entregará a alma dos perdidos (20:13-14).

Em 1:19, Cristo resume o relato de Apocalipse (veja o esboço). Seguir qualquer outra abordagem em relação a Apocalipse, seria presumir que sabemos mais sobre esse relato que Cristo.

Nos capítulos 2-3, Cristo   se dirige às sete igrejas.

As cartas para as sete igrejas da Ásia, encontradas no livro de Apocalipse, seguem uma estrutura semelhante em sua composição. Cada carta começa com uma saudação dirigida à igreja específica, seguida de uma descrição de Cristo que geralmente se relaciona com a necessidade ou problema daquela igreja em particular. Em seguida, é feita uma avaliação da igreja, destacando tanto os seus pontos positivos quanto os seus pontos negativos.

Em geral, as cartas seguem uma estrutura que inclui os seguintes elementos: saudação, descrição de Cristo, avaliação da igreja, exortação à igreja, promessa aos vencedores e uma mensagem final para todas as igrejas. As exortações e promessas feitas em cada carta são baseadas nas características específicas da igreja em questão e, portanto, variam de carta para carta.

Essa estrutura é uma indicação clara de que as mensagens não se destinavam apenas às igrejas específicas na Ásia Menor do primeiro século, mas também a todas as igrejas ao longo da história que enfrentariam situações semelhantes.

Cada carta contém lições atemporais que podem ser aplicadas a todas as igrejas em todas as épocas, e é por isso que essas cartas são tão relevantes para os cristãos até hoje.

Cristo examina a condição espiritual delas com seus olhos de fogo ao ficar no meio delas. Ele faz isso hoje. O importante é o que Cristo pensa a respeito da igreja, não o que os homens e as de­ nominações acham. Observe que as cartas para as sete igrejas repetem os diferentes elementos usados na descrição de Cristo apresentada nos versículos 13-16. A mensagem das cartas enfatiza os atributos de Cristo que se aplicam à necessidade específica da igreja. O perigo para as igrejas é Cristo remover o testemunho delas (2:5). Antes, ele teria uma cidade nas trevas que um candeeiro fora da sua vontade divina.

Veja no quadro abaixo, um resumo das cartas:

Textos  bíblicos do NT  que estão relacionados a fatos que antecedem o arrebatamento da Igreja

De acordo com a visão dispensacionalista, a igreja de Cristo será arrebatada antes do início da Grande Tribulação, um período de sete anos de julgamentos e aflições na terra. Mas antes do arrebatamento, alguns eventos importantes devem acontecer.

O surgimento de falsos cristos e falsos profetas que enganarão a muitos é um dos sinais que se cumprem antes do arrebatamento da Igreja (Mateus 24:4-5; 23-24).

Em seguida, haverá um período de conflitos e guerras, conforme descrito em Mateus 24:6-7: “E ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; olhai não vos perturbeis; porque forçoso é que assim aconteça; mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes e terremotos em vários lugares”.

Outro evento importante é a revelação de Deus através de sinais no céu e na terra, como descrito em Lucas 21:25-28: “Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; sobre a terra, angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas; os homens desfalecerão de terror, apreensivos com o que sobrevirá ao mundo, porque os poderes dos céus serão abalados. Então verão o Filho do homem vindo numa nuvem, com poder e grande glória. Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, exultai e levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção se aproxima”.

Por fim, antes do arrebatamento, haverá um grande movimento evangelístico, conforme descrito em Mateus 24:14: “E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo como testemunho a todas as nações, e então virá o fim”.

Todas essas coisas são consideradas como sinais do fim dos tempos e do arrebatamento da igreja. Portanto, é importante estar preparado e permanecer vigilante, como Jesus disse em Mateus 24:42: “Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor”.

Até a próxima aula.

É formado em Teologia,  Análise e desenvolvimento de Sistemas e Licenciatura em Matemática. Especializado  em Marketing Digital, Produção audio visual para Web, tecnologias de aprendizagem a distância,  e Mestre em Teologia. Ministra cursos de capacitação profissional e treinamentos online em diversos segmentos. 

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