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Aula 14 da EBD: O DOM DO CELIBATO: Escolha Sagrada ou Fardo Solitário?

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Texto base: Mateus 19:3-12

Introdução

O casamento é uma instituição divina e, consequentemente, uma bênção de Deus para o homem e a mulher. A finalidade básica do casamento é a procriação, ou seja, atender a um propósito de Deus no início da criação (Gn 1:26-28). Além desse propósito, o casamento também foi instituído por Deus para a felicidade do homem e da mulher (Gn 2:7, 18, 20-25).

Deus, ao criar o homem e a mulher, colocou neles o impulso sexual e a atração física de um para com o outro. Ele também os fez de tal maneira que, anatomicamente, se ajustassem e se complementassem, para o atendimento de seus propósitos (procriação e felicidade mútua do casal).

Em relação à atração ou instinto sexual, que é o segundo mais poderoso impulso existente no homem e na mulher (o primeiro é o instinto da sobrevivência), no que se refere a sua consumação, é bom observar que existe exceção à regra, é o que veremos nesta lição.

1. O Celibato Não É Para Todos (Mt 19:11)

Definição: Segundo o minidicionário de Aurélio, celibato “É o estado de pessoa que se mantém solteira”. O solteirismo em si não quer dizer que a pessoa seja celibatária. Às vezes, as pessoas não se casam porque não encontram um parceiro ou uma parceira para se casar. Em época de guerra, por exemplo, geralmente, os homens são dizimados e as mulheres não, dificultando sensivelmente as oportunidades para o casamento. Existem outras razões para o solteirismo, tais como nascimento de mais mulheres do que homens; crise econômica grave numa sociedade; falta de perspectiva para futuro etc.

O celibato, frequentemente mal compreendido em nossa sociedade contemporânea, é um tema que merece uma análise cuidadosa e respeitosa. Ao examinarmos as palavras de Jesus em Mateus 19:11, “Nem todos podem receber esta palavra, mas só aqueles a quem foi concedido”, deparamo-nos com uma verdade profunda e multifacetada.

Primeiramente, é crucial entendermos que o celibato não é uma imposição universal, mas sim uma vocação específica. Assim como nem todos nascem com a aptidão para serem astronautas ou virtuoses musicais, o chamado ao celibato é igualmente seletivo. Esta analogia nos ajuda a compreender que, longe de ser um fardo imposto indiscriminadamente, o celibato é um dom especial, concedido a indivíduos específicos para propósitos divinos.

Ademais, é importante ressaltar que o celibato, quando abraçado por vocação genuína, pode ser comparado a um “superpoder espiritual”. Esta metáfora, embora possa parecer irreverente à primeira vista, captura de forma vívida a natureza extraordinária deste chamado. Assim como um super-herói possui habilidades únicas para cumprir sua missão, o celibatário por vocação é dotado de uma capacidade singular de dedicação integral ao serviço divino.

No entanto, é fundamental evitar a armadilha de idealizar excessivamente o celibato ou de menosprezar aqueles que não o abraçam. Como observa o teólogo Henri Nouwen, “O celibato não é uma negação do amor, mas uma afirmação radical do amor”. Esta perspectiva nos lembra que tanto o celibato quanto o matrimônio são caminhos válidos de expressão do amor e serviço a Deus.

Por fim, é essencial reconhecer que a aceitação do celibato como um dom divino não elimina os desafios inerentes a esta escolha de vida. Como qualquer vocação, requer comprometimento, disciplina e uma profunda conexão espiritual. No entanto, para aqueles a quem este dom é concedido, o celibato pode se tornar uma fonte de realização profunda e um meio poderoso de testemunho e serviço no mundo contemporâneo.

2. As Três Faces do Celibato (Mt 19:12)

“Porque há eunucos que assim nasceram do ventre da mãe; e há eunucos que foram castrados pelos homens; e há eunucos que se castraram a si mesmos por causa do reino dos céus.”

Neste versículo intrigante, Jesus nos apresenta um panorama fascinante sobre o celibato, revelando três dimensões distintas desse estado de vida. É como se estivéssemos diante de um prisma, onde cada face reflete uma realidade única do celibato.

A primeira face nos mostra o celibato natural, uma condição biológica presente desde o nascimento. Aqui, a natureza assume o papel de protagonista, determinando um caminho de vida sem a possibilidade de união conjugal. Esta realidade nos lembra que a diversidade humana é vasta e que cada indivíduo possui uma jornada única.

Em seguida, deparamo-nos com o celibato forçado, imposto por circunstâncias externas ou decisões alheias à vontade do indivíduo. Esta face nos convida a refletir sobre as injustiças e dificuldades que muitos enfrentam em suas vidas, ecoando as palavras do apóstolo Paulo em 1 Coríntios 7:26: “Penso que, por causa da presente aflição, é bom que o homem permaneça como está.”

Por fim, Jesus nos apresenta o celibato escolhido, uma decisão voluntária motivada pelo Reino de Deus. Esta face brilha com um propósito elevado, lembrando-nos das palavras do famoso missionário Jim Elliot: “Não é tolo aquele que dá o que não pode guardar para ganhar o que não pode perder.”

O Dr. Gary Chapman, autor de “As Cinco Linguagens do Amor”, oferece uma perspectiva interessante sobre o celibato escolhido: “O celibato por escolha não é uma negação do amor, mas uma expressão profunda de amor a Deus e ao próximo de uma maneira única.”

Ao contemplarmos estas três faces do celibato, somos desafiados a olhar além das aparências e valorizar cada indivíduo por sua essência. Seja qual for a face do celibato que encontremos – natural, forçada ou escolhida – cada uma carrega consigo uma oportunidade de crescimento, serviço e amor. Como podemos, então, criar uma sociedade que acolha e valorize igualmente todas as faces do celibato, reconhecendo a dignidade inerente a cada caminho de vida?

3. O Poder do Propósito (Mt 19:12b)

“…e há eunucos que se castraram a si mesmos por causa do reino dos céus.”

Nesta passagem intrigante, Jesus revela uma dimensão profunda do celibato: a escolha deliberada de abrir mão do casamento por um propósito maior. Não se trata de uma mutilação física, mas de uma decisão espiritual poderosa. É como se essas pessoas dissessem: “Estou tão comprometido com o Reino de Deus que escolho dedicar toda a minha vida a ele, sem as distrações de um relacionamento conjugal.”

Esta ideia ecoa em outras partes das Escrituras. O apóstolo Paulo, em 1 Coríntios 7:32-34, elabora: “Quero que vocês vivam livres de preocupações. O homem que não é casado preocupa-se com as coisas do Senhor, em como agradar ao Senhor. Mas o homem casado preocupa-se com as coisas deste mundo, em como agradar sua mulher, e está dividido.” Paulo não está diminuindo o valor do casamento, mas destacando o potencial de foco singular que o celibato oferece.

O celibato por escolha é como um casamento com a missão divina. Assim como os cônjuges se comprometem um com o outro, o celibatário se compromete inteiramente com o propósito de Deus. É uma aliança sagrada, não com um parceiro terreno, mas com o próprio Criador.

Longe de ser uma fuga do compromisso, o celibato por propósito é um mergulho profundo em um compromisso total com algo maior que si mesmo. É trocar o “felizes para sempre” terreno pela promessa de uma alegria eterna no Reino dos Céus.

Na prática, isso significa que aqueles que abraçam o celibato por propósito divino são chamados a viver uma vida de serviço radical e amor incondicional. Eles têm a oportunidade única de demonstrar que a plenitude da vida não depende necessariamente de um parceiro romântico, mas pode ser encontrada na intimidade com Deus e no serviço dedicado aos outros. Em um mundo obcecado por relacionamentos românticos, o celibatário por escolha oferece um testemunho poderoso de que há outras formas de amor igualmente válidas e realizadoras.

Conclusão

O celibato não é uma sentença de solidão, mas um convite para uma intimidade profunda com Deus. É trocar o álbum de casamento por um álbum de conquistas para o Reino. Então, da próxima vez que alguém perguntar “E aí, quando vai casar?”, talvez a resposta seja: “Já sou casado… com a minha missão!”. Afinal, quem disse que só os casados podem ter uma vida plena de amor e propósito?

Auxílios pedagógicos para o professor – O Dom do Celibato

Parte 1: O Celibato Não É Para Todos

Dicas para ajudar o aluno se aprofundar:

  • Incentive os alunos a pesquisarem sobre diferentes vocações na vida cristã, incluindo o celibato e o matrimônio.
  • Proponha um debate respeitoso sobre os desafios e benefícios do celibato na sociedade atual.

Visão psicológica:

O celibato voluntário pode ser visto como uma forma de sublimação, onde a energia sexual é redirecionada para objetivos espirituais e sociais. Isso pode levar a um senso profundo de propósito e realização pessoal.

Visão histórica:

O celibato clerical tornou-se obrigatório na Igreja Católica Romana apenas no século XII, durante o Primeiro Concílio de Latrão. Antes disso, muitos padres eram casados.

Curiosidade:

Algumas ordens monásticas budistas também praticam o celibato como forma de buscar a iluminação espiritual.

Perguntas para discussão:

  1. Como a sociedade moderna vê o celibato? Essa visão mudou ao longo do tempo?
  2. Quais são os possíveis benefícios e desafios do celibato para um indivíduo?
  3. Como alguém pode saber se tem o “dom do celibato”?

Parte 2: As Três Faces do Celibato

Dicas para ajudar o aluno se aprofundar:

  • Peça aos alunos que pesquisem exemplos históricos ou contemporâneos de cada tipo de celibato mencionado no texto.
  • Promova uma discussão sobre como a sociedade pode apoiar melhor as pessoas que escolhem o celibato.

Visão psicológica:

O celibato escolhido pode ser visto como uma expressão de autonomia e autodeterminação. Pode proporcionar um senso de liberdade e foco em objetivos pessoais ou espirituais.

Visão histórica:

A prática de castração para produzir eunucos era comum em muitas culturas antigas, incluindo a Pérsia, China e o Império Bizantino, geralmente para servir em posições de confiança na corte.

Curiosidade:

O termo “celibato” vem do latim “caelibatus”, que significa “estado de solteiro”.

Perguntas para discussão:

  1. Como podemos diferenciar entre celibato escolhido e celibato forçado por circunstâncias?
  2. Quais são as implicações éticas de práticas históricas como a castração forçada?
  3. Como a sociedade pode se tornar mais inclusiva para pessoas que escolhem viver em celibato?

Parte 3: O Poder do Propósito

Dicas para ajudar o aluno se aprofundar:

  • Sugira que os alunos entrevistem pessoas que escolheram o celibato por motivos religiosos ou pessoais.
  • Proponha um exercício de reflexão sobre como diferentes escolhas de vida podem afetar o propósito e a missão pessoal.

Perguntas para discussão:

  1. Como o celibato pode contribuir para o cumprimento de uma missão ou propósito de vida?
  2. Quais são os desafios únicos que alguém que escolhe o celibato por propósito pode enfrentar na sociedade atual?
  3. Como podemos equilibrar o respeito pelas escolhas individuais com as expectativas sociais sobre relacionamentos e família?

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“Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos dará; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também.” Lucas 6:38

SOBRE O AUTOR:
Josias Moura de Menezes

É formado em Teologia, Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Licenciatura em Matemática. É especialista em Marketing Digital, Produção Audiovisual para Web, Tecnologias de Aprendizagem a Distância, Inteligência Artificial, Jornalismo Digital e possui Mestrado em Teologia. Atua ministrando cursos de capacitação profissional e treinamentos online em diversas áreas. Para mais informações sobre o autor <clique aqui>.

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