Aula 15:Técnicas de aconselhamento – Parte 02

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Aula 15:Técnicas de aconselhamento – Parte 02

Introdução

Bem-vindos a mais uma aula do nosso curso de Aconselhamento Cristão. Nesta sessão, vamos explorar três técnicas fundamentais utilizadas em situações de aconselhamento. Lembre-se, não existem fórmulas mágicas no aconselhamento, mas há técnicas que podem ser extremamente úteis para ajudar as pessoas em suas jornadas pessoais e espirituais.

Parte 1: A Técnica de Responder

No processo de aconselhamento, a técnica de responder vai além de simplesmente ouvir; trata-se de interagir de maneira ativa e empática com o aconselhado. Aqui, exploraremos algumas estratégias que podem ser aplicadas para tornar essa interação mais eficaz:

Condução

A condução é uma técnica sutil, mas poderosa, que envolve direcionar a conversa de forma que ela flua naturalmente e revele informações importantes. Isso pode ser feito através de perguntas curtas e abertas, como “O que aconteceu depois?” ou “O que você quer dizer com isso?”. Essas perguntas ajudam a manter a conversa focada e produtiva.

Comentário

Fazer comentários durante a conversa é uma maneira de mostrar ao aconselhado que você está realmente ouvindo e compreendendo o que ele está dizendo. Comentários como “Você deve se sentir meio assim com isso, não é?” ou “Aposto que isso foi frustrante” podem validar os sentimentos do aconselhado e incentivá-lo a se abrir mais. No entanto, é importante não exagerar nos comentários para não parecer repetitivo ou automático.

Resumir

Periodicamente, resumir o que foi discutido pode ajudar o aconselhado a refletir sobre o que foi dito e a aprofundar sua narrativa. Por exemplo, você pode dizer: “Parece que houve uma série de desafios seguidos, não é?”. Isso não só demonstra que você está acompanhando a conversa, mas também encoraja o aconselhado a explorar mais profundamente suas experiências e sentimentos.

Perguntar

As perguntas são ferramentas essenciais no aconselhamento, mas devem ser usadas com cuidado. As melhores perguntas são aquelas que exigem respostas mais elaboradas, como “Como as coisas estão no seu casamento?” ou “O que está te aborrecendo?”. Evite perguntas que possam ser respondidas com uma única palavra, pois elas podem limitar a profundidade da conversa. Além disso, cuidado com perguntas que começam com “por quê”, pois podem soar como julgamentos e desencadear discussões que desviam do foco principal.

Confrontar

Confrontar não significa atacar ou julgar o aconselhado. Em vez disso, é sobre apresentar novas perspectivas de forma gentil e amorosa. A confrontação pode ajudar o aconselhado a reconhecer comportamentos ou pensamentos negativos que ele não percebia antes. É importante que essa abordagem seja feita com sensibilidade, permitindo ao aconselhado tempo para refletir e discutir alternativas de comportamento.

Informar

Oferecer informações claras e relevantes é outra forma de responder eficazmente. Quando alguém está enfrentando problemas, informações pertinentes podem ser extremamente úteis. No entanto, é crucial não sobrecarregar o aconselhado com muitos dados de uma só vez. Seja claro e conciso, e assegure-se de que as informações apresentadas sejam diretamente aplicáveis às necessidades imediatas do aconselhado.

Essas estratégias de resposta são fundamentais para criar um ambiente de confiança e apoio, onde o aconselhado se sinta seguro para explorar suas preocupações e buscar soluções.

Parte 2: A Técnica de Ensinar

No contexto do aconselhamento cristão, ensinar é uma oportunidade valiosa para guiar o aconselhado em seu crescimento pessoal e espiritual. O conselheiro atua como um educador, oferecendo não apenas conselhos, mas também ensinamentos que podem ajudar o aconselhado a lidar com os desafios da vida de maneira mais eficaz.

Objetividade no Ensino

O ensino no aconselhamento deve ser claro e direto. Discussões objetivas que lidam com situações concretas são geralmente mais eficazes. Por exemplo, se o aconselhado pergunta: “O que eu faço para não explodir com a minha esposa quando ela me critica?”, o conselheiro tem a oportunidade de ensinar estratégias de comunicação baseadas em princípios bíblicos. Isso não só ajuda a resolver a situação imediata, mas também fornece ferramentas que o aconselhado pode usar em futuros desafios.

Princípios Bíblicos

Integrar princípios bíblicos no aconselhamento pode oferecer uma base sólida para o aconselhado. A Bíblia oferece uma riqueza de sabedoria sobre como viver de maneira íntegra e compassiva. Ensinar esses princípios pode ajudar o aconselhado a encontrar orientação e conforto em suas crenças espirituais, promovendo um entendimento mais profundo de como aplicar esses ensinamentos em sua vida diária.

O Papel do Conselheiro como Educador

O conselheiro, ao ensinar, não apenas transmite conhecimento, mas também serve como um exemplo vivo dos princípios que compartilha. Isso pode ser feito através de instruções diretas, mas também pelo exemplo pessoal e pela orientação contínua. À medida que o aconselhado aprende a lidar com seus problemas por meio de experimentação e reflexão, ele desenvolve habilidades valiosas que o ajudam a enfrentar desafios futuros com mais confiança e resiliência.

Responsabilidade e Respeito

É crucial que o ensino no aconselhamento seja feito com grande responsabilidade e respeito. O conselheiro deve ser sensível às necessidades e limitações do aconselhado, adaptando seu ensino para melhor atender a essas necessidades. Isso garante que o aconselhado se sinta respeitado e valorizado, o que é essencial para um relacionamento de aconselhamento eficaz.

Ensinar no contexto do aconselhamento é uma arte que combina conhecimento, empatia e habilidade de comunicação. Quando feito corretamente, pode capacitar o aconselhado a fazer mudanças positivas em sua vida e a crescer em sua jornada espiritual.

Parte 3: A Técnica de Filtrar

No processo de aconselhamento, a técnica de filtrar é essencial para compreender verdadeiramente as necessidades e intenções do aconselhado. Esta habilidade envolve discernir o que está sendo dito, bem como o que pode estar oculto nas entrelinhas.

Análise Crítica

Filtrar começa com uma análise crítica das palavras do aconselhado. É importante questionar internamente: “O que ele realmente está me perguntando?” ou “Quais são as necessidades subjacentes que ele talvez não esteja expressando claramente?”. Este tipo de questionamento ajuda o conselheiro a ir além das palavras superficiais e a entender melhor o que o aconselhado realmente deseja ou precisa.

Identificação de Motivos Ocultos

Muitas vezes, o aconselhado pode não estar totalmente ciente dos motivos ocultos que influenciam suas ações e palavras. Ele pode, por exemplo, apresentar um relato distorcido ou omitir detalhes importantes, seja por vergonha, medo ou simplesmente por não reconhecer esses aspectos em si mesmo. O conselheiro experiente aprende a “farejar” esses motivos ocultos e a abordá-los de maneira sensível e não intrusiva.

Sensibilidade na Escuta

Ouvir com sensibilidade é uma parte vital do processo de filtrar. Isso significa estar atento não apenas ao que é dito, mas também ao que não é dito. Às vezes, os aconselhados falam sobre um problema específico, mas há questões mais profundas que precisam ser abordadas. O conselheiro deve estar preparado para explorar essas áreas, mas sempre respeitando o ritmo e a disposição do aconselhado para discutir tais questões.

Evitar Pressões Indesejadas

É crucial que o conselheiro não force o aconselhado a discutir tópicos que ele não está pronto ou disposto a abordar. O objetivo é criar um ambiente seguro e acolhedor, onde o aconselhado se sinta livre para compartilhar conforme se sinta confortável. A escuta sensível e a capacidade de filtrar as informações ajudam a garantir que o aconselhamento seja frutífero e respeitoso.

A técnica de filtrar é uma habilidade que se desenvolve com o tempo e a experiência. Ela permite ao conselheiro oferecer um apoio mais profundo e eficaz, ajudando o aconselhado a encontrar clareza e direção em sua jornada pessoal e espiritual.

Conclusão

As técnicas de aconselhamento discutidas são ferramentas valiosas para qualquer conselheiro cristão. A prática e a experiência são fundamentais, mas a sabedoria e o discernimento são dons que podem ser solicitados a Deus através da oração. Continuem se aperfeiçoando e buscando orientação divina para melhor servir aqueles que buscam ajuda. Se você gostou desta aula, inscreva-se no nosso canal para acompanhar mais conteúdos desta série. Até a próxima!

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