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ToggleParte 02. Pequenos Grupos de crescimento:
A Estratégia de Deus para o crescimento espiritual e a evangelização
1 Introdução
Em tudo o Senhor Jesus foi exemplo para nós nos 3,5 anos de seu ministério terreno. Ele mesmo liderou um pequeno grupo com mais 12 homens do povo, ensinando-os e passando com eles a maior parte do tempo de seu ministério terreno. Havia comunhão naquele pequeno grupo, os problemas que surgiam eram expostos e resolvidos, pois havia transparência entre eles.
Os doze não aprendiam na base da teoria, experimentavam na prática as lições do dia a dia. Além dos doze, muitas outras pessoas foram alcançadas, havendo cerca de 120 pessoas no Pentecostes; Cada discípulo foi multiplicado por 10. Os judeus já estavam preparados, pois tinham ouvido os ensinamentos, visto os sinais e maravilhas operadas, estavam evangelizados. Deste modo vemos os 3.000 do Pentecostes como uma grande colheita operada por homens cheios do mesmo Espírito que habitou em Jesus.
Em tempos de perseguição dos líderes judaicos a princípio e do império romano depois, foi praticamente impossível aos cristãos se reunirem em massa, em grandes ajuntamentos. Cremos que em certas ocasiões isso acontecia, quando das visitas de Paulo, dos apóstolos e outros líderes. No cotidiano se reuniam apenas em lares, quase sempre às escondidas, sendo perseguidos, servindo de espetáculo nos circos romanos, vivendo nas catacumbas, florestas e lugares ocultos. Mas a Igreja crescia em números impressionantes, tanto que o próprio império romano aparentemente foi obrigado a se curvar ao cristianismo.
No Antigo Testamento, Jetro, cheio de sabedoria, observou que seu genro Moisés passava praticamente o tempo todo julgando e resolvendo as questões do povo hebreu o que lhe era tremendamente estafante, não lhe restando tempo nem forças para outras atividades também importantes. Aconselhou-o então a dividir o povo em pequenos grupos com chefes de mil, de cem, de cinqüenta e de dez para que resolvessem as questões básicas do povo. Moisés pode então exercer uma liderança eficaz entre o povo. (Êxodo 18. 1 a 27).
2. Alguns exemplos de pequenos grupos
Mais tarde, vemos que a reforma religiosa iniciada por Martinho Lutero e prosseguida por outros reformadores começa com pequenos grupos nos lares. O próprio Lutero disse: "Para você crescer na fé, você deve participar de um grupo pequeno". Os pietistas, um grupo luterano, reúnem-se até hoje em pequenos grupos. Wesley também foi um homem que iniciou o movimento metodista em reuniões caseiras.
Um importante exemplo de Igreja em grupos pequenos no presente século nos vem de Seul, capital da Coréia do Sul, onde o Pastor David (Paul) Young Cho implantou no ano de 1964 o sistema de reuniões nos lares denominando-os de Grupos Familiares. Seu rol de membros era composto de cerca de 2.400 membros. Seu crescimento foi impressionante, conforme os dados que compilamos abaixo:
- Em 1964 contavam com………………….2.400 membros
- Em 1972 passaram para…………………18.000 membros
- Em 1980 já eram……………………………150.000 membros
- Em 1982 atingiram………………………….300.000 membros
- Em 1993 chegaram a………………………700.000 membros com 51.000 líderes
- Atualmente já passam de…………………1.000.000 membros
3. Porque um pequeno grupo é importante?
1. Num pequeno grupo, as pessoas podem ter mais participação, discutindo a palavra de Deus, e compartilhando experiências.
2. Muitas pessoas tem mais facilidade de vir inicialmente a um pequeno grupo do que a Igreja.
3. Num pequeno grupo é mais fácil acompanhar a vida espiritual de cada pessoa, pois o líder pode conversar com elas , ligar, aconselhar, etc….
4. Num pequeno grupo os vínculos de relacionamento se tornam mais fortes.
5. Um pequeno grupo á a base para que o crente seja mais do que um membro: UM VERDADEIRO DISCIPULO DE CRISTO.
4. A Meta dos pequenos grupos: Gerar discípulos
22 DIFERENÇAS ENTRE O MEMBRO E O DISCÍPULO:
- O Membro quer receber pão e peixe, o Discípulo é um pescador.
- O Membro deseja crescer, o Discípulo deseja reproduzir-se.
- O Membro é conquistado, o Discípulo é formado.
- O Membro não que deixar os bancos da igreja, o Discípulo está disposto a sair e servir.
- O Membro gosta de comodidade, o Discípulo está disposto a sacrificar-se.
- O Membro permanece na rotina, o Discípulo é um inovador.
- O Membro murmura e reclama, o Discípulo obedece e nega-se a si mesmo.
- O Membro entrega parte de seus recursos, o Discípulo entrega sua vida.
- O Membro espera que definam sua tarefa, o Discípulo vai em busca de suas responsabilidades.
- O Membro espera oportunidades, o Discípulo cria oportunidades.
- O Membro espera que o visitem, o Discípulo vai e faz visitas.
- O Membro está preocupado em preservar o território conquistado, o Discípulo em conquistar novas fronteiras.
- O Membro sonha com a igreja ideal, o Discípulo trabalha para torna-la real.
- O Membro permanece na trincheira, o Discípulo vai para frente de combate.
- O Membro mantém a tradição, o Discípulo quebra os paradigmas.
- A meta do Membro é ganhar o céu, a meta do Discípulo é ganhar almas para estarem com ele no céu.
- O Membro prega o Evangelho para conquistar novos membros, o Discípulo para fazer novos discípulos.
- O Membro espera um reavivamento, o Discípulo participa dele.
- O Membro diz: “Eu vou pensar”, o Discípulo diz: “Eis-me aqui”.
- O Membro assiste séries de evangelismo, o Discípulo realiza evangelismo.
- Ao Membro agrada um banco confortável, o Discípulo se dispõe a carregar a cruz.
- O Membro é valioso, o Discípulo é indispensável.
Na próxima semana continuaremos estudando sobre Pequenos Grupos de Crescimento. Não falte.
Pr. Josias Moura
1 comentário em “Estudo Bíblico para o culto de doutrina da Igreja Betel Brasileiro Geisel. Tema: Parte 02. Pequenos Grupos de crescimento: A Estratégia de Deus para o crescimento espiritual e a evangelização”
Gostei muito do conteúdo sobre pequenos grupos. Esta é uma maneira de crescer espiritualmente.