Por que o mundo está como está? – Parte 01
Romanos 1.18-32; Romanos 7.18-25
Introdução
Ao observar o comportamento das pessoas citadas no primeiro capítulo de Romanos, parece que estamos lendo as páginas de um jornal de nossa cidade. A natureza dos homens da época de Paulo é a mesma de hoje. Conquanto o homem tenha alcançado um estágio tecnológico e científico muito elevado, a sua natureza continua a mesma desde a queda, no jardim do Éden.
Paulo cita as obras daqueles homens e dos homens de hoje, para destacar a natureza pecaminosa de cada pessoa que ainda não conheceu a Jesus como Senhor e Salvador. Leia, em Romanos 1.18-31, a lista que o apóstolo faz dos pecados cometidos pelos homens: impiedade, perversão, injustiça (v.18); coração insensato (v.21); irracionalidade (v.22); imundície (v.24); idolatria (v.25); lesbianismo (v.26); homossexualismo (v.27); injustiça, malícia, avareza, maldade, inveja, homicídio, contenda, dolo, malignidade, difamação (v.29); calúnia, insolência, soberba, presunção, maldade, desobediência aos pais (v.30); insensatez, perfídia, infidelidade, desafeição e falta de misericórdia (v.31). Compare com outra lista que o mesmo autor faz em 2Timóteo 3.1-4.
Vejamos por que o homem está nesse estado de depravação moral e espiritual.
O homem tem uma natureza pecaminosa
Os três primeiros capítulos de Gênesis mostram que o homem, após ser criado, desobedeceu a Deus, herdando, em consequência, uma natureza que se inclina à prática do pecado (Rm 5.12). Sendo assim, a natureza humana sem Deus atrai o pecado e parece natural praticá-lo (Tg 1.14; Rm 8.5-8). Mesmo uma pessoa salva tem a velha natureza.
Paulo fala de sua luta constante contra o velho homem em Romanos 7.7-25. Somente a morte física nos livrará dela.
O homem não teme o julgamento de Deus
Deus deve ser temido pelo homem(Sl 25.12; 33.8; 34.9; Ap 14.7). Ele é justo e fará sobressair a Sua justiça (SI 37.6) e é inevitável que Ele mostre Sua aversão ao pecado, tanto na história quanto no julgamento final. Ele age graciosamente para salvar o pecador (Ef 2.8-10), mas derrama Sua ira contra o mal (Rm 1.18; Ef 5.6; Ap 19.15).
John Stott define a ira de Deus como hostilidade contra o mal, uma recusa em suportar o pecado. Além disso, Seu julgamento é justo, perfeito. São ações divinas, diferentes das reações humanas, movidas pela raiva, ressentimento ou despeito.
O homem sem Cristo parece não ter convicção de que a ira de Deus o alcança agora, e que se intensificará no julgamento final (I Ts 1.10; Rm2.5; 3.5; 5.9). Ela se revela no presente quando Ele entrega os homens obstinados em seus pecados a um processo de depravação e degeneração moral e espiritual (Rm 1.28). E como se o julgamento de Deus já tivesse começado para os homens sem salvação, o processo cuja conclusão se dará no julgamento final. Como igreja, devemos ser fiéis, falando aos homens não só do amor e da misericórdia de Deus, mas também do inferno eterno. A Bíblia fala muito da punição dos pecadores, e devemos falar também. O próprio Senhor Jesus falou claramente da punição eterna.
Na próxima semana continuaremos com a parte 02 desse estudo.