Colossenses 3.18-21
INTRODUÇÃO
A família é a mais antiga e resistente instituição que há no mundo. Isto se deve essencialmente à sua origem divina, pois foi Deus quem a formou! No livro de Gênesis está registrado o motivo que levou o Senhor a criá-la: completar a felicidade do homem (veja Gênesis 2.18). Portanto, sua existência tem uma razão especial de ser, permitir ao homem desfrutar bênçãos, por exemplo: ter um lugar de refúgio, um espaço de repor as forças, desenvolver o amor (compartilhar e receber) etc. Mas para que isto aconteça de uma maneira ampla e duradoura, o homem deve permitir o amoroso controle de Deus sobre a sua vida e família.
PROPOSIÇÃO:A família bem-sucedida é aquela que adota o padrão de Deus como regra de conduta.
I– O PADRÃO BÍBLICO PARA A FAMÍLIA.
-Sendo a família uma idéia de Deus e não do homem, somente a Escritura está autorizada a conceituá-la adequadamente e a regulá-la, isto é, o seu perfeito funcionamento depende de diretrizes traçadas pelo seu Criador (veja Salmo 127.1).
-O que vai determinar em questões de qualidade de vida familiar é se fazemos ou não da Bíblia a nossa regra de fé e prática. Jesus afirmou que se a nossa casa (conceito amplo de família) estiver sobre a rocha, ela nunca será destruída (veja Lucas 6.46-49), ou seja, se nos adequarmos às regras, preceitos e mandamentos de Deus, conseguiremos resistir ao tempo e ao espaço.
-Em linhas gerais, a Escritura determina o seguinte para a família: 1. O marido como “cabeça” da mulher (veja 1 Coríntios 11.3) é o líder material e espiritual do lar, que propicia segurança e estabilidade emocional. Deve exercer sua autoridade com amor e sensibilidade, e também educar os seus filhos “…na disciplina e na admoestação do Senhor” (Ef 6.4). 2. A mulher se submete ao marido como a Igreja se submete a Cristo (veja Efésios 5.22), e junto dele educa os filhos “…sob disciplina, com todo o respeito” (lTm 3.4), com sabedoria “…para que não fiquem desanimados” (Cl 3.21). 3. Os filhos obedecem aos pais, pois isto éjusto (Efésios 6.1- 3). E é possível afirmar que os filhos reproduzirão em idade adulta o modelo que receberam dos pais (Provérbios 22.6).
II– O PERIGO DA INVERSÃO DE VALORES.
-A passividade e o conformismo ao modelo preconizado pelo mundo (veja Romanos 12.2) em matéria de convivência familiar – marido e mulher, pais e filhos – levam o homem a reproduzir atitudes equivocadas, alienadoras e em razão disso, a colher resultados destrutivos em curto prazo.
-A família sem “alicerce” está solta, vulnerável, frágil, pois vive a mercê das influências ou “ventos” de modismos dominantes. Esta é a razão de observarmos o desastroso número de separações conjugais (até entre cristãos professos; veja 1 Coríntios 7.10,11), de violência doméstica, de crianças desencorajadas (Colossenses 3.21) etc.
-A maior parte dos problemas familiares ocorre em conseqüência da desobediência à Palavra de Deus, por exemplo: as discussões, ofensas, gritarias são vencidas pelo fruto do Espírito (veja Gálatas 5.22,23). Podemos afirmar que a falta de longanimidade, tolerância, paciência e amor combinado com humildade (perdão) dentro de muitos lares, é a razão de tanta destruição, uma vez que essas qualidades são indispensáveis para uma boa convivência familiar.
-O diabo – por meio do homem perdido – quer inverter a ordem das coisas, o certo já não é mais viável e o errado está em moda: a mulher exerce funções masculinas, usa temo e gravata, pratica esportes radicais (pára-quedismo, fisiculturismo) etc.; os homens se tomam “donos de casa”, passam a gostar de novela, usam cremes para o corpo e brincos nas orelhas etc. Os jovens desprezam a pureza e o respeito no namoro etc.
-Os valores se invertem quando o ambiente familiar está impregnado de mundanismo, carnalidade (TV, música e vídeo profano etc.) e deixa de ser uma continuação da igreja; é preciso resgatar a oração e a leitura diária no lar. O louvor produz uma atmosfera espiritual ideal para harmonizar as relações familiares, pois Deus habita em meio aos louvores (veja Salmo 22.3) e onde Deus habita, a justiça (retidão), a paz e a alegria no Espírito Santo reinam (Romanos 14.17).
-A restauração da família só poderá acontecer quando: 1. Houver abandono dos modismos e das formas de pensar e agir próprios do mundo, pois: “…a aparência deste mundo passa” (I Co 7.31) e fazemos isto renovando nossa mente pela Palavra de Deus (veja Romanos 12.2). 2. Por essa razão, se faz necessário estabelecer convicções espirituais fortes e firmes (temor de Deus, santidade pessoal, sensibilidade ao pecado etc.). 3. Reassumir o compromisso com os interesses do Reino de Deus (cada um encontra o que fazer dentro da igreja). 4. Todos devem cumprir seus papéis determinados por Deus nas Escrituras; marido e mulher, pais e filhos (Colossenses 4.1-4). Esse é o modelo de família nuclear. Uma verdadeira fonte de apoio afetivo e segurança para todos.
-Além de tudo o que já foi dito, podemos avaliar o grau da qualidade do relacionamento familiar pela existência ou não de três elementos básico:
1. Prioridade claramente determinada, pessoas antes de coisas, Deus antes do “eu”.
2. Solidariedade (um encoraja e ajuda o outro);
3. Atenção, pois cada indivíduo é capaz de perceber e manifestar cuidado especial às carência do outro.
A família foi criada não somente para a felicidade do homem, mas também para a glória de Deus {veja Romanos 11.36), e ela alcança esse maravilhoso propósito divino quando cumpre alegremente o seu papel, que é o de espalhar o conhecimento de Deus, ser “o sal e a luz” do mundo. A sociedade é formada por milhares de núcleos familiares, família sadia é o mesmo que igreja, bairro e cidade sadios. A restauração do lar não esta nas mãos do governo, empresários ou de alguma ONG em especial, mas em cada um de nós!
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