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ESTUDO BÍBLICO: Quem éramos, quem somos e o que Deus espera que sejamos

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Efésios 2

1.  Introdução

No capítulo 1, Paulo trata de definir os benefícios espirituais que temos em Cristo. Mas, neste capitulo ele trata de deslocar nossa atenção para uma verdade importante: Nossa posição espiritual em Cristo.
Neste capitulo, Paulo mostra o que Deus fez por nós pecadores, nos tirando das trevas e nos exaltando no reino celestial.
Que milagre da graça de Deus! Somos tirados do grande cemitério do pecado e colocados na sala gloriosa do trono.  Experimentamos em nosso interior o grande mover do poder de Deus, nos curando, restaurando e devolvendo-nos a alegria de estarmos na presença do Senhor.

2.  A nossa condição antes da experiência da salvação

No capitulo 2, Paulo começa fazendo uma Delineação da condição moral e espiritual em que estávamos, separados da graça de Deus e da comunhão com ele.
Paulo apresenta um retrato completo da pessoa sem salvação e portanto, sem possibilidades de experimentar a cura interior.

2.1     Segundo Paulo, antes do nosso encontro com Jesus éramos mortos espiritualmente.

É evidente que se trata de uma morte espiritual; ou seja, essa pessoa não é capaz de entender nem de apreciar as coisas espirituais. Não possui qualquer vida espiritual e, por si mesma, não é capaz de fazer coisa alguma agradável a Deus. Assim como uma pessoa fisicamente morta não reage a estímulos aplicados ao corpo, também a pessoa espiritualmente morta não consegue reagir às coisas espirituais.
Um cadáver não é capaz de ouvir as conversas que se passam no velório. Não tem fome nem sede; não sente dor; está morto. O mesmo se aplica ao ser interior do não salvo. Suas faculdades espirituais não funcionam e não podem funcionar, enquanto Deus não lhe der vida.
Essa morte espiritual é causada pelos “delitos e pecados” (Ef 2:1). “Porque o salário do pecado é a morte” (Rm 6:23).
Na Bíblia, a morte significa, essencialmente, “separação”, não apenas em termos físicos, como o espírito separado do corpo (Tg 2:26), mas também em termos espirituais, como o espírito separado de Deus (Is 59:2).
O incrédulo não está enfermo; está morto! Não precisa ser reanimado; precisa ser ressuscitado.

2.2     Antes do nosso encontro com Cristo éramos espiritualmente incapazes de obedecer e agradar a Deus

Paulo chama o homem sem o novo nascimento, neste capitulo 2 de Efésios, de filho da desobediência. V.2
Onde foi o começo da morte espiritual do homem? Foi em sua desobediência à vontade do seu Criador. Deus disse: “Porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2:17).
Satanás disse: “É certo que não morrereis” (Gn 3:4), e porque creram numa mentira, o primeiro homem e a primeira mulher pecaram e experimentaram a morte espiritual imediata e, posteriormente, a morte física. Desde então, a humanidade tem vivido em desobediência a Deus.
Há três forças que estimulam o ser humano a desobedecer: o mundo, o diabo e a carne.
O mundo faz pressão sobre cada pessoa para que viva em conformidade com o sistema (Rm 12:2). Jesus Cristo não era “deste mundo”, e seu povo também não é (Jo 8:23; 17:14). Mas, consciente ou inconscientemente, os incrédulos são controlados pelos valores e pelas atitudes deste mundo.
O diabo é “o espírito que agora atua nos filhos da desobediência”. Isso não significa que Satanás opere pessoalmente na vida de cada indivíduo não salvo, uma vez que ele é um ser criado e limitado pelo espaço.
Ao contrário de Deus, que é onipresente, Satanás não pode estar em todo lugar ao mesmo tempo. Mas, por meio de seus ajudantes, os demônios (Ef 6:11, 12), e de seu poder sobre o sistema deste mundo (Jo 12:31), Satanás influencia a vida de todos os não salvos e também procura influenciar a vida dos cristãos.
Ele deseja tornar todos “filhos da desobediência” (Ef 2:2; 5:6). Ele próprio foi desobediente a Deus e quer que outros também o sejam.
Um dos principais instrumentos de Satanás para levar as pessoas a desobedecer a Deus é a mentira. Satanás é um mentiroso (Jo 8:44), e foi sua mentira no início da história do mundo – “é certo que não morrereis” – que lançou toda a raça humana nas profundezas do pecado. As multidões incrédulas que vivem dentro do sistema do mundo hoje em dia desobedecem a Deus porque crêem nas mentiras de Satanás. Quando uma pessoa crê numa mentira e a coloca em prática, torna-se filha da desobediência.
A carne é a terceira força que estimula o não salvo a desobedecer a Deus. Ao falar da carne, Paulo não está se referindo ao corpo, pois o corpo humano, em si, não é pecaminoso. A carne diz respeito à natureza decaída com a qual nascemos, que deseja controlar o corpo e a mente e nos fazer desobedecer a Deus.
Uma pessoa certa vez perguntou: “Por que seu cachorro comporta-se como um cachorro?” “Um cachorro comporta-se como um cachorro porque tem a natureza de um cachorro”.
Se, de algum modo, pudéssemos transplantar a natureza de um cachorro para um gato, o comportamento do gato mudaria radicalmente.
Por que o pecador comporta-se como pecador? Porque tem a natureza de um pecador (SI 51:5; 58:3). A Bíblia refere-se a essa natureza pecaminosa como “a carne”.
Para sermos curados totalmente por Deus no nível espiritual teremos que confrontar esses três inimigos: O mundo, a carne e o Diabo.

3.  O que Deus faz por nós quando estavamos no pecado?

Nossa atenção volta-se agora para Deus. “Ao SENHOR pertence a salvação!” (Jn 2:9).
Aqui em Efésios 2, somos lembrados de quatro coisas que Deus fez em favor dos pecadores, a fim de salvá-los das conseqüências de seus pecados.
Em primeiro lugar, Ele nos amou (v. 4). Por natureza, “Deus é amor” (1 Jo 4:8). Mas Deus amaria mesmo que não houvesse pecadores, pois o amor faz parte do seu ser.
O amor é um dos atributos intrínsecos de Deus, mas quando esse amor é relacionado aos pecadores, transforma-se em graça e misericórdia. Deus é “rico em misericórdia” (Ef 2:4) e em “graça” (Ef 2:7), e essas riquezas possibilitam a salvação do pecador.
Em sua misericórdia, ele deixa de nos dar aquilo que merecemos, que seria a punição pelos nossos pecados; em sua graça, ele nos dá aquilo que não merecemos, que é o perdão.
E tudo isso é possível por causa da morte de Jesus Cristo na cruz. Foi no Calvário que Deus demonstrou seu ódio pelo pecado e seu amor pelos pecadores (Rm 5:8; Jo 3:16).
Em segundo lugar, Ele nos vivificou (v. 5). Isso significa que nos deu vida, mesmo quando estávamos mortos em pecados. Realizou essa ressurreição espiritual pelo poder do Espírito, por meio da Palavra.
Os quatro Evangelhos relatam que Jesus ressuscitou três pessoas dentre os mortos: o filho de uma viúva (Lc 7:11-17), a filha de Jairo (Lc 8:49-56) e Lázaro (Jo 11:41-46). Em cada caso, deu vida ao proferir a Palavra. “Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz” (Hb 4:12). Essas três ressurreições físicas retratam a ressurreição espiritual que ocorre quando o pecador ouve a Palavra e crê (Jo 5:24).
Mas nossa ressurreição espiritual é muito maior, pois realiza nossa união com Cristo: Deus “nos deu vida juntamente com Cristo v.5”. Somos unidos com ele como membros do seu corpo (Ef 1:22, 23), de modo que compartilhamos sua vida ressurreta e seu poder (Ef 1:19, 20).
Ele nos exaltou (v. 6). Não somos ressuscitados dentre os mortos e abandonados no cemitério. Uma vez que fomos unidos com Cristo, também fomos exaltados com ele e compartilhamos de seu trono nos lugares celestiais.
Em termos físicos, estamos na Terra, mas, em termos espirituais, estamos “nos lugares celestiais em Cristo Jesus”. Assim como Lázaro, fomos chamados do túmulo para nos assentar com Cristo e desfrutar sua comunhão (Jo 12:1, 2).
Ele nos guarda da perdição(vv. 7-9). O propósito de Deus ao nos redimir não é apenas nos salvar do inferno, por maior que seja essa obra. Seu propósito maior ao nos salvar é que a Igreja glorifique a Deus por toda a eternidade (Ef 1:6, 12, 14). Assim, por Deus ter um propósito eterno para cumprirmos, ele nos guardará por toda a eternidade.
Considerando-se que não fomos salvos por causa de nossas obras, não podemos perder nossa salvação por causa de nossas obras más. A graça representa a salvação inteiramente à parte de qualquer mérito nosso. Significa que Deus faz tudo por amor a Jesus!
Nossa salvação é a dádiva de Deus. (No grego, o demonstrativo isto em Efésios 2:8 é neutro; enquanto fé é um substantivo feminino. Logo, isto não pode se referir à fé. Refere-se, antes, à experiência da salvação em sua totalidade, inclusive a fé.) A salvação é uma dádiva, não uma recompensa.

4.  O que Deus espera que sejamos?

O verso 10 nos responde essa pergunta: “Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para as boas obras v.10”.
A palavra grega traduzida por “feitura” é poiema, de onde vem nosso termo “poema”. Significa “aquilo que é feito, um produto manufaturado”.
Em outras palavras, nossa conversão não é o fim; é apenas o começo. Fazemos parte da nova criação de Deus (ver 2 Co 5:17), e Deus continua a operar em nós, a fim de nos tornar conformes com seu plano para nossa vida. Seu propósito é nos fazer mais semelhantes a Cristo (Rm 8:29).
É por isso que Deus tem interesse em promover a cura interior em nós. Para que sejamos cada vez mais semelhantes a Cristo.
Mas de que maneira Deus opera em nós? Por meio do Espírito Santo, “porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade” (Fp 2:13). Cristo consumou sua obra de redenção na cruz, mas ressuscitou dentre os mortos e voltou para o céu, de onde realiza sua obra inacabada de aperfeiçoar a sua igreja (Ef 4:7-16; Hb 13:20, 21).
Cristo capacita-nos para nossa jornada e nosso trabalho aqui na Terra. Para isso, emprega três instrumentos especiais: a Palavra de Deus (1 Ts 2:13), a oração (Ef 3:20, 21) e o sofrimento/provação (1 Pe 4:11-14).
Ao ler a Palavra de Deus, compreendê-la, meditar sobre ela e se alimentar dela, a Palavra opera na vida, purificando-a e nutrindo-a. Ao orar, o Espírito de Deus opera na pessoa e libera poder. E, quando alguém sofre, o Espírito de Deus ministra à vida. O sofrimento conduz de volta à Palavra e à oração, e o ciclo se repete.
Deus opera por meio das lutas, provações e até pelo sofrimento. Deus passou quarenta anos operando na vida de Moisés antes de poder agir por meio dele. No começo de seu ministério, Moisés era impetuoso e dependia das próprias forças. Matou um egípcio e teve de fugir do Egito, o que dificilmente pode ser considerado um bom começo para um ministério. Mas, durante os quarenta anos que passou trabalhando como um humilde pastor de ovelhas no deserto, Moisés experimentou a obra de Deus em sua vida, preparando-o para mais quarenta anos de serviço dedicado.
José sofreu durante treze anos antes de Deus colocá-lo no trono do Egito como o segundo em autoridade depois do Faraó. Davi foi ungido rei ainda adolescente, mas só subiu ao trono depois de sofrer vários anos no exílio. O apóstolo Paulo passou três anos na Arábia depois de sua conversão, período durante o qual, sem dúvida alguma, experimentou a obra mais profunda de Deus preparando-o para o ministério. Deus precisa operar em nós antes de operar por meio de nós; e isso nos leva à quarta obra desta passagem.
DEUS ESPERA QUE TENHAMOS BOAS OBRAS. Somos “criados em Cristo Jesus para boas obras”. Não somos salvos por boas obras, mas para as boas obras.
O grande reformador João Calvino escreveu: “Somente a fé justifica, mas a fé justificadora não pode jamais estar só”. Não somos salvos pela fé acrescida de obras, mas sim por uma fé operante.
A passagem fundamental que trata desse tema é Tiago 2, em que o autor ressalta que a fé salvadora deve sempre redundar em uma vida transformada. Não basta dizer que temos fé; devemos demonstrá-la pelas nossas obras.
As “obras” sobre as quais Paulo escreve em Efésios 2:10 apresentam duas características especiais. Em primeiro lugar, são “boas” obras, em contraste com as “obras das trevas” e as “obras perversas”. Ao fazer um contraste entre Efésios 2:10 e Efésios 2:2, vemos como Satanás opera dentro dos não salvos e, portanto, as obras desses indivíduos não podem ser boas. Mas é Deus quem opera no cristão, e, portanto, suas obras são boas – não porque o próprio indivíduo é bom, mas porque possui uma natureza que lhe foi dada por Deus e porque o Espírito Santo opera nele e por meio dele, a fim de produzir essas boas obras.
Infelizmente, muitos convertidos subestimam o lugar das boas obras na vida cristã.
Mas, a palavra diz: “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mt 5:16).
Não realizamos boas obras para glorificar a nós mesmos, mas sim para glorificar a Deus. Paulo desejava que Cristo fosse engrandecido em seu corpo, mesmo que isso significasse a morte (Fp 1:20, 21).
Devemos “[superabundar] em toda boa obra” (2 Co 9:8) e “[frutificar] em toda boa obra” (Cl 1:10).
Um dos resultados de um conhecimento da Bíblia é que o cristão torna-se “perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2 Tm 3:1 7). Como cristãos, devemos ser “zeloso[s] de boas obras” (Tt 2:14).
Nossas boas obras são, na verdade, “sacrifícios espirituais” que oferecemos a Deus (Hb 13:16).
Portanto, meu irmão, Deus quer te curar e sarar interiormente para que você possa frutificar e ter muitas obras que glorifiquem ao Senhor.
Estudo ministrado na quinta feira, pelo Pr Josias Moura, no culto de doutrina da igreja Betel Geisel.

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“Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos dará; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também.” Lucas 6:38

SOBRE O AUTOR:
Josias Moura de Menezes

É formado em Teologia, Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Licenciatura em Matemática. É especialista em Marketing Digital, Produção Audiovisual para Web, Tecnologias de Aprendizagem a Distância, Inteligência Artificial, Jornalismo Digital e possui Mestrado em Teologia. Atua ministrando cursos de capacitação profissional e treinamentos online em diversas áreas. Para mais informações sobre o autor <clique aqui>.

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0 comentário em “ESTUDO BÍBLICO: Quem éramos, quem somos e o que Deus espera que sejamos”

  1. Mis. gerson de Oliveira.

    estimado pastor:
    estive lendo o seu maravilhos estudo, e gostei muito do assunto abordado. Que deus lhe abençoe grandemente. Abraços!!!

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