Por que o mundo está como está? – Parte 02
Romanos 1.18-32; Romanos 7.18-25
Introdução
A Bíblia relata algo sobre a formação do mundo e tudo o que nele existe. Gênesis, Capítulos; 1,2 e 3. Está incluído nesta criação, o homem como podemos ver. O homem foi criado por Deus e colocado em um lugar seguro, onde habitava e era feliz. No entanto, algo de errado aconteceu que interferiu nesta felicidade e relacionamento entre o homem e Deus, é o que encontramos no Capitulo 3, onde narra a queda do homem, através da desobediência ao Senhor, agindo assim o homem jogou fora tudo o que havia recebido de Deus. Em estado de pecado e separado de Deus o homem atraiu para si toda espécie de mal. Sabendo deste episódio, e refletindo um pouco, fica fácil perceber a origem de tanta maldade no coração do ser humano. Você consegue entender os acontecimentos do mundo? Aliás, você já parou para pensar? Como está sua família, amigos, do que eles têm sido vítimas nos últimos anos? Talvez, algum dia, você tenha ouvido alguém indagar frente a uma tragédia; por que Deus permitiu isso acontecer? Na realidade, o pecado original, é a raiz de todos esses acontecimentos. No versículo 17 do Capítulo 3 de Genesis diz que a terra foi amaldiçoada por causa da desobediência do homem, então, fica fácil entender, de onde vem tanta desgraça sobre a face da terra. Em Atos 17;26, encontramos o relato que de um só Deus fez toda a raça humana, nos levando a concluir que todos descendem de Adão, portanto, pecadores, pois todos pecaram diz a Bíblia. Romanos 3;23.
O homem não observa a revelação natural de Deus
É possível ver o poder de Deus na criação desde o início do mundo. A beleza dos céus (Sl 19.1), a majestade das montanhas (Sl 121.1) e a imponência dos mares (Jó 38.16; Sl 33.7; 89.9) mostram aos homens que há um caráter criador de todas as coisas. Paulo diz que, “desde o princípio do mundo”, o homem pode observar nas coisas criadas os atributos invisíveis de Deus, o Seu eterno poder, e a Sua divindade (Rm 1.20).
No entanto, mesmo tendo tanto conhecimento natural, os seres humanos não glorificaram a Deus (Rm 1.21). Preferiram, como ainda acontece hoje, adorar ou venerar as coisas criadas, como a imagem de homens, aves, quadrúpedes e répteis (Rm 1.23). Parece natural aos homens se apegar a objetos e pessoas e não a Deus. No entanto, uma pessoa não pode ser salva apenas com o conhecimento natural de Deus. Ela precisará da revelação especial de Deus em Cristo e nas Escrituras, como veremos no próximo ponto. Paulo diz que a criação dá ao homem um conhecimento de Deus (Rm 1.21), ainda que este seja limitado.
Veja como a idolatria (Rm 1.1-23) redunda em imoralidade (Rm 1.24-27). John Stott faz sobre esses versos a seguinte declaração: “A punição de Deus para a idolatria do povo foi entregar cada um à impureza sexual, segundo os desejos pecaminosos dos seus próprios corações. E a história do mundo confirma que a tendência da idolatria é acabar em imoralidade. Uma falsa imagem de Deus leva a um falso conceito quanto ao sexo. Paulo não nos diz que tipo de imoralidade ele tinha em mente, mas explicita que ela envolvia a degradação dos seus corpos entre si (Rm 1.24). E ele está certo”.
O pecador se entrega à degradação física e moral, através do sexo ilícito, contrariando o desejo do Senhor para sua vida: o casamento heterossexual e a fidelidade ao cônjuge. Talvez isso explique por que em quase todas as práticas religiosas em que Jesus não é o centro não há absolutos morais. A impureza sexual é comum onde Jesus não reina.
0 homem não conhece a revelação especial de Deus
Se a revelação natural do Senhor fosse suficiente para salvar o pecador, não enviaríamos missionários aos índios, que têm os rios, as matas, as estrelas, os animais silvestres, para abrir-lhes os olhos. Enviamos missionários por entender que uma pessoa somente pode ser salva pela revelação especial de Deus em Cristo e nas Escrituras. O conhecimento pleno de Deus só pode ser usufruído por aqueles que, em Cristo, foram feitas novas criaturas (Mt 11.27). E somente nas Escrituras o homem pode conhecer o Deus verdadeiro e a vida eterna (jo 17.3). Jesus é a expressão exata de Deus (Hb 1.3), que, como tal, pode fazê-Lo conhecido de todo homem (jo 14.1-15).
Conclusão
Diante de um texto que expõe tão claramente a natureza pecaminosa do homem sem Cristo, a nossa reação deve ser a mesma do apóstolo Paulo: pregar o Evangelho. No verso 16 de Romanos 1, ele diz: “Pois não me envergonho do Evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego’.’ Devemos pregar a justiça de Deus revelada no evangelho (Rm 1.17), para que os homens sejam livres da Sua ira (Rm 1.18). Não devemos nos esquecer também que, por trás de toda carne e sangue, de todo homem sem Cristo, estão as hostes malignas (Ef 6.12).
Pregamos aos homens, mas lutamos contra Satanás. Não nos esqueçamos também que somente no novo céu e na nova terra, onde habita a justiça (2Pe 3.13), estaremos completamente livres da presença do pecado (Ap 21.27) e dos que insistem em pecar (Ap 22.15).