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O Que Ainda Não Foi Explicado É Realmente Inexplicável?

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O Que Ainda Não Foi Explicado É Realmente Inexplicável?

Introdução

Em nossa jornada de fé, muitas vezes nos deparamos com questões difíceis e passagens bíblicas que parecem desafiadoras. Algumas aparentam ser inexplicáveis à luz do conhecimento atual. No entanto, será que devemos concluir que o que ainda não compreendemos é inexplicável? Esta é uma armadilha comum, não apenas entre críticos da Bíblia, mas também entre aqueles que se veem perplexos por suas próprias dúvidas. Neste texto, vamos refletir sobre como o desconhecido pode ser um convite à investigação e à descoberta, ao invés de ser encarado como um sinal de contradição ou erro.

Assim como na ciência, a teologia nos chama a continuar explorando e investigando as áreas que ainda não foram esclarecidas, sempre com a confiança de que a verdade está por ser revelada.

Parte 1: A Busca Pela Explicação

A curiosidade humana é uma das características mais marcantes da nossa criação, sendo essencial para o progresso tanto no campo científico quanto no teológico. Um dos maiores equívocos que podemos cometer é supor que aquilo que não foi explicado é, de fato, inexplicável. Na ciência, essa ideia é rejeitada. Quando um cientista se depara com um fenômeno sem explicação, ele não abandona a investigação. Pelo contrário, ele utiliza essa lacuna como um incentivo para prosseguir na busca pelo conhecimento. Da mesma forma, quando confrontados com passagens bíblicas complexas ou aparentes contradições, nossa postura deve ser de perseverança e humildade em busca de compreensão.

A Bíblia nos oferece vários exemplos dessa dinâmica. No livro de Provérbios, lemos que “a glória de Deus é encobrir certas coisas; a glória dos reis é investigá-las” (Provérbios 25:2). Este versículo nos lembra que a busca pelo entendimento faz parte do relacionamento com Deus. Nem tudo é revelado de imediato, e muitas vezes, a verdade está envolta em mistério, esperando para ser descoberta por aqueles que perseveram.

Analogamente, é como explorar um vasto oceano. À medida que nos aventuramos mais profundamente, percebemos que sempre há algo novo para ser descoberto. Embora o desconhecido possa parecer intimidante, é justamente o que nos impulsiona a buscar, a investigar, e a crescer. Assim como o apóstolo Paulo escreveu em 1 Coríntios 13:12, “agora vemos como por espelho, obscuramente, mas então veremos face a face”. Isso indica que, no presente, nosso entendimento é limitado, mas, com o tempo, mais será revelado.

Ao longo da história, muitos teólogos e estudiosos da Bíblia enfrentaram desafios semelhantes. Autoridades do campo arqueológico, por exemplo, por muito tempo não conseguiram encontrar evidências dos hititas mencionados na Bíblia. Durante séculos, os críticos apontaram isso como um erro bíblico, até que a descoberta de uma biblioteca hitita na Turquia mudou essa perspectiva. O que antes parecia ser inexplicável foi, com o tempo, revelado e confirmado pela história e pela ciência.

Isso nos ensina que as dificuldades ou os desafios que encontramos em nossa jornada espiritual não devem ser motivos para desistência, mas para investigação contínua. Assim como o cientista nunca abandona sua pesquisa, devemos persistir na busca pela verdade. Aplicando essa realidade ao nosso dia a dia, somos desafiados a não desistir frente às dúvidas e incertezas, mas a manter uma postura de investigação e aprendizado. Afinal, a fé e a razão caminham juntas, e o que ainda não foi explicado pode ser uma oportunidade de crescimento e aprofundamento da nossa relação com Deus.

Parte 2: A Perseverança da Fé

A jornada da fé cristã é marcada por confiança, não em respostas imediatas ou em uma compreensão plena, mas em Deus, que promete guiar-nos ao longo do caminho. Muitas vezes, encontramos dúvidas, questões difíceis ou até momentos de silêncio em nossa vida espiritual. Entretanto, essas situações não são sinais de fracasso ou abandono, mas oportunidades de cultivar uma fé que persevera. A fé cristã não é cega, mas está fundamentada em um relacionamento profundo com Deus, e isso significa que podemos confiar que Ele revelará a verdade no tempo certo.

Na Bíblia, encontramos exemplos dessa perseverança em figuras como Abraão, que, mesmo sem saber como as promessas de Deus se cumpririam, “creu contra a esperança” (Romanos 4:18). Sua fé foi uma confiança contínua, mesmo diante de circunstâncias aparentemente impossíveis. Do mesmo modo, somos chamados a continuar confiando quando não temos todas as respostas. As Escrituras nos encorajam a andar “por fé, e não por vista” (2 Coríntios 5:7), nos lembrando de que nossa confiança não está apenas no que vemos ou compreendemos, mas no caráter e nas promessas de Deus.

A perseverança da fé pode ser comparada a um agricultor que planta suas sementes e espera pacientemente pela colheita. Ele confia no processo, mesmo quando a terra parece árida ou o crescimento não é visível. Assim também, devemos continuar semeando nossa fé, confiando que o crescimento virá no tempo certo, conforme a vontade de Deus. Esse processo requer paciência e persistência, mas a colheita é garantida para aqueles que não desistem (Gálatas 6:9).

Autoridades em outras áreas também enfatizam a importância da perseverança. No campo da psicologia, por exemplo, o conceito de resiliência nos ensina que, diante das dificuldades, a capacidade de manter-se firme e continuar avançando é o que leva ao crescimento. No campo da teologia, a perseverança não é apenas uma virtude, mas uma marca da fé verdadeira que confia em Deus, mesmo quando as circunstâncias são difíceis.

Portanto, essa perseverança deve ser aplicada em nossa vida cotidiana. Quando nos deparamos com desafios em nossa fé ou com questões que não conseguimos resolver de imediato, precisamos lembrar que o crescimento espiritual muitas vezes acontece em meio à espera. Nossa confiança em Deus deve nos mover a continuar orando, buscando, estudando as Escrituras e servindo aos outros, mesmo quando não entendemos tudo. Afinal, a fé perseverante não é aquela que nunca enfrenta dúvidas, mas aquela que continua caminhando, sabendo que Deus é fiel para cumprir o que prometeu.

Parte 3: O Valor da Pesquisa Contínua

O processo de descoberta, tanto na ciência quanto na teologia, é construído sobre a perseverança e o desejo de buscar além do que está imediatamente visível. Assim como os cientistas que não desistem de sua busca por explicações, os estudiosos das Escrituras mantêm a esperança de que, em algum momento, todas as dificuldades bíblicas serão esclarecidas. A história da pesquisa bíblica é repleta de exemplos de descobertas que iluminaram aspectos antes considerados inexplicáveis. Um exemplo notável é a civilização dos hititas, mencionada diversas vezes na Bíblia, mas por muito tempo desconhecida dos historiadores. Por séculos, críticos duvidaram da veracidade dos relatos bíblicos que mencionavam esse povo. No entanto, no início do século XX, escavações na Turquia revelaram uma vasta biblioteca hitita, confirmando a existência dessa civilização e validando as Escrituras.

Esse exemplo reforça uma verdade importante: o fato de algo ser desconhecido não significa que seja inexistente. A ausência de evidência não é evidência de ausência, como diz um provérbio científico. O relato bíblico dos hititas nos lembra que aquilo que parece incerto ou difícil de compreender pode estar simplesmente aguardando ser revelado no tempo certo. Da mesma forma, há muitas outras passagens das Escrituras que aguardam maior entendimento, à medida que novos achados históricos, arqueológicos e lingüísticos são feitos.

A Bíblia incentiva essa busca por conhecimento. Em Provérbios 2:4-5, somos exortados a buscar a sabedoria como quem procura por tesouros escondidos, com a promessa de que encontraremos o entendimento de Deus. A pesquisa contínua é, portanto, uma prática bíblica, refletindo o desejo divino de que suas verdades sejam exploradas e compreendidas em profundidade.

Assim como um cientista faz inúmeras experiências para entender as leis da natureza, o estudioso da Bíblia continua a investigar, a orar e a estudar, com a confiança de que a verdade será revelada no tempo devido. Este princípio foi também defendido pelo teólogo e estudioso do século IV, Agostinho, que acreditava que, embora nem tudo seja imediatamente compreensível, a busca por entendimento deve ser persistente, porque “a fé busca entendimento”. Essa frase, posteriormente, foi amplamente usada por teólogos para ilustrar que a fé e a razão andam juntas na descoberta da verdade divina.

Aplicando essa realidade ao nosso dia a dia, somos convidados a não desanimar diante de questões que parecem sem resposta, mas a perseverar na busca. A pesquisa contínua nos ensina a ser pacientes e a entender que o tempo e o estudo revelam o que Deus, em sua sabedoria, mantém oculto por um período. Em termos práticos, devemos aplicar essa abordagem em nossa vida espiritual, cultivando o hábito de estudar as Escrituras com diligência, participar de discussões construtivas sobre a fé e estar abertos à descoberta da verdade, confiando que o desconhecido, muitas vezes, é apenas um estágio no caminho para o conhecimento.

Conclusão

Concluir que o que não foi explicado é inexplicável seria limitar tanto o nosso entendimento quanto a nossa fé. Ao longo deste texto, exploramos três elementos essenciais: a busca pela explicação, a perseverança da fé e o valor da pesquisa contínua. Entendemos que tanto a ciência quanto a teologia nos chamam a não desistir diante das dificuldades, mas a perseverar na busca pela verdade, confiando que o que hoje não compreendemos será, em tempo, revelado.

Se aplicarmos esses princípios em nossas vidas, colheremos frutos de maior discernimento, sabedoria e, acima de tudo, um relacionamento mais profundo com Deus. A fé que persevera nos convida a não nos contentarmos com respostas superficiais, mas a continuar investigando e aprendendo. Ao nos comprometermos com a pesquisa contínua, vivemos o verdadeiro chamado de nossa fé: buscar, aprender e crescer.

Agora, o desafio está diante de você. Seja ousado na sua busca por conhecimento, tenha paciência com o que ainda não compreende e nunca desista de investigar as verdades de Deus. Este é o caminho para uma vida de fé transformadora e uma mente renovada. Você está pronto para essa jornada? Deus promete que aqueles que O buscam com diligência serão recompensados com a revelação da verdade. Permita que sua fé o conduza a um compromisso com o estudo, a investigação e a confiança plena em Deus.

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“Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos dará; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também.” Lucas 6:38

SOBRE O AUTOR:
Josias Moura de Menezes

É formado em Teologia, Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Licenciatura em Matemática. É especialista em Marketing Digital, Produção Audiovisual para Web, Tecnologias de Aprendizagem a Distância, Inteligência Artificial, Jornalismo Digital e possui Mestrado em Teologia. Atua ministrando cursos de capacitação profissional e treinamentos online em diversas áreas. Para mais informações sobre o autor <clique aqui>.

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