Professor Josias Moura

Cursos de capacitação a distância, estudos e palestras

Assine nosso site

Digite seu endereço de e-mail para assinar este blog e receber, estudos, textos e notificações de novas publicações por e-mail.

Junte-se a 8.547 outros assinantes

Série: O evangelho da graça em ação – Aprendendo com o apóstolo Paulo na Carta de Filemon – Semana 3: Intercessão humilde

Série: O evangelho da graça em ação – Aprendendo com o apóstolo Paulo na Carta de Filemon – Semana 3: Intercessão humilde

Texto base: Filemon 8-16

Introdução

Nesta passagem de Filemom 8-16, podemos aprender muito com o exemplo de Paulo sobre como interceder pelos outros de maneira sábia e respeitosa. Veremos como ele apela ao caráter de Filemom, reconhece a providência divina e faz seu pedido com delicadeza, sem impor sua autoridade apostólica.

Analisando este trecho, seremos desafiados a interceder pelos outros com mais humildade e visão da graça de Deus. Interceder em favor dos outros pode ser uma demonstração de empatia. A empatia envolve a capacidade de se colocar no lugar do outro, buscando compreender suas perspectivas, sentimentos e necessidades. Quando intercedemos por alguém, estamos demonstrando que nos importamos com o bem-estar e as dificuldades que essa pessoa está enfrentando. Estamos disposição a advogar por ela, usar nossa influência e recursos para ajudá-la.

A Bíblia nos dá vários exemplos de intercessão que refletem empatia, como Moisés intercedendo pelo povo de Israel e Jesus intercedendo por nós na cruz. Em cada caso, os intercessores demonstraram uma profunda capacidade de se identificar com a situação dos outros.

Uma intercessão empática envolve ouvir atentamente, buscar entender o contexto completo da situação, identificar-se com as emoções da pessoa e então apresentar seu caso a Deus e outros. Não é uma empatia superficial, mas um compromisso de entrar na realidade do outro com o coração.

I. O apelo sem imposição (v. 8-9)

Nestes versículos, Paulo faz um apelo gentil e humilde a Filemom, sem impor sua autoridade como apóstolo. Ele poderia ter exigido que Filemom recebesse Onésimo de volta, afinal Paulo era uma liderança respeitada na igreja primitiva. No entanto, Paulo prefere apelar à bondade e ao bom caráter que ele conhecia em Filemom. Paulo diz “embora eu tenha plena liberdade em Cristo para lhe ordenar o que convém, prefiro apelar ao seu amor”. Ele prefere fazer um pedido, não uma ordem. Paulo reconhece que Filemom tem a escolha e o livre arbítrio para decidir. Ele não impõe sua vontade apostólica.

Essa atitude humilde de Paulo mostra seu respeito por Filemom. Ele poderia ter usado de autoridade, mas opta por confiar no caráter de Filemom, apelando ao seu amor e bondade. Paulo sabe que uma imposição não resultaria num verdadeiro arrependimento e reconciliação. Por isso, prefere interceder com delicadeza e respeito.

Este exemplo de Paulo é um grande ensinamento sobre como interceder pelos outros com humildade e sabedoria. Devemos confiar que as pessoas, guiadas pelo amor de Cristo, farão a escolha certa.

II. O pedido de recepção como irmão (v. 10-13)

Nestes versículos, Paulo faz um pedido específico a Filemom: que ele receba Onésimo de volta, não mais como escravo, mas como irmão em Cristo.

Paulo chama Onésimo de “meu filho, a quem gerei estando preso”. Isso porque durante seu encarceramento, Paulo pregou o evangelho a Onésimo, resultando em sua conversão à fé cristã. Onésimo agora não era mais apenas um escravo fugitivo, mas um irmão em Cristo.

Paulo estava enviando Onésimo de volta e pede que Filemom o receba com bondade. Onésimo agora era útil não apenas para Filemom, mas também para o próprio Paulo. A nova fé cristã de Onésimo o transformara de um escravo inútil em um irmão muito útil no Senhor. Paulo até se dispõe a pagar qualquer dívida ou ressarcimento que Onésimo devesse a Filemom. Mas seu pedido principal é que Filemom o receba de braços abertos, da mesma forma que receberia o próprio Paulo.

Este pedido de Paulo ilustra o poder transformador do evangelho. Em Cristo, até um escravo fugitivo agora era visto como um irmão e servo útil no Reino de Deus. Isso devia motivar Filemom a recebê-lo de volta com amor.

Existem alguns motivos para darmos uma nova oportunidade a uma pessoa arrependida:

  1. Demonstrar misericórdia – Assim como recebemos misericórdia e novas chances de Deus, devemos ter misericórdia e conceder nova oportunidade aos outros quando se arrependem (Lucas 6:36).
  2. Permitir reabilitação – Uma nova chance pode ajudar a pessoa a aprender com o erro, fazer restituição se necessário, e se reerguer de forma positiva, restaurando confiança.
  3. Fortalecer relacionamentos – Conceder nova opportunidade pode restaurar e fortalecer vínculos que foram abalados, quando recebemos o arrependido com perdão e graça.

Outros motivos incluem: encorajar mudanças genuínas; viver o evangelho do arrependimento e conversão; seguir o exemplo de Cristo de dar novas chances. A nova oportunidade deve vir acompanhada de arrependimento verdadeiro e disposição para mudança.

III. A intercessão baseada no caráter e na providência (v. 14-16)

Além de apelar ao amor de Filemom, Paulo fundamenta seu pedido no bom caráter que conhecia dele. Diz que não quer obrigá-lo a aceitar Onésimo, mas quer que seja por livre vontade, para que o favor de Filemom não seja forçado, mas espontâneo. Ele intercede esperando esta resposta positiva devido ao caráter que conhece de Filemom.

Além disso, Paulo apresenta todo este evento como parte dos planos providenciais de Deus. Ele diz: “talvez por isso você tenha sido separado de Onésimo por algum tempo, para que agora você o receba de volta para sempre, não mais como escravo, mas melhor do que escravo, como irmão amado”. Paulo vê a mão de Deus guiando os acontecimentos. Foi Deus quem levou Onésimo a cruzar caminhos com Paulo, resultando em sua conversão. Isso agora dava a Filemom a oportunidade de recebê-lo de volta com amor, por providência divina.

Conclusão:

O exemplo de Paulo nesta passagem nos ensina muito sobre como interceder pelos outros com sabedoria e humildade. Vemos que:

  • Devemos apelar ao que há de bom nas pessoas, confiando em sua capacidade de fazer o certo por livre escolha. Não impor pela autoridade.
  • Fundamentar nossos pedidos no caráter daqueles por quem intercedemos, esperando deles uma resposta positiva.
  • Reconhecer a orientação divina nos acontecimentos, vendo a mão de Deus guiando para o bem.
  • Ter uma abordagem humilde e respeitosa, não arrogância.

Que possamos aprender com o exemplo de Paulo a interceder pelos outros com sabedoria, mansidão e visão da providência divina. E que o nosso agir reflita a graça e o amor de Cristo, nosso melhor modelo de intercessão.

É formado em Teologia,  Análise e desenvolvimento de Sistemas e Licenciatura em Matemática. Especializado  em Marketing Digital, Produção audio visual para Web, tecnologias de aprendizagem a distância,  e Mestre em Teologia. Ministra cursos de capacitação profissional e treinamentos online em diversos segmentos. 

 >>  MAIS INFORMAÇÕES SOBRE O AUTOR

compartilhe esta mensagem:

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Pinterest
Print
Email

FAÇA NOSSOS CURSOS DE CAPACITAÇÃO A DISTÂNCIA GRATUITOS

Livre

Capacitação em Gestão do Tempo, Planejamento Pessoal e Produtividade – Gratuito

Livre

Capacitação em Como preparar e transmitir mensagens bíblicas – Gratuito

Livre

Capacitação em Bibliologia – Como a Bíblia chegou até nós – Gratuito

Show Comments (0)

Deixe uma resposta