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Série Restaurando o Desejo de Comunhão na Igreja  – Cristo, o Elo da Unidade – Tema 4:  Vivendo a Verdadeira Fraternidade Cristã

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Texto base: João 17:20-23

Introdução

Você já observou uma orquestra tocando? Cada músico com seu instrumento, cada um com sua partitura específica, mas todos seguindo o mesmo maestro. O resultado é uma harmonia que nos toca profundamente. Em certo sentido, estamos “no palco” diante de um mundo que nos observa todos os dias. Não há solistas na banda de Deus, mas cada instrumento é essencial. A música fica melhor quando cada um de nós faz sua parte em unidade com os outros1. Esta é a essência da fraternidade cristã – uma unidade que não anula nossas diferenças, mas as harmoniza sob a regência de Cristo.

Na sua oração sacerdotal, Jesus expandiu seu pedido para além do grupo dos apóstolos, suplicando ao Pai pela unidade dos que creriam através da palavra deles: “Eu lhes dei a glória que tu me deste, para que sejam um como nós” (Jo 17:22)2. Esta unidade não é apenas um ideal bonito, mas o testemunho vivo que comprova nossa identidade como discípulos de Jesus.

Assim como os instrumentos precisam estar afinados para produzir harmonia, nós, como corpo de Cristo, precisamos estar alinhados com Ele para manifestar a verdadeira fraternidade.

1. A Fonte da Nossa Unidade (João 17:20-21)

A verdadeira unidade cristã não surge de decretos eclesiásticos ou de acordos diplomáticos entre denominações. Ela brota de uma fonte divina, como uma nascente cristalina que jorra do coração do próprio Deus. Jesus, em sua oração sacerdotal, revela esta verdade profunda quando diz: “Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um.”

Quando olhamos para a Trindade, contemplamos o modelo perfeito de unidade na diversidade. Pai, Filho e Espírito Santo – três pessoas distintas, mas um só Deus, unidos em perfeita harmonia e amor. Esta é a matriz celestial da nossa fraternidade terrena. O teólogo alemão Dietrich Bonhoeffer captou esta verdade quando escreveu: “A comunhão cristã não é um ideal que devemos realizar, mas uma realidade criada por Deus em Cristo, na qual somos convidados a participar.”

Nossas diferenças culturais, sociais, econômicas ou temperamentais não são obstáculos à unidade, mas oportunidades para demonstrar o poder transformador do evangelho. Assim como um mosaico ganha beleza pela diversidade de suas peças, a igreja resplandece quando pessoas diferentes se unem em torno de Cristo. Paulo enfatiza esta verdade em Gálatas 3:28: “Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos vocês são um em Cristo Jesus.”

O fundamento desta unidade não está em preferências pessoais, gostos musicais, estilos litúrgicos ou posicionamentos políticos. Estes elementos são secundários e, quando elevados à condição de essenciais, fragmentam o corpo de Cristo. A verdadeira fraternidade se alicerça no amor sacrificial demonstrado na cruz, onde Jesus derrubou as barreiras que nos separavam de Deus e uns dos outros. Como afirma Efésios 2:14: “Pois ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um e destruiu a barreira, o muro de inimizade.”

Quando nos afastamos deste fundamento cristocêntrico, nossa comunhão se torna frágil e superficial, reduzida a encontros sociais agradáveis, mas desprovidos de poder espiritual. A unidade autêntica é um testemunho vivo do evangelho – não apenas algo que pregamos, mas algo que vivemos diariamente nas pequenas e grandes decisões que tomamos como comunidade de fé.

2. O Propósito da Nossa Unidade (João 17:21b-22)

A unidade cristã não é um simples adorno espiritual ou uma experiência agradável para nosso conforto. Ela carrega um propósito divino profundo, revelado nas palavras de Jesus: “Para que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes dei a glória que tu me deste, para que sejam um como nós.” Perceba que nossa comunhão tem uma dimensão missionária inegável – ela serve como evidência visível da veracidade do evangelho.

Em um mundo fragmentado por divisões étnicas, políticas e sociais, uma comunidade que vive em harmonia genuína se destaca como um farol na escuridão. Quando pessoas de diferentes origens, classes sociais e temperamentos se unem em amor fraternal, o mundo é forçado a questionar: “Que força é essa capaz de derrubar tantas barreiras?” A resposta é Cristo, o centro de nossa unidade.

O evangelista Billy Graham certa vez observou: “O maior argumento para o cristianismo é um cristão amoroso e unido a outros cristãos.” De fato, Jesus não pediu por unidade apenas para nosso bem-estar espiritual, mas como estratégia evangelística. Ele sabia que o testemunho mais poderoso não seria encontrado em argumentos teológicos sofisticados, mas na demonstração prática do amor fraternal.

Nossa fraternidade funciona como uma vitrine do reino de Deus. Através dela, as pessoas podem vislumbrar como será a eternidade, onde “uma grande multidão que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas” (Apocalipse 7:9) adorará em perfeita harmonia. Quando nos reunimos em torno da mesa do Senhor, transcendendo nossas diferenças, oferecemos ao mundo um vislumbre do banquete celestial.

O apóstolo Paulo compara a igreja a um corpo onde cada membro é diferente, mas todos são igualmente necessários e valorizados. Esta metáfora poderosa ilustra como nossa unidade não elimina a diversidade, mas a celebra e a direciona para um propósito comum. Quando funcionamos assim, tornamo-nos uma demonstração viva de que o evangelho não é apenas uma teoria, mas uma força transformadora capaz de reconciliar o que o mundo considera irreconciliável.

3. A Manifestação da Nossa Unidade (João 17:23)

A unidade cristã não é um conceito abstrato ou uma teoria teológica que permanece apenas nos livros e sermões. Ela se materializa em atitudes concretas, em gestos palpáveis, em relacionamentos reais. Jesus enfatiza esta dimensão prática quando ora: “Eu neles, e tu em mim, para que sejam perfeitos em unidade, a fim de que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim.”

O apóstolo João, conhecido como o discípulo do amor, nos desafia com palavras diretas: “Filhinhos, não amemos de palavra nem de boca, mas em ação e em verdade” (1 João 3:18). Este chamado nos tira da zona de conforto de uma fraternidade meramente declarada e nos empurra para a arena da prática diária. Afinal, como observou o teólogo Dietrich Bonhoeffer: “A igreja é igreja somente quando existe para os outros.”

Nossa unidade se manifesta visivelmente quando praticamos o perdão em situações de conflito. Não há testemunho mais poderoso do que cristãos que, mesmo feridos, escolhem o caminho da reconciliação em vez do ressentimento. Como escreveu C.S. Lewis: “Perdoar é uma bela ideia, até que tenhamos algo a perdoar.” É nesse momento que nossa fraternidade é verdadeiramente testada e comprovada.

A manifestação da unidade também se revela na forma como honramos uns aos outros. Paulo nos instrui: “Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros” (Romanos 12:10). Esta preferência pelo outro vai contra a corrente de uma cultura que exalta o individualismo e a autopromoção. Quando escolhemos celebrar os dons e conquistas de nossos irmãos, estamos vivendo a verdadeira fraternidade.

O cuidado com os necessitados constitui outra expressão tangível da nossa unidade. A igreja primitiva impressionou o mundo romano não por seus edifícios ou rituais, mas pela forma como cuidava dos pobres, viúvas, órfãos e doentes. Atos 4:32 relata que “ninguém considerava sua nenhuma das coisas que possuía, mas compartilhavam tudo o que tinham.” Esta generosidade radical continua sendo um dos sinais mais eloquentes da autenticidade da nossa fé e da nossa unidade em Cristo.

Conclusão

A fraternidade cristã é um reflexo da união perfeita que existe entre o Pai e o Filho. Quando vivemos essa unidade, não estamos apenas seguindo um mandamento, mas participando da própria natureza divina. Para bem exercer a fraternidade ou para bem se viver em vida fraterna com os irmãos, é preciso a caridade. Sem caridade, é difícil agir misericordiosamente com o próximo em suas necessidades, sejam físicas ou emocionais. É preciso olhar o outro e enxergar um irmão4.

Só assim, vivendo essa fraternidade sincera, poderemos alcançar a graça e a paz de Deus, olhando para o irmão e enxergando o Cristo nele4. Não há solistas na orquestra de Deus – cada um de nós é chamado a tocar sua parte em harmonia com os demais, sob a regência do Maestro divino. Quando fazemos isso, o mundo não apenas ouve, mas é tocado pela melodia do amor de Cristo que ressoa através de nós.


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“Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos dará; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também.” Lucas 6:38

SOBRE O AUTOR:
Josias Moura de Menezes

Possui formação em Teologia,  Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Licenciatura em Matemática. É especialista em Marketing Digital, Produção de Conteúdo Digital para Internet, Tecnologias de Aprendizagem a Distância, Inteligência Artificial e Jornalismo Digital, além de ser Mestre em Teologia. Dedica-se à ministração de cursos de capacitação profissional e treinamentos online em diversas áreas. Para mais informações sobre o autor veja: 🔗Currículo – Professor Josias Moura

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