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Sermão: Chamados para ser livres, mas comprometidos com o amor

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Chamados para ser livres, mas comprometidos com o amor

Gálatas 5:13-15

13 Porém vocês, irmãos, foram chamados para serem livres. Mas não deixem que essa liberdade se torne uma desculpa para permitir que a natureza humana domine vocês. Pelo contrário, que o amor faça com que vocês sirvam uns aos outros. 14 Pois a lei inteira se resume em um mandamento só: “Ame os outros como você ama a você mesmo. ” 15 Mas, se vocês agem como animais selvagens, ferindo e prejudicando uns aos outros, então cuidado para não acabarem se matando!

Introdução

Paulo não se preocupava apenas em transmitir uma nova doutrina para as igrejas da Galácia; mas em aplicá-la a vida, a prática.  

A teologia desemboca na ética; o conhecimento produz vida. A influência perniciosa dos falsos mestres entre as igrejas gentílicas trouxe grande confusão acerca dos limites da liberdade cristã, fazendo com que muitas vezes os cristãos agissem fora de seu limite de ação e autoridade.

Paulo então, trata de corrigir isso.

É importante tentarmos compreender os limites da liberdade cristã. E em relação a isso há dois extremos perigosos: o legalismo de um lado e a licenciosidade de outro.

Há aqueles que querem regular a liberdade apenas por regras exteriores. Esses caem na armadilha do legalismo e privam as pessoas da verdadeira liberdade em Cristo. Porém, há aqueles que, em nome da liberdade, sacodem de si todo o jugo da lei e querem viver sem nenhum preceito ou limite. Esses confundem liberdade com licenciosidade e caem na prática de pecados escandalosos.

William Hendriksen costumava ilustrar que a vida crista é semelhante a atravessar uma pinguela ou uma pequena ponte de madeira, que cruza sobre um lugar onde se encontram dois rios contaminados: um é o legalismo e o outro é a libertinagem. Quando alguém atravessa uma pinguela, deve ter o cuidado de não perder o equilíbrio para não cair dentro das faltas do judaísmo legalista e nem nos grosseiros vícios do paganismo libertino.

John Stott costumava dizer que o cristianismo não é escravidão, mas um chamamento da graça para a liberdade. A liberdade cristã, porém, não é liberdade para pecar, mas liberdade de consciência, liberdade para obedecer. O cristão salvo pelo sangue de Cristo é livre para viver em santidade.

Desejo destacar algumas verdades importantes acerca de nossa chamada para a liberdade.

1.Em primeiro lugar, a liberdade cristã não é uma licença para pecar.

“Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne…” (5.13a).

No versículo 13 temos um chamado, uma advertência e um mandamento. Veremos neste ponto o chamado e a advertência e, no próximo ponto, analisaremos o mandamento.

Fomos chamados para a liberdade, e não para a escravidão do pecado. Calvino destaca que, após exortar os gálatas a não permitirem nenhum impedimento de sua liberdade (5.1), Paulo agora lhes recomenda que sejam moderados em usá-la (5.13). Fomos chamados para uma vida nova e não para viver com o pescoço na coleira do pecado.

Jesus disse que aquele que pratica o pecado é escravo do pecado (Jo 8.34). Paulo disse que o homem antes da sua conversão é escravo de toda a sorte de paixões e prazeres (Tt 3.3). A palavra “liberdade” está profundamente desgastada. Muitos defendem a liberdade do amor livre, a prática irrestrita do aborto, o uso indiscriminado das drogas e o homossexualismo. Isso, porém, não é liberdade; é escravidão.

A liberdade cristã não é uma licença para pecar, mas o poder para viver em novidade de vida. A liberdade cristã não é licenciosidade, mas deleite na santidade. A liberdade cristã é a liberdade do pecado, não a liberdade para pecar. E uma liberdade irrestrita para aproximar-se de Deus como seus filhos, não uma liberdade irrestrita para chafurdar em nosso egoísmo. A licenciosidade desenfreada não é liberdade alguma; é outra forma mais terrível de servidão, uma escravidão aos desejos de nossa natureza caída.

2.Em segundo lugar, a liberdade cristã não é uma permissão para explorar o próximo.

Paulo diz: “…sede antes, servos uns dos outros, pelo amor” (5:13b)

Calvino declarava que “…o método para impedir a liberdade de irromper em abuso imoderado e licencioso é regulá-la pelo amor”.

Assim, quem ama não explora, mas serve o próximo. Somos livres para amar e servir, e não para explorar nosso próximo. O amor não pratica o mal contra o próximo.

Como na parábola do bom samaritano, o cristão não agride o próximo nem passa de largo para não se envolver com os feridos, caídos à margem da estrada; mas vê, aproxima-se e cuida do próximo, ainda que seja seu inimigo.

Concordo com John Stott quando diz: “Somos livres em nosso relacionamento com Deus, mas escravos em nosso relacionamento com os outros”.

Portanto, não podemos usar o próximo como se fosse uma coisa para nos servir; temos de respeitá-lo como pessoa e nos dedicar a servi-lo.

Jhon Stott, ensinava que pelo amor temos de nos tornar servos uns dos outros, não um senhor com uma porção de escravos, mas um pobre escravo com uma porção de senhores, sacrificando o nosso bem pelo bem dos outros, e não o bem deles pelo nosso. A liberdade cristã é serviço, não egoísmo.

3.Em terceiro lugar, a liberdade cristã não é uma autorização para ignorar a lei.

“Porque toda a lei se cumpre em um só preceito, a saber: Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (5.14).

Somos libertos da condenação da lei, mas não dos seus preceitos. A lei de Deus condena aos que tem prazer em viver no pecado, mas ela abençoa aqueles que a obedecem por amor a Deus.

 Não nos aproximamos mais da lei com o propósito de sermos aceitos por Deus; mas porque já fomos aceitos em Cristo, aproximamo-nos da lei para obedecer a Deus.

A síntese da lei é o amor, o amor a Deus e ao próximo. E Aqui Paulo usa uma figura de linguagem, na qual ele toma uma parte como o todo. E que podemos ver a face de Deus no próximo e, quando amamos o próximo, estamos amando a Deus quem o criou.

Calvino costumava ensinar que Deus resolve provar o nosso amor para com Ele por meio do amor ao nosso irmão. E por isso que o amor é chamado de “…o cumprimento da lei” (Rm 13.8,10). Não porque o amor ao próximo seja superior à adoração a Deus, mas porque é a prova dessa adoração. Deus é invisível, mas se representa nos irmãos. O amor para com os homens flui do amor a Deus.

4.Em quarto lugar, a liberdade cristã não é uma chancela para destruir o próximo.

“Se vós, porém, vos mordeis e devorais uns aos outros, vede que não sejais mutuamente destruídos” (5.15).

Somos livres para amar e servir uns aos outros, e não para devorar e destruir uns aos outros. E nas igrejas da Galácia, os dois extremos — os legalistas e os libertinos – destruíram a comunhão.

Os dois verbos gregos dakno, “morder”, e katesthio, “devorar”, sugerem animais selvagens engajados em uma luta mortal. Desse modo, a força da alma e a saúde do corpo e os recursos, eram consumidos por lutas e intrigas entre os irmãos.

Devemos agir como irmãos, e não como feras ou como cães e gatos sempre envolvidos em conflitos. É o Espírito da vida que habita em nós, e não o instinto da morte. Morder e devorar são atos destrutivos, uma conduta mais apropriada a animais selvagens do que a irmãos em Cristo.

Donald Guthrie diz que o apóstolo pensa numa alcateia de animais selvagens precipitando-se cada um contra a garganta do outro. E essa linguagem é uma representação viva não só da desordem total, como também da mútua destruição.

Agindo uns contra os outros aqueles cristãos não chegariam a lugar nenhum. Não prosperariam e aquela igreja não iria crescer. Jesus disse que reino dividido não prospera.

Quando estamos divididos não avançamos, adoecemos, enfraquecemos. As portas do inferno não prevalecem contra uma igreja unida.

Conclusão

Devemos exercer nossa liberdade em amor.

O amor é algo precioso, um sentimento capaz de vencer todo o mal, de transformar vidas e reescrever histórias…o amor que estamos tentando descrever, é o amor que Cristo teve por nós, demonstrado na cruz do calvário, onde seu sangue foi derramado, e seu lado perfurado. Através desse feito, todos os que o aceitam, conseguem viver esse amor, capaz de perdoar,  transformar e até salvar!

O amor de Cristo nos ajuda a amar até os nossos inimigos, aqueles que nos perseguem, nos maltratam, passam a ser nossos amigos…esse amor não temos por natureza, mas o recebemos de DEUS, quando reconhecemos o sacrifício de Jesus Cristo, feito para nos livrar do juízo.

João escreveu: “Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele. Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados” (1 João 4:9-10).

Jesus resumiu a ética do Cristianismo não em liberdade, mas em amor, mostrando que o amor é maior que liberdade. Acredito que o amor a Deus e nossos irmãos é que deve influenciar o modo como exercemos nossa liberdade.

Que Deus nos abençoe.


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“Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos dará; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também.” Lucas 6:38

SOBRE O AUTOR:
Josias Moura de Menezes

Possui formação em Teologia,  Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Licenciatura em Matemática. É especialista em Marketing Digital, Produção de Conteúdo Digital para Internet, Tecnologias de Aprendizagem a Distância, Inteligência Artificial e Jornalismo Digital, além de ser Mestre em Teologia. Dedica-se à ministração de cursos de capacitação profissional e treinamentos online em diversas áreas. Para mais informações sobre o autor veja: 🔗Currículo – Professor Josias Moura

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