Assine nosso site

Receba nossas publicações em seu email.

Junte-se a 8.537 outros assinantes

25.01.2015 – Estudo EBD: Tiago 3:1-12 – Controlando a Língua

QUER RECEBER ARTIGOS INFORMATIVOS, ESTUDOS BÍBLICOS, REFLEXÕES, SERMÕES E CURSOS GRATUITOS TODA SEMANA EM SEU WHATSAP?

Entre no grupo do Professor Josias Moura agora e receba todos estes recursos gratuitamente.

CLIQUE AQUI PARA VER A VERSÃO PARA IMPRESSÃO

Estudo EBD: Tiago 3:1-12    –   Controlando a Língua

Estar à frente, segurando o microfone, parece ter se tomado status e tem atraído muitos pregadores. Porém são poucos os que percebem a responsabilidade de falar em nome de Deus. Se há algo que devemos ler cuidado é no orgulho que Satanás coloca nos corações. Orgulho em ser notado, ovacionado e tido como um grande pregador. E tudo indica que Tiago tinha esta preocupação em seu coração. Em um dos capítulos mais conhecidos do Novo Testamento, o apóstolo ini­cia desta forma: “Meus irmãos, não sejam muitos de vocês mestres, pois vocês sabem que nós, os que ensinamos, seremos julgados com maior ri­gor.” (3:1).

Tiago já tinha falado sobre falar menos e ouvir mais (1:19), mostran­do que refreara língua é um dos elementos da religião pura (1:26). Falar não é algo tão simples, principal mente para aqueles que tem a responsabilidade do ensino na igreja. Se há algo que o mestre precisa ter é coerência no que fala, para que a sua mensagem ganhe sentido e validade. O mestre na igreja primitiva desempenhava um papel importantíssimo, tendo como tarefa cru­cial à comunicação da doutrina cristã.

A observação aqui nos leva a refletir sobre as motivações de querer ser um mestre. Naturalmente, o ministério de ensino conferia—e ainda confere – um certo tipo de respeito, autoridade e prestígio. Desta forma percebemos que este problema não é novo. Muitos ainda hoje pensam em ensinar ou pregar por causa do prestígio e não por amor à obra de Deus. Alguém pode pregar muito bem sem auxílio do Espírito Santo. Pode, até mesmo, realizar a obra de Deus sem que o Espírito interfira de forma significativa, motivada apenas pelas habilidades humanas. Mas sabemos que aquilo que o homem realiza sem a direção de Deus morre quando o homem morre também.

O ministério da Palavra é de uma responsabilidade tremenda, e por isso Tiago fala do juízo com maior rigor. Aqui podemos lembrar das pala­vras de Jesus, que disse: “…A quem muito foi dado, muito será exigido; e a quem muito foi confiado, muito mais será pedido.” (Lc. 12:48). A adver­tência não é para desencorajar aqueles que querem servir, e sim para mostrar-lhes a impor­tância de se falar em nome do Senhor. No Antigo Testamento vemos Deus questionar aqueles que falavam em Seu nome: “Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Não ouçam o que os profetas estão profetizando para vocês; eles os enchem de falsas esperanças. Falam de visões inventadas por eles mesmos, e que não vêm da boca do SENHOR.” (Jr. 23:16).

No verso 2 Tiago continua: “Todos tropeçamos de muitas maneiras. Se alguém não tropeça no falar, tal homem é perfeito, sendo também capaz de dominar lodo o seu corpo. O instrumento principal do mestre é a lín­gua. E o rigor do julgamento o coloca diante de uma situação perigosíssima, pois a língua é a parte mais difícil de controlar no corpo. Tropeçar aqui tem um sentido moral pode significar “errar, equivocar-se, pecar”. Esta declaração no início do verso 2 mostra a universalidade do pecado (Rm. 3:9-18; 1 Jo. 1:8). O livro de Provérbios destaca a seriedade e a força das palavras (10:8,11; 16:27,28; 17:27; 18:7,8; 23:12). É tão difícil controlar a boca. É dela que se expressa àquilo que é falso, calunioso, cortante e que pode dominar outras pessoas. Desta forma, nin­guém pode se achar perfeito, porque em alguma coisa vamos tropeçar.

Dos versos 3 a 5 Tiago usa alguns exemplos para mostrar o efeito devastador da língua. No verso 3 ele usa a ilustração dos freios usados em cavalos, e que controla todo o corpo do animal, e no verso 4 o leme que controla os navios, capaz de guiá-los a qualquer lugar. As duas ilustrações focalizam uma mesma ação: controle. Os dois objetos (o freio, o leme) são pequenos e exercem um controle firme sobre duas coisas grandes (o cavalo, o navio). E neste aspecto vou concordar com a interpretação de Douglas J. Moo de que “assim como o freio determina a direção do cavalo, e o leme, ao navio, também a língua pode determinar o destino do indivíduo”.

Não é à toa que a Bíblia diz: “Quando são muitas as palavras, o pecado está presente, mas quem controla a língua é sensato” (Pv. 10:19). Jesus tam­bém afirmou: “Mas eu lhes digo que, no dia do juízo, os homens haverão de dar conta de toda palavra inútil que tiverem falado. Pois por suas pala­vras vocês serão absolvidos, e por suas palavras serão condenados (Mt. 12:36,37).

Aquilo que falamos aponta para o nosso destino. Se usarmos palavras desagradáveis elas acabarão por influenciar-nos. Se falarmos mal das pesso­as sempre estaremos sozinhos, pois ninguém vai confiar em nós. As grandes contendas ocorrem por causa de pequenas palavras, ditas no momento e jeito errados. Da mesma forma, como grandes incêndios se iniciam com uma pequena faísca, assim grandes problemas começam com pequenas e desa­gradáveis palavras. E esta a argumentação de Tiago nos versos 5 e 6a: “… Ve­jam como um grande bosque é incendiado por uma simples fagulha. Assim também, a língua é um fogo”

No restante do versículo 6, Tiago aponta para três coisas da língua:

  • “é um mundo de iniquidade”: Tiago possivelmente está apontando para as consequências do uso da língua. Dela podem sair os maiores absurdos.
  • “contamina a pessoa por inteiro”. Os pecados cometidos com a língua se alastram pela pessoa como um todo. A língua amaldiçoa, profana, orgulha-se, diz juramentos falsos, mente e engana, conduz ao adultério, a ido­latria e ao homicídio.
  • “incendeia todo o curso de sua vida, sendo ela mesma incendiada pelo inferno”: Tiago vê que a língua põe a perder a vida do homem, quando usada malignamente. A existência humana fica afetada do começo ao fim com aquilo que 6 dito de forma errada. Este fogo vem do inferno.

 

Nos versos 7 e 8, novamente o apóstolo tenta mostrar a dificuldade de se domar a língua. Os animais têm sido domados pelo homem. Este domínio é uma clara alusão a Gênesis 1:26, em que Deus diz que o homem dominaria sobre os animais. Mas Tiago logo depois afirma: “A língua, porém, ninguém consegue domar. É um mal incontrolável, cheio de veneno mortífe­ro”.

Tiago aponta para duas coisas da língua:

  • ”E um mal incontrolável”. Literalmente significa que é um mal não con­tido, indomável, já que no grego temos o vocábulo akatastos. Isso mostra que a língua simboliza o mal incontrolável que há no íntimo.
  • “cheio de veneno mortífero”. Esta descrição reflete o ensino do Antigo Testamento. No Salmo 140:3 podemos ler: **Afiam a língua como a da serpente; veneno de víbora está em seus lábios” (cf. Pv. 10:8; 11:9).

A conclusão de Tiago é fantástica, pois revela o objetivo de Deus para Sua Igreja. Os versos 9 a 12 revelam que a incoerência e a instabilidade não refletem o propósito de Deus. É triste ver que ”Com a língua bendize­mos o Senhor e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à seme­lhança de Deus.” (v.9). Ao mesmo tempo em que se cantam hinos de louvor e adoração a Deus, as pessoas saem da celebração para falar mal do irmão.

Amaldiçoar não é apenas falar uma praga contra a pessoa. É o desejo de que aquela pessoa seja afastada da presença de Deus e experimente o castigo do inferno. É o desejo de que algo de errado aconteça com o outro. Jesus não ensinou isso, pelo contrário: “Mas eu digo a vocês que estão me ouvindo: Amem os seus inimigos, façam o bem aos que os odeiam, abençoem os que os amaldiçoam, orem por aqueles que os maltratam(Lc. 6:27,28; cf. Rm. 12:14).

A postura dúbia em que da língua procedem a bênção e maldi­ção (v. 10) e inaceitável. Da mesma forma que, de uma fonte não pode brotar água saudável e imprópria, assim não há como de uma mesma boca sair palavras abençoadoras e amaldiçoadoras. A tragédia da língua está exatamente nesta incoerência.

E por fim Tiago usa o exemplo das árvores, e novamente vemos aqui uma proximidade com o ensino de Jesus. O Senhor Jesus disse certa vez: “A árvore boa não pode dar frutos ruins, nem a árvo­re ruim pode dar frutos bons…Assim pelos seus frutos vocês os conhece­rão” (Mt. 7:18,20). Neste caso, Jesus estava apontando para os falsos profe­tas. Tiago está falando que é impossível uma figueira produzir azeitonas, e uma videira figos. Esta Figura de linguagem aponta para a necessidade de coerência. Nossas palavras e ações apontam para o que realmente somos.

Até a próxima semana.

 

Site: www.josiasmoura.wordpress.com

👉Gostou do nosso site? Ajude-nos a mantê-lo e melhorá-lo ainda mais!

👉Abençoe-nos com uma oferta via PIX: CPF 02385701421

👉Seja um parceiro desta obra e ajude a espalhar o conhecimento e a palavra de Deus. 

“Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos dará; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também.” Lucas 6:38

SOBRE O AUTOR:
Josias Moura de Menezes

É formado em Teologia, Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Licenciatura em Matemática. É especialista em Marketing Digital, Produção Audiovisual para Web, Tecnologias de Aprendizagem a Distância, Inteligência Artificial, Jornalismo Digital e possui Mestrado em Teologia. Atua ministrando cursos de capacitação profissional e treinamentos online em diversas áreas. Para mais informações sobre o autor <clique aqui>.

Compartilhe esta mensagem

WhatsApp
Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest
Print
Email

FAÇA NOSSOS CURSOS DE CAPACITAÇÃO A DISTÂNCIA GRATUITOS

Livre

Capacitação em Gestão do Tempo, Planejamento Pessoal e Produtividade – Gratuito

ADQUIRA NOSSAS BIBLIOTECAS DIGITAIS

Show Comments (0)

Deixe uma resposta