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ToggleTexto Bíblico Base: 2 Coríntios 5.18-19: “Tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação; a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não levando em conta os pecados dos seres humanos e nos confiando a palavra da reconciliação.”
Introdução
Bem-vindos à celebração de mais um Dia da Bíblia, um marco significativo em nosso país e em nossas vidas. Este dia especial não é apenas uma data no calendário; é uma oportunidade de refletir sobre a relevância e o impacto que a Bíblia tem em nossa sociedade e em cada um de nós individualmente.
Assim como temos dias festivos que marcam momentos importantes de nossa história e cultura, como o 31 de dezembro, que é a celebração da Confraternização Universal com a chegada um novo ano, o lembrar da morte e nascimento de Jesus Cristo, e o Sete de Setembro, Dia da Independência, o Dia da Bíblia serve como um lembrete poderoso da influência deste livro em nossa formação cultural e espiritual.
A Bíblia, mais do que um livro, é um compêndio de sabedoria, histórias, ensinamentos e princípios que guiam inúmeras pessoas ao redor do mundo:
- Assim como a bússola é uma referência que nos orienta para o Norte e nos fornece uma direção a seguir, a Bíblia oferece orientação moral, ética e espiritual. Ela é uma referência para entendermos nossos valores, nossas tradições e nossa identidade.
- Da mesma forma que consultamos um relógio como referência para saber as horas e nos localizarmos no tempo, a Bíblia nos ajuda a nos localizarmos em nosso percurso de vida. Ela oferece reflexões sobre onde estivemos, onde estamos e para onde estamos indo, tanto individualmente quanto como sociedade.
Celebrar o Dia da Bíblia, portanto, é reconhecer sua importância como um farol em nossa jornada, iluminando caminhos, inspirando esperança e fortalecendo a fé. É um momento para reconhecermos que, independentemente de crenças individuais, a Bíblia continua sendo um livro de referência universal, oferecendo lições atemporais de amor, compaixão, justiça e humanidade.
A Bíblia é um livro singular de referencia por causa de sua coerencia, sobrevivência e relevância.
- Coerência: Apesar de ter sido escrita por mais de 40 autores, de diferentes épocas, lugares, culturas e profissões, a Bíblia mantém uma unidade temática e doutrinária, centrada na pessoa e obra de Jesus Cristo, o Salvador e Senhor.
- Sobrevivência: Em 303 A.D. o imperador Diocleciano proclamou um edito que tinha como objetivo impedir os cristãos de adorarem a Deus e destruir as suas Escrituras: “… um documento imperial foi promulgado em todos os lugares, determinando a demolição das igrejas e a queima das Escrituras, e proclamando que aqueles que ocupavam posições de destaque perderiam todos os seus direitos, enquanto que aqueles que trabalhassem em suas casas perderiam a liberdade, caso insistissem em professar o cristianismo“.
Voltaire, o francês renomado e incrédulo que morreu em 1778, afirmou que, cem anos depois dele o cristianismo estaria varrido da face da terra e teria passado à história. Mas o que aconteceu? Por ironia do destino, “apenas cinqüenta anos depois de sua morte a Sociedade Bíblica de Genebra usou em sua própria residência para imprimir pilhas de Bíblias.“ QUE IRONIA DA HISTÓRIA! Voltaire morreu e mesmo assim a Bíblia continua sendo lida e estudada em várias partes do mundo.
Mas, a Bíblia resistiu a todas as tentativas de destruí-la ou silenciá-la, tanto por perseguições externas como por críticas internas. Ela permanece como o livro mais lido, traduzido e distribuído da história, e continua a transformar vidas e sociedades por meio de sua mensagem.
- Relevância: A Bíblia aborda questões fundamentais da existência humana, como o sentido da vida, a origem e o destino do ser humano, o problema do mal e do sofrimento, a esperança da salvação e da vida eterna. Ela também oferece princípios e orientações para a convivência familiar e social, baseados no amor a Deus e ao próximo, na justiça e na misericórdia.
Alem de tudo que dissemos acima, a Bíblia é um livro que nos ensina a reconciliação. Ela é uma obra de referência para todos os assuntos que dizem respeito à reconciliação, como a fé, a família, a igreja e a sociedade. Ela não se limita a um saber específico, mas abrange todos os aspectos da vida e do conhecimento. Por isso, hoje estamos celebrando a Bíblia, uma obra de referência para a reconciliação. Muitos pensam que a Bíblia é apenas um livro religioso, mas ela é muito mais do que isso. Ela é um livro que nos reconcilia com Deus e com as pessoas. Ela não fala apenas de religião, mas de relacionamento. Ela é a fonte da verdade, da vida e da esperança para todos.
Objetivo
Demonstrar que a Bíblia, através de seus ensinamentos e exemplos, oferece um caminho para a reconciliação e a construção de relações saudáveis, tanto na esfera familiar quanto na social e espiritual.
A Bíblia como referencia para a reconciliação com Deus.
A reconciliação com Deus é a base para a restauração de todas as áreas da vida. Em um mundo marcado por conflitos, violência e injustiça, precisamos dessa reconciliação mais do que nunca. Em 2Coríntios 5.18-19, aprendemos que Deus, por Sua graça, nos oferece essa reconciliação através de Cristo. Esse é o maior presente que podemos receber, pois nos liberta do pecado e nos ensina a viver em paz com Deus e com os outros.
Mas porque a Biblia é uma referencia para reconciliar pessoas com Deus?
- A Bíblia é uma referência para reconciliar pessoas com Deus porque ela revela o plano de Deus para a salvação da humanidade. A Bíblia mostra que Deus criou o ser humano para ter um relacionamento íntimo e pessoal com Ele, mas que esse relacionamento foi rompido pelo pecado. O pecado separou o ser humano de Deus e trouxe consequências graves, como a morte, o sofrimento e a culpa. Mas Deus não desistiu do ser humano, e enviou Seu Filho Jesus Cristo para morrer na cruz e pagar o preço pelos nossos pecados. Jesus ressuscitou ao terceiro dia e venceu o poder do pecado e da morte. Quem crê em Jesus recebe o perdão de Deus e a vida eterna. Essa é a boa notícia da reconciliação com Deus, que a Bíblia nos anuncia.
- A Bíblia também nos ensina como viver essa reconciliação com Deus na prática. Ela nos orienta a nos arrepender dos nossos pecados, a confessá-los a Deus e a receber o Seu perdão. Ela nos incentiva a ter uma comunhão constante com Deus, através da oração, da leitura da Sua Palavra e da obediência aos Seus mandamentos. Ela nos exorta a amar a Deus de todo o nosso coração, alma, mente e força, e a demonstrar esse amor em nossas atitudes e palavras. Ela nos desafia a ser testemunhas da reconciliação com Deus, compartilhando o evangelho com os outros e sendo luz e sal no mundo.
Muitos homens tiveram a oportunidade de experimentar o poder reconciliador de Deus na prática por meio de sua palavra:
- A história de Davi, que pecou contra Deus ao cometer adultério com Bate-Seba e mandar matar seu marido Urias. Davi reconheceu seu pecado, se arrependeu e pediu perdão a Deus. Deus o perdoou e restaurou sua comunhão com Ele. Essa história nos ensina que Deus é misericordioso e fiel, e que Ele perdoa os nossos pecados quando nos humilhamos e confessamos a Ele.
- A história de Zaqueu, que era um cobrador de impostos corrupto e odiado pelo povo. Zaqueu se interessou por Jesus e subiu em uma árvore para vê-lo. Jesus o chamou e foi à sua casa. Zaqueu se arrependeu de sua ganância e prometeu devolver o que havia roubado e dar metade de seus bens aos pobres. Jesus disse que naquele dia a salvação havia chegado à sua casa. Essa história nos ensina que Jesus veio buscar e salvar os perdidos, e que Ele nos reconcilia com Deus quando nos arrependemos e mudamos de atitude.
- A história de Pedro, que era um dos discípulos mais próximos de Jesus, mas o negou três vezes na noite em que Ele foi preso. Pedro chorou amargamente e se sentiu culpado. Depois da ressurreição, Jesus apareceu a Pedro e lhe perguntou três vezes se ele o amava. Pedro respondeu que sim, e Jesus lhe deu a missão de apascentar suas ovelhas. Essa história nos ensina que Jesus nos ama e nos perdoa, mesmo quando falhamos com Ele, e que Ele nos reconcilia com Deus e nos dá uma nova oportunidade de servi-lo.
A experiência de Agostinho com a questão da reconciliação foi marcada por uma longa busca pela verdade e pelo sentido da vida.
Agostinho nasceu em 354, na cidade de Tagaste, na atual Argélia. Ele foi educado na cultura romana e influenciado pelo maniqueísmo, uma religião dualista que dividia o mundo entre o bem e o mal. Ele também se envolveu com o ceticismo, uma corrente filosófica que duvidava da possibilidade de conhecer a verdade.
Agostinho viveu uma vida de prazeres e ambições, tendo um filho fora do casamento e seguindo uma carreira de professor de retórica. No entanto, ele sentia um vazio interior e uma insatisfação com as respostas que encontrava nas diversas doutrinas que estudava. Ele começou a se interessar pelo cristianismo, que era a religião de sua mãe, Mônica, mas tinha dificuldades em aceitar alguns de seus dogmas, como a encarnação de Deus em Jesus Cristo e a ressurreição dos mortos.
A virada em sua vida aconteceu em 386, quando ele se mudou para Milão e conheceu o bispo Ambrósio, que o impressionou com sua eloquência e sua interpretação alegórica das Escrituras. Agostinho passou a frequentar as pregações de Ambrósio e a ler os livros dos filósofos neoplatônicos, que lhe mostraram a existência de um Deus transcendente e imutável, fonte de toda a verdade e bondade. Ele também teve uma experiência mística, em que ouviu uma voz infantil que lhe dizia: “Toma e lê”. Ele pegou um livro que continha as cartas de Paulo e leu um trecho que lhe tocou o coração: “Não em festas e bebedeiras, nem em orgias e devassidões, nem em contendas e ciúmes. Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não vos preocupeis com a carne, para satisfazer os seus desejos” (Romanos 13:13-14).
Essa leitura foi decisiva para a sua conversão ao cristianismo, que ele consumou no ano seguinte, sendo batizado por Ambrósio na Páscoa de 387. A partir de então, ele se dedicou a estudar e a ensinar a fé cristã, usando os recursos da filosofia e da retórica para defender e explicar as verdades reveladas. Ele se tornou um dos maiores pensadores da história do cristianismo, escrevendo obras como “Confissões”, “De Trinitate”, “De Civitate Dei” e “De Doctrina Christiana”.
A reconciliação de Agostinho com Deus foi também uma reconciliação consigo mesmo, com sua família e com a sociedade. Ele reconheceu seus pecados, se arrependeu e recebeu o perdão de Deus. Ele perdoou a si mesmo e aos outros, buscando uma vida de santidade e paz. Ele cuidou de sua mãe, de seu filho e de seus amigos, formando uma comunidade de amor e devoção. Ele se envolveu com os problemas de sua época, combatendo as heresias, as injustiças e as invasões bárbaras. Ele morreu em 430, na cidade de Hipona, onde era bispo, deixando um legado de fé e razão para as gerações futuras.
Assim meus irmãos, a reconciliação com Deus, como descrita em 2 Coríntios 5.18-19, é o alicerce para uma vida de paz e alegria. Ela nos ensina a viver de forma restaurada, não apenas em nosso relacionamento com Deus, mas também em nossos relacionamentos com os outros, construindo uma comunidade caracterizada pelo amor, pelo perdão e pela compreensão.
A biblia como referencia para a reconciliação Familiar:
A Bíblia coloca grande ênfase na família, destacando-a como um pilar fundamental da sociedade e um reflexo das relações divinas. A reconciliação familiar, conforme apresentada nas Escrituras, é essencial para a criação de um ambiente onde prevaleçam o amor, o perdão e a harmonia.
Em Efésios 5:21-6:4, Paulo descreve o relacionamento ideal na família, começando com uma exortação para que todos se submetam uns aos outros em amor. Ele detalha a relação entre maridos e esposas, pais e filhos, enfatizando o amor, respeito e a obediência que devem caracterizar essas relações. Essas orientações são fundamentais para a reconciliação familiar, pois promovem um ambiente de respeito mútuo e compreensão.
A prática do perdão é um elemento central na reconciliação familiar. Colossenses 3:13 instrui: “Suportem-se uns aos outros e perdoem-se mutuamente, se alguém tiver queixa contra outra pessoa. Assim como o Senhor perdoou vocês, perdoem também uns aos outros.” Este versículo sublinha a necessidade de perdão contínuo e incondicional dentro da família, um reflexo do perdão que recebemos de Deus através de Cristo. O amor é apresentado na Bíblia como o maior de todos os mandamentos e a base para todas as relações interpessoais. Em 1Coríntios 13, conhecido como o “hino ao amor”, Paulo descreve as características do amor verdadeiro: paciente, bondoso, não invejoso, não orgulhoso, não rude, não egoísta, não irritadiço, não guarda rancor. Aplicar esses princípios dentro da família pode transformar a dinâmica familiar, promovendo um ambiente de aceitação, compreensão e respeito.
Vejamos alguns exemplos práticos de reconciliação familiar na Bíblia:
- A parábola do filho pródigo, contada por Jesus em Lucas 15:20-24, que mostra o amor e o perdão de um pai que recebe de volta seu filho que o havia abandonado e desperdiçado sua herança. Essa história ilustra como Deus nos recebe de volta quando nos arrependemos de nossos pecados e como devemos perdoar aqueles que nos ofenderam.
- A história de José, Jacó e Esaú, que narra as lutas entre dois irmãos por causa do favoritismo do pai e a traição de um deles. Depois de muitos anos de separação e hostilidade, os irmãos se reconciliam com a intervenção de Deus e o perdão de José, que reconhece o propósito divino em sua vida. Essa história nos ensina a confiar em Deus nas adversidades e a buscar a paz com nossos irmãos.
- A história de Abraão, Isaque e Jacó, que revela a obediência à vontade de Deus e a bênção que dela resulta. Abraão obedeceu a Deus ao sair de sua terra e ao oferecer seu filho Isaque como sacrifício. Isaque obedeceu a Deus ao aceitar o casamento arranjado por seu pai com Rebeca. Jacó obedeceu a Deus ao voltar para sua terra natal e se reconciliar com seu irmão Esaú. Essa história nos ensina a seguir a direção de Deus para nossas famílias e a transmitir a fé aos nossos filhos.
- A história de Rute e Noemi, que mostra a amizade leal entre duas parentes distantes. Rute era uma moabita que se casou com um dos filhos de Noemi, uma israelita. Depois que seus maridos morreram, Noemi decidiu voltar para sua terra, mas Rute insistiu em acompanhá-la e se converter ao Deus de Israel. Rute cuidou de Noemi e se casou com Boaz, um parente de seu falecido marido, dando origem à linhagem de Davi e de Jesus. Essa história nos ensina a ser fiéis e solidários com nossos parentes e a reconhecer a providência de Deus em nossas vidas.
Portanto, a reconciliação familiar, segundo as Escrituras, é um processo contínuo de perdoar, amar e se comunicar efetivamente. Ao aplicar os princípios bíblicos no contexto familiar, podemos construir lares onde prevaleçam a paz, a compreensão e o amor genuíno. A família, portanto, se torna não apenas um refúgio de tranquilidade e apoio, mas também um exemplo vivo de como os princípios bíblicos podem transformar as relações humanas.
A biblia como referência para a reconciliação na Sociedade:
A Bíblia é um livro que nos revela o amor de Deus e o seu plano de reconciliação para a humanidade. Ela nos mostra que Deus criou o ser humano para viver em comunhão com Ele e com os seus semelhantes, mas que essa comunhão foi quebrada pelo pecado.
O pecado gerou separação, conflito, violência e injustiça na sociedade. Mas Deus não desistiu do ser humano, e enviou o seu Filho Jesus Cristo para morrer na cruz e pagar o preço pelos nossos pecados. Jesus ressuscitou ao terceiro dia e venceu o poder do pecado e da morte. Quem crê em Jesus recebe o perdão de Deus e a vida eterna. Essa é a boa notícia da reconciliação com Deus, que a Bíblia nos anuncia.
Na vida em sociedade, a Bíblia nos orienta a seguir os princípios bíblicos que nos ajudam a lidar com as diferenças, promover a justiça e fomentar a paz em comunidades diversas. Alguns desses princípios são:
- Amar o próximo como a si mesmo: Esse é o segundo maior mandamento, segundo Jesus (Mateus 22:39). Isso significa tratar os outros com dignidade, respeito e compaixão, independentemente de suas diferenças. Isso se aplica ao nosso dia a dia, quando nos relacionamos com as pessoas em nossa família, trabalho, escola, igreja e sociedade. Isso nos desafia a ser honestos, generosos, humildes e solidários, buscando o bem comum e a dignidade de todos.
- Perdoar como Deus nos perdoou: Jesus ensinou que devemos perdoar uns aos outros setenta vezes sete, ou seja, sem limites (Mateus 18:21-22). Ele também nos ensinou a orar: “Perdoa as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores” (Mateus 6:12). O perdão é essencial para a reconciliação na sociedade, pois abre caminho para a cura de antigas feridas e a restauração de relações quebradas em diferentes escalas sociais. O perdão não é apenas pessoal, mas também comunitário, envolvendo grupos, povos e nações.
- Dialogar com sabedoria e respeito: Tiago nos aconselha a ser rápido para ouvir, lento para falar e lento para se irar (Tiago 1:19). Esse princípio é vital para a construção de uma sociedade pacífica e justa. O diálogo aberto e respeitoso, a disposição para ouvir diferentes pontos de vista e a paciência para entender as perspectivas dos outros são essenciais para superar mal-entendidos e preconceitos. O diálogo também nos permite expressar nossas opiniões, sentimentos e necessidades de forma clara e assertiva, sem agredir ou ofender os outros.
- Promover a paz e a unidade: Efésios nos fala que Cristo é a nossa paz, que derrubou as barreiras de divisão entre judeus e gentios, e que fez de ambos um só povo, a igreja (Efésios 2:14-17). Esse princípio se estende a todas as barreiras que nos separam, sejam elas raciais, culturais, econômicas ou ideológicas. A promoção da paz e da unidade na sociedade deve refletir esse princípio, buscando ativamente derrubar as barreiras que nos separam, buscando a igualdade e a inclusão, e promovendo uma cultura de paz. A paz não é apenas a ausência de guerra, mas a presença de justiça, amor e harmonia.
- Servir ao próximo como a Deus: Mateus nos conta que Jesus disse que quando alimentamos os famintos, acolhemos estrangeiros, vestimos os nus, cuidamos dos enfermos e visitamos os prisioneiros, estamos fazendo isso a Ele (Mateus 25:35-40). Esse princípio nos mostra que o serviço ao próximo é uma forma de adoração a Deus, e que contribui para a construção de uma sociedade mais empática e solidária. O serviço ao próximo envolve ações práticas de amor, que demonstram o nosso compromisso com o bem-estar e a dignidade dos outros, especialmente dos mais necessitados e marginalizados.
Esses são alguns dos princípios bíblicos que nos orientam a viver a reconciliação com Deus na sociedade.
A Bíblia é, portanto, uma referência de reconciliação para a sociedade, pois ela nos revela o amor e a graça de Deus, que nos reconcilia com Ele e nos transforma por dentro. Ela nos ensina a buscar a reconciliação com os outros, baseada no amor, no perdão, no diálogo, na paz e no serviço. Ela nos convida a viver em harmonia com Deus, conosco mesmos e com os outros, construindo uma sociedade mais justa e pacífica, onde as diferenças são respeitadas e valorizadas como parte da rica tapeçaria da criação de Deus.
Conclusão
Nesta reflexão, vimos como a Bíblia nos ensina a buscar a reconciliação com Deus, conosco mesmos, com nossas famílias e com a sociedade. Aprendemos que a reconciliação é um dom de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação (2 Coríntios 5:18). Também vimos que a reconciliação envolve arrependimento, perdão, restauração e transformação. Além disso, destacamos a importância da justiça social e do amor ao próximo como fundamentos para uma sociedade reconciliada.
Diante disso, somos desafiados a refletir sobre a nossa situação atual: estamos vivendo em paz, reconciliados, sem alimentar inimizades? Temos buscado a reconciliação com aqueles que nos ofenderam ou que ofendemos? Temos promovido a justiça e o amor ao próximo em nossas relações sociais? Temos testemunhado do evangelho da paz e da graça de Deus em nosso mundo?
Que o Senhor nos ajude a responder a essas perguntas com sinceridade e humildade, e nos capacite a viver como agentes de reconciliação em todos os âmbitos da nossa vida. Amém.