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A Credibilidade da Bíblia

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A Credibilidade da Bíblia

1.A FIDEDIGNIDADE E CONFIABILIDADE DAS ESCRITURAS

TÓPICO 1 – A CONFIRMAÇÃO DO TEXTO HISTÓRICO

1b. Introdução

Estamos provando aqui não a inspiração, mas a credibilidade histórica das Escrituras.  

 Deve-se testar a credibilidade histórica das Escrituras pelos mesmos critérios usados para testar todos os documentos históricos.

 C. Sanders, em Introduction to Research in English Literary History (introdução à pesquisa em História da Literatura Inglesa), relaciona e explica os três princípios básicos da historiografia. São, a saber, o teste bibliográfico, o teste das evidências internas e o das evidências externas. 81/143ss.

 

2b. O TESTE BIBLIOGRAFICO DA CREDIBILIDADE DO NOVO TESTAMENTO

     O teste bibliográfico é um exame da transmissão textual pela qual os documentos chegam até nós. Em outras palavras, uma vez que não dispomos dos documentos originais, qual a credibilidade das cópias que temos em relação ao número de manuscritos e ao intervalo de tempo transcorrido entre o original e a cópia existente? 64/26

 F.E Peters ressalta que “baseando-se apenas na tradição dos manuscritos, as obras que formam o Novo Testamento dos cristãos foram os livros antigos mais freqüentemente copiados e mais amplamente divulgados.” 69/50

1c. EVIDÊNCIAS DOS MANUSCRITOS ACERCA DO NOVO TESTAMENTO

 Atualmente sabe-se da existência de mais de 5.300 manuscritos gregos do Novo Testamento. Acrescentam-se a esse número mais de 10.000 manuscritos da Vulgata Latina e, pelo menos, 9.300 de outras antigas versões, e teremos mais de 24.000 cópias de porções do Novo Testamento.

 Nenhum outro documento da história antiga chega perto desse números e dessa confirmação. Em comparação, a Ilíada de Homero vem em segundo lugar, com apenas 643 manuscritos que sobreviveram até hoje. O primeiro texto completo e preservado de Homero data do século treze. 58/145

A seguir apresentamos um quadro estatístico dos manuscritos remanescentes do Novo Testamento:

Gregos

Unciais

267

Minúsculas

2.764

Lecionários

2.143

Papiros

88

Achados recentes

47

Manuscritos

TOTAL

5.309

Gregos existentes

Versão Vulgata Latina

Mais de 10.000

Etiópico

Mais de 2.000

Eslavônico

       4.101

Armênio

       2.587

Versão Siríaca (peshita)

  Mais de 350

Copta

       100

Árabe

         75

Versão Velha Latina

         50

Anglo – Saxônico

           7

Gótico

           6

Sogdiano

           3

Siríaco Antigo

           2

Medo – Persa

           2

Frâncico

           1

 As informações para os gráficos acima foram extraídas das seguintes fontes:

 ALAND, Kurt. Journal of Biblical Literature (Revista de Literatura Bíblica),v. 87, 1968.

 ALAND, Kurt. Kurzgefasste Liste Der Griegrischen Handschriften Des Neuen Testaments (Breve Lista dos Manuscritos Gregos do Novo Testamento). W. De Gruyter, 1963.

 ALAND, Kurt. “Neue Neutestamentliche Papyrii III” (Novos Papiros Terceira Parte). In. New Testament Studies (Estudos do Novo Testamento). Jul. de 1976.

 METZGER, Bruce. The Early Versins of the New Testament As Antigas Versões do Novo Testamento). Oxford: Clarendon 1977.  

 PARVIS, Merrill M. e WIKGREN, Allen, ed. New Testament Manuscript Studies (Estudos do Manuscritos do Novo Testamento). Chicago University of Chicago, 1950.

     RHODE, Eroll F. An Annotated List of Amenian New Testament Manuscripts (Uma Lista Comentada de Manuscritos Armênios do Novo Testamento). Tóquio: IKEBURO, 1959.

 HYATT, J. Phillip. The Bible and Modern Scholarship (A Bíblia e a Erudição Moderna). A bingdon, 1965.

 John Warwick Montgomery afirma que “ter uma atitude cética quanto ao texto disponível dos livros do Novo Testamento é permitir que toda a antigüidade clássica se torne desconhecida, pois nenhum documento da história antiga é tão bem confirmado bibliograficamente como o Novo Testamento.” 64/29

 Sir Frederic G. Kenyon, que foi diretor e bibliotecário – chefe do Museu britânico, reconhecido como uma das maiores autoridades em manuscritos, diz: “…além da quantidade, os manuscritos do Novo  Testamento diferi das obras dos autores clássicos em outro aspecto, e mais uma vez a diferença é bem clara.os livros do Novo Testamento foram escritos na última parte do século primeiro; com exceção de fragmentos muitos pequenos, os manuscritos mais antigos existentes são do quarto século – cerca de 250 a 300 anos depois”. Cremos que, em todos os pontos essenciais, temos um texto bastante fiel das sete peças remanescentes de Sófocles; no entanto, o manuscrito mais antigo e substancioso de ´Sófocles foi copiado mais de 1.400 anos depois de sua morte.” 48/4  

 Em The Bible and Archaeology (A Bíblia e a Arqueoloiga), Kekyon afirma: “De modo que o intervalo entre as datas da composição do original e os mais antigos manuscritos existentes se torna tão pequeno a ponto de, na prática ser insignificante. Assim, já não há base qualquer dúvida de que as Escrituras tenham chegado até nós tal como foram escritas. Pode-se considerar que finalmente estão comprovadas tanto a autenticidade como a integridade dos livros do Nono Testamento.” 46/288

 F.J.A. Hort acrescenta, com acerto, que “na variedade e multiplicidade de provas sobre as quais repousa, o texto do Novo Testamento destaca-se de um modo absoluto e inigualável entre os textos em prosa da antigüidade.” 43/561

 J. Harold Greennlee declara: “…o número de manuscritos néo – testamentários disponíveis é surpreendentemente maior do que os de qualquer outra obra da literatura antiga. Em terceiro lugar os mais antigos manuscritos existentes do Novo Testamento foram escritos numa data muito mais próxima da composição do texto original do que no caso de qualquer outro texto da literatura antiga”. 37/15

2.  O NOVO TESTAMENTO EM COMPARAÇÃO COM OUTRAS OBRAS DA ANTIGÜIDADE

2a. A Comparação de manuscritos

 Em Merece Confiança o Novo Testamento?, F.F. Bruce faz comparações entre o Novo Testamento e antigos textos de história, e apresenta uma descrição marcante a respeito: “Talvez possamos avaliar melhor quão rico é o Novo Testamento em matéria de evidência manuscrita, se compararmos o material textual subsistente com outras obras históricas da antigüidade. O texto das porções existentes das duas grandes obras históricas de tácito depende totalmente de dois manuscritos, um do século nono e outro do século onze.  

Os manuscritos remanescentes das obras menores de tácito (Dialogus de Oratoribus (Diálogo sobre os Oradores), Agricola e Germania) Provêm todos de um códice do século décimo. Conhecemos a história de Tucídedes (cerca de 460-400 a.C.) a partir de oito manuscritos, dos quais o mais antigo data de 900 A.D., e de uns poucos fragmentos de papiros, escritos aproximadamente no início da era cristã. O mesmo se dá com a História de Heródoto (cerca de 480-425 a.C.). No entanto, nenhum conhecedor profundo dos clássicos daria ouvidos à tese de que a autenticidade de Heródoto ou Tucídedes é questionável porque os mais antigos manuscritos de suas obras foram escritos mais de 1.300 anos depois dos originais.” 16/23,24

 Em Introduction to New Testament Textual Criticism (Introdução à crítica Textual do Novo Testamento), Greenlee escreve acerca do hiato de tempo entre o manuscrito original (o autógrafo) e o manuscrito existente (a velha cópia remanescente), afirmando que “os mais antigos e conhecidos dos manuscritos da maioria dos autores gregos clássicos foram escritos pelo menos mil anos depois da morte do seu autor. O intervalo de tempo para os escritores latinos é um pouco menor, reduzindo-se a um mínimo de três séculos no caso de Virgílio. Todavia, no caso do Novo Testamento, dois dos mais importantes manuscritos foram escritos em prazo não superior a 300 anos após o Novo Testamento estar completo, e manuscritos virtualmente completos, de alguns livros do Novo Testamento, bem como manuscritos incompletos, mas longos, de muitas partes do Novo Testamento, foram copiados em datas tão remotas quanto um século após serem originalmente escritos.” 37/36

 Greenlee acrescenta que “uma vez que os estudiosos aceitam que os escritos dos antigos clássicos são em geral fidedignos, muito embora os mais antigos manuscritos tenham sido escritos tanto tempo depois da redação original e o número de manuscritos remanescentes seja, em muitos casos, tão pequeno, está claro que da mesma forma, fica assegurada a credibilidade no texto do Novo Testamento “. 37/16

 Mesmo em relação aos Anais do famoso historiador Tácito, no que diz respeito aos seis primeiros livros dessa obra, ela só sobreviveu devido a um único manuscrito, do século nono. Em 1870 o único manuscrito conhecido da Epístola a Diogneto, um texto cristão bem antigo que os compiladores geralmente incluem entre os escritos dos pais Apostólicos, perdeu-se num incêndio na biblioteca municipal de Estrasburgo. Em contraste com esses dados estatísticos, o crítico textual do Novo Testamento fica perplexo diante da riqueza de material disponível “. 62/34

 F.F. Bruce declara “No mundo não há qualquer corpo de literatura antiga que, à semelhança do Novo Testamento, desfrute uma tão grande riqueza de confirmação textual”. 15/178

AUTOR

Data do Original

Cópia mais Antiga

Intervalo em anos

N.º de Cópias

César

100-44 a.C.

900 A.D.

1.000

10

Lívio

59 a.C. – 17A.D.

20

Platão

7

(Tetralogias)

427 – 347 a.C..

900 A.D.

1.200

Tácito (Anais)

.

100 A.D.

1100 A.D.

1.000

Obras

20(-)     100 A.D.

1100 A.D.

1.000

1

Plínio Jovem

(História)

61 – 113 A.D.

850 A.D.

750

7

Tucídedes

(História)

460 – 400 a.C.

900 A.D.

1.300

8

Suetônio

(De Vita Caesarum)

.

75 – 160 A.D

950 A.D.

800

Heródoto

(História)

480 – 425 a.C.

900 A.D.

1.300

8

Horácio

900

Sófocles

496 – 406 a.C.

1000 A.D.

1.400

193

Lucrécio

Morto       75 – 160 A.D o

1.100

2

Cátulo

54 a.C.

1550 A.D.

1.600

3

Eurípides

480 – 406 a.C.

1100

1.300

200

Desmóstenes

383 – 322 a.C.

1100 A.D.

1.300

200*

Aristóteles

384 – 322 a.C.

1100 A.D.

1.400

49+

Aristófanes

450 – 385 a.C.

900 A.D.

1.200

10

* Todos de uma única cópia

+ De qualquer obra isolada

2b. A Comparação Textual

 Bruce Metzger comenta: “Dentre todas as composições literárias escritas pelo povo grego, os poemas homéricos são os mais adequados para uma comparação com a Bíblia “.61/144 Ele acrescenta: “Em todo o corpo de literatura antiga, tanto grega como latina, a Ilíada é a que mais se aproxima do Novo Testamento por possuir a maior quantidade de testemunho de manuscritos”. 61/144

 Metzger continua: “Na antigüidade os homens (1) memorizavam Homero assim como mais tarde iriam memorizar as Escrituras.(2) Tanto Homero como as Escrituras foram tidos na mais alta estima, sendo citados na defesa de argumentos acerca do céu, da terra e do Hades. (3) Homero e a Bíblia serviram de cartilha para diferentes gerações de escolares que neles aprenderam a ler. (4) Ao redor de ambos cresceu um grande volume de notas marginais e comentários. (5) Ambos tiveram glossários. (6) Ambos caíram nas mãos dos alegoristas. (7) Ambos foram imitados e tiveram suplementos – um com os hinos e escritos homéricos, tais como o Batracomiomáquia, e o outro com os livros Apócrifos. (8) Homero foi analisado e prosado; o evangelho de João foi versificado em hêxametros épicos por Nono de Panópolis. (9) Os manuscritos tanto de Homero como da Bíblia foram ilustrados. (10) As descrições homéricas apareceram nos murais de Pompéia; as basílicas cristãs foram decoradas com mosaicos e afrescos de episódios bíblicos”. 61/144,145

 E.G. Tuner destaca que, sem dúvida alguma, Homero foi o autor mais lido na antigüidade. 92/97  

 Geisler e Nix comparam as variações textuais existentes entre os documentos do Novo Testamento e as obras antigas: “Em seguida ao Novo Testamento, existem mais manuscritos remanescentes da Ilíada (643) do que de qualquer outro livro.

 Eles prosseguem dizendo que “a Ilíada tem cerca de 15.600. Há dúvidas sobre apenas 40 linhas (ou 400 palavras) do Novo Testamento, enquanto que, no caso da Ilíada, questionam-se 764 linhas. Esses cinco por cento de corrupção textual contrastam-se com o meio por cento de emendas no texto do Novo Testamento.”  

 No livro Introduction to Textual Criticism of the Testament (Intrdução à critica do Novo Testamento), Benjamin Warfield cita a opinião de Ezra Abbot sobre noventa e cinco por cento das variações textuais do Novo Testamento, afirmando que elas: “… possuem base tão insignificante… embora haja várias leituras possíveis ; e noventa e cinco por cento das variações textuais do Novo Testamento, afirmando que elas: “… possuem base tão insignificante… embora haja várias leituras possíveis; e noventa e cinco por cento das variações restantes são de importância tão ínfima que sua aceitação ou rejeição não provocaria qualquer diferença significativa no sentido das passagens onde elas ocorrem”. 100/14

 Geisler e Nix fazem a seguinte observação sobre como são contadas as variações textuais: “É ambíguo dizer que existem umas 200.000 variantes nos manuscritos existentes do Novo Testamento, desde que elas dizem respeito apenas 10.000 lugares no Novo Testamento. Se uma única palavra é escrita de modo errado em 3.000 manuscritos, isso é contado como sendo 3.000 variantes ou leituras”. 32/361

 Fenton John Anthony Hort, que passou a vida lidando com manuscritos diz: “É bem grande a proporção de palavras que, sem que haja qualquer dúvida sobre elas, são virtualmente aceitas em todos os manuscritos.

 “Se os princípios seguidos nesta edição estão corretos, pode-se reduzir bastante esse número. Reconhecendo plenamente o dever de nos abstermos de decisões categóricas, em casos em que os dados deixam em suspenso o julgamento entre duas ou mais leituras, descobrimos que, pondo de lado as diferenças de ortografia, em nossa opinião as palavras ainda sujeitas a dúvida constituem cerca de seis por cento de todo o Novo Testamento.

 Um estudo cuidadoso das variações (ou leituras diferentes) dos várias manuscritos mais antigos revela que nenhuma delas afeta uma única doutrina das Escrituras. O sistema de verdades espirituais contido no texto hebraico geralmente aceita do Antigo Testamento não é alterado nem deturpado por qualquer uma das diferentes leituras encontradas nos manuscritos hebraicos de datas mais antigas e que foram descobertas nas cavernas do mar Morto ou em qualquer outro lugar.

 Benjamin Warfield disse: “Se compararmos a situação atual do texto do Novo Testamento com a de qualquer outro escrito antigo, precisaremos declarar que o texto é maravilhosamente correto, tão grande é o cuidado com que o Novo  Testamento tem sido copiado – um cuidado que, sem dúvida alguma, é fruto de uma verdadeira reverência para com suas santas palavras – tão grande tem sido a providência de Deus em preservar para a sua igreja em todas as épocas um texto suficientemente exato, que o Novo Testamento não tem rival entre os escritos antigos, não apenas em termos de pureza de texto pela maneira como foi transmitido e mantido em uso, como também em termos de abundância de testemunhos, os quais chegaram até nós para corrigir falhas relativamente esporádicas.” 100/12,13

2c. CRONOLOGIA DE IMPORTANTES MANUSCRITOS DO NOVO TESTAMENTO

 Métodos de Datação: Alguns dos fatores que ajudam a determinar a idade dos manuscritos são: 32/242 – 246

1)Materiais                                                       5) Ornamentação

2)Tamanho e forma das letras                            6) Cor da tinta

3)Pontuação                                                     7) Textura e cor do pergaminho  

4)Divisões do texto

 O manuscrito de John Rylands (130 A.D.) encontra-se na biblioteca John Rylands, na cidade de Manchester, na inglaterra, e é o mais antigo fragmento existente do Novo Testamento.

 Bruce Metzger fala de uma crítica abandonada: “Caso se tivesse conhecido esse pequeno fragmento durante meadas do século passado, aquela escola de crítica do Novo Testamento, a qual foi inspirada pelo brilhante professor de Tubinga, Ferdinand Chriastian Baur, não poderia Ter defendido que o quarto Evangelho só foi escrito por volta de 160 A.D.” 62/39

 No antigo “Zur Datierung des Papyrus Bodmer II (P.66)” (A Respeito da Datação do Papiro Bodmer II) (In: Anzeiger Der Osterreichischen Akademie Der Wissenschaften (Informativo da Academia Austríaca de Ciências) n 4, 1960, p. 12033), “Herbert Hunger, diretor das coleções papirológicas da Biblioteca Nacional de Viena, atribui ao papiro 66 uma data anterior, meados do século segundo, ou até mesmo a primeira metade desse século; veja o artigo que ele escreveu.” 62/39,40

 O códice Vaticano (325 – 350 A.D.), situado na Biblioteca do Vaticano, contém quase toda a Bíblia.

 O códice Sinaítico (350 A.D.) encontra-se no Museu Britânico. Esse manuscrito, que contém quase todo o Novo Testamento e mais da metade do Antigo Testamento, foi descoberto em 1859, no mosteiro do Monte Sinai pelo Dr. Constantin von Tischendorf, sendo presenteado ao Czar da Rússia pelo mosteiro. Posteriormente, no dia de Natal de 1933, o povo e o governo britânicos o adquiriram da União Soviética por 100.000 libras.

 Em 1853, uma Segunda visita de Tischendorf ao mosteiro não resultou em novos manuscritos porque os monges estavam desconfiados devido ao entusiasmo que Tischendorf demonstrava diante do manuscrito que vira por ocasião de sua primeira visita, em 1844. Escondendo suas emoções, Tischendorf casualmente pediu permissão para examiná-lo mais vagarosamente aquela noite. Com a permissão concedida e tendo-se retirado para seu quarto, Tischendorf passou a noite toda tendo prazer de estudar o manuscrito – pois, como escreveu em seu diário (que, sendo um erudito, mantinha em latim), quippe dormire nefas videbatur (‘ na verdade, dormir parecia um sacrilégio ‘)! Logo descobriu que o documento continha muito mais do que ele até mesmo esperara; pois não apenas a maior parte do Antigo Testamento estava ali, como também o Novo Testamento estava intacto e em excelentes condições, havendo também duas antigas obras cristãs do segundo século, a Epístola de Barnabé (anteriormente conhecida só através de uma tradução latina bem deficiente) e uma grande porção de Pastor de Hermes, obra até então só conhecida de nome”.

2d. A CREDIBILIDADE DOS MANUSCRITOS APOIADA POR VÁRIAS TRADUÇÕES

 As traduções antigas constituem um outro forte apoio em favor do testemunho e exatidão dos textos. Em sua maior parte, “raramente a literatura antiga era traduzida para um outro idioma”. 37/45

 “As primeiras versões do Novo Testamento foram preparados por missionários, para auxiliarem na propagação da fé cristã entre os povos cujas línguas nativas eram siríaco, o latim ou o copta.” 62/67

 As versões (traduções) do Novo Testamento em siríaco e em latim foram feitas por volta de 150 A.D. Isso nos deixa bem próximos da época da composição dos originais.

Existem mais de 15.000 cópias de várias versões

1 .a Versões siríacas

 A velha versão siríaca contém os quatro evangelhos, copiada por volta do século quarto. É preciso explicar que “siríaca é o nome geralmente dado ao aramaico cristão. É escrito numa variação distinta do alfabeto aramaico”. 15/193  

 Teodoro de Mopsuéstia (século quinto) escreveu: “Foi traduzida  para línguas dos sírios”. 15/193

Peshita. O sentido básico dessa palavra é “simples”. Foi a versão padrão, preparada por volta de 150-250 A.D. Hoje existe mais de 350 manuscritos conhecidos, copiados no século quinto. 32/317

 Siríaca Palestinense. A maioria dos estudiosos atribuem a essa versão a data de aproximadamente 400-450 A.D. (século quinto). 62/68-71

2b. Versões Latinas

 Velha Latina. Existem testemunhas, a partir do século quarto até o século treze, de que, no século terceiro, “uma velha versão latina circulou no norte da África e na Europa…”

 Velha Latina Africana (códice Bobbiense) 400 A.D. Metzger diz que “.E.A. Lowe revela indícios paleográficos de Ter sido copiada de um papiro do século segundo”. 62/72-74

 O Códice Corbiense (400-500 A.D.) contém os quatro evangelhos.

 Códice Vercelense (360 A.D.).

 Códice Palatino (século quinto A.D.).

 Vulgata Latina (vulgata é palvra que significa “comum” ou “popular”). Jerônimo era secretário de Damásio, bispo de Roma. Entre 366 e 384, Jerônimo atendeu a um pedido do bispo para que preparasse uma versão. 15/201

2c. Verões Coptas (ou Egípcias)  

 F.F. Bruce escreveu que é próvavel que a primeira versão egípcia foi traduzida no século terceiro ou quarto. 15/214

 Bohaírica. Rodalphe Kasser, que editou o texto impresso dessa versão, calcula que ela deve datar do século quarto. 37/50

2d. Outras versões Antigas

 Armênia (a partir de 400. A.D.). Parecer Ter sido traduzido de uma Bíblia em grego obtida em Constantinopla.

 Gótica. Século quarto.  Geórgica. Século quinto.

 Etiópica. Século sexto.  

 Núbia. Século sexto.

1.A CREDIBILIDADE DOS MANUSCRITOS APOIADA

PELOS PRIMEIROS PAIS DA IGREJA

 A Enciclopédia Britânica afirma: “Após Ter examinado os manuscritos e versões, crítico textual ainda assim não esgotou o estudo das provas em favor do texto do Novo Testamento. Freqüentemente os escritos dos primeiros pais da igreja refletem uma forma de texto diferente da de um ou outro manuscrito… os testemunhos que dão do texto, especialmente quando corroboram leituras oriundas de outras fontes, são algo que o crítico textual deve consultar antes de formar juízo a respeito”. 25/579

 Em refência às citações em comentários, sermões, etc. , Bruce Metzger reitera a declaração acima, dizendo: “De fato, essas citações são tão vastas que, se todas as demais fontes de conhecimento sobre o texto do Novo Testamento fossem destruídas, sozinhas essas citações seriam suficientes para a reconstituição de praticamente todo o Novo Testamento”. 62/86

 Após uma prolongada investigação, Darlymple chegou à seguinte conclusão: “Veja aqueles livros. Você se lembra da pergunta que me fez sobre o Novo Testamento e os pais? Aquela pergunta despertou a minha curiosidade, e, como eu conhecia todas as obras existentes dos pais do segundo e terceiro séculos, comecei a pesquisar  e, até agora, já encontrei  todo o Novo Testamento, com exceção de onze versículos”. 58/35,36

 Uma advertência: Joseph Angus, em História, Doutrina e Interpretação da Bíblia ; Rio de Janeiro: Casa Publicadora Batista, 1971,1953. 2 vol., apresenta algumas limitações dos escritos patrísticos antigos:

1.Às vezes se fazem citações sem exatidão verbal.

2.Alguns copistas tinham tendências para erros ou para alterações intencionais.

 Clemente de Roma (95 A.D.). Origines, em De Principus (sobre o principio), livro II, capítulo 3 , chama-o de discípulo dos apóstolos. 8/28

 Irineu, prossegue, em Contra Heresias, livro III, capítulo 3, dizendo que “ainda tinha o ensino dos apóstolos ecoando em seus ouvidos e a doutrina deles diante de seus olhos”. Ele faz citações de:

 Mateus                                 1Coríntios

 Marcos                                 1Pedro

 Lucas                                    Hebreus

Atos                                           Tito  

 Inácio (70-110 A.D.)foi bispo de Antioquia e foi martirizado, tendo conhecido bem os apóstolos. Suas sete cartas contêm citações de:

 Mateus                Efésios                    1 e 2 Tessalonicenses

 João                    Filipenses                1 e 2 Timóteo

 Atos                    Gálatas                    1 Pedro

 Romanos             Colossenses              

 1Coríntios            Tiago  

 Policarpo (70-156 A.D.), martirizado aos 86 anos de idade, foi bispo de Esmirna e discípulo do apóstolo João.

 Entre outros que também citaram o Novo Testamento encontram-se Barnabé (cerca de 70 A.D.), Hermas (cerca de 95 A.D.), Taciano (cerca de 170 A.D.) e Irineu (cerca de170 A.D.).

 Clemente de Alexandra (150-212 A.D.). Dentre as citações que faz, 2.4000 são do Novo Testamento. Ele cita todos os livros, com exceção de três.

 Tertuliano (160-220 A.D.) foi presbítero da igreja em Cartago, tendo citado mais de 7.000 vezes o Novo Testamento, das quais 3.800 são citações dos Evangelhos.

 Hipólito (170-235 A.D.) faz mais de 1.300 referências ao Novo Testamento.  

Justino Mártir (133 A.D.) combateu o herege Marcião.

 Geisler e Nix acertadamente concluem dizendo que, “a esta altura, um rápido apanhado estatístico mostrará a existência de umas 32.000 citações do Novo Testamento feitas até a época do concílio de Nicéia (325 A.D.). Essas 32.000 são apenas um número parcial, e nem mesmo incluem os escritores do século quarto. Apenas acrescentando-se as citações feitas por um outro escritor, Eusébio, que escreveu prolificamente num período que vai até o concílio de Nicéia, teremos o total de citações do Novo Testamento aumentando para mais de 36.000”. 32/353,354

 A todos esse ainda se pode acrescentar os nomes de Agostinho, Amábio, Latâncio, Crisostomo, Jerônimo, Gaio Romano, Atanásio, Ambrosósio de Milão, Cirilo, de Alexandria, Efraim o Sírio, Hilário de Poitiers, Gregório de Nissa, etc.  

 Sobre as citações patrísticas do Novo Testamento, Leo Jaganay escreve: “Dentro as volumosas obras de material não publicado que o deão Burgon deixou ao morrer, destaca-se o índice de citações do Novo Testamento, feitas pelos pais da igreja antiga. Consiste de dezesseis espessos volumes que se encontram no Museu Britânico, e contém 86.489 citações”. 44/48

CITAÇÕES PATRÍSTICAS DO NOVO TESTAMENTO

ESCRITOR

Evangelhos

Atos

Epístolas Paulinas

Epístolas Gerais

Apocalipse

Total

Justino Mártir

268

10

43

6

3  266 alusões

330

Irineu

1.038

194

499

23

65

1.819

Clemente de Alex.

1.017

44

1.127

207

11

2.406

Orígenes

9.231

349

7.778

399

165

17.992

Tertuliano

3.822

502

2.609

120

205

7.258

Hipólito

734

42

387

27

188

1.378

Eusébio

3.258

211

1.592

88

27

5.176

Totais

19.368

1.352

14.035

870

664

36.289

*14/357

1b. A CREDIBILIDADE DOS MANUSCRITOS APOIADA PELOS LECIONÁRIOS

 Essa é uma grandemente negligenciada, e, no entanto, o segundo maior grupo de manuscritos gregos do Novo Testamento é o dos lecionários.

 Bruce Metzger explica a origem dos lecionários: “Seguindo o costume das sinagogas, mediante o qual em todos os sábados, por ocasião do culto religioso, liam-se trechos da lei e dos profetas, a igreja Cristã adotou a prática de ler trechos do Novo Testamento por ocasião dos cultos. Desenvolveu-se um sistema regular de lições dos Evangelhos e das Epístolas, e surgiu o costume de prepará-las de acordo com uma ordem fixa de domingos e outros dias santificados do ano cristão”. 62/30

 Em geral, os lecionários refletiam uma atitude bem conservadora e utilizavam textos mais antigos. Isto os torna muito valiosos na crítica textual. 62/31

 

Conclusão

  Como foi estudado, o cânon surgiu para que houvesse uma separação entre o certo e o errado. Pois não podemos viver-nos indecisos? Não é verdade? Então a questão do cânon, que significa, regra de fé, apareceu, surgiu, para que falasse não só a igreja, mais as pessoas, acerca de que quias livros da Bíblia, das Santas Escrituras, foram realmente inspiradas, feitos por uma autoridade divina. Mais não foi só isso não; para que tudo finalizasse bem  (em relação aos livros), a igreja precisou de muita luta. Os pais da igreja (os lideres questionaram muito sobre isso. Pois se podia dizer que um livro era canônico mediante alguns critérios, como por exemplo: Foi preciso provar que tal livro possuía autoridade e era dinâmico; como nós sabemos muito bem que a Bíblia tem o poder, autoridade de salvar vidas.

 Se ele era digno de confiança a aBíblia fala mesmo a verdade? Podemos nós seguir-mos o que está escrito na Bíblia? Seus ensinamentos  (como o de Paulo) possuem mesmo confiança? Enfim era preciso que fosse lido, guardado, usado e principalmente aceito pelo povo.

 Outra questão também que envolvia os livros da Bíblia; foi aquestão do Novo Testamento. A onde foi preciso provar se tal livro possuía inspiração e era apóstolico. Pois nós sabemos muito bem que a maioria das cartas relacionadas a igreja foram escritos pelos apóstolos do Senhor, que eram homens dotados pelo Espírito Santo; pelo qual eles foram guiados a escrever somente a verdad. Então o que foi questionado foi o seguinte: So se era considerado o livro (como as épistolas de Paulo aos Hebreus), caso fosse provado que foi Paulo realmente que escrevera. Caso contrário não era apóstolica, nem muito menos canônico.

 Enfim até os políicos perseguirem a igreja a respeito da canonicidade dos livros.  

 Vimos também o aparecimento, o crescimento de outros livros daBíblia considerados como (apócrifos-falsos). Daí surge a questão:”E os católicos? A onde ficam nessa história. Será que só os cristões tem razão? Somente os livros da Bíblia deles falam a verdade? Mas é a partir daí que surgiram as brigas; quanto mais a igreja católica afirmava que a nossa Bíblia é que era falsa, mais surgiam-se os falsos livros. Mais tudo isso resultou-se no seguinte: Até hoje os 66 livros constados na Bíblia dos evangélicos é que são oficialmente oficializados como canônicos; e não os 7 a mais da Bíblia dos católicos. Que por sinal em um dos seus livros apócrifos, o próprio autor pede perdâo pelo que escreve.

 Enfim resumidamente essas foram as questões que envolveram a canoicidade dos livros. Sabendo-se que tanto como o livro do Antigo como o do Novo são considerados até hoje como livros inspirados e Sagrados por Deus. E que cabe a nós, seguidores e ouvintes da palavra, dar-mos glória a Deus por por tudo que esses livros pôde e pode trazer a nós.

BIBLIOGRAFIAS:

•A Bíblia Através dos Séculos – Antônio gilberto

•Introdução Bíblica – Norman Geisler

•Enciclópedia Bíblica

•Enciclopédia  de Bíblia Teologia e Filosofia – R. N  Champlin, Ph.D

 

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“Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos dará; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também.” Lucas 6:38

SOBRE O AUTOR:
Josias Moura de Menezes

É formado em Teologia, Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Licenciatura em Matemática. É especialista em Marketing Digital, Produção Audiovisual para Web, Tecnologias de Aprendizagem a Distância, Inteligência Artificial, Jornalismo Digital e possui Mestrado em Teologia. Atua ministrando cursos de capacitação profissional e treinamentos online em diversas áreas. Para mais informações sobre o autor <clique aqui>.

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1 comentário em “A Credibilidade da Bíblia”

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