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ToggleEvitando o partidarismo
Filipenses 2.3
INTRODUÇÃO
Em nosso relacionamento com outras pessoas, sobretudo no serviço do Senhor, normalmente nos deparamos com indivíduos muito diferentes de nós, e essa diferença precisa ser trabalhada para não prejudicar a comunhão. Devemos cultivar a mansidão, o domínio próprio e a longanimidade no trato com nossos irmãos de ministério e em hipótese alguma permitir que a obra de Deus sofra ou se prejudique por motivos carnais como: o ciúme, a inveja, o partidarismo, a autoglorificação etc. Na verdade, essas indispensáveis virtudes espirituais são traços da beleza de Cristo que devemos incorporar ao nosso caráter na continuidade da vida cristã, e indicam que estamos amadurecendo, crescendo espiritualmente.
Proposição: A humildade rechaça todo egoísmo e outros sentimentos que nos separam.
I- “NADA FAÇAIS POR PARTIDARISMO OU VANGLORIA.”
O que fizermos para Deus em Sua obra precisa estar revestido de intenções boas e movido por coisas certas. O egoísmo é obra da carne e próprio de criancinhas em Cristo (veja Hebreus 5.12-14), de crentes neófitos e ou indolentes, que aprendem muito da Palavra, mas não vivem quase nada do que já aprenderam (Tiago 1.22). Judas Iscariotes é um exemplo de alguém que “colaborou” com Cristo pelo motivo errado (vantagem pessoal).
Aversão atualizada traz “partidarismo”, e a corrigida “contenda”, todavia, no original (epitheia) a tradução requer “rivalidade ou ambição egoísta”. Em outras palavras, está em foco uma espécie de pessoa que disputa posições de governo ou liderança na igreja, que briga e causa confusão o tempo todo com o objetivo de obter espaço e força. Neste caso, o conceito de servo ou de serviço sequer é considerado, porque prevalece apenas o desejo pelo cargo ou posição.
Quando Paulo emprega o termo “vangloria” (kenodoxia), cujo sentido aponta para algum tipo de louvor vazio ou vaidade pessoal, ele ataca de frente uma das três áreas que normalmente derrubam uma pessoa moralmente falando. A busca por reconhecimento, notoriedade, ou a sede pelos “holofotes” podem pôr a perder o ministério e a própria vida de qualquer servo de Deus.
A mistura de egoísmo com vangloria não podería ser mais prejudicial para a saúde comunitária da igreja local, uma vez que ela produz no indivíduo presunçoso um desejo inconsciente de tomar para si a glória (doxa – 1.11) que pertence somente a Deus. Esse impulso carnal de notoriedade nos leva a desprezar os esforços e mais diretamente a pessoa que trabalha conosco no ministério, porque nos consideramos melhor do que ela.
II- “MAS POR HUMILDADE”
A humildade embeleza o caráter do crente, além de ratificar a sua filiação com Deus. Cristo é o nosso maior exemplo de humildade e de trabalho abnegado ou sem o desejo de aparecer. Quem fazia as coisas para ser visto pelos outros eram os religiosos do tempo de Jesus, aos quais Ele chamava de hipócritas {veja Mateus 23.5-7). O antídoto para o mal do egoísmo e da vangloria chama-se humildade.
Fazer a obra de Deus movido pela humildade é o mesmo que trabalhar sem esperar uma recompensa imediata, sem esperar reconhecimento humano. Quem precisa ver nossa obra é Deus (veja Mateus 6.6) que sabe, além de tudo, provar a qualidade de cada uma delas (ICoríntios 3.11-15). A Bíblia declara que no “dia do acerto de contas”, Ele vai recompensar cada feito nosso que favoreça o crescimento de Sua obra na terra (ICoríntios 15.58).
O contrário de humilde é arrogante, soberbo, prepotente. Quem deseja se sobrepor aos outros ou evita a todo custo o trabalho em equipe tem dificuldade séria de convivência e precisa ser tratado no caráter. Somos arrogantes quando fazemos a obra do Senhor buscando outras coisas que não o engrandecimento do Reino de Deus, por exemplo, cargos superiores, reconhecimento e elogios, vantagens econômicas etc.
O que fortalece a nossa humildade é o reconhecimento de que não somos perfeitos, e que temos fraquezas que funcionam como “…espinho na carne” (2Co 12.7) nos lembrando de nossa humanidade e da dependência que temos da graça de Deus. Esta é a forma que o Senhor emprega para manter nosso ego sob controle e nos incentivar a manter nosso velho homem crucificado (veja Gálatas 2.19).
III- “CONSIDERANDO CADA UM OS OUTROS SUPERIORES A SI MESMO”.
Para obedecermos a esse mandamento apostólico, precisamos antes de tudo estar certos de que somos realmente nascidos de novo, e que o “velho ego” permanece cravado com Cristo na cruz (veja Gálatas 2.19), isto porque a “carne” busca permanentemente o contrário (Lucas 18.11,12), ela deseja sempre ser a primeira, estar em destaque e com frequência emprega todo jogo sujo (por exemplo: a mentira, críticas ferinas etc.) para conseguir isso.
Precisamos “considerar” (egoumenoi) ou pensar em relação ao corpo ministerial da maneira mais simples e modesta possível, pois é Deus quem chama e capacita cada um e, normalmente Ele não vocaciona pessoas que já possuem algo que aparentemente os recomenda para a Sua obra, antes é Seu prazer usar e equipar cada um de nós para que a glória seja sempre Sua (veja I Coríntios 1.26-29).
Somos falhos e fracos, mas Deus é perfeito e Todo-poderoso. Reconhecemos isto na prática quando damos aos nossos companheiros de ministério a honra e a dignidade que acreditamos merecer (veja Romanos 12.3).
CONCLUSÃO
Em Corinto havia o PCC (partido das contendas e ciúmes) e era constituído somente por crentes carnais, criancinhas em Cristo (veja I Coríntios 3.1-3). Já em Filipos havia o PV (partidários da vangloria) constituído por indivíduos que queriam aparecer mais do que Cristo. Depois de tudo que foi dito, é nosso desafio fazer a obra de Deus de modo altruísta, sem egoísmo e que contribua para a unidade, além, é claro, de considerarmos os outros melhores do que nós mesmos.
Fonte: https://pastorjosiasmoura.com/
Para Mais informações acesse: http://setebras.hospedanet.org/
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