VIVENDO PARA
SER E FAZER DISCIPULOS:
A ESCOLA DE DISCIPULADORES
Texto Básico: Lc 6.13-16 Texto Áureo: Jo 15.16 Texto Devocional: Jo 17.6-15
INTRODUÇAO
No plano de Deus, a Educação, o sistema de ensino, tinha um papel social e espiritual de marcada importância. Alguns, por falta de informação, não dão o valor necessário ao ministério docente na igreja. E uma pena!
As organizações de Educação Religiosa – Escola Dominical à frente – promovem o crescimento e preparam os recursos humanos tão necessários ao cumprimento do Plano do Senhor.
O profeta Samuel dirigiu uma grupo de profetas. Era uma espécie de "escola de profetas". Isto, mil e poucos anos antes de Cristo. Estudar a Bíblia em organizações destinadas a este fim, na igreja ou num Seminário, não é uma invenção do homem moderno.
Entre os judeus, a escola se desenvolveu com à sinagoga. Marriel C. Tenney lembrou que o Talmud dizia que em 75 a.c, já havia o costume de levar as crianças a uma escola elementar. Antes da criança ir para a escola, já sabia recitar o "SHEMA"(profissão de fé central do Judaísmo) (Dt 6.4).
Jesus se referiu a este fato na passagem de Mt 22.35-40.
I. PIONEIROS NO DISCIPULADO
1. Israel valorizava a educação. Muito antes do início da igreja, o autor de Provérbios conclamou o povo a instruir a criança (Pv 22.6). Os rabinos cuidavam da Educação. Jesus, no seu tempo, valorizou ao máximo sua atividade no ensino. Chamou e formou discípulos. Sabia que precisava de continuadores para a divulgação do seu plano de redenção. Dedicou-se a esses discípulos. Terminando a jornada, disse-lhes: "…vós também testemunhareis porque estais comigo desde o princípio" (Jo 15.27). E eles assim o fizeram.
2. Jesus orou antes de escolher os doze. O evangelista Lucas escreveu que antes de chamar os doze discípulos, nomeando-os apóstolos, Jesus retirou-se para um monte. Ficou a sós com o Pai durante uma noite. Passou horas orando. Só depois disso efetuou a chamada dos pioneiros do seu discipulado (Lc 6.12-16). Oração antecedendo a escolha dos obreiros. Muita oração. Uma noite em oração. Um belo exemplo para nós, esquecidos de que a direção deve caber ao Pai. Não foi assim com o apóstolo Paulo, que escreveu: "Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração" (Rm 12.12).
II. PREPARO PARA O DISCIPULADO
1. Precisamos estar firmes na doutrina da verdade. Na oração sacerdotal, Jesus exaltou a verdade. Esperava que seus discípulos fizessem o mesmo. Os que ouviram a sua palavra e se converteram de todo o coração, guardaram e obedeceram a sua palavra (Jo 17.6). Temos um compromisso com a verdade bíblica. Num mundo rico de ofertas heréticas em cada esquina, espera-se da EBD e de outras agências da igreja, que não renunciem a sua missão de transmitir o recado divino sem mistura e adulteração (Jo 17.8).
2. Poder no Ensino. Uma escola discipuladora precisa ter uma boa reserva de poder espiritual. O reto ensino da Bíblia pressupõe um cenário de luta espiritual. Onde ela está, as trevas não podem ficar; e o erro não tem condições de prosperar (SI 119.105). Escolhidos por Jesus, nascemos de novo para uma nova visão, na dimensão do Espírito. E condição para o exercício do discipulado (Mt 10.1), que requer um enfrentamento espiritual. Mas a opressão e a enfermidade estão debaixo do poder de Jesus. Não é uma maravilha? Mateus 10.8 é conclusivo: o poder foi franqueado aos discípulos de Jesus!
III. DISCIPULAR PARA ABENÇOAR
1. Jesus nos escolheu com um objetivo. Qual foi o objetivo? Que o escolhido dê um fruto que permaneça (Jo 15.16). A qualidade de vida do grupo social onde estamos será influenciada positivamente, à medida que expressemos as características do fruto do Espírito: "amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio" (Gl 5.22.23). Como o mundo precisa desse fruto! O fruto é conseqüência de um ato anterior: uma experiência pessoal de salvação. O discipulado é um desencadeador de bênçãos. E começa com a prioridade estabelecida em Mt 28.18-20, com o evangelho pregado e ensinado sob a ordem de Jesus, que tem todo o poder no céu e na terra. O pregador do evangelho de Cristo tem o poder de Cristo operando e confirmando sua mensagem (Lc 9.1,2; 10.19).
2. Poder para abençoar. A luz no rosto do Senhor, figura do SI 4.6, é portadora de bênçãos. Com Jesus, pela igreja, a luz está ao alcance de todos (Jo 1.9). Bênção de caminhar onde há trevas. Bênção de ter a luz da vida. Não há um padrão para avaliar o que isto representa! Só mesmo a graça do Senhor (Jo 8.12). Quando discipulamos, estamos semeando bênçãos. Com tantas oportunidades à nossa disposição, demos graças a Deus, porque existe uma justificação pela fé (Rm 5.1). Esta é a mensagem que temos, como discipuladores enviados pelo Mestre dos mestres: Jesus é a luz que ilumina as mentes e os corações, que salva, liberta e dá o céu por herança. Tudo isto pregamos no poder do Espírito Santo, que confirma através de sinais e maravilhas (Mc 16.19,20). Mas a maior maravilha é a salvação de um pecador.
CONCLUSÃO
Jesus formou um grupo de discípulos. Essa foi a maior Escola de todos os tempos, porque teve o Mestre dos mestres, como líder. Os discípulos aprenderam lições teóricas e práticas.
Cada um dos discípulos de Jesus era um discipulador que Ele estava preparando, com o objetivo de dar continuidade à obra que começou.
Hoje devemos seguir o exemplo do Mestre, formando discípulos que se tornem discipuladores, para que esta obra não cesse. Nós somos os continuadores da obra do Senhor, para fazermos a sua divulgação, pregando e ensinando todas as coisas que Ele mandou.
PERGUNTAS DA LIÇÃO
1. Temos falhado no mandado de Pv 22.6?
2. A experiência da oração, como em Lc 6.12, faz parte da nossa vida?
3. Como relacionar Jo 17.6 no combate às heresias?
4. Você já passou por um processo de discipulado?
5. O que significa discipular para abençoar?