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ToggleElias: O perigo da falsa religião
Texto base: I Reis 18:22-40
"Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor ê Deus, segui-o; se é Baal, segui-o. Porém o povo nada lhe respondeu ". I Reis 18: 21
INTRODUÇÃO
Israel estava sob o reinado do rei Acabe. Embora em seu governo houvesse conquistado um grande avanço político, por outro lado trouxe enorme prejuízo na área religiosa. Todos os reis, desde Jeroboão, desconsideravam por completo as leis divinas e se inclinavam para a idolatria, levando Israel a cada dia para mais longe do Senhor. A crise religiosa sufocava a nação. O povo não tinha compromisso com Deus.
Foi nesse contexto que o profeta Elias apareceu em cena na história religiosa de Israel. Percebendo tudo que acontecia, ele conclamou o povo a uma tomada de posição quanto à fidelidade a Deus. Foi então que promoveu uma verdadeira batalha espiritual no monte Carmelo para definir quem era o Deus verdadeiro: Baal ou o Senhor dos Exércitos. E isto que vamos estudar nesta lição.
I – CREDENCIADO POR DEUS
Elias estava credenciado por Deus para promover em Israel uma reforma religiosa, reavivando a consciência do povo, que estava mergulhado na idolatria e no paganismo.
Era homem de grande autoridade espiritual. Quando ele disse que nem orvalho nem chuva cairiam sobre a terra por três anos e meio, houve cumprimento da sua palavra, I Rs 17: 1; Tg 5: 17. Isso lhe deu credibilidade. No entanto, foi chamado pelo rei Acabe de "perturbador de Israel", I Rs 18: 17.
Elias tinha grandes virtudes que o caracterizavam como homem de Deus. Vejamos:
a) Uma missão específica. O ministério profético de Elias consistiu em combater o culto a Baal e a pregar a obediência e a submissão ao Senhor. Ele fora chamado com a tarefa de levar a nação israelita a reconhecer sua apostasia e reconduzi-la à fidelidade a Deus, I Rs 18: 21-38. O crente tem a grande missão de combater o pecado e de promover, por meio de Jesus, a transformação de vidas;
b) Uma missão de fé. É impressionante como a Bíblia enfatiza a expressão: "segundo a minha palavra", I Rs 17: 1,15,16 e 24, referindo-se ao profeta Elias. Ele era um homem de autoridade espiritual, que agia pela fé. O sucesso da missão de um crente começa a partir de sua plena confiança em Deus, Mt. 17: 20 e Jo. 5: 4.
II – A FALSA RELIGIOSIDADE
Jesus disse que ninguém pode servir a dois senhores, pois ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro, Mt 6: 24. Elias queria que Israel tomasse uma posição séria diante de Deus, 18: 21. Eles não podiam continuar dizendo que serviam a Deus e, ao mesmo tempo, prestando culto a Baal. Essa dupla atitude caracterizava uma falsa religião. Analisemos em que consiste uma falsa religião:
a) Sincretismo religioso. Toda falsa religião é marcada pela adoração a várias divindades ou por um culto não dirigido ao Senhor. Não há compromisso com o Deus verdadeiro. Acabe estava coxeando entre dois deuses. Ao mesmo tempo que parecia servir ao Senhor, também adorava a Baal, I Rs 22: 6, 7, 12;
b) Uso de rituais humanos, I Rs 18: 28. Em tempos de seca e de peste, o povo sacrificava vítimas humanas para apaziguar a ira de Baal. Geralmente, a família oferecia o primogênito, que era queimado vivo, II Rs 16: 3; 21: 6; Jr 19: 5. Ainda hoje se houve falar de sacrifícios de crianças em certos ritos religiosos, ou de suicídios coletivos; além de sacrifícios de animais e aves.
III – O CONFRONTO DE PODERES
Elias não mais suportava ver a situação espiritual em que vivia seu povo. As pessoas estavam servindo aos ídolos. Não havia em Israel aquela consciência de dedicação ao Senhor. O país estava praticamente sendo governado por Jezabel, esposa do rei Acabe. Em meio à decadência religiosa, o profeta desafiou os 450 profetas de Baal para um confronto. Quem era, de fato, o Deus a ser temido: Baal ou o Senhor? A grande prova aconteceu no Monte Carmelo, I Rs 18: 19.
a) O deus que não ouve, SI 115: 6. Baal não passava de um ídolo. Por isso não podia ouvir, quanto mais responder a seus profetas, que ficaram clamando por ele desde a manhã até a tarde, v. 29. Elias zombava deles e dizia: "Clamai em altas vozes, porque ele é um deus", v. 27. Ainda hoje há muitas pessoas que servem a ídolos. Elas estão cegas espiritualmente, II Co 4: 4;
b) O Deus que ouve e responde, Jr 33: 3. Agora era a vez de Elias. Ele convida a todos para que cheguem perto de si, v. 30. Era necessário que tudo fosse bem testemunhado, para não haver suposição de fraude. Ele reparou o altar do Senhor, colocando tudo em ordem, e mandou encher de água as valas ao redor do altar. Isto por três vezes, v. 34. Então clamou ao Senhor seu Deus, e sua oração foi respondida com fogo. Então, todos disseram: "Só o Senhor é Deus! Só o Senhor é Deus!", v. 39.
CONCLUSÃO
Elias não era melhor que nós, Tg 5: 17. Sujeito às mesmas fraquezas e dificuldades que enfrentamos, o que fez a grande diferença em sua vida foi a oração, a submissão ao Senhor e a coragem para enfrentar uma realidade espiritual adversa. Precisamos buscar em Deus autoridade espiritual para anunciar o Evangelho e combater as forças que se opõem ao crescimento do Reino de Deus.
Na próxima semana iremos estudar o tema: Jó, Perseverança nas tribulações. Não perca.
Pr Josias Moura.
0 comentário em “Estudo Bíblico para o culto de doutrina da Igreja do Betel Brasileiro Geisel. Tema: Elias, o perigo da falsa religião”
divino esse estudo sobre os profetas de baal!! so o Senhor e Deus!!!!!