O sermão escatológico de Jesus
Mateus 24: 1-14
INTRODUÇÃO
A segunda vinda de Cristo é, sem sombra de dúvida, uma das mais lindas e comoventes mensagens do Cristianismo. Ela retrata a esperança dos salvos. Este tema é apresentado em diversos textos do Novo Testamento.
Um deles é Mateus 24, conhecido sermão escatológico de Jesus. Jesus foi abordado por seus discípulos, que lhe perguntaram que sinal haveria de acontecer antes da sua segunda vinda.
Em um dos estudos realizados nas semanas anteriores estudamos acerca das três evidências da chegada do fim dos tempos.
Neste estudo, que é baseado exclusivamente no sermão escatológico de Jesus, estudaremos os alertas feitos pelo Senhor quanto à proximidade do fim dos tempos.
I – MANIFESTAÇÃO DE FALSOS CRISTOS
a) Engano religioso. A primeira advertência feita por Jesus quanto ao fim dos tempos está relacionada ao contexto religioso. Surgirão falsos messias e falsos profetas que, em nome do Senhor, farão grandes sinais e prodígios e enganarão a muitos, Mt 24: 5, 24.
b) Os falsos cristos na história. Flávio Josefo, historiador judeu do primeiro século, relata o surgimento de muitos “messias” ao tempo da dominação romana, antes do ano 70 d.C. Essas pessoas normalmente conseguiam arrebanhar um grupo e promover uma rebelião. Em diferentes momentos no sermão escatológico Jesus alerta sobre os homens do engano religioso que surgirão no fim dos tempos: Mt 24: 4, 5, 23, 24 e 26. Compare as advertências de Jesus com a pessoa do anticristo, em 2Ts 2: 9-10.
No contexto contemporâneo, muitos se proclamam “ungidos” do Senhor e conseguem enganar multidões com sua boa oratória. Temos visto uma intensificação do surgimento de falsos cristos, falsos messias, falsos mestres, falsos ministros, falsos irmãos, pregando um falso evangelho. Tudo com aparência de verdadeiro e bom.
II – GUERRAS E RUMORES DE GUERRAS, v. 6
a) O contexto histórico. Quando Jesus disse essas palavras, o Império Romano estava desfrutando de um longo período de paz. Cerca de quatro décadas mais tarde, porém, o tumulto começaria a inquietar o grande domínio, de tal sorte que Roma veria quatro imperadores num só ano: Galba, Otto, Vitélio e Vespasiano.
b) O aumento dos conflitos na história. Guerras e rumores de guerras não cessaram desde a queda de Jerusalém. Com isso, ao longo dos séculos a profecia tem-se cumprido. O que nos chama a atenção é o crescimento surpreendente destes conflitos: “nação contra nação e reino contra reino”, v. 7.
c) Os conflitos contemporâneos. O século XX foi, sem sombra de dúvida, o que vislumbrou as maiores guerras e conflitos ao redor do mundo. Guerras não só em quantidade, mas também em nível de devastação. O terrorismo é uma modalidade de conflito que faz vítimas incontáveis em nosso tempo. O mundo tornou-se instável e imprevisível, estabilidade pacífica é uma exceção.
III – FOMES, v. 7
A fome é classificada de duas maneiras: aberta ou epidêmica e oculta ou endêmica. A chamada “fome aberta” acontece em períodos de guerras ou quando há pragas e se compromete o fornecimento de alimentos. A “fome oculta” é aquela em que o indivíduo não ingere a quantidade necessária de calorias por dia. O resultado é a desnutrição ou subnutrição.
Em 1974, a Conferência Mundial sobre a Alimentação fixou a meta de eliminar a fome no mundo até 1984. Isso não aconteceu. Estima-se que até 2020 1 bilhão e 300 milhões de pessoas passarão fome.
a) A fome no primeiro século. No relato de Atos 11:28 encontramos um profeta por nome Agabo referindo-se à fome que haveria. Ela ocorreu no ano 46, durante o reinado de Cláudio César, e foi tão severa em Jerusalém que muitos morreram de inanição, por falta absoluta de alimentos. Durante o período de 60 a 80 d.C, a fome, a pestilência, os incêndios, os vulcões e terremotos assolaram o império.
b) Causas da fome. A fome pode ser conseqüência de guerras, de fatores climáticos, mas também é sinal do juízo de Deus, I Reis 17: 1. A fome acontece hoje por má distribuição de recursos. Os governos gastam valores incalculáveis em material bélico, somas inimagináveis são desviadas dos cofres públicos por causa da corrupção, enquanto pouco se faz na área social.
IV – TERREMOTOS, v. 7
a) Grandes tragédias. No ano 63, Pompéia foi destruída por um terremoto. No ano seguinte, metade de Roma, cidade de um milhão de habitantes, foi reduzida a cinzas; em 1 de novembro de 1755, 60 mil pessoas pereceram em Lisboa, Portugal.
b) A previsão bíblica. Em Apocalipse 6, 11 e 16 estão previstos os piores terremotos da história. De acordo com pesquisas, de 1890 a 1930 ocorreram 8 terremotos de 6 graus na escala Richter; de 1930 a 1960, foram 18; de 1960 a 1979, 64 terremotos; de 1980 a 1996 esse número ultrapassa 200 terremotos acima dos 6 graus.
O número tem aumentado assustadoramente. Em Lucas 21: 11, Jesus chama a atenção para grandes epidemias no mundo e terríveis fenômenos que trariam desastres de dimensões mundiais e cósmicas. Durante esses tempos de terror muitos se achegariam a Deus.
O que nos chama a atenção é a intensificação desses sinais, especialmente nos últimos 40 anos. Tudo isso é o começo. Dores ainda mais fortes ainda virão antes da chegada do fim.
CONCLUSÃO
Precisamos atentar para as profecias de Jesus acerca do fim dos tempos.
Alem disso, necessitamos ter uma atitude de compromisso com o reino, nestes dias de cumprimento profético. Não podemos viver um cristianismo sem compromisso e dedicação ao Senhor.
Na próxima semana estudaremos o tema: A SEGUNDA VINDA DE CRISTO: COMO SERÁ?
Não perca este estudo.
Que Deus nos abençoe.
Pr Josias Moura.
Estes estudos estão disponíveis no site: josiasmoura.com