Como superar a ansiedade e o medo – Parte 02
Filipenses 4.2-8; 2Crônicas 20.3-12; 2Crônicas 20.3-12
Introdução
Ansiedade é um sentimento vago e desagradável de medo, apreensão, caracterizado por tensão ou desconforto derivado de antecipação de perigo, de algo desconhecido ou estranho.
A ansiedade é uma resposta emocional provocada por medo. Portanto, medo “é a avaliação de perigo; ansiedade é o estado de sentimento desagradável evocado quando o medo é estimulado”. Tanto o medo como a ansiedade envolvem uma orientação ao futuro do modo que questões de ” e se” ? predominam na mente humana.
Por exemplo: “E se eu não passar de ano?”. “E se eu não conseguir memorizar tudo?”, “E se eu não conseguir terminar o que o chefe pediu?”, “E se me der um branco na hora de falar?”, “E se as palpitações do meu coração provocarem um infarto?
Estamos sempre pensando de forma negativa e focando mais o negativo do que o positivo em nossos pensamentos e situações de vida.
A ansiedade faz com que as pessoas busquem tratamento para um estado aumentado de “nervosismo” ou agitação que traz sofrimento, trazendo problemas no trabalho, nos relacionamentos e nas atividades da vida diária.
Alegrar-se sempre no Senhor
Possivelmente a crise de relacionamento das duas irmãs estava tirando a alegria da igreja. De fato, toda divisão no corpo de Cristo traz consigo uma tristeza imensa. Talvez seja por isso que Jesus orou tanto pela unidade de Seus filhos (Jo 17.11).
No entanto, em meio às lutas, os irmãos foram exortados a se alegrar no Senhor (v.4). Por maiores que sejam as lutas sempre haverá no Senhor, motivo de alegria. No versículo 6, no meio da ansiedade e medo, deveria, ainda assim, haver ações de graças. Se olharmos somente para os problemas, ficaremos mais ansiosos ainda. Se olharmos para o Senhor, teremos motivos para nos alegrar sempre Nele.
Segundo Collins, alegrar-se, para os cristãos, é uma ordenança permanente do Senhor, pois Ele disse que jamais nos deixaria. Temos ainda a expectativa de Sua volta e da vida com Ele num lugar especialmente feito para nós, Seus filhos. Baseados nessa promessa, podemos viver livres do medo. Precisamos conhecer a Palavra do Senhor para que sejamos consolados e fortalecidos!
Confiar em Deus em oração
Em Filipenses 4.6, está escrito que a oração é o melhor remédio à ansiedade e ao medo. Foi em oração que muitos dos heróis da Bíblia aprenderam a confiar no Senhor.
Jó orou muito durante a sua crise existencial. Foi crescendo tanto em confiança em Deus que, no final de suas provações, ele declara: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te veem” (Jó 42.5). Ana, por sua vez, foi embora contente após ter orado com tanta dedicação ao Senhor e ouvido as palavras do sacerdote Eli (1 Sm 1.9-18). Asafe se mostrou confiante na soberania de Deus após entrar no santuário e orar (Sl 73.17-28).
À medida que confiamos mais no Senhor em oração, menos a ansiedade e o medo habitam em nós. Em Mateus 6.25-34, o Senhor Jesus ensina que não devemos ficar ansiosos com a nossa vida. O que devemos fazer é buscar o reino de Deus e a Sua justiça (v.33). A oração vence a ansiedade. Quem ora bastante vive bem.
Conclusão
O texto de Filipenses começa relatando uma crise de relacionamento (v.2), mas termina com uma promessa de paz (v.7).
É possível ter a paz de Cristo ocupando o lugar do medo e da ansiedade em nossa mente e coração, mesmo que as circunstâncias externas não mudem. O que determina a paz no barco não é a ausência da tempestade lá fora, mas a presença de Jesus do lado de dentro (Mt. 8.23-27). Jesus nos prometeu uma paz que o mundo não pode dar (Jo 14.27), no entanto, afirmou, também, que no mundo teríamos aflições (Jo 16.33). Paz não é a ausência de problemas e aflições, mas é uma dependência completa do cuidado de nosso Pai Celeste.
Que os recursos espirituais citados neste texto nos ajudem a vencer a ansiedade e o medo. Que o Espírito Santo aplique em nosso coração o Texto Básico, o que nos fará muito bem. Faz-nos bem refletir esta estrofe de um hino que diz: “Com tua mão segura bem a minha, e pelo mundo alegre seguirei. Mesmo onde as sombras caem mais escuras, teu rosto vendo, nada temerei.”