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Expondo o evangelho de Marcos – Capitulo 09
Jesus estava a caminho de Jerusalém para morrer. À medida que os Doze caminharam com ele, tiveram várias experiências que os preparariam para o ministério vindouro deles. Compreender as experiências relatadas nesse capítulo pode ajudar-nos em nosso ministério.
1) Confirmação da esperança (Leia 9:1-13)
O versículo 1 poderia estar no capítulo 8 por causa da culminância das palavras de nosso Senhor a respeito do discipulado e de seu retorno em glória. Ele confirmou essas palavras ao mostrar a glória prometida a Pedro, Tiago e João (Jo 1:14; 2 Pe 1:16-18). Essa é a única ocasião em que há registro de que nosso Senhor revelou sua glória interior para outros durante seu ministério. Isso foi realmente uma confirmação do reino que Deus prometeu ao seu povo, Israel (Mt 16:28).
Moisés representava a Lei, e Elias, os profetas, e os dois se cumprem em Jesus Cristo (Hb 1:1-2; e veja Ml 4:4-5 e Lc 24:25-27). Eles falaram com nosso Senhor a respeito da partida dele (ou “êxodo”; veja Lc 9:31), que ele cumpriría em Jerusalém. A cruz é tema de conversa e de louvor celestiais (Ap 5).
Os discípulos dormiram (Lc 9:32); portanto, as palavras de Pedro são resultado da confusão e do medo. (É melhor ficar quieto quando estamos confusos e com medo! Veja Pv 18:13.) Ao sugerir que todos permanecessem em glória no monte, Pedro, mais uma vez, tentava impedir o plano de nosso Senhor de ir para a cruz (8:32-33). Enquanto uma nuvem de glória envolvia o ambiente, a voz do Pai interrompe Pedro e repreende-o com gentileza: “A ele ouvi”. Hoje, precisamos prestar atenção a essa ordem. Podemos crer na Palavra de Deus.
Imagine ter essa grande experiência e não poder compartilhá- Ia (v. 9)! Sem dúvida, os outros nove discípulos perguntaram o que aconteceu no monte, mas eles tiveram de ficar quietos. Eles viram a glória do Filho e foram lembrados da infalibilidade das Escrituras e da realidade do reino. Jesus também respondeu às perguntas deles. João Batista era “o Elias” prometido a Israel (Ml 3:1; 4:5-6; Lc 1:16-17; Jo 1:21; Mt 17:13).
2) Demonstração de fé (Leia 9:14-29)
Ao mesmo tempo que, no alto do monte, Pedro, Tiago e João vivenciavam a glória de Deus, no vale abaixo os outros nove discípulos foram envolvidos em uma situação desagradável. Um pai perturbado trouxe seu filho, surdo e mudo, possuído por um espírito imundo (v. 25) para que os discípulos o curassem, mas eles não conseguiram expulsar o demônio. Jesus dera-lhes poder para isso (3:15; 6:7,13), contudo eles foram incapazes de libertar o rapaz. Claro que os líderes religiosos estavam amando discutir com os discípulos (v. 14) a fim de tentar desacreditá-los diante do povo.
Jesus libertou o rapaz; todavia, o demônio fez uma última tentativa para destruí-lo (v. 26; Lc 9:42). Com freqüência, o demônio, pouco antes de a pessoa ser libertada, parece conseguir uma grande vitória; porém, no fim, o Senhor ganha a batalha. Por que os discípulos não conseguiram expulsar o demônio? Por causa da descrença deles (vv. 19,23; Mt 1 7:20) e pela falta de oração e disciplina (v. 29). Aparentemente, os homens descuidaram de seu caminhar espiritual durante a ausência do Senhor. Como é importante manter-se renovado espiritualmente! Você nunca sabe quando alguém precisará de sua ajuda. O Senhor preocupava-se muito com a falta de fé dos discípulos (4:40; 6:50-52; 8:17-21).
3) Confirmação do amor (9:30-50)
A. O amor de Cristo pelos pecadores (vv. 30-32)
Essa é a segunda vez (veja 8:31) que Jesus fala abertamente aos discípulos a respeito de sua morte iminente, mas eles ainda não apreenderam a respeito do que ele fala. O verbo “entregue” indica que sua morte não é acidental nem assassinato; é resultado de um plano divino (Rm 4:25; 8:32).
B. O amor pelo próximo (vv. 33-37)
Jesus fala a respeito de sofrimento e morte, mas os Doze debatem sobre quem é o maior! Eles entenderam de forma errônea o ensinamento de Jesus. Eles viviam em uma sociedade em que poder e posição eram importantes e pensavam que a congregação cristã funcionava da mesma f
orma. Mesmo no cenáculo, antes de Cristo ir para a cruz, os Doze ainda debatiam sobre quem era o maior (Lc 22:24-30). Deus quer que sejamos como crianças, mas não infantis. No aramaico, a língua que Jesus falava, a palavra usada para “criança” e “servo” é a mesma. Encontramos a verdadeira grandiosidade no caráter e no serviço, não na posição e nas posses (Fp 2:1 -13).
C. O amor pelos que não pertencem à nossa congregação (vv. 38-41)
João achou que impressionaria Jesus com seu zelo; no entanto, ele repreendeu-o, de forma amorosa, por sua falta de amor e discernimento. Os Doze pensavam que eram os únicos que serviam a Jesus? E os nove que ficaram esperando embaixo do monte tinham esquecido seu fracasso em expulsar o demônio do rapaz? Como gostamos de criticar os outros
por alcançarem o sucesso que não conseguimos! O versículo 40 e Mateus 12:30, juntos, ensinam a impossibilidade de permanecer neutro quando se trata de Jesus. Se não estamos com ele, estamos contra ele, e vice-versa. É perigoso achar que nossa comunhão com ele é a única certa e a única que o Senhor abençoa e usa em seu ministério.
D. O amor pelo perdido (42-50)
Essa é a admoestação mais longa e aterradora de nosso Senhor a respeito da condenação futura. Se não servimos aos outros (v. 35), podemos fazê-los tropeçar (“ofender”, v. 42) e levá-los à condenação eterna. Temos de lidar de forma drástica com o pecado que há em nossa vida tanto por nossa causa como dos outros, pois o fogo do inferno é real e eterno.
Jesus comparou o inferno a uma fornalha acesa (Mt 13:42) e a um fogo inextinguível. A imagem aqui é a do depósito de lixo do vale do Hinom, fora de Jerusalém (2Rs 23:10; Is 66:24), no qual os restos eram queimados pelo fogo e comidos pelos vermes. A palavra grega para inferno (geenna) vem do termo hebraico Geh Hinnóm — “o vale de Hinom”. O inferno é um lugar real, e as almas perdidas sofrerão lá, e para sempre. Amamos o perdido ou apenas nos preocupamos em ser “o maior”? Na verdade, o povo de Deus dever ser “salgado com fogo” (sofrer perseguição — v. 49), e é importante que tenhamos “sal em […] [nós] mesmos” (manter o verdadeiro caráter e integridade cristãos — Mt 5:13). Provavelmente, os crentes que leram o evangelho de Marcos durante “o fogo ardente” da época de Nero sentiram-se encorajados por essas palavras de Jesus (1 Pe 4:12ss).
A PAZ AMADO !EU QUERO FAZER O CURSO DE TEOLOGIA .COMO FAÇO ?
Date: Fri, 18 Sep 2015 17:33:32 +0000 To: marcone_fc@hotmail.com