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ToggleEstudo Bíblico para escola dominical da Igreja do Betel Brasileiro Geisel – Site: www.josiasmoura.com
Texto da Lição: Jó 1.1-2.13; 42.10-17 Texto Básico: Ez 14.12-14; Mt4.1-11; Tg 1.2-15; 5.7-11; 1 Pe 4.1-19
O Exemplo de Jó
Para Decorar: “Eis que temos por felizes aos que perseveraram firmes. Tendes ouvido da paciência de Jó, e vistes que fim o Senhor lhe deu; porque o Senhor é cheio de terna misericórdia, e compassivo” (Tg 5.11).
INTRODUÇÃO
Alguns personagens foram colocados nas Escrituras para demonstrar aquilo que o crente não deve ser. Todavia, as Escrituras contêm inúmeros exemplos de pessoas como Paulo, que disse: “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo” (1 Co 11.1). (Veja Hb 13.7.)
Jó é um dos bons exemplos para os crentes tanto do Velho como do Novo Testamento. Ezequiel usou Jó como um exemplo de retidão a ser considerado por Israel (Ez 14.12-23). Tiago, o primeiro escritor de uma epístola cristã, referiu-se a Jó como um exemplo de paciência a ser considerado pela igreja (Tg 5.7-11).
A RETIDÃO DE JÓ (Jó 1.1-22)
A retidão que as Escrituras atribuem a Deus e ao crente fiel é baseada no caráter e nos atos de Deus. O homem não pode servir como padrão de justiça porque ele é um pecador, e pecado é injustiça. A retidão do crente é obtida do próprio Deus. Ela conforma-se perfeitamente à vontade de Deus em todas as áreas da vida. (1 Jo 5.17; Rm 4.3,6; 2 Co 5.21; 1 Jo 2.28-3.12.)
A retidão de Jó foi manifestada tanto antes como no decurso de suas provações, Ele já era reto em sua vida diária. Não foram as provações, em si, que o tornaram reto. Esta foi, na verdade, a razão do ataque de Satanás e do prazer de Deus. Jó passaria a ser um exemplo para os demônios e para os homens.
De acordo com Jó 1.1, as características que faziam parte da retidão de Jó eram as seguintes: 1) integridade, 2) retidão, 3) temor de Deus, e 4) afastamento do mal.
A palavra “íntegro” significa “completo”, descrevendo a perfeição da justiça de Jó.
“Reto” enfatiza a constância e a lealdade. A retidão de Jó não era intermitente.
O “temor” de Deus manifestado na vida de Jó era a motivação para a sua retidão ou justiça. Este temor hão é medo do poder e retribuição de Deus, mas um temor reverente (um profundo respeito) por quem Ele é. O resultado é o desejo de não desagradá-10. A pessoa que tem esta espécie de respeito por Deus, buscará ter uma vida de acordo com o caráter de Deus.
Jó evitava também praticar o mal. A retidão não é unicamente uma separação que faz a pessoa aproximar-se do caráter e da pessoa de Deus, mas uma separação de tudo que é contrário ao caráter de Deus. Esta é a essência da retidão. Jó não era inconsistente; sua retidão era Completa e constante.
Jó foi primeiramente privado de toda a sua riqueza material e de sua família (Jó 1.9-19). Satanás pode ter descoberto que outros crentes mantinham uma vida reta, apenas enquanto Deus os abençoava, e então aconselhou Deus: “Toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema contra ti” (v. 11).
A simplicidade das Escrituras demonstra a singularidade da vida de Jó: ele manifestou sua tristeza e adorou a Deus (v. 20).
A marca da aprovação de Deus sobre a retidão de Jó é surpreendente e simples: “Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma” (v. 22). Jó manteve-se separado do pecado durante todas as suas privações.
A PACIÊNCIA DE JÓ (Jó 2.1 -13; 42.10-17)
A opressão satânica tinha apenas começado para Jó. A firmeza de Jó foi tomada por Satanás como orgulho (Jó 2.4). O ataque seguinte, portanto, foi dirigido contra a pessoa de Jó.
Deus limitou o poder de Satanás; ele podia infligir a Jó qualquer forma de tormento físico, mas não podia matá-lo (v. 6).
A segunda provação iria estabelecer um aspecto diferente da santidade de Jó — a paciência. Jó recebeu, a primeira provação com louvor. Receberia a segunda com paciência?
Os tumores que cobriam o corpo de Jó (v. 7) eram parecidos com furúnculos ou feridas purulentas. Os efeitos desta doença na vida de Jó foram dramáticos, mas a sua santidade não desapareceu. A primeira evidência de sua perseverança veio numa forma prática, não dando lugar ao pânico. Jó começou a raspar o pus da pele com um pedaço de cerâmica (v. 8). Isto pode tê-lo aliviado temporariamente da coceira e evitado que a doença se espalhasse através do pus.
A mulher de Jó foi a primeira a reagir à situação. Ela o aconselhou a esquecer o seu orgulho pessoal e amaldiçoar a Deus (v. 9). A resposta de Jó mostra que ele ficou surpreso ao ver a esposa reagir tão insensatamente: “Falas como qualquer doida” (v. 10), acusou-a. Apesar de surpreso com o seu comportamento, tratou-a com amorosa firmeza e bondade: “Temos recebido o bem de Deus, e n5o receberíamos também o mal?” (v. 10), perguntou. Jó, sem nenhum traço de egoísmo, deu à mulher o seu lugar de direito ao lado dele nas bênç8os e no sofrimento. (Veja Gn 2.23,24.)
O comentário do Espírito Santo a respeito desta segunda provação (v. 10) é quase idêntico ao anterior. Um importante acréscimo, porém, enfatiza a área geral do pecado, quando falha a paciência: “Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios.” Tal ênfase não escapou evidentemente aos olhos do apóstolo Tiago, pois em Tiago 5.9, 12-16, ele coloca o exemplo de Jó em um contexto repleto de referências ao nosso modo de falar.
Os últimos dias de Jó trouxeram-lhe o dobro de bens que anteriormente possuía (Jó 42.10-15). As grandiosas bênçãos de Deus se estenderam até mesmo aos filhos que Ele deu a Jó e sua esposa. Contrariamente às ovelhas, camelos, bois e jumentos, Jó poderia um dia, gozar novamente da companhia dos filhos além da sepultura; Deus precisava conceder-lhe então apenas mais dez filhos, para dobrar o número deles. (Jó L2; 42.13-15.)
O fato pouco comum de conceder herança às filhas, como se fazia com os filhos, revela a grande riqueza de Jó e enfatiza o seu reconhecimento contínuo de que tudo o que possuía pertencia a Deus.
A vida de Jó prolongou-se por mais 140 anos depois de suas provações (w. 16,17). Deus recompensou claramente a retidão e a paciência de Jó. Seu prêmio foi total, e completa a sua justificação. A medida que observamos os atos de Deus na vida de Jó, para o bem deste e para a Sua glória, concedamos a Deus o direito de operar em nossa vida, sabendo que “o caminho de Deus é perfeito” (SI 18.30).
EXAMINE A SUA VIDA
Você está tentando evitar o pecado, pela graça de Deus? Você “teme” a Deus? O temor de Deus resulta no desejo de agradá-lo. Você está fazendo isso? Como está a sua paciência cristã? Qual a segurança que os pais cristãos têm de encontrarem seus filhos salvos na vida futura?