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Estudo para EBD – Lição 13 – Tema: Prefácio e saudação da carta a Tito

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Lição 13 EBD – Tema: Prefácio e saudação da carta a Tito

Tito 1.1-4; Tito 1.4

“… a Tito, verdadeiro filho, segundo a fé comum. Que a graça e a paz, da parte de Deus Pai e de cristo Jesus, nosso Salvador, estejam com você.”

Nos tempos antigos, não havia computadores, internet, e-mails, por isso, as cartas eram o meio mais comum para se comunicar com amigos e pessoas queridas que estivessem longe. Naquele tempo, não havia canetas esferográficas nem papel. Assim, as cartas eram escritas à mão, em couro curtido (pergaminho), com um pincel levemente molhado num tinteiro. Nos documentos importantes, como as epístolas, não podería haver erros nem rasuras. Se acontecesse, o couro deveria ser substituído. Imaginem o trabalho que Paulo teve para escrever! Imaginem as dificuldades para que a carta chegasse a Tito! Imaginem a alegria de Tito ao receber a carta! Graças a Deus essa carta chegou a nós!

I.O remetente – Paulo (Tt 1.1-3)

Há uma grande possibilidade de Paulo ter escrito esta carta quando se encontrava na Macedônia, entre a primeira e a segunda prisão em Roma, cerca de 64 a 67 d.C. Ele, mesmo considerando Tito como filho querido, como era comum nas suas epístolas, se apresenta formalmente. Vejam alguns comentários sobre a sua saudação:

  • “Esta saudação de abertura, construída de modo compacto e intrincado, é esmerada e solene. De modo calmo, porém, firme, Paulo reivindica e define de modo completo a função do apostolado” (Kelly).
  • “Paulo, nos seus primeiros pronunciamentos, revela sua humildade, sua autoridade, seu ponto de vista e a sua atitude” (D.L. Moody, citado por Pfeiffer e Harrison).

1.Sua identificação – “servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo”. Na época de Paulo, era comum alguns indivíduos enviarem cartas às igrejas e, para que essas cartas tivessem autoridade apostólica, eles se identificavam como Paulo, Pedro, João, Tiago (cf. 2Ts 2.1-2). Aqui quem escrevia era o verdadeiro Paulo.

  • “Servo de Deus”: Abraão, Moisés e Davi foram os primeiros que receberam esse título (Sl 105.42; Dn 9.11; 2Sm 7.5). Paulo, talvez para combater os insubordinados da circuncisão (1.10), se posiciona ao lado deles. Para Barclay, ser “servo de Deus” significa tanto a posição à qual ele se colocava diante de Deus, como também a autoridade que recebia de Deus. Ou seja, sendo servo submisso, Paulo, assim como os demais profetas do passado, era comissionado e autorizado por Deus. Portanto, tudo que fazia, por ser ordem divina, tinha autoridade e autenticação divinas.
  • “Apóstolo de Jesus Cristo”: o termo “apóstolo” significa “mensageiro”, isto é, alguém enviado para anunciar a mensagem de Deus. Um enviado sempre leva sobre si uma autoridade delegada. Aqui se explica em que sentido Paulo é servo de Deus, a saber, ele serve como emissário de Jesus. Assim, o verdadeiro enviado fala com o acento da segurança e da autoridade de alguém que sabe. As palavras “eu acho” ou “eu penso” não são usadas por ele. Isso porque sua fala e sua mensagem não são propriamente suas, mas de Cristo.

2.Sua missão – “proclamar a fé e o conhecimento da verdade”. Esse ministério define o serviço apostólico. Para Bürki, esse serviço está fundamentado naquilo que Deus fez e faz. Não tem sua origem em Paulo, mas em Deus. Foi confiado a Paulo, mas quem efetua e realiza a obra é Deus. Assim como num supermercado existem os promotores que promovem produtos que não lhes pertencem, a fé e o conhecimento que Paulo promovia eram originários de Deus.

A fim de capacitar o homem para a vida com Cristo, o dever do apóstolo era despertar nele a fé, ou seja, a confiança total e absoluta em Deus, a fé que leva o homem a viver de tal maneira que outros vejam Cristo refletido nele, fé que desperta no coração o desejo de se capacitar e aprofundar no conhecimento divino.

Não está em jogo mero conhecimento da verdade, mas um conhecimento que levava à fidelidade a Deus. Assim, a tarefa de Paulo era pregar o evangelho que oferecia, não apenas um credo intelectual ou um código moral, mas a própria vida de Deus.

3.Sua esperança – “a vida eterna com Deus”

O fundamento da confiança, tanto de Paulo como de todo aquele que prega e recebe a verdade, é a esperança da vida eterna. Tal esperança é o alicerce lançado antes da fundação do mundo, e Deus, Aquele que não engana nem mente, é o idealizador (2Tm 1.9). Segundo o Comentário Moody, esses eternos propósitos começaram a ser desfrutados pelo mundo por meio da pregação. Paulo recebeu e pregou essa mensagem.

Kelly argumenta que o serviço de Paulo tem cunho escatológico (do fim dos tempos). Nele, Paulo se agarra, pois, praticando-o no presente, fortalecia sua esperança no Cristo ressuscitado e na mensagem salvadora trazida por Cristo. Assim, a mensagem de Paulo não é nada mais que o compartilhar da esperança da vida com Deus.

II.O destinatário-Tito

Tito, a quem Paulo endereçou a carta (v.4), estava em Creta, uma ilha grega localizada no mar Mediterrâneo. Paulo havia passado por lá quando estava sendo levado para a prisão, em Roma (At 27.7-13,21). No entanto, as igrejas que lá havia, poderiam ter sido fundadas por ele ou surgido pela ação de judeus convertidos no dia de Pentecostes (At 2.11). Mas, sendo Paulo ou outros que tenham iniciado a igreja, parece que ele esteve noutra ocasião em Creta e deixou Tito para que continuasse a obra lá iniciada (Tt 1.5). Neste versículo 4, Paulo apresenta Tito usando as seguintes expressões:

1.”Um verdadeiro filho na fé”. O termo “verdadeiro”, usado por Paulo, significa: legitimamente nascido, não espúrio, genuíno, sincero, autêntico. Paulo chamou Timóteo e Onésimo da mesma forma que chamou Tito (lTm 1.2,18; 2Tm 1.2; 2.1; Fm 10). Ou seja, Tito, assim como Timóteo e Onésimo, abraçou a fé em Jesus por meio da proclamação do apóstolo, representando fruto real do seu serviço.

2.Alguém que compartilhava da mesma fé. Alguns entendem que essa fé comum é uma analogia à comum salvação, herança que Deus dá a todos (cf. Jd 3). O Comentário Moody concorda com essa ideia e, segundo ele, Tito foi encarregado de fundamentá-la em Creta. No entanto, J.N.D. Kelly entende que aqui a expressão é de foro íntimo e pessoal; assim deve ser tratado, pois assim o contexto requer. Hans Bürki entende que ela se apoia num relacionamento espiritual entre pai e filho. A esse respeito, W. Barclay argumenta: “O grande dia para um pregador ou um mestre é aquele em que seu filho na fé se converte em seu irmão na fé, quando aquele que ensinou, treinado e nutrido está capacitado para tomar seu lugar no trabalho da igreja, não já como um menor, mas sim como um igual”. Em suma, Tito foi enviado a Creta, não apenas para falar como se deve viver a vida cristã, mas para mostrar, pelo seu exemplo, como se vive a vida cristã (Tt 2.7).

3.Um dos ajudantes mais valiosos e confiáveis de Paulo. Nas diversas referências feitas a Tito nas Escrituras, percebe-se que ele foi importante colega de Paulo. Vejam e analisem as seguintes informações:

  • Mesmo sendo de origem grega (G1 2.3), seu nome era de origem latina, e com definição incerta, pode significar: “enfermeira ou ama-seca”.
  • Ele foi destemido companheiro de Paulo. No concilio de Jerusalém, igreja que não simpatizava muito com Paulo, este, além de Barnabé, levou o destemido Tito (G12.1).
  • Foi ele quem levou as orientações de Paulo à igreja de Corinto. Quando a situação estava difícil ali, foi Tito quem levou uma das cartas mais severas escritas por Paulo.
  • Tito, além de espiritual, era prático. Por isso, Paulo o escolheu para organizar a coleta para os membros pobres da igreja de Jerusalém (2Co 8.6,10). Em Corinto, como colaborador fiel, ele andou no mesmo espírito do apóstolo Paulo (2Co 8.16).
  • Tito, além de cooperar com Paulo em Corinto, também foi útil em Nicópolis (Tt 3.12) e em Dalmácia (2Tm 4.10).
  • Sobre Tito, Barclay faz o seguinte comentário: “Há dois tipos de pessoas: as que podem fazer com que uma situação má piore, e as que conseguem trazer ordem ao caos e paz à contenda. Tito era a pessoa para ser enviada a um lugar onde houvesse problemas”. Tito era o homem para as tarefas mais duras.

Conclusão

Após observarmos essa série de deveres cristãos, cabe-nos agora praticá-los. Somente o Espírito Santo pode nos conduzir ao cumprimento dessas responsabilidades, sejam sociais ou eclesiásticas, portanto, oremos pedindo capacitação para ser excelentes em nossa conduta cristã.

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“Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos dará; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também.” Lucas 6:38

SOBRE O AUTOR:
Josias Moura de Menezes

É formado em Teologia, Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Licenciatura em Matemática. É especialista em Marketing Digital, Produção Audiovisual para Web, Tecnologias de Aprendizagem a Distância, Inteligência Artificial, Jornalismo Digital e possui Mestrado em Teologia. Atua ministrando cursos de capacitação profissional e treinamentos online em diversas áreas. Para mais informações sobre o autor <clique aqui>.

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