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Texto da lição: Provérbios 10:2-3; 22; 20:17; 15:27; 20:14; 11:1; 17:23; 20:21; 21:7;23:10
Leituras diárias:
Segunda: Deut. 25:13-16 Quinta: Actos 4:32-37
Terça: Amós 8:4-10 Sexta: Actos 5:1-11
Quarta: Marcos 11:15-17 Sábado: Tiago 5:1-6
Leitura devocional: Conversão sincera – Lucas 19:1-9
Texto áureo: “Balança enganosa é abominação para o Senhor, mas o peso justo é o seu prazer.” (Prov. 11:1)
INTRODUÇÃO: Desde que o pecado entrou no mundo, a desonestidade é característica de todas as sociedades humanas. Temos que convir existirem pessoas para quem é difícil ser honesto, tal é o desvio mental, fruto da habituação. Todas as pessoas são tentadas, umas mais raramente do que outras, a cometer alguma desonestidade. Ninguém pode ser honesto se colocar os seus interesses pessoais acima da integridade ou se basear a sua moralidade numa perspectiva egoísta.
Porém, a honestidade e a lealdade são princípios que fazem parte integrante da ética cristã, devendo ser adoptados como bases para os relacionamentos, acordos e negócios.
I – VANTAGENS DA HONESTIDADE
Proclamando a honradez (Prov. 10:2). O lucro conseguido por meios fraudulentos é de curta duração. Ainda que se trate de grandes tesouros, não têm valor real.
Jesus colocou a questão: “Pois que aproveitará ao homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma?” (Mat. 16:26). Tenhamos, sempre, presentes estas duas questões, antes de encetarmos qualquer negócio ou acordo, questionando-nos, igualmente: Qual é mais precioso? O lucro desonesto ou a bênção do Senhor?
A intervenção de Deus (Prov. 10:3). O Senhor faz grandes promessas àquele que escolhe ser honesto em todas as transações, sendo o lucro imensamente superior àquele que se conseguiria de forma desonesta. “O Senhor não deixa ter fome o justo, mas rechaça a avidez dos perversos.” Estas palavras não prometem fortuna, mas asseguram a intervenção divina na manutenção do teu sustento, preservando-te da fome. Por outro lado, Deus promete que, se o teu procedimento for desonesto, o teu lucro será de curta duração e o que tiveres, não te trará real satisfação.
Bênçãos sem aflição (v. 22). As bênçãos do Senhor são de muito maior valor do que qualquer tesouro que o mundo nos conceda, e somente elas te podem tornar, efetivamente, rico, sem qualquer consequência negativa! O lucro material traz associada, muitas vezes, a ansiedade, dada a necessidade de proteger o que se adquiriu. O nosso Deus dá-nos o privilégio de guardarmos os nossos tesouros num “banco” onde o risco é zero e o galardão é extraordinário: no Céu, onde a traça e a ferrugem não corroem e onde os ladrões não conseguem entrar (Mat. 6:19-20). “Quando te deitares, não temerás; deitar-te-ás e o teu sono será suave.” (Prov. 3:24).
Sem sombra de remorso (20:17). O Senhor não afirma que a desonestidade não traga, consigo, algum prazer; torna claro, no entanto, que ele será de curta duração. Se o teu pão te chega através da fraude, tomará o sabor de areia, na tua boca. O sabor do fruto da fraude é semelhante àquele proporcionado pela imoralidade, sendo, igualmente, ajustadas as palavras do Senhor: “As águas roubadas são doces, e o pão comido às ocultas é agradável. Eles, porém, não sabem que ali estão os mortos, que os seus convidados estão nas profundezas do inferno.” (Prov. 9:17-18).
Paz no lar (15:27). O que é ávido por lucro desonesto traz, juntamente, desassossego à sua casa. A busca do dinheiro de forma desonesta nunca é um assunto pessoal; envolve, de forma negativa, toda a família. Atitude contrária, traz prosperidade, paz e a harmonia rescende em cada canto do lar.
A desonestidade destrói o amor, felicidade para o ser humano. Daí, neste livro, se afirmar que “Melhor é o prato de hortaliças onde há amor, do que o boi cevado e, com ele, o ódio.” (Prov. 15:17).
II – A PRÁTICA DA HONESTIDADE
Para se ser honesto nos nossos relacionamentos com os outros há necessidade de estabelecermos, com nós mesmos um compromisso pessoal: estarmos determinados a fazer o que é correto e digno em todas as esferas da nossa vida, inclusivamente nos negócios e atividade diária. Há que colocar um guarda quer sobre o nosso discurso, quer sobre as nossas práticas.
Dizer não à mentira (20:14). Uma das técnicas favoritas daquele que quer vender o seu peixe é deitar abaixo o do vizinho. O que compra tem a mesma atitude: “Nada vale, nada vale, diz o comprador”. Logo, junto dos amigos, se orgulha da sua esperteza, junto do vendedor. Este provérbio não está a criticar, diretamente, a compra de pechinchas. Aliás, devemos saber aplicar da forma mais correta os nossos haveres. O que o Senhor está a condenar é a utilização da “arte” de enganar quem está a vender. Nunca usemos palavras enganosas e desonestas para levar vantagem sobre os outros.
Não defraudar (11:1). O Senhor deseja que os seus filhos sejam amáveis e honestos em todas as situações. Tal como não se deve mentir ou ludibriar um comprador. “Balança enganosa é abominação para o Senhor, mas o peso justo é o seu prazer.” Este verso descreve as reações de Deus como sendo de natureza emocional. Detesta a fraude e deleita-Se nos filhos que são justos nos seus relacionamentos. Deus quer ver os Seus filhos a promoverem a estima e consideração dos outros, anulando todas as tentativas de defraudar quem quer que seja.
Não ao suborno (17:23). Aquele que deseja ser honesto, deve recusar toda e qualquer tentativa de receber dinheiro por debaixo da mesa. “O perverso aceita suborno secretamente, para perverter as veredas da justiça.” Vende-se, todo aquele que decide a favor da oferta mais elevada. Que critérios prevalecem? Qual a atitude do crente em Jesus?
Nada de pressões interesseiras (20:21). Como filhos de Deus, honrados e leais, não podemos deixar-nos influenciar, usando de fraude ou outros recursos que Satanás coloca à nossa disposição, para enriquecer rapidamente, passando por cima dos direitos dos outros. Quantos não há que defraudam e roubam irmãos ou demais herdeiros, quando da partilha de bens! Os que são honestos têm repulsa por tais atitudes e práticas. Há que considerar o trabalho como fonte saudável e digna de angariar recursos, aprovada e reconhecida por Deus.
Não roubarás (21:7; 23:10-11). O crente em Jesus sabe reconhecer e rejeitar toda a espécie de práticas criminosas, reconhecendo as suas consequências nefastas. Deus não deixa qualquer dúvida sobre as consequências da usurpação dos bens pertencentes aos outros. Deus faz-nos saber que Ele próprio defenderá a causa dos que são lesados, dos que não têm possibilidade de defesa. Terrível situação de alguém que se afirma como filho de Deus, tê-Lo como seu opositor, na sequência da exploração de um dos Seus filhos!
Aquele que aspira mais às bênçãos celestiais do que ao julgamento divino, vive honesta e dignamente, trabalhando e respeitando os outros e os seus bens.
A Palavra de Deus regista um acontecimento especial, na vida de uma Sunamita (2 Reis 4:13). Ela levava uma vida simples, desejando ser uma bênção para os outros. Quando lhe foi concedido o privilégio de ser recebida em audiência, pelo rei, ou por algum dos seus acessores, bem como outros benefícios, pela manifestação da sua amabilidade e hospitalidade para com Eliseu, a sua resposta foi, simplesmente: “Habito no meio do meu povo.” Aquela sunamita não tinha outro desejo senão ser justa e honesta com o povo que Deus trouxera à sua vida.
Que bênção se a tua honestidade produz no coração a satisfação que a vida com Deus te proporciona!
http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/paguei-pra-ver
Quando iniciei a minha pesquisa histórica acerca da origem do cristianismo senti-me profundamente incomodado com a historiografia oficial. Percebi prontamente que essa historiografia está seriamente contaminada pela fé. O acatamento da Bíblia não é científico. Claro que o propósito da nossa cultura era lastrear a fé cristã e fortalecê-la constantemente. Para isso, serviu-se da história como um mero instrumento utilitário de convencimento. Se a Igreja dissesse que preto era branco, todos tinham que acreditar piamente. Especialmente os professores, que eram sustentados por ela. Não havia escola que não fosse cristã.
Não é difícil imaginar o resultado disso séculos a fio. Desse modo, o absurdo passou a se tornar natural, pois a proteção à fé estava acima de tudo. É ai que surge uma questão moral da maior relevância pela sua contradição: a obrigação da academia seria zelar pelo ensino honesto de história [a honestidade é um dos valores basilares do cristianismo] ou dar guarida às necessidades da religião, por mais justificável que isso possa parecer?