Descobrindo o meu lugar na Igreja
I Coríntios 12.4-11; Romanos 12.3-8; Atos 20.24
INTRODUÇÃO
Deus tem um chamado específico de trabalho em Sua obra para cada um dos seus filhos. Por essa razão, ninguém deve comparecer diante Dele – no dia do acerto de contas (veja ICoríntios 3.10-15) – de “mãos vazias”. De outro lado, Paulo incentiva o povo de Deus a: “…sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão” (ICo 15.58).
A vocação ou o chamado para o ministério na Igreja vem do Espírito Santo (veja Atos 13.1-3) e é o próprio Deus quem coloca no crente o desejo ao mesmo tempo em que o capacita para exercer alguma atividade dentro da Igreja (Filipenses 2.13; 1 Timóteo 3.1). Não há trabalho melhor ou mais importante na “seara do Senhor”, porque todos são necessários. Quando cada um de nós desempenha bem aquilo que foi designado pelo Senhor, a obra avança, alcança seu objetivo e o Reino de Deus cresce.
PROPOSIÇÃO: O chamado de Deus não confunde e a nossa pronta obediência nos realiza.
I – AS VOCAÇÕES E OS DONS SÃO DISTRIBUÍDOS PELO ESPÍRITO SANTO.
– Em I Coríntios 12.4-11, Paulo apresenta uma lista de diversos dons espirituais que são as ferramentas de trabalho na obra de Deus. Eles funcionam com o chamado de Deus, por exemplo, quem tem a vocação para ensinar a Bíblia (veja Romanos 12.7b) precisa do dom da palavra da sabedoria (v. 8), mas se Deus chama alguém para o ministério evangelístico (Efésios 6.11) Ele também o capacita com os dons de curar, operações de milagres e discernimento de espíritos (v. 9 e 10).
– Não podemos simplesmente escolher este ou aquele ministério que admiramos ou consideramos de grande importância, pois essa escolha, bem como a “distribuição” dos dons, é prerrogativa do Espírito Santo. Ele faz isso segundo critérios próprios, como bem Lhe parecer, mas sempre “…visando a um fim proveitoso” (ICo 12.7). De um lugar para outro, as necessidades da igreja local podem variar e é nesse momento que o Espírito decide quais dons distribuir.
– Os dons espirituais (pneumatikós; veja 1 Coríntios 12.1) são capacitações sobrenaturais do Espírito Santo concedidas ao crente pela graça de Cristo (charisma; ICoríntios 12.4; dádivas da graça). Essas habilidades especiais não são aprendidas em um seminário, nem transmitidas hereditariamente, mas vêm diretamente de Deus. Os dons podem ser desejados e até buscados em oração (ICoríntios 14.1), entretanto eles têm livre e progressivo curso quando desenvolvemos nosso ministério na igreja local.
II – A Igreja é comparada a um corpo humano.
– Cada membro do corpo desempenha uma tarefa importante e que no final redunda para o bem do próprio corpo. Devemos entender que todos os membros (braços, pernas, olhos, ouvidos etc.) juntos formam o corpo e que cada um em particular não sobrevive sozinho. Na Igreja também é assim! Nós somos membros do corpo de Cristo que é a sua Igreja (veja lCoríntios 12.27) e unidos damos seqüência – por meio da evangelização e discipulado – à obra que Cristo iniciou com a sua morte e ressurreição (Atos 1.1)
– Em Romanos 12.3, Paulo fala que cada crente em particular deve pensar “com moderação”, isto é, com cautela, sem arrogância, a respeito do seu lugar na Igreja, porque toda vocação nos é concedida pela graça de Deus (veja Romanos 1.5), e a descoberta do chamado deve ocorre segundo a “medida da fé” ou conforme a convicção implantada em nosso coração pelo Espírito Santo (Romanos 14.17).
– Deus por livre escolha decide quem deve ser “boca” (pregador, intercessor, cantor, conselheiro, professor etc.), “olhos” (profeta, idealizador, administrador etc.), “pés” (missionário, intercessor; veja Romanos 16.20, evangelista etc.), “mãos” (contribuinte liberal, diaconia etc.), “cabeça” (pastores, líderes, administradores; Efésios 4.11) na Sua amada Igreja. Foi assim na escolha de Moisés, Josué, Davi, e de todos os apóstolos, inclusive Paulo etc.
III – A REALIZAÇÃO TEM LIVRE CURSO QUANDO CUMPRIMOS NOSSO CHAMADO.
– Cristo nos adverte na parábola da videira que: “Todo ramo (crente) que, estando em mim (ligado à Igreja; veja Efésios 1.23), não der fruto (obediência ao chamado de Deus – produtividade), ele o corta (corrige, disciplina; Lucas 13.6-9); e todo o que dá fruto limpa (crescimento em Cristo, conquistas espirituais), para que produza mais fruto ainda” (Jo 15.2). Em outras palavras, todo crente tem a condição (“seiva” – graça e poder) básica para produzir e deve fazer isso como expressão de gratidão – pela sua salvação – e verdadeira devoção a Deus.
– Paulo em um grande momento do seu ministério declarou o seguinte: “Porém em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus” (At 20.24). Para o apóstolo era questão de vida ou morte o cumprimento do seu chamado, e a sua realização pessoal dependia dessa obediência.
– O autor do livro de Hebreus (12.1) nos incentiva a corrermos com perseverança a carreira que Deus nos deu, e para isso precisamos nos “desembaraçar” de tudo que impede nosso avanço. Ele cita o “peso” que são aquelas atividades improdutivas ou sem proveito real para Deus (cuidar da casa, carro, estudar ou trabalhar em demasia) e o “pecado” que é a transgressão da vontade revelada de Deus, que nesse caso se manifesta por meio da ambição egoísta, vaidade pessoal, materialismo, vida desregrada etc.
Dentro e fora das dependências da Igreja, há muita coisa para se fazer na obra de Deus, e todas elas são importantes, desde a limpeza do santuário, até a pregação do evangelho pela TV. O importante é estar na hora e no lugar designado por Deus fazendo exatamente aquilo que fo: chamado. Deus é Deus de ordem e de decência, e não há ministério na igreja local que não precisa de cobertura pastoral, ou que seja absolutamente independente (veja Atos 20.17).
Fonte: https://pastorjosiasmoura.com/
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