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ESTUDO PARA O CULTO DE DOUTRINA. APOCALISE 1 ao 4 (Igreja do Betel Brasileiro Geisel)

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APOCALIPSE 1.1-8

TEMA: APOCALIPSE, UMA MENSAGEM

URGENTE PARA A IGREJA

INTRODUÇÃO

1. Dois fatores contribuem para que muitos crentes evitem o livro de Apocalipse:

a) A idéia de que ele é um livro selado, que trata de coisas encobertas

– Na verdade o livro de Apocalipse é oposto disto. Apocalipse significa tirar o véu, descobrir, revelar o que está escondido. A ordem de Deus é: "Não seles as palavras da profecia deste livro, porque o tempo está próximo" (22:10). As coisas que em breve devem acontecer mostra que há uma tensão entre o futuro imediato e o mais distante; o mais distante é visto como que transparecendo do imediato. O Cordeiro é o executor do deve acontecer. Há duas atitudes em relação à segunda vinda: 1) Quem se acomoda diz: "Onde está a promessa da sua vinda?" 2) "Estai de sobreaviso, vigiai; porque não sabeis quando será o tempo".

b) A idéia de que ele é um livro que fala de catástrofe, tragédia e caos

– Esse é o significado da palavra hoje. Tornou-se sinônimo de tragédia. Mas Apocalipse não fala de caos, mas do plano vitorioso e triunfante de Cristo e da sua igreja.

I. O TÍTULO DO LIVRO DE APOCALIPSE

1. O Apocalipse é um livro aberto e não fechado

• A palavra "Apocalipse" significa descoberta, sem véu. Revelação não é especulação humana, é a Palavra de Deus e o testemunho fiel (v. 2). Ele revela o plano vitorioso, triunfante de Cristo e da sua igreja. Sua vitória absoluta contra todos os seus inimigos: a Meretriz, a besta, o falso profeta, o dragão, os incrédulos, a morte. O Apocalipse mostra que o último capítulo da história não será de tragédia, mas de uma retumbante vitória do Cordeiro de Deus, o Rei dos reis e Senhor dos senhores.

• Apocalipse é um livro aberto em que Deus revela seus planos e propósitos para a sua igreja.

2. O Apocalipse não é revelação apenas das últimas coisas, mas sobretudo do Cristo vencedor e glorioso

• O Apocalipse não fala tanto de fatos, mas de uma pessoa. Apocalipse é fundamentalmente a revelação de Jesus Cristo (v.1), e não apenas de eventos futuros. Você não pode divorciar a profecia da Pessoa de Jesus. Apocalipse não é revelação de João, mas revelação de Jesus Cristo a João.

• Cristo veio ao mundo para revelar o Pai (Jo 17:6). No Apocalipse é o Pai quem revela a Jesus (Ap 1:1). E como o revela? Como o servo lavando os pés dos discípulos? Como uma ovelha muda que vai para o matadouro? Como aquele de quem os homens escondem o rosto? Como aquele que está pregado na cruz, com o rosto cheio de sangue? Como aquele que têm as mãos atadas e os pés pregados na cruz? Absolutamente não!

• A revelação do Noivo da Igreja pelo Pai é de um Cristo glorioso: Seus cabelos não estão cheios de sangue, mas são alvos como a neve. Seus olhos não estão inchados, mas são como chama de fogo. Seus pés não estão pregados na cruz, mas são semelhantes ao bronze polido. Sua voz não está rouca, porque a língua está colada ao céu da boca, por atordoante sede, mas é voz como voz de muitas águas. Suas mãos não estão cheias de pregos, mas ele segura a igreja e a história em suas onipotentes mãos. Seu rosto não está desfigurado, mas brilha como o sol.

• O objetivo do livro de Apocalipse não é nos dar uma tabela do tempo do fim, mas nos revelar o Noivo glorioso da igreja, o supremo conquistador. A igreja precisa olhar para a supremacia do seu Senhor. Durante a sua primeira vinda a glória de Cristo estava encoberta. Ele viveu se esvaziando da sua glória. Mas na segunda vinda de Cristo, sua glória será auto-evidente (Mc 14:61-62; Ap 1:7).

II. O AUTOR DO LIVRO DE APOCALIPSE – V. 1-2,4

1. Deus tem planos distintos ao usar seus servos

• O Espírito Santo usou João para escrever o quarto evangelho, as cartas e o Apocalipse. O objetivo do evangelho é alertar as pessoas a crerem em Cristo (20:31). O objetivo das cartas é encorajar os crentes a terem certeza da vida eterna (5:13). O objetivo do Apocalipse era alertar os crentes para estarem preparados para a segunda vinda de Cristo (22:20).

2. Deus transforma tragédias em triunfo

• Domiciano, o segundo Nero, que arrogou para si o título de Senhor e Deus, baniu João para a Ilha de Patmos, a colônia penal da costa da Ásia Menor. Mas ao mesmo tempo em que se achava fisicamente em Patmos, achou-se também em espírito e Deus abriu-lhe o céu e revelou-lhe as coisas que em breve devem acontecer.

• Num tempo em que a igreja estava sendo massacrada e pisada, perseguida e torturada, João recebe a revelação de que o Noivo da Igreja, o Senhor absoluto dos céus e da terra, está no total controle da igreja e da história (1:1.3; 5:5).

3. Deus esclarece uns e confunde outros

• O livro de Apocalipse é um livro altamente simbológico. Por que? É como as parábolas: esclarece uns e confunde outros. Para a igreja era uma mensagem clara, mas para os ímpios uma mensagem indecifrável.

• Os símbolos não enfraquecem com o tempo. Em vez de falar do diabo como um ser maligno, falou de um dragão. Em vez de falar de um ditador, falou de uma besta. Em vez de falar de um sistema sedutor, falou de uma Meretriz, Babilônia, a grande.

III. OS LEITORES DO LIVRO DE APOCALIPSE

1. As sete igrejas da Ásia Menor

• O número sete é um número importante no livro de Apocalipse. Ele aparece 54 vezes neste livro. O livro fala de sete candeeiros, sete estrelas, sete selos, sete trombetas, sete taças, sete espíritos, sete cabeças, sete chifres, sete montanhas. O número sete significa completo, total. Havia mais de sete igrejas na Ásia Menor. Mas quando Jesus envia carta às sete igrejas, significa que ele envia sua mensagem para toda a igreja, em todos os lugares, em todos os tempos.

• Não há nenhuma indicação nas sete igrejas que elas representem sete períodos sucessivos da história da igreja. João escolheu estas sete igrejas para que elas servissem de representantes da igreja toda. O Apocalipse era e é para toda a igreja.

2. Este livro é destinado a todos os cristãos em todos os tempos

• Não podemos limitá-lo à visão preterista nem à visão futurista. Ele é um livro encorajador para os todos os cristãos em todos os tempos.

• Este livro devia ser lido em voz alta em culto público (v. 3). Há uma bem-aventurança para os que lêem, ouvem, e praticam a mensagem deste livro.

• Para todas as igrejas o Senhor que anda no meio dos candeeiros tem uma palavra de exortação e também de encorajamento. Ele os desafia a serem vencedores!

• A mensagem central de Jesus para a igreja é que nós não devemos nos aproximar da profecia apenas com curiosidade acerca do futuro.

Quando Daniel e João receberam a palavra da profecia, do plano de Deus, do futuro, ambos caíram aos pés do Senhor (Dn 10:7-10; Ap 1:17). Eles ficaram esmagados pela grandeza da manifestação do Senhor. É assim que nós devemos nos aproximar do livro de Apocalipse, como adoradores e não como acadêmicos.

IV. O REMETENTE DO LIVRO DE APOCALIPSE

1. Uma saudação de encorajamento e não de medo – v. 4

• Graça e Paz não é uma palavra de medo, mas de doçura, de encorajamento a uma igreja que passa pelo vale do martírio.

2. A Graça e a Paz são enviadas à Igreja pela Trindade – v. 4-5

• O Deus Pai, o Deus Espírito e o Deus Filho estão no completo controle da história e num tempo de sombras e provas, eles enviam à igreja sua graça e sua paz.

3. Como a igreja deve ver o seu Noivo? – v. 5

a) Como a Fiel Testemunha – Jesus foi fiel durante todo o seu ministério. Nunca deixou de testemunhar sobre o Pai, mesmo na hora do sofrimento e da morte. "Eu vim para fazer a vontade do Meu Pai." = PROFETA.

b) Primogênito dos Mortos – Jesus foi o primeiro a ressuscitar em glória. Ele está vivo para sempre. Ele é o primogênito porque é o primeiro da fila e nós vamos logo atrás. Jesus matou a morte. Ele venceu nosso último inimigo. Uma igreja que está enfrentando o martírio precisa saber que o seu Deus vencer o poder da morte. A noiva do Cordeiro não tem mais a morte à sua frente, mas atrás de si = SACERDOTE.

c) O Soberano dos Reis da Terra – A igreja precisa ver Jesus como o presidente dos presidentes, diante de quem todos os poderosos vão se dobrar. Jesus está acima de Roma, dos imperadores. Ele está acima dos impérios, das nações soberbas, dos reis da terra, dos presidentes que ostentam o seu poder = REI.

4. Como a igreja deve se posicionar diante do seu Noivo? – v. 5-6

• Quando João vê a glória do Noivo, ele prorrompe numa doxologia suprema, diante da suprema glória de Cristo. Ele se encanta com o Cristo que lhe é revelado. Seu coração se derrama em adoração.

• Por que a igreja deve adorar o seu Noivo?

a) Porque ele nos ama – O verbo está no presente. O amor de Cristo é algo que permanece. Ele nos amou, ainda nos ama e nos amará até o fim.

b) Ele nos libertou dos nossos pecados – Fala de um ato de redenção concluído (5:9). A versão King James diz que ele nos lavou. Ele quebrou as amarras do pecado e nos limpa. O que é maravilhoso é que ele nos amou quando estávamos sujos e perdidos e depois nos libertou.

c) Nos constituiu Reinos e Sacerdotes – A igreja não foi amada e libertada para nada. O alvo do amor é nos constituir reis e sacerdotes para Deus. Ele nos ama. nos levanta da lama e depois nos coloca a coroa e a mitra. Já estamos assentados com Cristo nas regiões celestiais, mas haveremos de ser co-regentes com ele, pois reinaremos com ele. Somos um reino não apenas porque Cristo reina sobre nós, mas porque participamos do seu reinado. A mitra do sumo sacerdote tinha uma placa de ouro "Santidade ao Senhor’. Temos livre acesso a ele, pois somos uma raça de sacerdotes reais.

V. O TEMA DO LIVRO DE APOCALIPSE V. 7-8

1. Há uma descrição das características da sua Vinda

• O grande tema do livro de Apocalipse é a glória e a vitória de Cristo na sua vinda. Esta verdade é apresentada nas sete seções paralelas. Cristo vem para estabelecer o juízo e triunfar sobre seus inimigos. Na primeira vinda a glória de Cristo não era auto-evidente, mas na segunda vinda será (Mc 14:61). A igreja triunfa com ele, enquanto seus adversários lamentarão (6:15-16; Zc 12:10). Os ímpios não se converterão (9:20; 16:9,11). Como Jesus virá?

• Aqueles que o amam se alegrarão na sua segunda vinda, mas aqueles que o rejeitaram se lamentarão. Como será a sua vinda?

a) Uma vinda Pessoal

b) Uma vinda Pública

c) Uma vinda Visível –

d) Uma vinda Poderosa

e) Uma vinda para juízo

2. Há uma descrição das características daquele que vem

• Essas características da sua eternidade e onipotência são dadas, para mostrar que Jesus é poderoso para executar o seu plano na história humana.

CONCLUSÃO

• Temos hoje uma visão da glória do Noivo da Igreja? Temos honrado o nosso Noivo? Estamos nos preparando para encontrar com ele, como as virgens prudentes? Nossas lâmpadas estão cheias de azeite?

APOCALIPSE 1:9-20

TEMA: APOCALIPSE: UM LIVRO, UMA PESSOA E UM PLANO SINGULAR

INTRODUÇÃO

O livro de Apocalipse pode ser sintetizado em nove características básicas:

1. É um livro centrado na Pessoa de Cristo – Este livro magnífica a grandeza e a glória de Cristo. Esse livro é a revelação de Jesus, da sua glória, da sua majestade e triunfo, e não simplesmente a revelação de eventos futuros.

2. É um livro aberto – João recebeu a ordem para não selar este livro (22:10), porque o povo de Deus necessita da mensagem que ele contém. Esse livro deveria ser lido nas igrejas em voz alta em culto público (1:3).

3. E um livro cheio de símbolos – Este é um livro claro para uns e misterioso para outros. Os símbolos eram janelas abertas para os salvos e fechadas para os ímpios. As símbolos são ricos: Cordeiro, noiva, nova Jerusalém.

4. É um livro de profecia – Este livro é uma profecia (1:3; 22:7,10,18-19) que assegura a vitória de Cristo e da igreja sobre todos os seus adversários, num tempo em que a igreja estava sendo perseguida. Ele nasceu num berço de aflição.

5. E um livro com uma bênção completa – Este livro fala de sete bem-aventuranças e sete é o número completo (1:3; 14:13; 16:15; 19:9; 20:6; 22:7; 22:7).

6. É um livro relevante – Este livro trata das coisas que em breve devem acontecer (1:3), porque o tempo está próximo (1:3). Veja também 22:7,10,12,20. Breve aqui não é imediatamente, mas pronto. Deus não mede o tempo como nós (2 Pe 3:10). Ninguém sabe o tempo da volta de Cristo, por isso, precisamos estar preparados.

7. É um livro majestoso –‘ Apocalipse é o livro do Trono. A palavra "trono” aparece 46 vezes no livro. Este livro magnífica a soberania de Deus. Cristo é apresentado em sua glória e domínio.

8. É um livro universal – João vê nações e povos (10:11; 11:9; 17:15) como parte do programa de Deus. Ele também vê a sala do trono no céu e ouve vozes vindas dos confins do universo.

9. É um livro apoteótico – Apocalipse é o clímax da Bíblia. Tudo que começou em Gênesis irá se completar e se consumar em Apocalipse. Jesus é o alfa e o ômega. Tudo o que ele começa, ele termina.

• Vejamos alguns pontos importantes deste livro para o nosso ensino: I. O ESCRITOR É APRESENTADO V. 9

1. Um homem que tem comunhão e intimidade com os crentes da Ásia

• Ele se autodenomina irmão e companheiro. João não se sente melhor do que os demais irmãos nem se enaltece por ter recebido uma alta revelação (2 Co 12:17).

• A condição de porta-voz de Deus não anula a condição de irmão, co-igual.

2. Um homem que participa das alegrias e provas com a igreja

a) Tribulação – A tribulação é o quinhão do povo de Deus nesta era (Jo 16:33; At 14:22). A igreja está no meio do conflito entre o Reino de Deus e o Reino das trevas. A igreja sempre foi e será atribulada no mundo. Em Mateus 24 Jesus fala desse sofrimento de forma crescente: Os v. 4-8 descrevem o "princípio das dores", os v. 9-14 os "tormentos" na forma de perseguição aos discípulos, os v. 15-28 a "grande tribulação" como o auge, e os v. 29-31 os episódios "após a tribulação” que culminam na segunda vinda de Cristo. As perseguições desencadeiam traição e apostasia na igreja (Mt 24:10-12). Essa perseguição já havia começado no banimento do apóstolo.

b) Reino – A igreja é o povo sobre o qual o Reino já veio e que herdarão o Reino quando ele vier na sua plenitude; mas nesta posição a igreja é o objeto do ódio satânico, destinada a sofrer perseguição.

c) Perseverança em Jesus – Por causa desta perseguição e males nós precisamos ter uma perseverança triunfadora. "Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo" (Mt 24:13). Ainda não chegou o que havemos de ser. Ainda aguardamos o triunfo final. Nossos olhos estão fixados no Rei que vem. Somos a noiva que espera o noivo. Vivemos em grande expectativa! Todas essas dificuldades, entretanto, nós experimentaremos em Jesus, em união espiritual com ele. Só existe um caminho entre tribulação e o Reino, entre aflição e a glória, e este caminho é a paciência ativa.

II. AS CIRCUNSTÂNCIAS SÃO DESCRITAS V. 9-11

1. O local é identificado

• João foi banido para a ilha de Patmos, uma colônia penal romana, onde se exilavam prisioneiros políticos. Ali esses prisioneiros perdiam todos os seus direitos civis e toda possessão material. Os prisioneiros eram obrigados a trabalhar nas minas daquela ilha, vestindo-se de trapos. A ilha ficava no Mar Egeu e tinha 16 km de comprimento por 10 km de largura, uma ilha nua, vulcânica, com elevações de até 300 metros.

2. A razão do exílio é declarada

• João é preso na ilha de Patmos por causa da Palavra de Deus e do testemunho de Jesus Cristo (v. 9). Possivelmente João foi acusado de subversão pelo governador da Ásia por pregar o Evangelho e testemunhar do senhorio de Cristo, num tempo em que o imperador Domiciano arrogava para si o título de Senhor e Deus. João é condenado a sofrer humilhações, prisão, fome e trabalhos forçados por amor à Palavra de Deus.

3. A forma da revelação é descrita

• João achou-se em espírito. Apesar de João estar fisicamente em Patmos, naquele dia do Senhor, achou-se também em espírito. A ilha do exílio transforma-se em porta do céu. Em Patmos ele enfrentou a dor do exílio, mas em espírito ele entrou na sala do trono. Em Patmos nós sofremos, mas em espírito, nós reinamos. Deus transforma nossas tragédias em triunfos gloriosos. Em Patmos João tocou o outro mundo. Não importa as circunstâncias, se você está no palácio ou na favela. O todo-poderoso pode sempre nos tocar e nos levar ao seu trono. O lugar do exílio tornou-se a ante-sala da glória. Ilustração: com o banimento Roma conseguiu resultado exatamente oposto – A rainha da Inglaterra em 1553 a 1558.

4. A revelação é dada para ser transmitida

João recebeu esta revelação no dia do Senhor, dia que a igreja celebra a vitória do seu Senhor sobre a morte e também o dia da esperança, que dirigia seus sentidos para a consumação e a renovação do mundo. Na solidão da ilha, isolado e exilado João ouve uma voz. Roma pôde até proibir João de ter contato com os seus irmão perseguidos, mas não pôde proibir João de ter contato com o trono de Deus. O mundo não pode proibir o nosso contato com o céu.

João ouve a voz por detrás dele grande voz como de trombeta – A visão começa com uma audição. Por trás para que João não fosse confundido com vozes paralelas (Is 30:21). A trombeta fala de uma voz sobrenatural, poderosa, assustadora.

O que vês escreve em livro – A mensagem precisa ser registrada fielmente e perpetuamente. Essa ordem percorre todo o livro (2:8,12; 3:1,7,14;10:4;14:13;19:9;21:5). Isso eleva essa profecia a uma categoria normativa para toda a igreja em todos os tempos.

Todo o plano de Deus deve ser escrito – O verso 19 fala de coisas passadas, presentes e futuras. O livro de Apocalipse é atual em todo o tempo. Ele descreve o que já foi, o que é e o que há de vir.

Envia para as sete igrejas – Essas cidades eram sedes administrativas e já por isso áreas de concentração do culto ao imperador.

III. A VISÃO É APRESENTADA

1. João tem a visão da Noiva de Cristo como a luz do Mundo – v. 12

• Antes de ter a visão do Cristo exaltado, ele teve a visão da igreja. O mundo vê Cristo através da igreja e no meio da igreja. Isso significa que ninguém verá a Jesus em glória senão por meio da sua igreja aqui na terra. Você precisa da igreja. Precisa se congregar. O que é a igreja? Ela é a luz do mundo. Por isso, ele é candeeiro e estrela.

• João vê a igreja em duas figuras: sete estrelas e sete candeeiros. Tanto a estrela como o candeeiro são luzeiros. Eles devem refletir luz. A igreja é a luz do mundo. Ela resplandece no mundo. Se uma lâmpada deixasse de proporcionar luz ela era afastada (2:5). A luz da igreja é emprestada ou refletida, como a da lua. Se as estrelas têm de brilhar e as lâmpadas luzir, elas devem permanecer na mão de Cristo e na presença de Cristo.

• Os sete candeeiros são as sete igrejas, mas o que são os sete anjos (v. 16,20)? Anjos celestes, mensageiros, pastores ou uma figura da própria igreja? Hendriksen pensa que anjos aqui são os pastores. Mas este livro usa a palavra "anjos" 67 vezes e em nenhuma delas refere-se a seres humanos. Assim George Ladd entende que tanto os candeeiros como as estrelas falam da igreja como luzeiros de Deus no mundo. Cristo está não apenas entre a igreja, mas a têm em suas próprias mãos. Essas duas figuras, portanto, são um símbolo incomum para representar o caráter celestial e sobrenatural da igreja, seja através dos seus membros, seja através dos seus líderes.

2. João tem a visão do Noivo na sua glória excelsa – v. 13-18

• João vê dez características distintas do Noivo da igreja em sua glória e majestade:

1) Suas Vestes (v. 13) – Falam de Cristo como Sacerdote e Rei. Ele nos conduz a Deus e reina sobre nós.

2) Sua Cabeça (v. 14) – Falam da sua divindade, da sua santidade e da sua eternidade.

s

CONCLUSÃO

3) Seus Olhos (v. 14) – Falam da sua onisciência que a tudo vê e perscruta. Ele é o juiz diante de quem tudo se desnuda.

4) Seus Pés (y.,1.5) – Isso fala da sua onipotência para julgar os seus inimigos. Convém que ele reine até que ponha todos os seus inimigos debaixo dos seus pés (1 Co 15:23).

5) Sua Voz (v. 15) – Isso fala do poder irresistível da sua Palavra, do seu julgamento. No seu juízo desfalecem palavras humanas. A voz de Cristo detém a última palavra e é a única a ter razão.

6) Sua Mão (v. 16) – A mão direita é a mão de ação, com a qual age e governa. Isso mostra o seu cuidado com a igreja. Ninguém pode arrebatar você das mãos de Cristo (Jo 10:28).

7) Sua Boca (v. 16) – Essa Palavra aqui não é o Evangelho, mas a Palavra do juízo. A única arma de guerra usada pelo Cristo conquistador no capítulo 19 é a Espada que saía da sua boca (19:5). Essa é a cena do tribunal, onde é proferida a sentença judicial, e precisamente sem contestação.

8) Seu Rosto (v. 16) – A visão agora não é mais de um Cristo servo, perseguido, preso, esbofeteado, com o rosto cuspido, mas do Cristo cheio de glória. A luz do sol supera o brilho dos candeeiros.

9) Sua Perenidade – O Primeiro e o Último (v. 17) – Ele é o criador, sustentador e consumador de todas as coisas. Ele cria, controla, julga e plenifica todas as coisas. Cristo aqui é enaltecido como vitorioso sobre o último inimigo, a morte.

10) Sua Vitória Triunfal (v. 18) – João está diante do Cristo da cruz, que venceu a morte. Ele não apenas está vivo, mas está vivo para sempre. Ele não só ressuscitou, ele venceu a morte e tem as chaves da morte e do inferno. Quem tem as chaves tem autoridade. Jesus recebeu do Pai toda autoridade no céu e na terra (Mt 28:18). Jesus tem não apenas a chave do céu (3:7), mas também a chave da morte (túmulo). Agora a morte não pode mais infligir terror, porque Cristo está com as chaves, podendo abrir os túmulos e levar os mortos à vida eterna.

• Esse parágrafo pode ser sintetizado em três aspectos: 1)0 que João ouviu (v. 9-11); 2) O que João viu (v. 12-16) e o que João fez (v. 17-18). Os dois primeiros pontos já foram analisados. Vejamos agora, na conclusão, o último, o que João fez.

• A reação de João diante da visão do Cristo da glória:

Profundo quebrantamento (v. 18) – "Quando o vi, cai a seus pés como morto". O mesmo João que debruçara no peito de Jesus, agora cai aos seus pés como morto. Isaías, Ezequiel, Daniel, Pedro e Paulo (Is 6:5; Ez 1:28; Dn 8:17; 10:9,11; Lc 5:8; At 9:3-4) passaram pela mesma experiência ao contemplarem a glória de Deus. Em nossa carne não podemos ver a Deus, pois ele habita em luz imarcescível (1 Tm 6:16). É impossível ver a glória do Senhor sem se prostrar. Ilustração: as pessoas que dizem cair diante da glória de Deus e se levantam do mesmo jeito.

2. Gloriosamente restaurado (v. 18) – Jesus toca e fala. A mesma mão que segura (v. 16), é a mão que toca e restaura (v. 18). O mesmo Jesus que acalmou os discípulos muitas vezes, dizendo-lhes, não temas, agora diz a João: Não temas. A revelação da graça de Jesus o põe de pé novamente para cumprir o seu ministério.

APOCALIPSE 2-3

TEMA: JESUS NO MEIO DA SUA IGREJA

INTRODUÇÃO

1. Antes de manifestar seu juízo ao mundo, Jesus manifestou-o à sua igreja (1 Pe 4:17), por isso, Jesus mostrou o seu julgamento às sete igrejas (1-3) antes de mostrá-lo ao mundo (4-22).

2. Por que sete igrejas, se havia mais igrejas na Ásia? É porque essas sete igrejas falam da plenitude da igreja em todos os lugares e em todas as épocas, desde o seu nascimento até a sua subida.

3. Essas sete igrejas não são sete períodos distintos da igreja como ensinam os dispensacionalistas. Em cada período da igreja a realidade das sete igrejas esteve presente e podemos ver sinais delas em cada congregação local.

4. Todas as cartas têm basicamente a mesma estrutura: 1) Apresentação; 2) Apreciação; 3) Reprovação; 4) Promessas.

5. Duas igrejas só receberam elogios: Esmirna e Filadélfia; Quatro igrejas receberam elogios e críticas: Éfeso, Pérgamo, Tiatira e Sardes; Uma igreja só recebeu críticas: Laodicéia.

6. Essas igrejas ensinam-nos várias lições:

I. CRISTO É CONHECIDO NA E ATRAVÉS DA IGREJA – 1:12-13

• Antes de ver Cristo, João viu os sete candeeiros, a plenitude da igreja na terra, e só depois viu o Cristo glorificado na igreja. Jesus Cristo está no meio da sua igreja. Ninguém verá o Cristo da glória fora da igreja. A salvação é por meio de Jesus, mas ninguém poderá ser salvo sem fazer parte da igreja que é a noiva do Cordeiro.

• Cristo valoriza tanto a sua igreja que ele se dá a conhecer no meio dela e não à parte dela. Hoje, muitas pessoas querem Cristo, mas não a igreja. Isso é impossível. A atenção de Cristo está voltada para a sua noiva. Ele ocupa o centro da sua atenção.

II. CRISTO ESTÁ NO MEIO DA SUA IGREJA EM AÇÃO COMO REMÉDIO PARA OS MALES DA IGREJA – 2:1,8,12,18; 3:1,7,14

• Cristo não apenas está no meio da igreja (1:13), mas ele está andando, em ação investigatória no meio da igreja (2:1). Ele sonda a igreja, pois seus olhos são como chama de fogo (2:18).

• Há muitos males que atacam a igreja: esfriamento, perseguição, heresia, imoralidade, presunção e apatia. Mas Cristo se apresenta para cada igreja como o remédio para o seu mal.

1. Para a igreja de Éfeso – que havia perdido o seu primeiro amor, Jesus se . apresenta como aquele que anda no meio da igreja, segurando a liderança na

mão, como o seu pastor superior. Ele está dizendo, "eu vejo tudo e conheço tudo".

2. Para a igreja de Esmirna – que estava passando pelo sofrimento, perseguição e morte, enfrentando o martírio, Jesus se apresenta como aquele que esteve morto e tornou a viver. O Jesus que venceu a morte é o remédio para alguém que está enfrentando a perseguição e a morte.

3. Para a igreja de Pérgamo – que estava se misturando com o mundo e perdendo o senso da verdade, Jesus se apresenta como aquele que tem a espada afiada de dois gumes que exerce juízo e separa a verdade do engano. Pérgamo estava em conflito entre a verdade e o engano (2:14).

4. Para a igreja de Tiatira – que estava tolerando a impureza e caindo em imoralidade, Jesus se apresenta como aquele que tem os olhos como chama de fogo e os pés semelhantes ao bronze polido.

5. Para a igreja de Sardes – que tinha a fama de ser uma igreja viva, reputação de uma igreja cheia de testemunho e vida, mas não realidade, Jesus se revela como aquele que tem os sete espíritos de Deus e as sete estrelas. A igreja tinha fama, mas não realidade, tinha aparência de vida, mas estava morta.

6. Para a igreja de Filadélfia – uma igreja fraca, mas fiel, Jesus vê muitas oportunidades diante da igreja e diz para ela que ele tem a chave de Davi, que abre, e ninguém fechará, e que fecha, e ninguém abrirá.

7. Para a igreja de Laodicéia – uma igreja sem fervor espiritual, morna, rica financeiramente, mas pobre espiritualmente, Jesus se apresenta como aquele que é constante e fidedigno no meio de tantas mudanças.

III. DENTRO DA MESMA IGREJA TEMOS PESSOAS FIÉIS E PESSOAS INFIÉIS

• Em Pérgamo alguns crentes estavam seguindo a doutrina de Balaão (2:14-15).

Em Tiatira havia tolerância aos ensinos e práticas de uma profetisa imoral (2:20), mas nem todos os crentes caíram nessa heresia perniciosa (2:24-25).

Em Sardes, embora a igreja estava vivendo de aparência, mas havia uns poucos que não haviam contaminado suas vestiduras (3:4).

Em Éfeso havia fidelidade na doutrina, mas falta da amor na prática do Cristianismo. Eram ortodoxos de cabeça e hereges na conduta.

Em Esmirna e Filadélfia, igrejas fiéis a Cristo, havia aqueles que eram "sinagoga de Satanás" no meio deles (2:9 e 3:9).

IV. A IGREJA NEM SEMPRE É AQUILO QUE APARENTA SER, QUANDO EXAMINADA POR JESUS

• Jesus conhece a igreja de forma profunda (2:2,9,13,19:3:1,8,15) -Ele conhece as obras da igreja, onde está a igreja e o que ela está enfrentando.

A igreja de Éfeso é ortodoxa, trabalhadora, fiel nas provas, mas perdeu sua capacidade de amar a Jesus. Ela é como uma esposa que não trai o marido, mas também não lhe devota amor (2:2-4).

A igreja de Esmirna é pobre aos olhos dos homens, mas rica aos olhos de Cristo (2:9).

A igreja de Pérgamo tem gente tão comprometida com Deus ao ponto do martírio (2:13), mas tem também, gente que cai diante da sedução do pecado (2:14).

A igreja de Tiatira está trabalhando mais do que trabalhava no início da sua carreira (2:19), mas muito trabalho sem vigilância também não agrada a Jesus. Ação sem zelo doutrinário (Tiatira) e zelo doutrinário sem ação (Éfeso) não agradam a Jesus.

A igreja de Sardes tem nome de que vive, mas está morta (3:1). Além disso, há gente na CTI espiritual (3:2).

A igreja de Filadélfia é fraca diante dos olhos humanos, mas poderosa aos olhos de Cristo (3:8-9).

A igreja de Laodicéia considerava-se rica e abastada, mas aos olhos de Cristo era uma igreja pobre e miserável (3:17).

V. CRISTO ANDA NO MEIO DA SUA IGREJA PARA OFERECER-LHE OPORTUNIDADE DE ARREPENDIMENTO ANTES DE APLICAR-LHE SEU JUÍZO

• A igreja de Éfeso foi chamada a lembrar-se, arrepender-se, e voltar à prática das primeiras obras. Caso esse expediente não fosse tomado, Jesus sentencia: "e, se não, venho a ti a moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas" (2:5-6).

A igreja de Esmirna diante do martírio é exortada a ser fiel até a morte (2:10).

A igreja de Pérgamo que estava dividida entre a verdade e o engano, misturada com o mundo, Jesus adverte: "Portanto, arrepende-te; e, se não, venho a ti sem demora e contra eles pelejarei com a espada da minha boca" (2:16).

A igreja de Tiatira que abria suas portas à uma desregrada profetisa, Jesus chama ao arrependimento a faltosa (2:21), mas por recusar, envia o seu juízo (2:22-23) e chama os crentes fiéis a permanecerem firmes até a segunda vinda (2:24-25).

A igreja de Sardes recebe o alerta de Cristo que suas obras não são íntegras diante de Deus (3:2). Jesus alerta-os para o ensino que a igreja recebeu para que ela se arrependa (3:3). Caso não se arrependa virá o juízo (3:3).

A igreja de Filadélfia é exortada a conservar o que tem, para que ninguém tome a sua coroa (3:11).

A igreja de Laodicéia é exortada a olhar para a vida na perspectiva de Cristo (3:17-18), a arrepender-se, pois a disciplina de Deus é ato de amor (3:19).

VI. JESUS ANDA NO MEIO DA SUA IGREJA PARA DAR GLORIOSAS PROMESSAS AOS VENCEDORES

• Isso implica que nem todos os membros da igreja visível, são membros da igreja invisível. Nem todos os membros das igrejas locais são membros do corpo de Cristo. Nem todos os membros de igreja são vencedores, mas todos os membros do Corpo de Cristo são vencedores.

• As promessas aos vencedores tratam da bênção que a igreja estava buscando ou necessitando:

1. A igreja de Éfeso – O vencedor se alimenta da árvore da vida. Isso é ter a vida eterna (2:7). A vida eterna é comunhão com Deus e Deus é amor. Eles haviam abandonado o seu primeiro amor, mas os vencedores iriam morar no céu, onde o ambiente é amor, pois é ter comunhão eterna com o Deus que é amor.

2. A igreja de Esmirna – O vencedor de modo nenhum sofrerá o dano da segunda morte (2:11). Os imperadores romano, os déspotas, o anticristo pode até matar os crentes, mas eles jamais enfrentarão a morte eterna.

3. A igreja de Pérgamo – O vencedor receberá o maná escondido, uma pedrinha branca com um novo nome (2:1). Para uma igreja que misturava com o mundo, o vencedor recebe uma promessa de absolvição no juízo e não de condenação com o mundo.

4. A igreja de Tiatira – Para uma igreja seduzida pelo engano de uma profetisa, o vencedor recebe a promessa de receber autoridade sobre as nações e possuir não os encantos do pecado, mas o Senhor da glória, a estrelada manhã (2:26-28).

5. A igreja de Sardes – Para uma igreja que só vive de aparência, mas está morta, os vencedores recebem a promessa de que seus nomes estão no livro da vida e seus serão confessados diante do Pai no dia do juízo (3:5).

6. A igreja de Filadélfia – Para uma igreja fraca, mas fiel o vencedor recebe a promessa de ser coluna do santuário de Deus (3:12). A coluna é que sustenta o santuário. Eles podem ser fracos diante dos homens, mas são poderosos e fortes diante de Deus.

7. A igreja de Laodicéia – Para uma igreja que se considerava rica e auto-suficiente, mas era pobre e miserável, o vencedor recebe a promessa de assentar-se com Cristo no seu trono (3:21).

CONCLUSÃO

• Para todas as igrejas há um refrão: "Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.

• Não estamos estudando apenas para o nosso deleite intelectual ou curiosidade teológica. Precisamos ouvir o que Deus está falando conosco.

• A bem-aventurança não é apenar ler e ouvir, mas também obedecer as profecias deste livro (1:3). Amém.

APOCALIPSE 2:1-7

TEMA: UMA MENSAGEM DO NOIVO À SUA NOIVA

INTRODUÇÃO

1. A carta de Jesus à igreja de Éfeso é uma carta de Jesus à nossa igreja. Serei apenas o portador. A mensagem é de Cristo. Éfeso era a maior, mais rica e mais importante cidade da Ásia Menor. Era o centro do culto de Diana, cujo templo jônico era uma das sete maravilhas do mundo antigo. Era uma cidade mística, cheia de superstição e também um dos centros do culto ao imperador.

2. Não apenas imperava na cidade o misticismo cheio de idolatria, mas também a perseguição implacável àqueles que buscavam ser fiéis a Deus. Também prevalecia na cidade a imoralidade. Naquela cidade, como hoje, o diabo usou suas duas táticas prediletas: perseguição ou sedução. Oposição ou ecumenismo.

3. Paulo visitou a cidade de Éfeso no final da segunda viagem missionária, por volta do ano 52 d.C. Em sua terceira viagem, passou lá 3 anos. Houve sinais de avivamento ali: 1) As pessoas ao ouvirem o evangelho vinham denunciando publicamente as suas obras; 2) As pessoas que se convertiam rompiam totalmente com o ocultismo, queimando seus livros mágicos; 3) O evangelho espalhou-se dali por toda a Ásia Menor.

4. Durante a sua primeira prisão em Roma, Paulo escreveu a carta aos efésios, agradecendo a Deus o profundo amor que havia na igreja. Timóteo é enviado para ser pastor da igreja. Mais tarde o apóstolo João pastoreia aquela igreja. Agora, depois de quarenta anos que a igreja fora fundada, na segunda geração de crentes, Jesus envia uma carta à igreja, mostrando que ela permanecia fiel na doutrina, mas já havia se esfriado em seu amor.

5. Qual é a mensagem do noivo para a sua noiva?

I. O NOIVO SE APRESENTA À SUA NOIVA PARA LHE DAR SEGURANÇA -V. 1

1. Jesus se apresenta como aquele que está presente e em ação no meio da sua igreja

A presença manifesta do Cristo vivo no meio da igreja é a sua maior necessidade. Em nossa teologia perdemos o impacto dessa verdade, da presença real de Cristo entre nós. Temos a idéia de Cristo no céu, no trono, reinando à destra do Pai. Mas não temos a visão clara de que ele está aqui nesta noite no meio da congregação. Perdemos o impacto da presença de Cristo em nosso louvor, em nossas reuniões, em nossos encontros. Cremos na sua transcendência, mas não vivenciamos sua imanência. Perdemos o senso da glória do Cristo presente entre nós.

O noivo não só está presente, ele está também segurando a sua igreja em suas onipotentes mãos. O verbo "kratein" (conserva) é diferente do traduzido por "tinha" (1:16). Significar segurar com firmeza. Ter totalmente dentro das mãos. Ninguém pode arrancar-nos das mãos de Jesus. Nada pode nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus.

• O noivo está também sondando a sua igreja. Ele nos conhece: ele sonda os nossos corações. Ele anda no meio da igreja para encorajar, repreender e chamar ao arrependimento.

II. O NOIVO ELOGIA A SUA NOIVA PELAS SUAS VIRTUDES – V. 2-3,6

• Jesus destaca três grandes virtudes da igreja de Éfeso, dignas de serem imitadas:

1. Era uma igreja fiel na doutrina – v. 2-3,6

• Mesmo cercada por perseguição e mesmo atacada por constantes heresias, essa igreja permaneceu firme na Palavra, contra todas as ondas e novidades que surgiram. Jesus já alertara sobre o perigo dos lobos vestidos com peles de ovelhas (Mt 7:15). Paulo já havia avisado os presbíteros dessa igreja (At 20:29-30) sobre os lobos que penetrariam no meio do rebanho e sobre aqueles que se levantariam entre eles, falando coisas pervertidas para arrastar atrás deles os discípulos. Agora os lobos haviam chegado.

O apóstolo João nos advertiu a provar os espíritos, porque há muitos falsos profetas (1 Jo 4:1). A igreja de Éfeso estava enfrentando os falsos apóstolos, que se autodenominavam apóstolos, ensinando à igreja heresias perniciosas (2:2).

A igreja de Éfeso tinha discernimento espiritual – tornou-se intolerante com a heresia (v. 2) e com o pecado moral (v. 6).

Os Nicolaítas (destruidores do povo) pregavam uma nova versão do Cristianismo. Eles pregavam um evangelho sem exigências, liberal, sem proibições. Eles queriam gozar o melhor da igreja e o melhor do mundo. Eles incentivavam os crentes a comer comidas sacrificadas aos ídolos. Eles ensinavam que o sexo antes e fora do casamento não era pecado. Eles acabavam estimulando a imoralidade. Mas a igreja de Éfeso não tolerou a heresia e odiou as obras dos Nicolaítas.

Aplicação à igreja brasileira – A igreja evangélica brasileira precisa desta mensagem. As pessoas hoje buscam experiência e não a verdade. Elas não querem pensar, querem sentir. Elas não querem doutrina, querem as novidades, as revelações, os sonhos e as visões. Elas não querem estudar a Palavra, querem escutar testemunhos eletrizantes. Elas não querem o evangelho da cruz, buscam o evangelho dos milagres. Elas não querem Deus, querem as bênçãos de Deus.

Estamos vivendo a época da paganização da igreja – Cada culto tem um tom doutrinário. A igreja não tem mais uma linha. O que determina não é mais a Palavra, mas o gosto da freguesia. A igreja prega o que dá ibope. A igreja oferece o que o povo quer ouvir. A igreja está pregando outro evangelho: o evangelho do descarrego, da quebra de maldições mesmo para os salvos, da prosperidade material e não da santificação, da libertação e não do arrependimento. Exemplos: Misticismo pragmático, numerolatria, pregadores estrela, igrejas empresa, falsos apóstolos.

A igreja está perdendo a capacidade de refletir – Os crentes hoje não são como os bereanos, nem como os crentes de Éfeso fiéis à doutrina. Estamos vendo uma geração de crentes analfabetos da Bíblia, crentes ingênuos espiritualmente. Há uma preguiça mental doentia. Os crentes engolem tudo aquilo que lhes é oferecido em nome de Deus, porque não estudam a Palavra. Crentes que já deveriam ser mestres, ainda estão como crianças agitadas de um lado para o outro, ao sabor dos ventos de doutrina. Correm atrás da última novidade. São ávidos pelas coisas sobrenaturais, mas deixam de lado a Palavra do Deus vivo. Exemplo: Uma reunião que os pastores falaram da revelação dos apóstolos do Brasil.

Um crescimento numérico cheio de preocupações – Estamos vendo a explosão numérica da igreja evangélica no Brasil, mas que igreja, que evangelho? O que está crescendo não é o evangelho genuíno, mas um misticismo híbrido. O que estamos vendo florescer é um cristianismo híbrido, sincrético, heterodoxo, um outro evangelho.

2. Era uma igreja envolvida com a obra de Deus – v. 2

• A igreja de Éfeso não era apenas teórica, ela agia. Havia labor, trabalho intenso. Era uma colidia industriosa. Os crentes eram engajados e não meramente expectadores. A congregação se envolvia, não era apenas um auditório.

• A igreja não vivia apenas intra-muros. Não se deleitava apenas em si mesma. Não era narcisista. Por meio dela o evangelho espalhou-se por toda a Ásia Menor.

• Jesus pode dizer o mesmo a nosso respeito? Temos sido uma igreja operosa? Você tem sido um ramo frutífero da Videira Verdadeira? Você tem sido um membro dinâmico do Corpo?

3. Era uma igreja perseverante nas tribulações – v. 2-3

• Ser crente em Éfeso não era popular. Lá ficava um dos maiores centros do culto ao imperador. Muitos crentes estavam sendo perseguidos e até mortos por não se dobrarem diante de César. Outros estavam sendo perseguidos por não adorar a grande Diana dos Efésios. Outros estavam sendo seduzidos a cair nos falsos ensinos dos falsos apóstolos. Mas, os crentes estão prontos a enfrentar todas as provas por causa do Nome de Jesus. Eles não se esmoreciam.

• Permaneceremos fiéis quando somos perseguidos, provados e seduzidos? Hoje muitos crentes querem a coroa sem a cruz. Querem a riqueza sem o trabalho. Querem a salvação sem conversão. Querem as bênçãos de Deus sem o Deus das bênçãos.

A igreja atual está perdendo a capacidade de sofrer pelo evangelho – A igreja hoje prefere ser reconhecida pelo mundo do que conhecida no céu. Perdeu a capacidade de denunciar o pecado. Esquemas de corrupção já estão se infiltrando dentro das igrejas. Já temos igrejas empresas. A igreja está se transformando em negócio familiar. O púlpito está se transformando num balcão, o evangelho num produto e os crentes em consumidores. Pastores com ares de super-espirituais já não aceitam ser questionados. Estão acima do bem e do mal. Estão acima dos outros e até da verdade. Consideram-se os "ungidos". Dizem ouvir a voz direta de Deus. Nem precisam mais das Escrituras. E o povo lhes segue cegamente para a sua própria destruição.

III. O NOIVO REPREENDE A SUA NOIVA PELO ESFRIAMENTO DO SEU AMOR-V. 4

1. Abandonamos o nosso primeiro amor, quando substituímos o amor a Jesus pela ortodoxia e pelo trabalho – v. 4

• A luta pela ortodoxia, o intenso trabalho e as perseguições levaram a igreja de Éfeso à aridez. Uma esposa pode ser fiel ao seu marido sem amá-lo com toda a sua devoção. Ela pode cumprir com os seus devores, mas não motivada por um profundo amor.

A igreja é a Noiva de Cristo – A igreja é a Noiva de Cristo. Ele se deleita nela. Ele se alegra nela. Ele mesmo está preparando a sua noiva para o grande banquete de núpcias, para a festa das bodas do Cordeiro.

A Noiva de Cristo abandonou o seu primeiro amor – O amor é a marca do discípulo (Jo 13:34-35). Sem amor, nosso conhecimento, nossos dons, e nossa própria ortodoxia não têm nenhum valor. Jesus está mais interessado em nós do que em nosso trabalho. Odiar o erro e o mal não é o mesmo que amar a Cristo. O trabalho de Deus não pode tomar o lugar de Deus na nossa vida. Deus está mais interessado em relacionamento com Ele do que em trabalho para ele.

2. Abandonamos o nosso primeiro amor quando o nosso amor por Jesus é substituído pelo nosso zelo religioso

• Defendemos nossa teologia, nossa fé, nossas convicções e estamos prontos a sofrer e morrer por essas convicções, mas não nos deleitamos mais em Deus. Não nos afeiçoamos mais a Jesus. Já não sentimos mais saudades de estar com ele.

• Os fariseus eram zelosos das coisas de Deus. Observavam com rigor todos os ritos sagrados. Mas o coração estava seco como um deserto.

O amor esfria quando nossos conhecimento teológico não nos move a nos afeiçoarmos mais a Deus. Conhecemos muito a Deus, mas não desejamos ter comunhão com ele. Falamos que ele é todo-poderoso como Jonas, mas o desafiamos com nossa rebeldia. Falamos que ele é amável, mas não temos prazer em falar com ele em oração.

Não há nada mais perigoso do que a ortodoxia morta. Externamente está tudo bem, mas a motivação está errada. A máquina funciona, mas não é Cristo quem está no centro. O amor à estrutura é maior do que o amor a Jesus. Crentes fiéis, mas sem amor. Crentes ortodoxos, mas secos como um poste. Crentes que conhecem a Bíblia, mas perderam o encanto com Jesus. Crentes que sabem teologia, mas a verdade já não mais os comove. Crentes que morrem em defesa da fé e atacam a heresia como escorpiões do deserto, mas não amam mais o Senhor com a mesma devoção. Crentes que trabalham à exaustão, mas não contemplam o Senhor na beleza da sua santidade. Sofrem pelo evangelho, mas não se deleitam no Evangelho. Combatem a heresia, mas não se deliciam na verdade.

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3. Abandonamos o nosso primeiro amor quando examinamos os outros e não examinamos a nós mesmos

• A igreja de Éfeso examinava os outros e era capaz de identificar os falsos ensinos, mas não era capaz de examinar a si mesma. Tinha doutrina, mas não tinha amor. A igreja identifica o mal doutrinário nos outros, mas não identifica a frieza do amor em si mesma. Identifica a heresia nos outros, mas não a frieza do amor em si.

IV. O NOIVO OFERECE À SUA NOIVA A CHANCE DE UM NOVO RECOMEÇO-V. 5,7

1. Lembra-te, pois de onde caíste – v. 5

• O passado precisa novamente tornar-se um presente vivo. Não basta saber que é preciso arrepender-se. Precisamos perguntar: Para onde precisamos retornar? Para o ponto do qual nos desviamos. Retornar para um lugar qualquer só nos levaria para outros descaminhos.

• A igreja não está sendo chamada a relembrar o seu pecado. Não está sendo dito: lembra em que situação caíste, mas de onde caíste.

• O Filho Pródigo começou o seu caminho de restauração quando lembrou-se da Casa do Pai.

2. Arrepende-te – v. 5

• Arrependimento não é emoção, é decisão. É atitude. Não precisa existir choro, basta decisão. O Filho pródigo não só se lembrou da Casa do Pai, mas voltou para a Casa do Pai. Lembrança sem arrependimento é remorso. Essa foi a diferença entre Pedro e Judas. Arrepender é mudar a mente, é mudar a direção, é voltar-se para Deus. É deixar o pecado. É romper com o que está entristecendo o Noivo. O que está fazendo o seu coração esfriar? Deixa isso. Arrependa-se.

3. Volta à prática das primeiras obras – v. 5

• Não arrependimento, e depois repetidamente arrependimento, mas arrependimento e depois frutos do arrependimento, ou seja, as primeiras obras. Ninguém se arrepende de um pecado e o continua praticando.

• É tempo de você voltar para Jesus. Você que se afastou dele, que está frio. Você que deixou de orar, de se deleitar na Palavra. É tempo de se devotar novamente ao Noivo.

4. Uma solene advertência: e, se não, venho a ti a removerei do seu lugar o teu candeeiro – v. 5

• Candeeiro é feito para brilhar. Se ele não brilha, ele é inútil, desnecessário. A igreja não tem luz própria. Ela só reflete a luz de Cristo. Mas, se não tem intimidade com Cristo, ela não brilha, se ela não ama ela não brilha, porque quem não ama está nas trevas.

• O juízo começa pela Casa de Deus. Antes de julgar o mundo, Jesus julga a igreja. A igreja de Éfeso deixou de existir. A cidade de Éfeso deixou também de existir. Hoje, só existem ruínas e uma lembrança de uma igreja que perdeu o tempo da sua visitação.

Hoje muitas igrejas também estão sendo removidas do seu lugar. Há templos se transformando em museus. Candeeiros que são tirados do seu lugar, porque não têm luz e não têm luz porque não têm amor. Fica o alerta às igrejas que não amam: "Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, ao ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei" {\ Co 13:1-3).

CONCLUSÃO

1. No meio da igreja há sempre um remanescente fiel. Esses são os vencedores. Eles rejeitaram as comidas sacrificadas aos ídolos oferecida pelos Nicolaítas, mas agora se alimentam na Arvore da Vida.

2. Árvore da Vida fala de vida eterna. Vida eterna é conhecer a Deus e Deus é amor. O céu só é céu, porque lá é a Casa do Pai, e ele é amor. Lá vamos desfrutar desse amor pleno e abundante do nosso Noivo. A recompensa do Amor é mais Amor na perfeita comunhão do céu.

3. Jesus está hoje no nosso meio, andando entre nós. O que ele está vendo? Que elogios ele faz a esta igreja? Que exortações ele tem para nós? Quem aqui já perdeu o encanto do primeiro amor? Quem aqui precisa lembrar-se, arrepender-se e voltar ao Senhor? Que mudanças precisamos fazer? Ouça o que o Espírito diz a esta igreja!

APOCALIPSE 2:8-11

TEMA: COMO SER UM CRISTÃO FIEL ATÉ A MORTE

INTRODUÇÃO

1. É possível ser fiel e fiel até à morte num mundo carimbado pelo relativismo? O sofrimento revela quem é fiel e quem é conveniente. Aqui vemos uma igreja sofredora, perseguida, pobre, caluniada, aprisionada, enfrentando a própria morte, mas uma igreja fiel que só recebe elogios de Cristo.

2. Tudo o que Jesus diz nesta carta tem a ver com a cidade e com a igreja:

a) Uma igreja pobre numa cidade rica – Esmirna era rival de Éfeso. Era a cidade mais bela da Ásia Menor. Era considerada o ornamento, a coroa e a flor da Ásia. Cidade comercial, onde ficava o principal porto da Ásia. O monte Pagos era coberto de templos e bordejado de casas formosas. Era um lugar de realeza coroado de torres. Tinha um magnífica arquitetura, com templos dedicados a Cibeles, Zeus, Apoio, Afrodite e Esculápio. Hoje essa é a única cidade sobrevivente, com o nome de Izmir, na Turquia asiática, com 255.000 habitantes.

b) Uma igreja que enfrenta a morte numa cidade que havia morrido e ressuscitado – Esmirna havia sido fundada como colônia grega no ano 1.000 a.C. No ano 600 a. C, os lídios a invadiram e destruíram por completo. No ano 200 a. C, Lisímaco a reconstruiu e fez dela a mais bela cidade da Ásia. Quando Cristo disse que estivera morto, mas estava vivo, os esmirneanos sabiam do que Jesus estava falando. A cidade estava morta e reviveu.

Uma igreja fiel a Cristo na cidade mais fiel a Roma – Esmirna sabia muito bem o significado da palavra fidelidade. De todas as cidades orientais havia sido a mais fiel a Roma. Muito antes de Roma ser senhora do mundo, Esmirna já era fiel a Roma. Cícero dizia que Esmirna era a aliada mais antiga e fiel de Roma. No ano de 195 a. C, Esmirna foi a primeira cidade a erigir um templo à deusa Roma. No ano 26 d.C, quando as cidades da Ásia Menor competiam o privilégio de construir um templo ao imperador Tibério, Esmirna ganhou de Éfeso esse privilégio. Para a igreja dessa cidade, Jesus disse: "Sê fiel até à morte".

Uma igreja vitoriosa na cidade dos jogos atléticos – Esmirna tinha um estádio onde todos os anos se celebravam jogos atléticos famosos em todo o mundo; os jogadores disputavam uma coroa de louros. Para os crentes dessa cidade, Jesus prometeu a coroa da vida.

3. Ser cristão em Esmirna era um risco de perder os bens e a própria vida. Essa igreja pobre, caluniada e perseguida só recebe elogios de Cristo. A fidelidade até a morte era a marca dessa igreja. Como podemos aprender com essa igreja a sermos fiéis?

4. A fidelidade é um princípio básico da vida cristã: hoje os maridos e esposas estão quebrando os votos assumidos no casamento. Os pais estão quebrando os votos assumidos no batismo dos filhos. Os crentes estão quebrando os votos feitos na profissão de fé. Como ser um crente fiel em tempos de prova?

I. NÃO TENDO UMA VISÃO DESROMANTIZADA DA VIDA V. 8-9

> A igreja de Esmirna estava atravessando um momento de prova e o futuro imediato era ainda mais sombrio. Há quatro coisas nesta carta que precisamos destacar, se queremos ter uma visão desromantizada da vida:

1. Tribulação – v. 9

• A idéia de tribulação é de um aperto, um sufoco, um esmagamento. A igreja estava sendo espremida debaixo de um rolo compressor. A pressão dos acontecimentos pesava sobre a igreja e a força das circunstâncias procurava forçar a igreja a abandonar a sua fé.

• Os crentes em Esmirna estavam sendo atacados e mortos. Eles eram forçados a adorar o imperador como Deus. De uma única vez lançaram do alto do montes Pagos 1200 crentes. Doutra feita, lançaram 800 crentes. Os crentes estavam morrendo por causa da sua fé.

• Como entender o amor de Deus no meio da perseguição? Como entender o amor do Pai pelo seu Filho quando o entregou como sacrifício? Onde é sacrificado o amado, o amor se oculta. Isso é a Sexta-Feira da Paixão: Não ausência, mas ocultação do amor de Deus.

2. Pobreza

• A pobreza não é maldição. Jesus disse: "Bem-aventurados os pobres" (Lc 6:20). Tiago diz que Deus elege os pobres do mundo para serem ricos na fé (Tg 2:5). Havia duas palavras para pobreza: ptochéia e penia. A primeira é pobreza total, extrema. Era representada pela imagem de um mendigo agachado. Penia é o homem que carece do supérfluo, enquanto ptochéia é o que não tem nem sequer o essencial.

• A pobreza dos crentes era um efeito colateral da tribulação. Ela vinha de algumas razões: 1) Os crentes eram procedentes das classes pobres e muitos deles eram escravos. Os primeiros cristãos sabiam o que era pobreza absoluta; 2) Os crentes eram saqueados e seus bens eram tomados pelos perseguidores (Hb 10:34); 3) Os crentes haviam renunciado aos métodos suspeitos e por sua fidelidade a Cristo, perderam os lucros fáceis que foram para as mãos de outros menos escrupulosos.

3. Difamação

• Os judeus estavam espalhando falsos rumores sobre os cristãos. As mentes estavam sendo envenenadas. Os crentes de Esmirna estavam sendo acusados de coisas graves. O diabo é o acusador. Ele é o pai da mentira. Aqueles que usam a arma das acusações levianas são Sinagoga de Satanás. Havia uma forte e influente comunidade judaica em Esmirna. Eles não apenas estavam perseguindo os crentes, mas estavam influenciando os romanos aprender os crentes.

• Os judeus foram os principais inimigos da igreja no primeiro século. Perseguiram a Paulo em Antioquia da Pisídia (At 13:50), em Icônio (At 14:2,5), em Listra Paulo foi apedrejado (At 14:19) e em Tessalônica (At 17:5), em Corinto Paulo tomou a decisão de deixar os judeus e ir para os gentios (At 18:6). Quando retornou para Jerusalém, os judeus o prenderam no templo e quase o mataram. O livro de Atos termina com Paulo em Roma sendo perseguido por eles.

• Eles se consideravam o genuíno povo de Deus, os filhos da promessa, a comunidade da aliança, mas ao rejeitarem o Messias e perseguirem a igreja de Deus, estavam se transformando em Sinagoga de Satanás (Rm 2:28-29). A religião deles foi satanizada. Tornou-se a religião do ódio, da perseguição, da rejeição da verdade. Quem difama Cristo ou o degrada naqueles que o confessam promove a obra de Satanás e guerreia as guerras de Satanás.

• Os crentes passaram a sofrer várias acusações levianas: 1) Canibais – por celebrarem a ceia com o pão e o vinho, símbolos do corpo de Cristo; 2) Imorais, por celebrarem a festa do Ágape antes da Eucaristia; 3) Divididor de famílias, uma vez que as pessoas que se convertiam a Cristo deixavam suas crenças vãs para servirem a Jesus. Jesus veio trazer espada e não a paz; 4) Acusavam os crentes de Ateísmo, por não se dobrarem diante de imagens dos vários deuses; 5) Acusavam os crentes de deslealdade e revolucionários, por se negarem a dizer que César era o Senhor.

4. Prisão

• Alguns crentes de Esmirna estavam enfrentando a prisão. A prisão era a ante-sala do túmulo. Os romanos não cuidavam de seus prisioneiros. Normalmente os prisioneiros morriam de fome, de pestilências, ou de lepra.

• Vistas de um bastião mais elevado, as detenções acontecem para serdes postos à prova. Os crentes estavam prestes a serem levados à banca de testes. Deverá ser testada a sua fidelidade. Mas Deus é fiel e não permite que sejamos tentados além das nossas forças. Ele supervisiona o nosso teste.

II. SABENDO QUE A AVALIAÇÃO DE SUCESSO DE JESUS É DIFERENTE DA AVALIAÇÃO DO MUNDO V. 9

1. A igreja de Esmirna era uma igreja pobre: pobre porque os crentes vinham das classes mais baixas. Pobre porque muitos dos membros eram escravos. Pobres porque seus bens eram tomados, saqueados. Pobres porque os crentes eram perseguidos e até jogados nas prisões. Pobres porque os crentes não se corrompiam. Era uma igreja espremida, sofrida, acuada.

2. Embora a igreja fosse pobre financeiramente, era rica dos recursos espirituais. Não tinha tesouros na terra, mas os tinha no céu. Era pobre diante dos homens, mas rica diante de Deus. A riqueza de uma igreja não está na pujança do seu templo, na beleza de seus móveis, na opulência do seu orçamento, na projeção social dos seus membros. A igreja de Laodicéia considerava-se rica, mas Jesus disse para ela que ela era pobre. A igreja de Filadélfia tinha pouca força, mas Jesus colocou diante dela uma porta aberta. A igreja de Esmirna, era pobre, mas aos olhos de Cristo ela era rica.

3. Enquanto o mundo avalia os homens pelo ter, Jesus os avalia pelo ser. Importa ser rico para com Deus. Importa ajuntar tesouros no céu. Importa ser como Pedro: "Eu não tenho ouro e nem prata, mas o que eu tenho, isso te dou: em nome de Jesus, o Nazareno anda". A igreja de Esmirna era pobre, mas fiel. Era pobre, mas rica diante de Deus. Era pobre, mas possuía tudo e enriquecia a muitos.

4. Nós podemos ser ricos para com Deus, ricos na fé, ricos em boas obras. Podemos desfrutar das insondáveis riquezas de Cristo. A vista de Deus há tantos pobres homens ricos como ricos homens pobres. E melhor ser como a igreja de Esmirna, pobre materialmente e rica espiritualmente, do que como a igreja de Laodicéia, rica, mas pobre diante de Cristo.

5. Outro grupo ostentava uma falsa percepção de si mesmo. "Se dizem judeus, mas não são, sendo antes sinagoga de Satanás" (v. 9). Não é judeu quem o é exteriormente…judeu é quem o é interiormente (Rm 2:28-29). Eles afirmam que são judeus, mas isso não é verdade. Eles afirmam que vocês são pobres, mas isso não é verdade. O mundo vê a aparência, Deus o interior.

III. ESTANDO PRONTO A FAZER QUALQUER SACRÍFICIO PARA HONRAR A JESUS – V. 10b

1. Aqueles crentes eram pobres, perseguidos, caluniados, presos e agora estavam sendo encorajados a enfrentar a própria morte, se fosse preciso. Não é ser fiel até o último dia da vida. É ser fiel até o ponto de morrer por essa fidelidade. É preferir morrer a negar a Jesus. Jesus foi obediente até a morte e morte de cruz. Ele foi da cruz até à coroa. Essa linha também foi traçada para a igreja de Esmirna: "Sê fiel até à morte e dar-te-ei a coroa da vida".

2. A igreja de Esmirna, assim, não é candidata à morte, mas à vida.

3. A cidade de Esmirna era fiel a Roma, mas os crentes são chamados a serem fiéis a Jesus. A cidade de Esmirna tinha a pretensão de ser a primeira, mas Jesus diz: "Eu sou o primeiro e o último". Somos chamados a sermos fiéis até às últimas conseqüências, mesmo num contexto de hostilidade e perseguição. O bispo da igreja Policarpo, discípulo de João, foi martirizado no dia 25/02/155 d.C. Ele foi apanhada, arrastado para a arena. Tentaram intimidá-lo com as feras. Ameaçaram-no com o fogo. Ele respondeu ao procônsul: "Vocês me ameaçam com um fogo que pode queimar apenas por alguns instantes, respeito do fogo do juízo vindouro e do castigo eterno, reservado para os maus. Mas porque vocês demoram, façam logo que têm de fazer." Seus algozes tentaram forçá-lo a blasfemar contra Cristo, mas ele respondeu: "Eu o sirvo há 86 anos e ele sempre me fez bem. Como posso blasfemar contra o meu Salvador e Senhor, que me salvou?" Os inimigos furiosos, queimaram-no vivo em uma pira, enquanto ele orava e agradecia a Jesus o privilégio de morrer como mártir.

4. Hoje Jesus espera do seu povo fidelidade na vida, no testemunho, na família, nos negócios, na fé. Não venda o seu senhor por dinheiro, como Judas. Não troque o seu Senhor, por um prato de lentilhas como Esaú. Não venda a sua consciência por uma barra de ouro como Acã. Seja fiel a Jesus, ainda que isso lhe custe seu namoro, seu emprego, seu sucesso, seu casamento, sua vida. Jesus diz que aqueles que são perseguidos por amor a ele são bem-aventurados (Mt 5:10-12). O servo não é maior do que o seu senhor. O mundo perseguiu a Jesus e também nos perseguirá.

5. A Bíblia diz que todo aquele que quiser viver piedosamente em Cristo será perseguido (2 Tm 3:12). Paulo diz: "A vós foi dado o privilégio não apenas de crer em Cristo, mas também de sofrer por ele" (Fp 1:29). Dietrich Bonhoeffer enforcado no campo de concentração de Flossenburg na Alemanha, em 9 de abril de 1945 escreveu que o sofrimento é o sinal do verdadeiro cristão. Enquanto estamos aqui, muitos irmãos nossos estão selando com o seu sangue a sua fidelidade a Cristo.

6. Aqueles que forem fiéis no pouco, serão recebidos pelo Senhor com honras: "Bom está servo bom e fiel. Foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei. Entra no gozo do teu senhor."

IV. SABENDO QUE JESUS ESTÁ NO CONTROLE DE TODOS OS DETALHES DA NOSSA VIDA V. 9-10

1. Jesus conhece quem somos e tudo o que acontece conosco – v. 9

• Este fato é fonte de muito conforto. Uma das nossas grandes necessidades nas tribulações é alguém com quem partilhá-las. Jesus conhece nossas aflições, porque anda no meio dos candeeiros. Sua presença nunca se afasta.

• Nossa vida não está solta, ao léu. Nosso Senhor não dormita nem dorme. Ele está olhando para você. Ele sabe o que você está passando. Ele conhece a sua tribulação. Ele sabe das suas lutas. Ele sabe das suas lágrimas. Ele sabe que diante dos homens você é pobre, mas ele sabe os tesouros que você tem no céu.

• Jesus sabe das calúnias que são atacadas contra você. Ele sabe o veneno das línguas mortíferas que conspiram contra você. ■

• Ele sabe que somos pobres, mas ao mesmo tempo ricos.

• Ele sabe que somos entregues à morte, mas ao mesmo tempo temos a coroa da vida.

2. Jesus permite o sofrimento com um propósito, para lhe provar, e não para lhe destruir – v. 10

• A intenção do inimigo é destruir a sua fé, mas o propósito de Jesus é provar você. Os judeus estão furiosos. O diabo está por trás do aprisionamento. Mas quem realiza seus propósitos é Deus. O fogo das provas só consumirão a escória, só queimará a palha, porém tornará você mais puro, mais digno, mas fiel. Jesus estava peneirando a sua igreja para arrancar dela as impurezas. O nosso adversário tenta para destruir; Jesus prova para refinar. Precisamos olhar para além da provação, para o glorioso propósito de Jesus. Precisamos olhar para o além do castigo, para o seu benefício. Exemplo: Davi – Foi-me bom passar pela aflição para aprender os teus decretos.

• O Senhor não o poupa da prisão, mas usa a prisão para fortalecer você. Ele não nos livra da fornalha, mas nos purifica nela.

3. Jesus controla tudo o que sobrem à sua vida

• Nenhum sofrimento pode nos atingir, exceto com a sua expressa permissão. Ele adverte os crentes de Esmirna sobre o que está por acontecer, ele fixa um limite aos seus sofrimentos. Jesus sabe quem está por trás de todo ataque à sua vida (v. 10). O inimigo que nos ataca não pode ir além do limite que Jesus estabelece. A prisão será breve. E Jesus diz: "Não temas as coisas que tens de sofrer." Três verdades estão aqui presentes: a primeira é que o sofrimento é certo; a segunda é que será limitado; a terceira é que será breve.

Assim como aconteceu com Jó, Deus diria para o diabo em Esmirna: "Até aqui e não mais". O diabo só pode ir até onde Deus o permite. Quem está no controle da nossa vida é o Rei da glória. Não tenha medo!

4. Jesus já passou vitoriosamente pelo caminho estreito do sofrimento que nos atinge, por isso pode nos fortalecer

• Ele também enfrentou tribulação. Ele foi homem de dores. Ele sabe o que é padecer. Ele foi pressionado pelo inferno.

• Ele suportou pobreza, não tinha onde reclinar a cabeça.

• Ele foi caluniado. Chamaram-no de beberrão, de impostor, de blasfemo, de possesso.

• Ele foi preso. Açoitado, cuspido, pregado na cruz.

• Ele passou pelo vale escuro da própria morte. Ele entrou nas entranhas da morte e a venceu.

• Agora ele diz para a sua igreja: "Não temas as coisas que tens de sofrer." Ele tem poder para consolar, porque ele foi tentado como nós, mas sem pecar. Ele pode nos socorrer, porque trilhou o caminho do sofrimento e da morte e venceu.

• Ele é eterno – Ele é o primeiro e o último. Aquele que nunca muda e que está sempre conosco.

• Ele é vitorioso – Ele enfrentou a morte e a venceu. Ele destruiu aquele que tem o poder da morte e nos promete vitória sobre ela.

• Ele é galardoador – Ele promete a coroa da vida para os fiéis e vitória completa sobre a segunda morte para os vitoriosos.

CONCLUSÃO

1. Quem tem ouvidos, ouça o Espírito diz às igrejas – Cada igreja tem necessidade de um sopro especial do Espírito de Deus. A palavra para a igreja de Esmirna era: considerem-se candidatos à vida. Sob tribulação, pobreza e difamação continuem fiéis. Não olhem para o sofrimento, mas para a recompensa. Só mais um pouco e ouviremos nosso Senhor nos chamando de volta para Casa: "Vinde, benditos de meu Pai, entrem na posse do Reino…", aqui não tem mais morte, nem prato, nem luto, nem dor!

2. O vencedor não sofrerá o dano da segunda morte – Podemos enfrentar a morte e até o martírio, mas escaparemos do inferno que é a segunda morte (v. 11), e entraremos no céu, que é a coroa da vida (v. 10). Podemos precisar ser fiéis até à morte, mas então a segunda morte não poderá nos atingir. Podemos perder nossa vida, mas então a coroa da vida nos será dada.

APOCALIPSE 2:12-17

TEMA: O PERIGO DE A IGREJA MISTURAR-SE COM O MUNDO

INTRODUÇÃO

1. A carta à igreja de Pérgamo é um brado de Jesus é a igreja hoje. Essa carta é endereçada a você, a mim, a nós. Não pregarei esse sermão diante de vocês, mas a vocês. Examinaremos não apenas um texto antigo, mas sondaremos o nosso próprio coração à luz dessa verdade eterna.

2. O perigo que estava assaltando a igreja de Pérgamo era a linha divisória entre verdade e heresia. Como a igreja pode permanecer na verdade sem se misturar com as heresias e com o mundanismo? Como uma igreja que é capaz de enfrentar o martírio permanecer fiel diante da tática da sedução?

3. A palavra "pérgamo" significa casado". A igreja precisa lembrar-se que ela está comprometida com Cristo, é a noiva de Cristo e precisa se apresentar a igreja como uma esposa santa, pura e incontaminada. No Livro de Apocalipse o sistema do mundo que está entrando dentro da igreja é definido como a grande Babilônia, a mãe das meretrizes, enquanto a igreja é definida como a noiva de Cristo.

4. O ponto central dessa carta é alertar a igreja sobre o risco da perigosa mistura do povo de Deus com o engano doutrinário e com a imoralidade do mundo.

I. CRISTO FAZ UM DIAGNÓSTICO DA IGREJA E REVELA OS SEUS SINTOMAS

1. Cristo vê uma igreja instalada no meio do acampamento de Satanás – v. 13

A. Pérgamo, uma cidade com um passado glorioso

• Historicamente era a mais importante cidade da Ásia. Segundo Plínio "era a mais famosa cidade da Ásia".

• Começou a destacar-se depois da morte de Alexandre, o grande em 333 a.C. Foi capital da Ásia quase 400 anos. Foi capital do reino Selêucida até 133 a.C.

• Átalo III, rei selêucida, o último de Pérgamo, passou o reino a Roma em seu testamento e Pérgamo tornou-se a capital da província romana da Ásia.

B. Pérgamo, um importante centro cultural

• Como centro cultural sobrepujava Éfeso e Esmirna. Era famosa por sua biblioteca que continha 200.000 pergaminhos. Era a segunda maior biblioteca do mundo, só superada pela de Alexandria.

• Pergaminho deriva-se de Pérgamo. O papiro do Egito era o material usado para escrever. No século III a. C. EUMENES, rei de Pérgamo resolveu transformar a biblioteca de Pérgamo na maior do mundo. Convenceu a Aristófanes de Bizâncio, bibliotecário de Alexandria a vir para Pérgamo. Ptolomeu, rei do Egito, revoltado, embargou o envio de papiro para Pérgamo. Então, inventaram o pergaminho, de couro alisado, que veio superar o papiro. Pérgamo gloriava-se de seus conhecimentos e cultura.

C. Pérgamo, um destacado centro do paganismo religioso

1. Em Pérgamo ficava um grande panteão

• Havia altares para vários deuses em Pérgamo. No topo da Acrópole, ficava o famoso templo dedicado a Zeus, uma das sete maravilhas do mundo antigo. Todos os dias se levantava a fumaça dos sacrifícios prestados a Zeus.

2. Em Pérgamo havia o culto a Esculápio

• Esculápio era o "deus salvador", o deus serpente das curas. Seu colégio de sacerdotes médicos era famoso. Naquela época mantinha 200 santuários no mundo inteiro. A sede era em Pérgamo. Ali estava a sede de uma famosa escola de medicina. Para ali peregrinavam e convergiam pessoas doentes do mundo inteiro em busca de saúde. A crendice misturava-se com a ciência.

• Galeno, médico só superado por Hipócrates, era de Pérgamo.

• As curas, muitas vezes, eram atribuídas ao poder do deus serpente Esculápio. Esse deus serpente tinham o título famoso de Salvador. A antiga serpente assassina, apresenta-se agora como sedutora.

3. Em Pérgamo estava o centro asiático do culto ao Imperador

• O culto ao imperador era o elemento unificador para a diversidade cultural e política do império. No ano 29 a.C. foi construído em Pérgamo o primeiro templo a um imperador vivo, o imperador Augusto. O anticristo era mais evidente em Pérgamo do que o próprio Cristo.

• Desde 195 a.C, havia templos à deusa Roma em Esmirna. O imperador encarnava o espírito da deusa Roma. Por isso, se divinizou a pessoa do imperador e começou a se levantar templos ao imperador.

• Uma vez por ano, os súditos deviam ir ao templo de César e queimar incenso dizendo: "César é o Senhor". Depois, podiam ter qualquer outra religião. Havia até um panteão para todos os deuses. Isso era símbolo de lealdade a Roma, uma cidade eclética, de espírito aberto, onde a liberdade religiosa reinava desde que observassem esse detalhe do culto ao imperador.

4. Em Pérgamo estava o trono de Satanás

• Naquela cidade estava o trono de Satanás. Ele não apenas habitava na cidade, mas lá estava o seu trono. O trono de Satanás não estava num edifício, como hoje sugerem os defensores do movimento de Batalha Espiritual, mas no sistema da cidade.

• O trono de Satanás é marcado pela pressão e pela sedução. Onde Satanás reina predomina a cegueira espiritual, floresce o misticismo, propaga-se o paganismo, a mentira religiosa bem como a perseguição e a sedução ao povo de Deus.

• Em Pérgamo estava um panteão onde vários deuses eram adorados. Isso atentava contra o Deus criador. Em Pérgamo as pessoas buscavam a cura através do poder da serpente. Isso atentava contra o Espírito Santo, de onde emana todo o poder. Em Pérgamo estava o culto ao Imperador, onde as pessoas queimavam incenso e o adoravam como Senhor. E isso conspirava contra o Senhor Jesus, o Rei dos reis e Senhor dos senhores.

• Cristo não apenas conhece as obras da igreja e suas tribulações. Mas também conhece a tentação que assedia a igreja, conhece o ambiente que ela vive. Cristo sabe que a igreja está rodeada por uma sociedade não-cristã, com valores mundanos, com heresias nos bombardeando a todo instante.

2. Cristo vê uma igreja capaz de enfrentar até a morte por causa do nome de Jesus – v. 13

• Cristo conhece também a lealdade que a igreja lhe dedica. A despeito do poder do culto pagão a Zeus, a Esculápio e ao imperador, os crentes da igreja de Pérgamo só professavam o nome de Jesus. Eles tinham mantido suas próprias convicções teológicas no meio dessa babel religiosa. A perseguição religiosa não os intimidou.

• A igreja suportou provas extremas. Antipas, pastor de Pérgamo, segundo Tertuliano, foi colocado dentro de um boi de bronze e este foi levado ao fogo até ficar vermelho, morrendo o servo de Deus sufocado e queimado. Ele resistiu a apostasia até a morte.

3. Cristo vê uma igreja que começa a negociar a verdade – v. 14

• Como Satanás não logrou êxito contra a igreja usando a perseguição, mudou a sua tática, e usou a sedução. A proposta agora não é substituição, mas mistura. Não é apostasia aberta, mas ecumenismo.

. • Alguns membros da igreja começaram a abrir a guarda e a ceder diante da sedução do engano religioso – Na igreja havia crentes que permaneciam fiéis, enquanto outros estavam se desviando da verdade. Numa mesma congregação há aqueles que permanecem firmes e aqueles que caem.

4. Cristo vê uma igreja que começa a ceder às pressões do mundo – v. 14

• Balaque contratou Balaão para amaldiçoar a Israel. Balaão prostituiu os seus dons com o objetivo de ganhar dinheiro. O deus de Balaão era o dinheiro. Mas quando ele abria a boca só consegue abençoar. Então Balaque ficou bravo com ele. Aí por ganância, aconselhou Balaque enfrentar Israel não com um grande exército, mas com pequenas donzelas sedutoras. Aconselhou a mistura. Aconselhou o incitamento ao pecado. Aconselhou a infiltração, uma armadilha. Assim, os homens de Israel participariam de suas festas idolatras e se entregariam à prostituição. E o Deus santo se encheria de ira contra eles e eles se tornariam fracos e vulneráveis.

• O pecado enfraquece a igreja. A igreja só é forte quando é santa. Sempre que a igreja se mistura com o mundo e adota o seu estilo da vida, ela perde o seu poder e sua influência.

• O grande problema da igreja de Pérgamo é que enquanto uns sustentavam a doutrina de Balaão os demais membros da igreja se calaram num silêncio estranho. A infidelidade aninhou-se dentro da igreja com a adesão de uns, e o conformismo dos outros. A igreja tornou-se infiel.

5. Cristo vê uma igreja que começa a baixar o seu nível moral – v. 15

• Eles ensinavam que a liberdade de Cristo é a liberdade para o pecado. Diziam: Não estamos mais debaixo da tutela da lei. Estamos livres para viver sem freios, sem imposições, sem regras. Esse simulacro da verdade era para transformar a graça em licença para a imoralidade, a liberdade em licenciosidade.

• Os nicolaítas ensinavam que o crente não precisa ser diferente. Quanto mais ele pecar maior será a graça. Quanto mais ele se entregar aos apetites da carne, maior será a oportunidade do perdão. Eles faziam apologia ao pecado. Eles defendiam que os crentes precisam ser iguais aos pagãos. Eles deviam se conformar com o mundo.

• Cristo odeia a obra dos nicolaítas. Ele odeia o pecado. O que era odiado em Éfeso era tolerado em Pérgamo.

II. CRISTO FAZ UM DIAGNÓSTICO DA IGREJA E IDENTIFICA A FONTE DO PECADO-V. 13

A fonte do pecado é diabólico – v. 13

• A igreja de Pérgamo viveu e adorou e testemunhou onde Satanás habita (v. 13b) e onde está o trono de Satanás (v. 13 a). Satanás não somente habitou em Pérgamo, ele também a governou. Satanás era a fonte dos pecados aos quais alguns membros da igreja tinham sucumbido. Seus numerosos templos, santuários e altares, seu labirinto de filosofias anticristãs, sua tolerância com a imoralidade dos nicolaístas e balaamitas ostentavam um testemunho em favor do domínio maligno.

• Precisamos apagar da nossa mente a caricatura medieval de Satanás. Despojando-o dos chifres, cascos e do rabo. A Bíblia diz que ele um ser espiritual inteligente, poderoso e inescrupuloso. Jesus o chamou de príncipe deste mundo. Paulo o chamou de príncipe da potestade do ar. Ele tem um trono e um reino e sob seu comando está um exército de espíritos malignos que são identificados nas Escrituras como "os dominadores deste mundo tenebroso" e "forças espirituais do mal nas regiões celestes".

1. Pérgamo, um lugar sombrio

• Pérgamo era um lugar sombrio. Ela estava mergulhada na confusão mental da heresia. Pois os reino de Satanás é onde as trevas reinam, ele é o dominar deste mundo tenebroso. Ele odeia a luz. Ele mentiroso e enganador. Ele cega o entendimento dos descrentes. Ele instiga os homens a pecar e os induz ao erro.

III. CRISTO DIAGNOSTICA A IGREJA E JULGA OS QUE SE RENDERAM AO PECADO-V. 12,16

1. Jesus exorta os faltosos ao arrependimento – v. 16

• Arrependimento – A igreja precisava expurgar aquele pecado de tolerância com o erro doutrinário e com a libertinagem moral A igreja precisava arrepender-se do seu desvio doutrinário e do seu desvio de conduta. Verdade e vida precisam ser pautados pela Palavra de Deus. Embora o juízo caia sobre os que se desviaram, a igreja toda é disciplinada e envergonhada por isso.

• A igreja precisa arrepender-se de sua tolerância com o erro – Embora apenas alguns membros da Igreja se desviaram, os outros devem se arrepender porque foram tolerantes com o pecado. Enquanto os crentes de Éfeso odiavam as obras dos nicolaítas, os crentes de Pérgamo, toleravam a doutrina e a obra dos nicolaítas. O pecado da igreja de Pérgamo era a tolerância com o erro e com o pecado.

2. Jesus sentencia os impenitentes com o juízo

• Juízo – A falta de arrependimento acarreta em juízo. Jesus virá em juízo condenatório contra todos aqueles que permanecem _impenitentes e contra aqueles que se desviam da verdade. Antipas morreu pela espada dos romanos. Mas quem tem a verdadeira espada é Jesus. Ele derrotará os seus inimigos com esta poderosa arma.

• A espada da sua boca é a sua arma que destrói seus inimigos. Essa é a única arma que Jesus usará na sua segunda vinda. Com ela ele matará o anticristo e também destruirá os rebeldes e apóstatas.

• A mensagem da verdade se tornará a mensagem do julgamento. Deus nos fará responsáveis por nossa atitude em face da verdade que conhecemos. Jesus que a sua própria palavra é que condenará o ímpio do dia do juízo (Jo 12:47-48). A palavra salvadora torna-se juiz e espada benfazeja, transforma-se em carrasco.

IV. JESUS CRISTO DIAGNOSTICA A IGREJA E PREMIA OS VENCEDORES –

V. 17

Os vencedores comerão do maná escondido – v. 17

• No deserto Deus mandou o maná (Ex 16:11-15). Quando cessou o maná, um vaso com maná foi guardado na Arca e depois no templo (Ex 16: 33,34; Hb 9:4). Com a destruição do templo, conta uma lenda que Jeremias escondeu o vaso com maná numa fenda do Monte Sinai. Os rabinos diziam que ao vir o Messias o vaso com maná seria recuperado. Receber o maná escondido significa desfrutar das bênçãos da era messiânica.

• O maná escondido refere-se ao banquete permanente que teremos no céu. Aqueles que rejeitam o luxo das comidas idólatras nesta vida, terão o banquete com as iguarias de Deus no céu. Bengel disse que diante desse manjar o apetite pela carne sacrificada a ídolos deveria desaparecer.

• O maná era o pão de Jeová (Ex 16:15), cereal do céu (SI 78:24). Era alimento celestial. Os crentes não devem participar dos banquetes pagãos, pois vão participar dos banquetes do céu. Jesus, é o pão do céu.

1. Os vencedores receberão uma pedrinha branca

• Era usada nos tribunais para veredicto dos jurados – A sentença de absolvição correspondia a uma maioria de pedras brancas e a de condenação a uma maioria de pedras pretas. O cristão é declarado justo, inocente, sem culpa diante do Trono de Deus.

• Era usada como bilhete de entrada em festivais públicos – A pedrinha branca é símbolo da nossa admissão no céu, na festa das bodas do Cordeiro. Quem deixa as festas do mundo, vai ter uma festa verdadeira onde vai rolar alegria para sempre.

2. Os vencedores receberão um novo nome

• O maná escondido é Cristo. O novo nome é Cristo. Vamos nos deliciar com o maná e compreender o novo nome. Esta é a visão beatífica.

• Aqueles que conhecem em parte conhecerão também plenamente, como são conhecidos. Aqueles que vêem agora como em um espelho, indistintamente, o verão face a face.

APOCALIPSE 2:18-29

TEMA: UMA IGREJA DEBAIXO DO OLHAR INVESTIGADOR DE CRISTO

INTRODUÇÃO

1. A maior das cartas é dirigida a menos importante das sete cidades. Tiatira não era nenhum centro político ou religioso. Sua importância era comercial. Ficava no caminho por onde viajava o correio imperial. Por este caminho se transportava todo o intercâmbio comercial entre Europa e Ásia.

2. Tiatira era sede de vários grêmios de comércio importantes (lã, couro, linho, bronze, tintureiros, alfaiates, vendedores de púrpura). Uma dessas corporações vendiam vestimentas de púrpura e é provável que Lídia era uma representante dessa corporação em Filipos (At 16:14). Estes grêmios tinham fins tanto de mútua proteção e benefício como de tipo social e recreativo.

3. Seria quase impossível ser comerciante em Tiatira sem fazer parte desses grêmios. Não participar era uma espécie de suicídio comercial. Era perder as esperanças de prosperidade.

4. Cada grêmio tinha sua divindade titular. Nessas reuniões havia banquetes com comida sacrificada aos ídolos e acabavam depois em festas cheias de licenciosidade.

5. O que os cristãos deviam fazer nessas circunstâncias: transigir ou progredir? Manter a consciência pura ou entrar no esquema para não perder dinheiro? Ser santo ou ser esperto? Qual é a posição do cristão: se sai do grêmio perde sua posição, reputação e lucro financeiro. Se permanece nessas festas nega a Jesus. Nessa situação Jezabel fingiu saber a solução. Disse ela: para vencer a Satanás é preciso conhecer as coisas profundas de Satanás. Não se pode vencer o pecado sem conhecer profundamente o pecado pela experiência.

6. É dentro dessa "cultura que está a igreja de Tiatira. Era uma igreja forte, crescente. Aos olhos de qualquer observador parecia ser uma igreja vibrante, amorosa, cheia de muitas pessoas. Vamos observar como Jesus vê essa igreja:

I.UMA IGREJA DINÂMICA, SOB A APRECIAÇÃO DE JESUS – V. 18-19

1. Jesus se apresenta como aquele que conhece profundamente a igreja – v. 18,23

• Ele não apenas está no meio dos candeeiros (1:16). Ele também anda no meio dos candeeiros (2:1). Ele conhece as obras da igreja (2:19), as tribulações da igreja (2:9), bem como, o lugar em que a igreja está (2:13).

• Seus olhos são como chama de fogo (2:18). Ele vê tudo, conhece tudo e sonda a todos. Nada escapa ao seu conhecimento. Ele conhece as obras (2:19) e também as intenções (2:23).

• Cristo se apresenta assim, porque muitas práticas vis estavam sendo toleradas secretamente dentro da igreja. Mas ninguém pode esconder-se do olhar penetrante e onisciente de Jesus. Pedro não pôde apagar da sua memória o olhar penetrante de Jesus. Ele esquadrinha o coração e os pensamentos. No dia do juízo ele vai julgar o segredo do coração dos homens.

2. Jesus se apresenta como aquele que distingue dentro da igreja as pessoas fiéis e as infiéis – v. 24

• Numa mesma comunidade havia três grupos: os que eram fiéis (2:24), os que estavam tolerando o pecado (2:20) e os que estavam vivendo no pecado (2:20-22).

• A igreja está bem, está em perigo e está mal. E Jesus sabe distinguir uns dos outros. Numa mesma igreja há gente salva e gente perdida. Há joio e trigo.

3. Jesus se apresenta como aquele que reconhece e elogia as marcas positivas da igreja-v. 19

a) A igreja era operosa – Havia trabalho, labor, agenda cheia.

b) A igreja era marcada por amor – A igreja possuía a maior das virtudes, o amor. O que faltava em Éfeso havia em Tiatira.

c) A igreja era marcada por fé – Confiança em Deus.

d) A igreja era marcada pela perseverança ou paciência triunfadora – A igreja passava pelas provas com firmeza.

e) A igreja estava em franco progresso espiritual – As últimas obras da igreja eram mais numerosas que as primeiras. Essas marcas eram do remanescente fiel e não da totalidade dos membros.

II. UMA IGREJA TOLERANTE AO PECADO SOB A REPROVAÇÃO DE JESUS V. 20

1. Antes de Jesus reprovar a falsa profetisa. Jesus reprova a igreja – v. 20

• Tiatira estava crescendo (2:19), por isso, Satanás procura corromper o seu interior, em vez de atacá-la de fora para dentro.

• Jesus reprova a igreja por ser tolerante com o falso ensino e com a falsa moralidade. Enquanto Éfeso não podia suportar os homens maus e os falsos ensinos, Tiatira tolerava uma falsa profetisa, chamada Jezabel.

• Essa falsa profetisa estava exercendo uma influência tão nefasta na igreja como Jezabel tinha exercido em Israel. O nome Jezabel significa puro, mas sua vida e conduta negavam o seu nome. Foi Jezabel quem introduziu em Israel o culto pagão a baal e misturou religião com prostituição. Ela não só perseguiu os profetas de Deus, mas também promoveu o paganismo.

• A segunda Jezabel estava induzindo os servos de Deus ao pecado. Pregava que os pecados da carne podiam ser livremente tolerados. A liberdade que ela pregava era uma verdadeira escravidão.

• A tolerância da igreja com o falso ensino provoca a ira de Jesus. A igreja abriu as portas para essa mulher. Ela subia ao púlpito da igreja. Ela exercia a docência na igreja. Ela induzia os crentes ao pecado. A igreja não tinha pulso para desmascará-la e enfrentá-la.

• Naquele bonito campo permite-se que uma planta venenosa viceje. Naquele corpo saudável um câncer maligno começou a formar-se. Um inimigo está encontrando guarida no meio da comunidade. Havia transigência moral dentro da igreja. Aqui não é o lobo que veio de fora, mas o lobo que estava enrustido dentro da igreja.

2. Jesus demonstra o seu zelo pela igreja e denuncia a falsa doutrina e a falsa moralidade – v. 20

a) A falsa doutrina – Jezabel estava ensinando a igreja que a maneira de vencer o pecado era conhecer as coisas profundas de Satanás (2:23). Ela ensinava que os crentes não podiam cometer suicídio comercial, eles deviam participar dos banquetes dos grêmios e comer carne sacrificadas aos ídolos bem como das festas imorais. Ela ensinava que os crentes deviam defender seus interesses materiais a todo custo. Prejuízo financeiro para ela era mais perigoso que o pecado. Amava mais o dinheiro que a Jesus. Mais as exigências materiais que as exigências de Deus. O ensino dela era que não há mérito em vencer um pecado sem antes experimentá-lo. O argumento dela é que para vencer a Satanás é preciso conhecê-lo e que o pecado jamais será vencido a menos que você tenha conhecido tudo por meio da experiência. Mas a Bíblia diz que não podemos viver no pecado, nós o que para ele já morremos. Paulo diz, "na malícia… sede crianças (1 Co 14:20) e "que devemos ser símplices para o mal" (Rm 16:19). b) A falsa moral – A proposta de Jezabel era oferecer uma nova versão do Cristianismo, um Cristianismo liberal, sem regras, sem proibições, sem legalismos. Ela queria modificar o Cristianismo para se adaptar à moralidade do mundo. Ele ensina uma prática ecumênica com o paganismo. Exemplo: minha visita ao Seminário de Princeton.

III. UMA IGREJA CONFRONTADA POR JESUS, TENDO A OPORTUNIDADE DE ARREPENDER-SE -V. 21

1. Antes de Jesus tratar a igreja com juízo, a confronta em misericórdia – v. 21

• Deus é paciente. Ele é longânimo. Ele não tem prazer na morte do ímpio. Ele não quer que nenhum se perca. Ele chama ao arrependimento. Ele dá tempo para que o pecador se arrependa. Cada dia é um tempo de graça, é uma oportunidade de se voltar para Deus. As portas da graça estão abertas. Os braços do perdão estão estendidos. Como fez com Jerusalém, ele faz com aquele os faltosos da igreja: "Jerusalém, Jerusalém, quantas vezes quis eu ajuntar os seus filhotes como a galinha ajunta os seus filhotes e vós não o quisestes" (Mt 23:37). Doutra feita Jesus disse: "Contudo não quereis vir a mim para terdes vida" (Jo 5:40).

2. Antes de Jesus tratar a igreja com juízo, a confronta com a disciplina – v. 22

• A disciplina é um ato de amor. Jesus traz o sofrimento. Ele transformou o leito do adultério em leito do sofrimento. Ele transformou o prazer do pecado em chicote de disciplina. Ele está usando todos os recursos para levar o faltoso ao arrependimento.

3. A falta de arrependimento implica necessariamente na aplicação inexorável do juízo – v. 19,22,23

• Jezabel não quis se arrepender. Ela desprezou o tempo da sua oportunidade. Ela fechou a porta da graça com as suas próprias mãos. Ela calcou aos pés o sangue purificador de Cristo. Ela zombou da paciência de Cordeiro.

• Agora ela e seus seguidores são castigados com a doença, com grande tribulação e com a morte (2:22-23). O salário do pecado é a morte. O pecado é doce ao paladar, mas amargo no estômago. O pecado é uma fraude, oferece prazer e traz desgosto. Satanás é um estelionatário, promete vida e paga com a morte.

• O juízo contra o pecado será final e completo no dia do juízo. Jesus não apenas tem olhos como de fogo (2:19). Ele não apenas sonda mente e corações (2:23), mas também tem os pés semelhantes ao bronze polido, prontos a esmagar os seus inimigos (2:19). No dia do juízo Cristo colocará todos os seus inimigos debaixo dos seus pés. Naquele dia o Cordeiro estará irado (6:17).

IV. UMA IGREJA ENCORAJADA A SER FIEL ATÉ O FIM APESAR DA APOSTASIA DE OUTROS – V. 24-25

1. É possível manter-se firme na doutrina mesmo quando outros se desviam -v. 24

• Alguns membros da igreja não apenas tinham tolerado o ensino e as práticas imorais de Jezabel, mas também estavam seguindo os seus ensinos para a sua própria destruição.

• Porém, havia na igreja, um remanescente fiel (v. 24). Pessoas que permaneceram firmes, mantendo a sã doutrina, agarradas na verdade. Cristo diz que esses de fato são livres. O jugo de Cristo é suave e leve. Os mandamentos de Deus não são penosos. Não são fardos. Ser crente é ser verdadeiramente livre.

2. É possível manter-se puro na conduta mesmo quando outros se corrompem -v. 24

• Alguns crentes de Tiatira tinham-se curvado aos ensinos pervertidos de Jezabel e iam aos templos pagãos para comer carne sacrificadas aos ídolos. Também participavam das festas cheias de licenciosidade. Buscavam conhecer as coisas profundas de Satanás. E assim se corromperam moralmente.

• Porém, havia nessa mesma igreja, irmãos que buscavam a santificação. A santidade de vida e de caráter é uma marca da igreja verdadeira. A santidade não é apenas a vontade de Deus, mas seu propósito. Deus nos escolheu para sermos santos. Só os puros de coração verão a Deus. Sem santificação ninguém verá o Senhor. Eles se apartavam do mal e viviam em novidade de vida.

• Se o propósito de Deus é nossa santidade, o propósito de Satanás é frustrar tal propósito. Ele está sempre procurando induzir os crentes a pecar. Ele vai usar o anticristo para esmagar a igreja pela força. Ele vai usar o falso profeta para perverteu o testemunho da igreja pela mal. Mas se não lograr êxito, ele vai seduzir a igreja através da grande Babilônia, esse sedutor sistema do mundo. Se o diabo não pode destruir a igreja por meio da perseguição ou heresia, tentará corrompê-la com o pecado.

3. É preciso entender que já temos tudo em Cristo para uma vida plena – v. 25

• Um dos grandes enganos de Satanás é induzir os crentes a pensar que precisam buscar novidades para terem uma experiência mais profunda com Deus.

• A verdade de Deus é suficiente. Não precisamos de mais nada. Tudo está feito. O banquete da salvação foi preparado. O que precisamos não é de novidades, de buscar fora das Escrituras coisas novas, mas tomar posse da vida eterna, conhecer o que Deus já nos deu, nos apropriarmos das insondáveis riquezas de Cristo.

• A provisão de Deus para nós é suficiente para uma vida plena até a volta de Jesus (2:25). Precisamos permanecer firmes e fiéis, conservando essa herança até o fim.

V. UMA IGREJA RECOMPENSADA PELA SUA VITÓRIA AO PERMANECER FIEL AO SEU SENHOR ATÉ O FIM – V. 26-29

1. O vencedor é o que guarda até o fim as obras de Jesus – v. 26

• Perseverança é a marca dos santos. Aqueles que se desviam e perecem no pecado são como Judas, filhos da perdição, nunca nasceram de novo.

2. O vencedor vai julgar os ímpios e reinar com Cristo – v. 26-27

• A falsa profetisa estava pregando que os crentes que não entrassem nos grêmios comerciais e não participassem das suas cerimônias pagas perdiam o prestígio e cometiam um suicídio econômico e estavam fadados à falência.

• Mas Cristo ensina que não adianta ganhar o mundo inteiro e perder a alma. Aqueles que não vendem a sua consciência e não trocam Deus pelo dinheiro, vão ser honrados, vão assentar no trono, e vão julgar os ímpios. Os santos julgarão o mundo (1 Co 6:2). Aqueles que têm dominado suas próprias paixões sobre a terra terão ascendência sobe outros no céu. No dia do juízo os perversos serão quebrados como um vaso de barro (SI 2:8-9).

• Em vez de desprezo, teremos uma posição de honra. Vamos reinar com Cristo. Aqueles que perdem a vida por amor a Cristo, encontram a verdadeira vida, mas aqueles que querem ganhar a vida, perdem-na.

3. O vencedor vai conhecer não as coisas profundas de Satanás, mas as coisas profundas de Cristo – v. 28

• Os salvos receberão a estrela da manhã. Não apenas eles receberão corpos gloriosos que vão brilhar como as estrelas no firmamento, mas também, vão conhecer a Cristo, a estrela da manhã (Ap 22:16), na sua plenitude. Os salvos terão parte não apenas na autoridade de Cristo de governador o mundo, mas também na sua glória. Recusando-se a penetrar nas profundezas de Satanás, eles sondarão as profundezas de Cristo. Voltando suas costas às trevas do pecado, eles verão a luz da glória de Deus na face de Cristo. Os que renunciaram o pecado e as vantagens do mundo, viverão na glória com Cristo em completo e eterno contentamento.

• Cristo é a nossa herança, a nossa riqueza, a nossa recompensa. Vê-lo-emos face a face. Servi-lo-emos eternamente. Ele será nosso prazer e deleite para sempre. Cristo é melhor que os banquetes do mundo. Só ele satisfaz nossa alma.

CONCLUSÃO

• "Quem tem ouvidos, ouça o que Espírito diz às igrejas" (v. 29). Esta carta não foi apenas para Tiatira, é para a nossa igreja. Que Deus nos dê ouvidos para ouvir o que Deus está nos falando. Amém.

APOCALIPSE 3:1-6

TEMA: REAVIVAMENTO OU SEPULTAMENTO

INTRODUÇÃO

1. A história da igreja de Sardes tem muito a ver com a história da cidade de Sardes. A glória de Sardes estava no seu passado. Sardes foi a capital da Lídia no século VII a.C, viveu seu tempo áureo nos dias do rei Creso. Era

• uma das cidades mais magníficas do mundo nesse tempo.

2. Situada no alto de uma colina, amuralhada e fortificada, sentia-se imbatível e inexpugnável. Seus soldados e habitantes pensavam que jamais cairiam nas mãos dos inimigos. De fato a cidade jamais fora derrotada por um confronto direto. Seus habitantes eram orgulhosos, arrogantes, e autoconfiantes.

3. Mas a cidade orgulhosa caiu nas mãos do rei Ciro da Pérsia em 529 a.C, quando este cercou a cidade por 14 dias, e quando seus soldados estavam dormindo, ele penetrou com seus soldados por um buraco na muralha, o único lugar vulnerável, e dominou a cidade. Mais tarde, em 218 a.c, Antíoco Epifânio dominou a cidade da mesma forma. E isso por causa da auto­confiança e falta de vigilância dos seus habitantes. Os membros dessa igreja entenderam claramente o que Jesus estava dizendo, quando afirmou: "Sede vigilantes! … senão virei como ladrão de noite".

4. A cidade foi reconstruída no período de Alexandre Magno e dedicada à deusa Cibele. Essa divindade padroeira era creditada com o poder especial de restaurar vida aos mortos. Mas a igreja estava morrendo e só Jesus poderia dar vida aos crentes.

5. No ano 17 d.C. Sardes foi parcialmente destruída por um terremoto e reconstruída pelo imperador Tibério. A cidade tornou-se famosa pela alto grau de imoralidade que a invadiu e a decadência que a dominou.

6. Quando João escreveu esta carta, Sardes era uma cidade rica, mas totalmente degenerada. Sua glória estava no passado e seus habitantes entregavam-se agora aos encantos de uma vida de luxúria e prazer. A igreja tornou-se como a cidade. Em vez de influenciar, foi influenciada. Era como sal sem sabor ou uma candeia escondida. A igreja não era nem perigosa nem desejável para a cidade de Sardes.

7. É nesse contexto que vemos Jesus enviando esta carta à igreja. Sardes era uma poderosa igreja, dona de um grande nome. Uma igreja que tinha nome e fama, mas não vida. Tinha performance, mas não integridade. Tinha obras, mas não dignidade.

8. A esta igreja Jesus envia uma mensagem revelando a necessidade imperativa de um poderoso reavivamento.Uma atmosfera espiritual sintética substituía o Espírito Santo naquela igreja. Ela substituía a genuína experiência espiritual por algo simulado. A igreja estava caindo num torpor espiritual e precisava de reavivamento. O primeiro passo para o reavivamento é ter consciência de que há crentes mortos e outros dormindo que precisam ser despertados.

9. Não é diferente o estado da igreja hoje. Ao sermos confrontados por aquele que anda no meio dos candeeiros, precisamos também tomar conhecimento da nossa necessidade de reavivamento hoje. Devemos olhar para esta carta não como uma relíquia, mas como um espelho, em que nos vemos a nós mesmos.

I. A NECESSIDADE DO REAVIVAMENTO

1. Quando há crentes que só têm o nome no rol da igreja, mas ainda estão mortos espiritualmente, ou seja, ainda não são convertidos – v. 1

A igreja vivia de aparências – As palavras de Jesus à igreja foram mais bombásticas do que o terremoto que destruiu a cidade no ano 17 d.C. A igreja tinha adquirido um nome. A fama da igreja era notável. A igreja gozava de grande reputação na cidade. Nenhuma falsa doutrina estava prosperando na comunidade. Não se ouve de balaamitas, nem dos nicolaítas, nem mesmo dos falsos ensinos de Jezabel. Aos olhos dos observadores parecia ser uma igreja viva e dinâmica. Tudo na igreja sugeria vida e vigor, mas a igreja estava morta. Era uma igreja apenas de rótulo, de aparência. A maioria dos seus membros ainda não eram convertidos. O diabo não precisou perseguir essa igreja de fora para dentro, ela já estava sendo derrotada pelos seus próprios pecados.

A igreja parecia mais um cemitério espiritual, do que um jardim cheio de vida – Não nos enganemos acerca de Sardes. Ela não é o que o mundo chamaria de igreja morta. Talvez ela seja considerada viva mesmo pelas igrejas irmãs. Nem ela própria tinha consciência do seu estado espiritual. Todos a reputavam como igreja viva, florescente; todos, com exceção de Cristo. Parecia estar viva, mas na verdade estava morta. Tinha um nome respeitável, mas era só fachada. Quando Jesus examinou a igreja mais profundamente, disse: "Não achei as suas obras íntegra diante do meu Deus" (v. 2). J. I. Packer diz que há igrejas cujos cultos são solenes, mas são como um caixão florido, lá dentro tem um defunto.

A reputação da igreja era entre as pessoas e não diante de Deus -A igreja tinha fama, mas não vida. Tinha pompa, mas não Pentecoste. Tinha exuberância de vida diante dos homens, mas estava morta diante de Deus. Deus não vê como vê o homem. A fama diante dos homens nem sempre é glória diante de Deus. Aquela igreja estava se transformando apenas em um clube.

A fé exercida pela igreja era apenas nominal – O Cristianismo da igreja era apenas nominal. Seus membros pertenciam a Cristo apenas de nome, porém não de coração. Tinham fama de vivos; mas na realidade estavam mortos. Fisicamente vivos, espiritualmente mortos.

Ilustração: O pastor que anunciou o funeral da igreja. E colocou espelho no fundo do caixão.

2. Quando há crentes que estão no CTI espiritual em adiantado estado de enfermidade espiritual – v. 2

Na igreja havia crentes espiritualmente em estado terminal – A

maioria dos crentes apenas tinha seus nomes no rol da igreja, mas não no Livro da Vida. Mas havia também crentes doentes, fracos, em fase terminal. O mundanismo adoece a igreja. O pecado mata a vontade de buscar as coisas de Deus. O pecado mata os sentimentos mais elevados e petrifica o coração. No começo vem dúvidas, medo, tristeza, depois a consciência cauteriza, perde a vergonha. Ilustração: A bebida é a mistura do sangue do pavão, leão, macaco e porco.

3. Quando há crentes que embora estejam em atividade na igreja, levam uma vida sem integridade – v. 2

Esses crentes têm vida dupla – Suas obras não são íntegras. Eles trabalham, mas apenas sob as luzes da ribalta. Eles promovem seus próprios nomes e não o de Cristo. Buscam a sua própria glória e não a de Cristo. Honram a Deus com os lábios, mas o coração está longe do Senhor (Is 29:13). Os cultos são solenes, mas sem vida, vazios de sentido. A vida dos seus membros estava manchada pelo pecado.

Esses crentes são como os hipócritas – dão esmolas, oram, jejuam, entregam o dízimo, com o fim da ganhar a reputação de serem religiosos. Eles são como sepulcros caiados. Ostentam aparência de piedade, mas negam seu poder (2 Tm 3:5). E formalidade sem poder, reputação sem realidade, aparência externa sem integridade interna, demonstração sem vida.

Esses crentes vivem um simulacro da fé, um faz-de-conta da religião – Cantam hinos de adoração, mas a mente está longe de Deus. Pregam com ardor, mas apenas para exibir sua cultura. Deus quer obediência, a verdade no íntimo. Caim ofertou a Deus, mas sua vida e seu culto foram rejeitados. O povo na época de Isaías comparecia ao templo, mas Deus estava cansado de suas cerimônias pomposas sem o acompanhamento da vida santa. Ananias e Safira ofertam, mas para a promoção de seus próprios nomes. Em Sardes os crentes estão falsamente satisfeitos e confiantes; são falsamente ativos, falsamente devotos e falsamente fiéis.

4. Quando há crentes se contaminando abertamente com o mundanismo – v. 4

A causa da morte da igreja de Sardes era não a perseguição, nem a heresia, mas o mundanismo – Onde reina a morte pelo pecado, não há morte pelo martírio. A maioria dos crentes estava contaminando as suas vestiduras. Isso é um símbolo da corrupção. O pecado tinha se infiltrado na igreja. Por baixo da aparência piedosa daquela respeitável congregação havia impureza escondida na vida de seus membros.

Viviam uma vida moralmente frouxa – O mundo estava entrando dentro da igreja. A igreja estava se tornando amiga do mundo, amando o mundo e se conformando com ele. O fermento do mundanismo estava se espalhando na massa e contaminando a maioria dos crentes.

Os crentes não tinham coragem de ser diferentes. Eram como Sansão (Jz 14:10) e não como Daniel (Dn 1:8), que resolveu firmemente em seu coração não se contaminar.

II. OS IMPERATIVOS PARA O REAVIVAMENTO

• Aqui estão cinco imperativos de Jesus para a igreja: 1) Sê vigilante; 2) Fortaleça ou consolida o que resta; 3) Lembre-se; 4) Obedeça; 5) Arrependa-se.

• Podemos sintetizar esses imperativos de Jesus, em três aspectos básicos:

1. Uma volta urgente à Palavra de Deus – v. 3

O que é que eles ouviram e deviam lembrar, guardar e voltar? A Palavra de Deus – A igreja tinha se apartado da pureza da Palavra. O reavivamento é resultado dessa lembrança dos tempos do primeiro amor e dessa volta à Palavra. Uma igreja pode ser reavivada quando ela volta ao passado e lembra os tempos antigos, do seu fervor, do seu entusiasmo, da sua devoção a Jesus. Deixemos que a história passada nos desafie no presente a voltarmos para a Palavra de Deus.

Lembra-te – "presente imperativo" = segue recordando, nunca esqueça de recordar. Arrepende-te – "aoristo imperativo" = ação completada. Um momento de fazer opção e deixar o mundo para trás, um corte radical com o estilo de vida mundano. Guarda-o – "presente imperativo" = Não deixe de guardar o evangelho. Observa-o. Obedeça-o. Deixe de ser um crente claudicante, que está firme hoje e capenga amanhã.

Quando uma igreja experimenta um reavivamento ela passa a ter fome da Palavra – O primeiro sinal do reavivamento é a volta do povo de Deus à Palavra. Os crentes passam a ter fome de Deus e da sua Palavra. Começam a se dedicar ao estudo das Escrituras. Abandonam o descaso e a negligência com a Palavra.

• A Palavra torna-se doce como o mel. As antigas veredas se fazem novas e atraentes. A Palavra torna-se viva, deleitosa, transformadora.

O verdadeiro avivamento é fundamentado na Palavra, orientado e limitado por ela – Ele tem na Bíblia a sua base, sua fonte, sua motivação, seu limite e seus propósitos.

• Avivamento não pode ser confundido com liturgia animada, com culto festivo, inovações litúrgicas, obras abundantes, dons carismáticos, milagres extraordinários. O reavivamento é bíblico ou não vem de Deus.

2. Uma volta à vigilância espiritual – v. 2

Sardes caiu porque não vigiou – A cidade de Sardes fora invadida e dominada duas vezes porque se sentia muito segura e não vigiou. Jesus alerta a igreja que se ela não vigiar, se ela não acordar, ele virá a ela como o ladrão de noite, inesperadamente. Para aqueles que pensam que estão salvos, mas ainda não se converteram, aquele dia será dia de trevas e não de luz (Mt 7:21-23).

• A igreja precisa estar vigilante contra as ciladas de Satanás, contra a tentação do pecado – Fuja de lugares, situações, pessoas. Cuidado com a vaidade do mundo.

Alguns membros da igreja em Sardes estavam sonolentos e não mortos – E Jesus os exorta a se levantarem desse sono letárgico (Ef 5:14). Há crentes que estão dormindo espiritualmente. São acomodados, indiferentes às coisas de Deus. Não têm apetite espiritual. Não vibram com as coisas celestiais.

Os crentes fiéis (v. 4) precisam fortalecer os que estavam com um pé na cova e arrancar aqueles que estavam se contaminando com o mundo – Precisamos vigiar não apenas a nós mesmos, mas os outros também. Uma minoria ativa pode chamar de volta a maioria da morte espiritual. Um remanescente robusto pode fortalecer o que resta e que estava para morrer (v. 4).

Precisamos vigiar e orar – Os tempos são maus. As pressões são muitas. Os perigos são sutis. O diabo não atacou a igreja de Sardes com perseguição nem com heresia, mas minou a igreja com o mundanismo. Os crentes não estão sendo mortos pela espada do mundo, mas pela amizade com o mundo.

A igreja de Sardes não era uma igreja herética e apóstata – Não havia heresias nem falsos mestres na igreja. A igreja não sofria perseguição, não era perturbada por heresias, não era importunada por oposição dos judeus. Ela era ortodoxa, mas estava morta. O remanescente fiel devia estar vigilante para não cair em pecado e também para preservar uma igreja decadente da extinção, restabelecendo sua chama e seu ardor pelo Senhor.

3. Uma volta à santidade – v. 4

O torpor espiritual em Sardes não tinha atingido a todos – Ainda havia algumas pessoas que permaneciam fiéis a Cristo. Embora a igreja estivesse cheia, havia apenas uns poucos que eram crentes verdadeiros e que não haviam se contaminado com o mundo. A maioria dos crentes estava vivendo com vestes manchadas, e não tendas obras íntegras diante de Deus.

As vestes sujas falam de pecado, de impureza, de mundanismo -Obras sem integridade falam de caráter distorcido, de motivações erradas, de ausência de santidade.

III. O AGENTE DO REAVIVAMENTO

1. Jesus conhece o estado da igreja – v. 1

Jesus conhece as obras da igreja – Ele conhece a nossa vida, nosso passado, nossos atos, nossas motivações. Seus olhos são como chama de fogo. Ele vê tudo e a tudo sonda.

• A vê que a igreja de Esmirna é pobre, mas aos olhos de Deus é rica. Ele vê que na igreja apóstata de Tiatira, havia um remanescente fiel. Ele vê que a igreja que tem uma grande reputação de ser viva e avivada como Sardes, está morta. Ele vê que uma igreja que tem pouca força como Filadélfia tem uma porta aberta. Ele vê que uma igreja que se considera rica e abastada como Laodicéia não passa de uma igreja pobre e miserável.

• Jesus conhece também esta igreja. Sabe quem somos, como estamos e do que precisamos.

2. Jesus é o dono da igreja – v. 1

Ele tem as sete estrelas – As estrelas são os anjos das sete igrejas. As estrelas estão nas mãos de Jesus. A igreja pertence a Jesus. Ele controla a igreja. Ele tem autoridade e poder para restaurar a sua igreja. Ele disse que as portas do inferno não prevaleceriam contra a sua igreja. Ele pode levantar a igreja das cinzas. Ele tem tudo em suas mãos.

• Cristo é o dono da igreja. Ele tem cuidado da igreja. Ele a exorta, consola, cura e restaura.

3. Jesus é quem pode reavivar a igreja por meio do seu Espírito – v. 1

Jesus tem e oferece a plenitude do Espírito Santo à igreja – O

problema da igreja de Sardes era morte espiritual; Cristo é o que tem o Espírito Santo, o único que pode dar vida. A igreja precisa passar por um avivamento ou enfrentará um sepultamento. Somente o sopro do Espírito pode trazer vida para um vale de ossos secos. O profeta Ezequiel fala sobre o vale de ossos secos. "Filho do homem, poderão reviver esses ossos? Senhor Deus, tu o sabes".

Uma igreja morta, enferma e sonolenta precisa ser reavivada pelo Espírito Santo – Só o Espírito Santo pode dar vida, e restaurar a vida. Só o sopro de Deus pode fazer com que o vale de ossos secos transforme-se num exército. Jesus é aquele que tem o Espírito e o derrama sobre a sua igreja.

• É pelo poder do Espírito que a igreja se levanta da morte, do sono e do mundanismo para servir a Deus com entusiasmo.

Jesus é quem envia o Espírito à igreja para reavivá-la – O Espírito Santo é o Espírito de vida para uma igreja morta. Quando ele sopra, a igreja morta e moribunda levanta-se. Quando ele sopra nossa adoração formal passa a ter vida exuberante. Quando ele sopra os crentes têm deleite na oração. Quando ele sopra os crentes são tomados por uma alegria indizível. Quando ele sopra os crentes testemunham de Cristo com poder.

• A Palavra diz que devemos orar no Espírito, pregar no Espírito, adorar no Espírito, viver no Espírito e andar no Espírito. Uma igreja inerte só pode ser reavivada por ele. Uma igreja sonolenta só pode ser despertada por ele. Uma igreja fraca, fortalecida. Uma igreja morta, receber vida.

• Oh! que sejamos crentes cheios do Espírito de Cristo. Uma coisa é possuir o Espírito, outra é ser possuído por ele. Uma coisa é ser habitado pelo Espírito, outra é ser cheio do Espírito. Uma coisa é ter o Espírito residente, outra é ter o Espírito presidente.

IV. AS BÊNÇÃOS DO REAVIVAMENTO

1. Santidade agora, é garantia de glória no futuro – v. 5

• A maioria dos crentes de Sardes tinha contaminado suas vestiduras, isto é, tornaram-se impuros pelo pecado. O vencedor receberia vestes brancas, símbolo de festa, pureza, felicidade e vitória. Sem santidade não há salvação. Sem santificação ninguém verá a Deus. Sem vida com Deus aqui, não haverá vida com Deus no céu. Sem santidade na terra não há glória no céu.

2. Quem não se envergonha de Cristo agora, terá seu nome proclamado no céu por Cristo – v. 5

• Quando uma pessoa morre, tiramos o atestado de óbito. Tira o nome do livro dos vivos. Os nomes dos mortos não constam no registro dos vivos. O salvo jamais será tirado do rol do céu.

• Aqueles que estão mortos espiritualmente e negam a Cristo nesta vida não têm seus nomes escritos no livro da Vida. Mas aqueles que confessam a Cristo, e não se envergonham do seu nome, terão seus nomes confirmados no livro da vida e seus nomes confessados por Cristo diante do Pai. Os crentes fiéis confessam e são confessados.

• Nosso nome pode constar do registro de uma igreja sem estar no registro de Deus. Ter apenas a reputação de estar vivo é insuficiente. Importa que o nosso nome esteja no livro da vida a fim de que seja proclamado por Cristo no céu (Mt 10:32).

CONCLUSÃO

Quem tem ouvidos, ouça o que Espírito diz às igrejas! Que Deus envie sobre nós, nestes dias, um poderoso reavivamento!

APOCALIPSE 3:7-13

TEMA: IGREJA, OLHE PARA AS OPORTUNIDADES E NÃO PARA OS OBSTÁCULOS

INTRODUÇÃO

1. Jesus envia cartas às sete igrejas da Ásia. Para duas igrejas Jesus só tinha elogios: Esmirna e Filadélfia. Para quatro igrejas Jesus tinha elogios e críticas: Éfeso, Pérgamo, Tiatira e Sardes. Para uma igreja Jesus só tinha críticas: Laodicéia.

2. Nessas cartas Jesus revela que ele não vê a igreja com os mesmos critérios que vemos. As igrejas nem sempre são o que aparentam ser. Há gritantes contrastes quando as igrejas estão sob o olhar perscrutador de Jesus:

a) Éfeso era uma igreja ortodoxa, mas sem amor.

b) Esmirna era uma igreja pobre diante dos homens, mas rica aos olhos de Jesus.

c) Pérgamo era o lugar onde estava o trono de Satanás, mas Antipas está pronto a morrer como mártir por amor a Cristo.

d) Tiatira a igreja se torna mundana como a cidade, mas uns poucos crentes permanecem fiéis.

e) Sardes tem fama de uma igreja viva, mas aos olhos de Cristo ela está morta, outros estão no CTI espiritual e poucos ainda não se contaminaram.

f) Filadélfia tem pouca força aos olhos do mundo, mas é uma igreja fiel, diante de quem Jesus colocou uma porta aberta.

g) Laodicéia considera-se rica e abastada, mas aos olhos de Cristo é pobre, cega e nua.

3. Filadélfia era a mais jovem das sete cidades. Fundada por colonos provenientes de Pérgamo sob o reinado de Atalo II nos anos de 159 a 138 a. C. A cidade estava situada num lugar estratégico, na principal rota do Correio Imperial de Roma para o Oriente. A cidade era chamada a porta do Oriente. Também era chamada de pequena Atenas, por ter muitos templos dedicados aos deuses. A cidade estava cercada de muitas oportunidades.

4. Átalo amava tanto a seu irmão EUMENES que apelidou-o de "philadelphos" = o que ama a seu irmão, que deu esse nome à cidade.

5. Para esta jovem igreja Jesus envia esta carta e nos ensina várias lições.

I. JESUS NÃO SÓ CONHECE A IGREJA, ELE TAMBÉM CONHECE A CIDADE ONDE A IGREJA ESTÁ INSERIDA

• A mensagem de Jesus à igreja é contextualizada. Jesus conhecia a igreja e a cidade. Ele fazia uma leitura das Escrituras e também do povo. Sua mensagem era absolutamente pertinente e contextualizada. Ele falava uma linguagem que o povo podia entender. Ele criava pontes de comunicação:

• Precisamos conhecer a Bíblia e conhecer a cidade onde estamos. Precisamos conhecer a mensagem e conhecer o povo para quem ministramos. Precisamos interpretar as Escrituras e a congregação, que participamos. As estratégias que são boas para uma cidade podem não ser pertinentes para outra. Os métodos usados num bairro podem não ser adequados para outro. Precisamos ousar mudar os métodos sem mudar o conteúdo do evangelho.

1. A cidade foi fundada para ser uma porta aberta de divulgação da cultura e do idioma grego na Ásia

• Átalo criou a cidade para ser embaixadora da cultura helênica, missionária da filosofia grega, mas Cristo diz para a igreja que ele colocou uma porta aberta diante da igreja para ela proclamar não a cultura grega, mas o evangelho da salvação.

2. A cidade foi castigada por vários terremotos e as pessoas viviam assustadas pela instabilidade

• Existiam muitos terremotos e grandes tremores de terra na cidade de Filadélfia. Muitos viviam em tendas fora da cidade. Paredes rachadas e desabamentos eram coisas comuns na cidade. Era uma região perigosamente vulcânica. O terremoto do ano 17. d.C, que destruiu Sardes, também atingiu Filadélfia. Mas para a igreja assustada com os abalos sísmicos da cidade, Jesus diz: "Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus, e daí jamais sairá…" (v. 12).

3. A cidade foi batizada com um novo nome depois de sua reconstrução

• Por volta do ano 90 d.C, com a ajuda imperial, Filadélfia tinham sido completamente reconstruída. Em gratidão passaram o nome da cidade para NEOCESARÉIA – a nova cidade de César. Mais tarde, no tempo de Vespasiano, a cidade voltou a trocar de nome, FLAVIA, pois Flávio era o apelido do imperador. Jesus então, aproveita esse gancho cultural para falar à igreja que os vencedores teriam um novo nome: "… gravarei sobre ele o nome do meu Deus, o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém que desce do céu, vinda da parte do meu Deus, e o meu novo nome" (v. 12). A igreja terá o nome de Deus nela gravado e não o nome de César.

II. JESUS NÃO APENAS CONHECE A IGREJA, ELE SE APRESENTA COMO SOLUÇÃO PARA OS PROBLEMAS QUE ATINGEM A IGREJA

1. Para uma igreja perseguida pelos falsos mestres, Jesus se apresenta como o Santo e o Verdadeiro – v. 7

• Jesus não apenas se apresenta como Deus, mas destaca que ele é separado, possui santidade absoluta em contraste com os que vivem em pecado. Cristo é santo em seu caráter, obras e propósitos. Ele não é a sombra da verdade, é sua essência. Ele é Deus confiável, real em contraste com os que mentem (v. 9). Ele não é uma cópia de Deus. Ele é o Deus verdadeiro. Havia centenas de divindades naqueles dias, mas somente Jesus poderia reivindicar o título de verdadeiro Deus.

• Ainda hoje há seitas que se consideram os únicos salvos e os únicos fiéis que servem a Deus e não ousam atacar os crentes. Mas esses mestres mentem. Com eles não está a verdade. Devemos olhar não para suas palavras insolentes, mas para o Senhor Jesus que é santo e verdadeiro.

2. Para uma igreja sem forças aos olhos do mundo, Jesus a parabeniza pela sua fidelidade – v. 8

• A igreja tem pouca força, talvez por ser pequena; talvez por ser formada de crentes pobres e escravos; talvez por não ter influência política e social na cidade, mas ela tem guardado a Palavra de Cristo e não tem negado o seu nome.

• A igreja era pequena em tamanho e em força, mas grande em poder e fidelidade. Deus na verdade escolhe as coisas fracas para envergonhar as fortes. Sardes tinha nome e fama, mas não vida. Filadélfia não tinha fama, mas tinha vida e poder.

• A igreja tinha pouca força, mas Jesus colocou diante dela uma porta aberta, que ninguém pode fechar. A igreja é fraca, mas seu Deus é onipotente. A nossa força não vem de fora nem de dentro, mas do alto.

3. Para uma igreja perseguida e odiada pelo mundo, Jesus diz que ela é a sua amada – v. 9

• Os judeus diziam que os crentes não eram salvos, porque não eram descendentes de Abraão, e por isso, não tinham parte na herança de Deus (v. 9). Mas Jesus diz que não é a igreja que vai se dobrar ao judaísmo, mas os judeus é que reconhecerão que Jesus é o Messias e virão e reconhecerão que a igreja é o povo de Deus e verão que Jesus ama a sua igreja.

• A igreja será honrada. Aqui Cristo está com ela. No céu nós reinaremos com ele e nos assentaremos em tronos para julgarmos o mundo.

• Nós somos o povo amado de Deus, seu rebanho, sua vinha, sua noiva, a sua delícia, a menina dos seus olhos.

4. Para uma igreja que guardou a Palavra de Cristo nas provações. Cristo promete guardá-la das provações que sobrevirão – v. 10

• A igreja foi fiel a Cristo, Cristo a guardará na tribulação. A igreja guardou a Palavra, Cristo guardará a igreja.

• A igreja de Filadélfia não transigiu nem cedeu às pressões. Ele preferiu ser pequena e fiel a ser grande e mundana.

• Hoje muitas igrejas têm abandonado o Antigo Evangelho por outro evangelho, mais palatável, mais popular, mais adocicado; um evangelho centrado no homem, não em Deus.

• Cristo é o protetor da igreja. As portas do inferno não prevalecerão contra ela. Ele é um muro de fogo ao seu redor. Ela é o povo selado de Deus e maligno nem seus terríveis agentes podem tocar na igreja de Cristo. Ela está segura nas mãos do Senhor.

• Castelo Forte: "Se nos quisessem devorar/Demônios não contador/Não nos iriam derrotar/Nem ver-nos assustados".

• Jesus usa nesta carta três símbolos que regem toda a mensagem: uma porta aberta, a chave de Davi, coluna no santuário de Deus. É colocada diante da igreja uma porta aberta que ninguém pode fechar (v. 8). Cristo é chamado como aquele que tem a chave de Davi (v. 7), enquanto o vencedor é feito uma coluna no santuário de Deus (v. 12). Essas três figuras sugerem os três próximos pontos dessa mensagem.

III. JESUS NÃO APENAS CONHECE AS FRAQUEZAS DA IGREJA, MAS COLOCA DIANTE DELA UMA GRANDE OPORTUNIDADE V. 8

A primeira porta aberta é a oportunidade da salvação

• Jesus disse em João 10:9 que ele é a porta da salvação, da liberdade e da provisão. Ele também usou essa figura no sermão do monte: "Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta, e apertado o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela" (Mt 7:13-14).

• Vemos aqui duas portas, e ambas estão abertas: uma abre sobre uma rua larga e cheia de gente que caminha para a destruição, o inferno. A outra porta abre-se para um caminho estreito e escassamente povoado que leva à vida eterna.

• Jesus contrasta dois caminhos, duas portas, dois destinos. Ambas as portas estão abertas e convidando as pessoas. Para entrar na porta estreita é preciso se curvar, não se podem levar bagagem e só pode passar um de cada vez.

2. A segunda porta aberta é a oportunidade da evangelização

• As angústias da cidade, são como que o grito de socorro dos homens, carentes do evangelho. Jesus fala de uma porta de oportunidade para se pregar o evangelho.

• Paulo via a idolatria da cidade de Atenas como uma porta aberta para falar do Deus desconhecido.

• Quando Paulo ficou três anos em Éfeso pregando o Reino ele disse: "se abriu para mim uma porta ampla e promissora" (1 Co 16:9).

• Quando estava preso em Roma, apesar de já ter resultados tão fantásticos, conforme relato de Filipenses 1, ele pede a igreja: "Orem também por nós, para que Deus abra uma porta para a nossa mensagem, a fim de que possamos proclamar o mistério de Cristo…” (Cl 4:3-4).

• A igreja de Filadélfia tinha três problemas para para aproveitar a oportunidade dessa porta aberta:

a) A igreja era muito fraca (v. 8) – congregação pequena, formada de crentes pobres e escravos, fazendo com que tivesse pouca influência sobre a cidade. Mas isso não devia detê-la no evangelismo.

b) Havia oposição à igreja na cidade (v. 9) – Os judeus, chamados por Jesus, sinagoga de Satanás, perseguiu a igreja. No começo os crentes começaram a recuar, então Cristo disse para a igreja: eu coloquei diante de vocês uma porta aberta que ninguém pode fechar. Aqueles que hoje perseguem vocês, virão e se prostrarão diante de vocês e saberão que os amei.

c) A ameaça de futura tribulação (v. 10) – Seria aquele momento apropriado para evangelismo? Não seria um tempo para recolher-se e manter-se seguro, em vez de avançar? Cristo diz não! Ele promete guardar a igreja e a encoraja a cruzar a porta aberta sem medo. Não basta ser um igreja que guarda a Palavra (v. 8). É preciso proclamar a Palavra. Não basta não negar o nome de Cristo (v. 8). É preciso anunciá-lo. Não basta ser uma igreja ortodoxa, é preciso ser uma igreja missionária! Assim como a cidade tinha uma missão ser a missionária da cultura grega, a igreja deveria ser a missionária do evangelho. A porta estava aberta. A porta está aberta, precisamos aproveitar as oportunidades enquanto é dia!

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3. Quais são as portas abertas que Jesus tem colocado diante da nossa igreja?

a) Evangelização através da Escola Dominical e dos cultos, convidem seus amigos.

b) Evangelização através de reuniões nos lares. Convide seus amigos para estudar a Bíblia com você.

c) Evangelização através dos encontros de casais.

d) Evangelização através dos meios de comunicação: Televisão, rádio, internet, livros, fitas, Cd’s, DVD’s, folhetos.

e) Abertura de novas congregações em nossa cidade.

IV. JESUS NÃO APENAS CONHECE AS DIFICULDADES DA IGREJA, MAS DÁ-LHE UMA GRANDE GARANTIA V.7

1. Jesus tem em suas mãos toda autoridade

• Quem tem as chaves tem a autoridade. Jesus tem não apenas as chaves da morte e do inferno (Ap 1:18), mas também tem a chave de Davi, a chave da salvação e da evangelização.

• Ninguém pode entrar até que Cristo tenha aberto a porta. Nem pode alguém entrar quando ele a fecha. Se a porta é símbolo da oportunidade da igreja, a chave é símbolo da autoridade de Cristo.

2. Jesus tem em suas mãos a chave da salvação

• Ninguém senão Jesus pode abrir a porta da salvação. A chave está na mão de Cristo e não de Pedro. Jesus na verdade disse a Pedra: "Dar-te-ei as chaves do reino dos céus" (Mt 16:19). E Pedro usou-as. Foi por meio da sua pregação que os primeiros judeus foram convertidos no Pentecoste (At 2). Foi mediamente a imposição das suas mãos e de João que o Espírito Santo foi dado aos primeiros crentes samaritanos (At 8). Foi através do seu ministério que Cornélio e sua casa, os primeiros gentios foram salvos (At 10). Pedro de fato abriu o reino do céu para os primeiros judeus, os primeiros samaritanos e os primeiros gentios. Mas as chaves estão agora nas mãos de Jesus.

• A porta da salvação foi e ainda está aberta. Todo aquele se arrepende e crê pode entrar. Mas um dia essa porta será fechada. O próprio Cristo a fechará. Porque a chave que a abriu irá fechá-la novamente. E quando ele fechá-la ninguém poderá abri-la. Tanto a admissão como a exclusão estão unicamente em seu poder.

• Jesus alertou para o perigo das pessoas encontrarem a porta da salvação fechada. Ler LUCAS 13:24-28: "…". É possível uma pessoa ser batizada, participar da comunhão e assim mesmo ficar de fora da porta da salvação.

3. Jesus tem a chave da evangelização

• Precisamos compreender a soberania de Cristo na realização da sua obra. Há portas abertas e portas fechadas. Quando ele abre ninguém fecha e quando ele fecha ninguém abre.

Ninguém pode deter a igreja quando ela pelas portas que o próprio Cristo abriu. Exemplo: Pedro esta preso e ameaçado de morte. Mas o portão de ferro abriu-se automaticamente. Paulo e Barnabé na primeira viagem missionária apesar de serem perseguidos e Paulo apedrejado viram as maravilhas de Deus e relataram à igreja: "reunida a igreja, relataram quantas coisas Deus fizera com eles, e como abrira aos gentios a porta da fé" (At 14:22).

• Cristo tem as chaves e abre as portas. Tentar entrar quando as portas estão fechadas é insensatez. Deixar de entrar quando estão abertas é desobediência.

• Ouvimos hoje um clamor: "Passa a Macedônia e ajuda-nos”. Não podemos deixar nossos ouvidos surdos a esse clamor. Evangelismo é uma tarefa imperativa, intransferível e inadiável.

• Esta igreja tem o projeto de plantar novas igrejas na Costa Oeste de Vitória e em outros bairros. As portas estão abertas!

V. JESUS NÃO APENAS CONHECE A POBREZA DA IGREJA, MAS PROMETE A ELA UMA GRANDE RECOMPENSA E UMA GLORIOSA HERANÇA V. 12

1. Permaneça firme até a segunda vinda de Cristo – v. 11

• Jesus envia uma telegrama à igreja: "Eis que venho sem demora!" (v. 11). É só mais um pouco e chegará o dia da recompensa. A herança que ele preparou para nós é gloriosa.

• Cristo virá em breve. Não precisamos de nada novo. Precisamos guardar o que temos. Precisamos proclamar o que já possuímos.

• A coroa aqui não é a salvação, mas o privilégio de aproveitarmos as oportunidades de Deus na proclamação do evangelho. Jesus disse para a igreja de Éfeso que se ela não se arrependesse, ele removeria o seu candeeiro, e removeu!

2. O vencedor será coluna no santuário de Deus – v. 12

• Se nos tornarmos peregrinos nessa vida, seremos uma coluna inabalável na próxima. Aqui os terremotos da vida podem nos abalar, mas no céu estaremos tão firmes e sólidos como a coluna do santuário de Deus.

3. O vencedor terá gravado em sua vida um novo nome – v. 12

• Esse novo nome terá o nome de Deus, da igreja, a nova Jerusalém e o novo nome de Cristo. Pertencemos para sempre a Deus, a Cristo e ao seu povo. Viveremos com ele em glória.

CONCLUSÃO

• A porta aberta representa a oportunidade da igreja. A chave de Davi, a autoridade de Cristo. E a coluna do templo de Deus, a segurança do vencedor. Cristo tem as chaves. Cristo abriu as portas. Cristo promete fazer-nos seguros como as sólidas colunas do templo de Deus. Quando ele abre as portas nós devemos trabalhar. Quando ele fecha as portas nós devemos esperar. Acima de tudo, devemos ser fiéis a ele para vermos as oportunidades e não os obstáculos.

• Agora é conosco. As portas ainda permanecem abertas. Cristo convida-nos primeiramente a entrar pela porta da salvação, e em seguida, pela porta do serviço, da evangelização. Igreja, veja as oportunidades e não os obstáculos!

APOCALIPSE 3:14-22

TEMA: UMA CONVOCAÇÃO URGENTE AO FERVOR ESPIRITUAL

INTRODUÇÃO

1. De todas as cartas às igrejas da Ásia, esta é a mais severa. Jesus não faz nenhum elogio à igreja de Laodicéia.

2. A única coisa boa em Laodicéia era a opinião da igreja sobre si mesma e, ainda assim, completamente falsa.

3. A cidade de Laodicéia foi fundada em 250 a.C, por Antíoco da Síria. A cidade era importante pela sua localização. Ficava no meio das grandes rotas comerciais. Era uma cidade rica e opulenta.

4. A igreja tinha a cara da cidade. Em vez de transformar a cidade, ela tinha se conformado à cidade. Laodicéia era a cidade da transigência e a igreja tornou-se também uma igreja transigente. Os crentes eram frouxos, sem entusiasmo, débeis de caráter, sempre prontos a comprometerem-se com o mundo, descuidados. Eles pensavam que todos eles eram pessoas boas. Eles estavam satisfeitos com sua vida espiritual.

5. A igreja de Laodicéia é a igreja popular, satisfeita com a sua prosperidade, orgulhosa de seus membros ricos. A religião deles era apenas uma simulação.

6. A cidade de Laodicéia destacava-se por quatro características:

1) Centro bancário e financeiro – Era uma das cidades mais ricas do mundo. Lugar de muitos milionários. Em 61 d.C, foi devastada por um terremoto e reconstruída sem aceitar ajuda do imperador. Os habitantes eram jactanciosos de sua riqueza. A cidade era tão rica que não sentia necessidade de Deus.

2) Centro de indústria de tecidos – Em Laodicéia produzia-se uma lã especial famosa no mundo inteiro. A cidade estava orgulhosa da roupa que produzia.

3) Centro médico de importância – Ali havia uma escola de medicina famosíssima. Fabricava-se ali dois ungüentos quase milagrosos para os ouvidos e os olhos. 0 pó frígio para fabricar o colírio era o remédio mais importante produzido na cidade. 4) Centro das águas térmicas – A região era formada por três cidades: Colossos, Hierápolis e Laodicéia. Em Colossos ficavam as fontes de águas frias e em Hierápolis havia fonte de água quente, que em seu curso sobre o planalto tornava-se morna, e nesta condição fluía dos rochedos fronteiros a Laodicéia. Tanto as águas quentes de Hierápolis, como as águas frias de Colossos eram terapêuticas, mas as águas mornas de Laodicéia eram intragáveis.

I. O DIAGNÓSTICO QUE CRISTO FAZ DA IGREJA

• O Cristo que está no meio dos candeeiros e anda no meio dos candeeiros, sonda a igreja de Laodicéia e chega ao seguinte diagnóstico: A igreja tinha perdido seu vigor (v. 16-17), seus valores (v. 17-18), sua visão (v. 18b) e. suas vestimentas (v. 17-22). Vejamos o diagnóstico de Cristo.

1. Jesus identificou a falta de fervor espiritual da igreja – v. 15

• Na vida cristã há três temperaturas espirituais: 1) Um coração ardente (Luc 24:32); 2) Um coração frio (Mt 24:12), e 3) Um coração morno (Ap 3:16). Jesus e Satanás conhecem a maré espiritual baixa da igreja. Nada se informa sobre tentação, perseguição, negação, apostasia ou abalos nessa igreja.

• O problema da igreja de Laodicéia não era teológico nem moral. Não havia falsos mestres, nem heresias. Não havia pecado de imoralidade nem engano. Não há na carta menção de hereges, malfeitores ou perseguidores. O que faltava à igreja era fervor espiritual.

• A vida espiritual da igreja era morna, indefinível, apática, indiferente e nauseante. A igreja era acomodada. O problema da igreja não era heresia, mas apatia.

• Nosso fogo espiritual íntimo está em constante perigo de enfraquecer ou morrer. O braseiro deve ser cutucado, alimentado e soprado até incendiar.

• Muitos fogem do fervor com medo do fanatismo. Mas fervor não é o mesmo que fanatismo. Fanatismo é um fervor irracional e estúpido. É um entrechoque do coração com a mente. Jonathan Édwards disse que precisamos ter luz na mente e fogo no coração. A verdade de Deus é lógica em fogo.

• Muitos crentes têm medo do entusiasmo. Mas entusiasmo é parte essencial do Cristianismo. Não podemos ter medo das emocões, mas do emocionalismo.

2. Jesus identificou que um crente morno é pior do que um incrédulo frio – v. 15

• É melhor ser frígido do que tépido ou momo. E mais honroso ser um ateu declarado do que ser um membro incrédulo de uma igreja evangélica. A queixa de Jesus contra os fariseus era contra a hipocrisia deles. Alguém que nunca fez profissão de fé e tem a consciência de sua completa falta de vida moral é muito mais fácil de ser ajudado que algum outro que se julga cristão, mas não tem verdadeira vida espiritual.

• Uma pessoa morna é aquela em que há um contraste entre o que diz e o que pensa ser, de um lado, e o que ela realmente é, de outro. Ser morno é ser cego à sua verdadeira condição.

Jesus identificou que a autoconfiança da igreja era absolutamente falsa – v. 17

a) A tragédia do auto-engano (v. 17) – Laodicéia se considerava rica e era pobre. Sardes se considerava viva e estava morta. Esmirna se considerava pobre, mas era rica. Filadélfia tinha pouca força, mas Jesus colocara diante dela uma porta aberta. O fariseu deu graças por não ser como os demais homens. Muitos no dia do juízo vão estar enganados (Mt 7:21-23). A igreja era morna devido à ilusão que alimentava a respeito de si mesma.

b) A tragédia da auto-satisfação (v. 17) – A igreja disse: "Não preciso de coisa alguma". A igreja de Laodicéia era morna em seu amor a Cristo, mas amava o dinheiro. O amor ao dinheiro traz uma falsa segurança e uma falsa auto-satisfação. A igreja não tinha consciência de sua condição. A lenda de Narciso.

c) A tragédia de não ser o que se projetou ser e ser o que nunca se imaginou ser (v. 17c) – Estava orgulhosa do seu ouro, roupas e colírio. Mas era pobre, nua e cega.

• A congregação de Laodicéia fervilhava de freqüentadores presunçosos. Eles diziam: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma. Os crentes eram ricos. Freqüentavam as altas rodas da sociedade. Eram influentes na cidade. A cidade era um poderoso centro médico, bancário e comercial.

• O orgulho de Laodicéia era contagioso. Os cristãos contraíram a epidemia. O espírito de complacência insinuou-se na igreja e corrompeu-a. Os membros da igreja tornaram-se convencidos e vaidosos.

• Eles achavam que estavam indo maravilhosamente bem em sua vida religiosa. Mas Cristo teve de acusá-los de cegos e mendigos nus. Mendigos apesar de seus bancos, cegos apesar de seus pós frígios e nus apesar de suas fábricas de tecidos.

• São mendigos porque não têm como comprar o perdão de seus pecados. São nus porque não tem roupas adequadas para se apresentarem diante de Deus. São cegos porque não conseguem enxergar a sua pobreza espiritual.

Jesus revelou que um crente morno em vez de ser o seu prazer, lhe provoca náuseas – v.16

• Você só vomita, o que ingeriu. Só joga fora o que está dentro. A igreja de Laodicéia era de Cristo, mas em vez de dar alegria a Cristo estava provocando náuseas nele. Uma religião morna provoca náuseas. Jesus tinha muito mais esperança nos publicanos e pecadores do que orgulhosos fariseus.

• Fomos salvos para nos deleitarmos em Deus e sermos a delícia de Deus. Somos filhos de Deus, herdeiros de Deus, a herança de Deus, a menina dos olhos de Deus, a delícia de Deus. Mas, quando perdemos nossa paixão, nosso fervor, nosso entusiasmo, provocamos dor em nosso Senhor, náuseas no nosso Salvador.

• Cristo repudiará totalmente aqueles cuja ligação com ele é puramente nominal e superficial. A igreja de Laodicéia desapareceu. Da cidade só restam ruínas. A igreja perdeu o tempo da sua oportunidade.

II. O APELO QUE CRISTO FAZ À IGREJA

1. Cristo se apresenta à igreja como um mercador espiritual – v. 18

Cristo prefere dar conselhos em vez de ordens – Sendo soberano do céu e da terra, criador do universo, tendo incontáveis galáxias de estrelas na ponta dos dedos, tendo o direito de emitir ordens para que lhe obedeçamos, prefere dar conselhos. Ele poderia ordenar, mas prefere aconselhar.

A suficiência está em Cristo – A igreja julgava-se auto-suficiente, mas os crentes deveriam encontrar sua suficiência em Cristo. "Aconselho-te que compres DE MIM…”.

Cristo se apresenta como mascate espiritual – Cristo se apresenta à igreja como um mercador, um mascate e um camelô espiritual. Seus produtos são essenciais. Seu preço é de graça. Há notícias gloriosas para os mendigos cegos e nus. Eles são pobres, mas Cristo tem ouro. Eles estão nus, mas Cristo tem roupas. Eles são cegos, mas Cristo tem colírio para os seus olhos. Cristo exorta a igreja a adquirir ouro para sua pobreza, vestimentas brancas para sua nudez e colírio para sua cegueira.

A preciosa mercadoria que Cristo oferece – O ouro que Cristo tem é o Reino do céu. A roupa que Cristo oferece são as vestes da justiça e da santidade. O colírio que Cristo tem abre os olhos para o discernimento.

• Cristo está conclamando os crentes a não confiarem em seus bancos, em suas fábricas e em sua medicina. Ele os chama à ele mesmo. Só Cristo pode enriquecer nossa pobreza, vestir nossa nudez e curar a nossa cegueira.

2. Cristo chama a igreja a uma mudança de vida – v. 19

Vemos aqui uma explanação e uma exortação: "Eu disciplino e repreendo a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te".

Desgosto e amor andam juntos. Cristo não desiste da igreja. Apesar da sua condição, ele a ama. Antes de revelar o seu juízo (vomitar da sua boca) ele demonstra a sua misericórdia (repreendo e disciplino aqueles que amo).

Disciplina como ato de amor – A pedra precisa ser lapidada para brilhar. A uva precisa ser prensada para produzir vinho. Inegavelmente é porque anseia salvá-los do juízo final é que os repreende e disciplina.

• A base da disciplina é o amor. Porque ele ama, disciplina. Porque ama chama ao arrependimento. Porque ama nos dá oportunidade de recomeçar. Porque ama está disposto a perdoar-nos.

Arrepender-se é dar as costas a esse cristianismo de aparências, de faz de conta, de mornidão. A piedade superficial nunca salvou ninguém. Não haverá hipócritas no céu. Devemos vomitar essas coisas da nossa boca, do contrário, ele nos vomitará. Devemos trocar os anos de mornidão pelos anos de zelo.

3. Cristo convida a igreja para a ceia, uma profunda comunhão com ele – v. 20

Triste situação – Cristo, o Senhor da igreja, está do lado de fora. A igreja não tem comunhão com ele. Ilustração: o homem que não conseguia ser membro da igreja.

• Este é um convite pessoal – A salvação é uma questão totalmente pessoal. Enquanto muitos batiam a porta no rosto de Jesus, outros são convidados por ele. Cristo vem visitar-nos. Coloca-se em frente da porta do nosso coração. Ele bate. Ele deseja entrar. E uma visita do Amado da nossa alma.

Uma decisão pessoal "Estou à porta e bato, se alguém abrir a porta entrarei…". Jesus bate através de circunstâncias e chama através da sua Palavra. Embora Cristo tenham todas as chaves, ele prefere bater à porta. A PORTA – a famosa pintura de Holman Hunt, Cristo batendo à porta, mas a porta não tinha maçaneta do lado de fora. Ilustração: O Pai e o Filho. O menino diz para o pai: eles não ouvem porque estão ocupados com outras coisas no quartinho dos fundos. Aqui vemos uma amostra sublime da soberania de Cristo e da responsabilidade humana.

A insistência de Jesus "Estou à porta e bato”. De que maneira ele bate? Através das Escrituras, sermão, hino, acidente, doença. É preciso ouvir a voz de Jesus.

Um convite para cear – Que ele nos convide a vir e cear com ele é demasiada honra; mas que ele deseje participar da nossa humilde mesa e cear conosco é tão admirável que ultrapassa nossa compreensão finita. O hóspede transforma-se em anfitrião. Não somos dignos que ele fique embaixo do nosso teto e ele ainda vai sentar-se à nossa mesa? Somos convidados para o banquete do casamento do Cordeiro.

III. A PROMESSA QUE CRISTO FAZ À IGREJA – V. 14,21,22

1. Jesus tem competência para fazer a promessa – v. 14

Cristo é o Amém e a Testemunha Fiel e Verdadeira – Para uma igreja marcada pelo ceticismo, incredulidade, tolerância Jesus se apresenta como o Amém. Ele é a verdade, e fala a verdade e dá testemunho da verdade.

• Seu diagnóstico da igreja é verdadeiro. Seu apelo à igreja deve ser levado a sério. Suas promessas à igreja são confiáveis. Em face da vida morna e indiferente da igreja, Jesus é a verdade absoluta que tudo vê, tudo sonda, tudo conhece.

• Ele cumpre o que diz. Ele nunca é inconstante. É absolutamente consistente. Para uma igreja morna, inconstante, Cristo se apresenta como aquele é preciso e confiável. Jesus não apenas jura, ele é o próprio juramento. Entre ele e sua palavra simplesmente não se pode meter nenhum cunha.

2. Jesus tem autoridade para tornar a promessa realidade – v. 14

Cristo é o princípio da criação de Deus – Em face da vida caótica da igreja, Jesus é aquele que é a origem da criação. Como ele deu ordem aos caos do universo, ele pode arrancar a igreja do caos espiritual.

3. Jesus tem poder para conduzir os vencedores ao seu trono de glória – v. 21.22

• Quando Cristo entra em nossa casa recebemos a riqueza do Reino. Recebemos vestes brancas de justiça. Nossos olhos são abertos. Temos a alegria da comunhão com o Filho de Deus. Mas temos, também, a promessa que excede em glória a todas as outras promessas ao vencedor. Reinaremos com .ele.. Assentaremos em tronos com Ele. Um Trono é símbolo de conquista e autoridade.

• A comunhão da mesa secreta é transformada em comunhão de trono pública.

• Como Cristo participa do trono do Pai, também participaremos do trono de Cristo. Quando abrimos a porta para Cristo entrar em nossa casa, recebemos a promessa de entrar na Casa do Pai. Quando recebemos Cristo à nossa mesa, recebemos a promessa de sentarmos com ele em seu trono.

CONCLUSÃO

• Mas a história não termina aqui. Com o capítulo 4 de Apocalipse passamos da Igreja sobre a terra à igreja no céu. Os olhos de João são arrancados dos companheiros em tribulação para o trono do universo. Diante desse trono estão querubins, os anjos e a igreja glorificada. O livro da história está nas mãos do Cordeiro e nenhuma calamidade pode sobrevir à humanidade enquanto Cristo não quebrar os selos. Além disso, os ventos do juízo não recebem permissão para soprar sobre aqueles que foram selados pelo Espírito Santo. A segurança da igreja está garantida

• Assim, depois de combatermos aqui o bom combate e completarmos a nossa carreira, emergiremos da grande tribulação e não mais sofreremos. Iremos nos juntar à Igreja triunfante, na grande multidão que ninguém poderá contar, vinda de toda nação, tribo, povo e língua e ali estaremos com eles perante o trono de Deus. Ali nossas lágrimas serão enxugadas, depositaremos nossas coroas diante do trono e adoraremos Aquele que é digno, para sempre.

• Possa o Senhor nos ajudar a ouvir o que o Espírito diz às igrejas!

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“Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos dará; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também.” Lucas 6:38

SOBRE O AUTOR:
Josias Moura de Menezes

É formado em Teologia, Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Licenciatura em Matemática. É especialista em Marketing Digital, Produção Audiovisual para Web, Tecnologias de Aprendizagem a Distância, Inteligência Artificial, Jornalismo Digital e possui Mestrado em Teologia. Atua ministrando cursos de capacitação profissional e treinamentos online em diversas áreas. Para mais informações sobre o autor <clique aqui>.

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