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Série curiosidades bíblicas – Se Jesus é Deus, por que Ele disse que o Pai é maior?

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Série curiosidades bíblicas – Se Jesus é Deus, por que Ele disse que o Pai é maior?

Introdução

A figura de Jesus Cristo, presente na Bíblia, é um dos maiores mistérios da fé cristã. Em Sua existência, Ele reúne duas naturezas que, à primeira vista, parecem contraditórias: a humana e a divina.

Esta dualidade é o cerne de muitas questões teológicas e filosóficas, especialmente quando se depara com passagens como João 14.28, onde Jesus afirma que “o Pai é maior do que Eu”. Como pode aquele que é Deus ser inferior em algum aspecto?

Para compreendermos essa questão, é necessário mergulhar na profundidade da doutrina cristã que nos ensina sobre a união dessas duas naturezas em Cristo.

Vamos, então, desvendar este mistério e explorar as implicações dessa conexão entre o divino e o humano em Cristo.

Parte 1: A Natureza Divina de Cristo

Desde os primeiros versículos do Evangelho de João, a identidade divina de Jesus Cristo é revelada de forma clara e inequívoca: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (João 1.1). Esta declaração estabelece a base sobre a qual toda a compreensão cristã de Cristo como Deus é construída. Jesus não é apenas um profeta ou um mestre, mas a manifestação do próprio Deus entre os homens. Esta realidade é confirmada em várias passagens das Escrituras, onde Sua autoridade e poder divinos são demonstrados de maneira inquestionável.

Por exemplo, em Mateus 8.27, os discípulos, maravilhados após Jesus acalmar a tempestade, perguntam: “Quem é este que até os ventos e o mar lhe obedecem?” Aqui, o poder de Cristo sobre a criação é um reflexo direto de Sua divindade. Da mesma forma, em Marcos 2.5-7, Jesus perdoa os pecados de um paralítico, provocando a reação dos escribas que, corretamente, entendem que só Deus pode perdoar pecados. Esses exemplos não apenas reafirmam a natureza divina de Cristo, mas também demonstram a autoridade única que Ele possui.

Essa divindade, entretanto, não é algo separado de Sua humanidade. Pelo contrário, em Cristo, a divindade se manifesta de forma acessível e relacional. Como expressou C.S. Lewis, “Através de Cristo, os olhos de Deus se tornaram olhos humanos; o Criador se tornou uma criatura, a fim de nos entender e nos salvar.” Essa conexão entre o divino e o humano é fundamental para a doutrina cristã, pois permite que Deus seja simultaneamente transcendente e imanente, próximo de Suas criaturas.

Uma analogia útil para entender essa união é a luz solar. Assim como a luz do sol se espalha por toda a Terra, aquecendo e iluminando tudo, sem perder sua origem no próprio sol, assim também a divindade de Cristo se estende através de Sua humanidade. Ele é a luz que brilha na escuridão (João 1.5), trazendo vida e esperança ao mundo, sem deixar de ser a fonte divina da qual toda a criação depende.

Praticamente, reconhecer a divindade de Cristo nos convida a uma vida de adoração e submissão. Se Jesus é verdadeiramente Deus, então Suas palavras e mandamentos têm uma autoridade suprema sobre nossas vidas. Somos chamados a segui-Lo não apenas como um exemplo moral, mas como nosso Senhor e Salvador, cujas promessas e ensinos são dignos de total confiança. Assim, a compreensão da natureza divina de Cristo nos leva a um compromisso mais profundo e transformador com nossa fé.

Parte 2: A Natureza Humana de Cristo

Ao considerar a natureza humana de Cristo, nos deparamos com um mistério profundo: o Deus eterno, imutável e onipotente, escolheu assumir a forma humana, nascendo como um bebê, vivendo entre nós, e experimentando todas as fraquezas e limitações que caracterizam a nossa existência. Esse ato de encarnação não foi uma simples aparência ou uma condescendência temporária, mas uma realidade plena em que Jesus viveu como um de nós, com todas as implicações que isso traz.

A afirmação de Jesus em João 14.28, “o Pai é maior do que Eu”, deve ser entendida à luz de Sua humanidade. Quando Cristo fez essa declaração, Ele estava falando da posição que voluntariamente assumiu ao se esvaziar de Sua glória divina, conforme descrito em Filipenses 2.6-7: “Ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens.” Jesus, em Sua natureza humana, reconhecia a autoridade do Pai, não por inferioridade essencial, mas por causa da função que assumiu no plano de redenção.

Essa humilhação voluntária é comparável à metáfora do artista que, para criar uma obra-prima, decide limitar-se a usar apenas um pincel simples e uma paleta de cores restrita. Ele poderia criar com qualquer ferramenta disponível, mas escolhe restringir-se para expressar algo mais profundo. Da mesma forma, Cristo, em Sua humanidade, limitou temporariamente o uso pleno de Seus atributos divinos, a fim de revelar o amor de Deus de maneira que pudéssemos compreender e experimentar.

Este conceito é ecoado por teólogos e pensadores cristãos ao longo da história. C.S. Lewis, por exemplo, descreveu a encarnação como “o ponto de interseção entre o intemporal e o tempo, o incompreensível e o compreensível”. Essa união das duas naturezas em Cristo é o que torna possível a nossa salvação, pois Ele, sendo verdadeiramente humano, pode nos representar diante de Deus, e sendo verdadeiramente divino, pode oferecer um sacrifício perfeito e eficaz por nossos pecados.

Para a vida prática, essa compreensão da natureza humana de Cristo nos convida a reconhecer a profundidade do amor divino que se rebaixou para nos encontrar em nossa condição. Significa que, em nossos momentos de fraqueza, dor e sofrimento, podemos olhar para Jesus como alguém que realmente entende nossas lutas, porque Ele mesmo as viveu. Isso nos dá esperança e confiança de que, assim como Ele venceu as dificuldades da vida humana, nós também podemos vencer, confiando nEle e seguindo Seu exemplo.

Parte 3: A União das Duas Naturezas

A doutrina da união hipostática — a coexistência das naturezas divina e humana em Jesus Cristo — é um dos mistérios mais profundos e centrais do cristianismo. Esta união não significa que as duas naturezas se misturam ou se confundem, mas que coexistem de maneira completa e perfeita em uma única pessoa. Em Jesus, o divino e o humano se unem sem perder suas respectivas características, formando uma unidade inseparável que é fundamental para a nossa fé.

No Evangelho de João 1.14, lemos que “o Verbo se fez carne e habitou entre nós”. Essa afirmação resume a profundidade do mistério: o eterno Filho de Deus tornou-se plenamente humano, sem deixar de ser plenamente divino. Em Cristo, Deus não está distante, mas imerso em nossa realidade, sentindo nossas dores, compartilhando nossas alegrias, e oferecendo-nos a reconciliação com Ele. A união das duas naturezas em Cristo é o que possibilita essa reconciliação, pois Ele, sendo Deus, pode oferecer um sacrifício perfeito e, sendo homem, pode representar a humanidade nesse sacrifício.

Essa união pode ser comparada a um músico talentoso que toca dois instrumentos simultaneamente, sem que um interfira na harmonia do outro. Cada instrumento mantém sua identidade, mas juntos, eles produzem uma melodia única e bela, que nenhum dos dois poderia gerar sozinho. Da mesma forma, a divindade e a humanidade em Cristo operam em perfeita harmonia, resultando em uma vida que revela a plenitude do caráter de Deus e a verdadeira natureza do ser humano.

Esta compreensão da união das duas naturezas de Cristo é fundamental para nossa salvação. Como expressou o teólogo e filósofo Anselmo de Cantuária, “Deus se fez homem para que o homem pudesse ser elevado a Deus”. Essa união é o elo que nos conecta ao divino, oferecendo-nos um modelo de vida que é ao mesmo tempo humano e divino, terreno e celestial. É em Cristo que encontramos a plena expressão do que significa ser verdadeiramente humano — viver em perfeita obediência e comunhão com Deus.

Para nossa vida diária, esta união das duas naturezas em Cristo nos encoraja a ver nossas próprias vidas como um reflexo dessa harmonia. Embora sejamos seres humanos limitados, em Cristo, temos acesso à plenitude da vida divina. Isso nos desafia a viver de maneira que honre essa união, buscando uma vida de santidade, amor e serviço, imitando a vida de Cristo. Ao seguir Seu exemplo, podemos nos aproximar mais de Deus, sabendo que em Cristo, o divino já se aproximou de nós.

Conclusão

A dualidade de Cristo, onde o divino e o humano se unem em perfeita harmonia, é mais do que um simples conceito teológico; é o cerne de nossa fé e esperança. Ao reconhecer a natureza divina de Cristo, somos levados a adorá-Lo como o Deus todo-poderoso que sustenta o universo. Ao entender Sua natureza humana, encontramos conforto e identificação, sabendo que Ele experimentou nossas dores e lutas. E ao contemplar a união dessas duas naturezas, somos convidados a experimentar uma vida que reflete essa união — uma vida de santidade, amor e serviço.

Se colocarmos em prática os ensinamentos sobre a dualidade de Cristo, nossa percepção de Deus e de nós mesmos será transformada. Não seremos apenas espectadores passivos dessa verdade, mas participantes ativos em um relacionamento profundo e significativo com Deus. Esse entendimento nos desafia a viver com integridade e propósito, sabendo que, em Cristo, temos tanto o modelo quanto a capacitação para viver plenamente como filhos de Deus.

Eu te desafio a abraçar essa verdade e permitir que ela mude sua vida. Deixe que a compreensão da natureza divina e humana de Cristo impacte cada decisão, cada pensamento, e cada ação. Seja um reflexo vivo da união que Cristo representa, vivendo de maneira que honre tanto a divindade quanto a humanidade que Ele tão perfeitamente uniu em Si. Esta é a vida abundante que Cristo oferece — uma vida de plenitude, sentido e verdadeira transformação.

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“Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos dará; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também.” Lucas 6:38

SOBRE O AUTOR:
Josias Moura de Menezes

É formado em Teologia, Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Licenciatura em Matemática. É especialista em Marketing Digital, Produção Audiovisual para Web, Tecnologias de Aprendizagem a Distância, Inteligência Artificial, Jornalismo Digital e possui Mestrado em Teologia. Atua ministrando cursos de capacitação profissional e treinamentos online em diversas áreas. Para mais informações sobre o autor <clique aqui>.

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