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Sermão: A casa favorita de Deus – Os segredos do tabernáculo de Davi

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Texto Base: Atos 15:16 – “Depois disto voltarei, e reedificarei o tabernáculo de Davi, que está caído; e reedificarei as suas ruínas, e tornarei a levantá-lo.”

Introdução:

Há uma frase que diz: “Minha casa, é meu lar, Não por suas paredes erguidas,Mas pelas alegrias e risadas compartilhadas, e as histórias nela vividas.”

O que faz um lugar ser especial para você? Será a beleza da arquitetura, a imponência da estrutura ou a riqueza dos detalhes? Ou serão as memórias, os momentos vividos e os encontros que ali aconteceram?

Quando preparava esta mensagem eu pensava sobre a casa em que vivi minha infância. Era uma casa simples. Porém, o que mais me marcou naquele lugar, foram as experiências vividas, a comunhão com meus irmãos e meus pais. 

No livro “A Casa Favorita de Deus”, Tommy Tenney nos convida a uma jornada reveladora, onde descobrimos que o que torna um lugar precioso aos olhos de Deus não é a grandiosidade externa, mas a intensidade da adoração que dele emana. 

Tommy Tenney, faz uma narrativa sobre sua infância e nos revela que o que tornava sua casa um lugar especial não era a estrutura física, mas as memórias e experiências que foram vividas. Assim como sua casa de infância era um tesouro de lembranças para ele, o Tabernáculo de Davi era especial para Deus, não pela sua grandiosidade, mas pela paixão e fervor da adoração que ali acontecia.

Davi, o homem segundo o coração de Deus, ansiava pela presença divina acima de tudo. Seu alvo não era o ouro, a fama ou o poder, mas a presença da glória de Deus da glória em sua vida, a manifestação tangível de Seu amor e poder. O Tabernáculo de Davi, simples e sem véus, simbolizava a acessibilidade de Deus e Seu desejo de estar perto de Seu povo, sem barreiras ou separações.

Quando lemos o livro de Tommy Tenney,  somos desafiados a refletir sobre nossa própria busca espiritual. Estamos dispostos a ser “caçadores de Deus”, buscando Sua presença com a mesma paixão e sinceridade de Davi? Estamos prontos para abrir mão de nossas agendas e formalidades para criar um ambiente onde a adoração genuína possa fluir livremente?

A “casa favorita de Deus” não é um templo imponente, mas um coração quebrantado e rendido, um lugar onde a adoração se faz presente, não apenas um evento. Que possamos ser “pedras vivas” na construção dessa casa, transformando nossas vidas e comunidades em lugares onde a presença de Deus é celebrada e honrada acima de tudo.

Prepare-se para uma jornada transformadora, onde os segredos do Tabernáculo de Davi serão revelados e seu coração será despertado para buscar a Deus com renovado fervor e paixão. Vamos descobrir juntos o que fez desse lugar tão especial para o coração de Deus e como podemos nos tornar Sua morada favorita nos dias de hoje

Parte 1 – Paixão: O Coração de um Adorador Faminto (Salmos 27:4)

O salmista Davi expressa seu anseio profundo pela presença de Deus no Salmo 27:4, onde declara: “Uma coisa pedi ao Senhor, e a buscarei: que possa morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a beleza do Senhor, e aprender no seu templo.” Esse versículo revela a essência do coração de um verdadeiro adorador – um desejo insaciável por Deus acima de todas as coisas.

A paixão de Davi por Deus transcendia a mera religiosidade ou formalidade. Ele não se contentava com rituais vazios ou estruturas externas impressionantes. O que realmente movia seu coração era a fome genuína pela presença do Senhor. Essa fome é exemplificada em outro Salmo, onde Davi declara: “Como a corça anseia pelas correntes das águas, assim a minha alma anseia por ti, ó Deus!” (Salmos 42:1).

O renomado teólogo A.W. Tozer, em seu livro “O Propósito da Oração”, afirma que a verdadeira adoração brota de um coração apaixonado por Deus. Ele escreve: “Adoração é a resposta do coração apaixonado à revelação da pessoa de Deus. Onde não há paixão, não há adoração.” Essa paixão é o que distingue um adorador genuíno de um mero espectador.

O psicólogo cristão Larry Crabb, em seu livro “Conectando”, ressalta que nossa maior necessidade como seres humanos é um relacionamento profundo e significativo com Deus. Ele argumenta que todas as outras buscas e desejos são secundários e só encontram verdadeiro sentido quando alinhados com essa busca primária pela presença de Deus.

Cultivar a mesma paixão de Davi por Deus requer uma mudança de perspectiva. Precisamos enxergar a presença de Deus não como um acessório opcional em nossas vidas, mas como nossa maior necessidade e nosso maior tesouro. Isso implica em priorizar momentos de intimidade com Deus, buscar conhecê-lo mais profundamente através de Sua Palavra e estar continuamente conscientes de Sua presença em nosso dia a dia.

Que possamos, como Davi, ter corações famintos pela presença de Deus, buscando-O acima de todas as coisas. Que nossa adoração seja uma expressão genuína dessa paixão, transcendendo formalidades e estruturas externas. Afinal, é o coração apaixonado que atrai a presença de Deus e faz de nós verdadeiros adoradores.

Parte 2 – Presença: Derrubando as Barreiras da Separação (2 Samuel 6:17)

É importante aqui falarmos sobre algumas diferenças significativas entre o Tabernáculo de Davi e os tabernáculos anteriores, como o Tabernáculo de Moisés e o Templo de Salomão:

  1. O Tabernáculo de Davi não tinha véu separando o povo da presença de Deus. No Tabernáculo de Moisés e no Templo de Salomão, havia um véu grosso separando o Lugar Santo do Santo dos Santos, onde a arca da aliança ficava. Mas no Tabernáculo de Davi, todos podiam se aproximar livremente da presença de Deus, sem barreiras. 
  2. O Tabernáculo de Davi era uma estrutura muito mais simples, basicamente uma tenda sobre a arca, sem paredes. Já os tabernáculos anteriores eram construções muito mais elaboradas e ornamentadas.
  3. No Tabernáculo de Davi, a glória de Deus (a chama azul sobre a arca) podia ser vista por todos. Nos outros, ela ficava escondida atrás do véu, acessível apenas ao sumo sacerdote uma vez por ano.
  4. O foco do Tabernáculo de Davi era a adoração contínua, com levitas ministrando diante da arca 24 horas por dia. Essa ênfase na adoração incessante parece ter sido única.

Como vemos, o Tabernáculo de Davi se destacava pela acessibilidade da presença de Deus a todos, pela simplicidade da estrutura e pela adoração contínua, diferente dos tabernáculos anteriores que mantinham uma separação maior entre Deus e o povo.

O segundo livro de Samuel, capítulo 6, versículo 17, relata um momento marcante na história do Tabernáculo de Davi: “Trouxeram, pois, a arca do Senhor e a puseram no seu lugar, na tenda que Davi lhe armara”. Esse versículo destaca uma característica única desse tabernáculo – a ausência do véu separando o povo da presença de Deus.

Essa ausência de barreiras físicas simboliza o desejo ardente de Deus por intimidade com Seus filhos. O apóstolo Paulo, em Efésios 2:14, afirma que Cristo “derrubou a parede de separação” entre Deus e a humanidade. Assim como no Tabernáculo de Davi, Deus anseia por um relacionamento próximo e pessoal conosco, sem obstáculos.

Podemos comparar as barreiras que nos separam de Deus com um muro alto e intransponível. Nossos pecados, falhas e vergonha muitas vezes nos fazem sentir indignos de nos aproximar do Senhor. No entanto, assim como as muralhas de Jericó caíram pelo poder de Deus (Josué 6), as barreiras espirituais que nos afastam Dele também podem ser derrubadas pela fé no sacrifício de Cristo.

O renomado teólogo John Wesley, em seu sermão “O Véu Removido”, enfatiza que a obra de Jesus na cruz nos concede ousadia para entrar na presença de Deus. Ele afirma: “Pela fé, temos acesso a esta graça na qual agora estamos; e nos regozijamos na esperança da glória de Deus.” Essa ousadia não se baseia em nossos méritos, mas na provisão de Cristo.

Aproximar-se de Deus sem barreiras requer um coração humilde e confiante. Precisamos crer que o véu realmente foi rasgado e que o caminho para a intimidade com o Pai está aberto. Isso envolve deixar de lado nossa autossuficiência e orgulho, reconhecendo nossa necessidade dEle.

Que possamos, como adoradores, derrubar os muros que nos separam da presença de Deus. Que tenhamos a coragem de nos achegar ao trono da graça com confiança (Hebreus 4:16), sabendo que somos aceitos e amados, não por nossa perfeição, mas pela obra perfeita de Cristo. Ao nos aproximarmos de Deus sem barreiras, experimentaremos a plenitude de Sua presença transformadora em nossas vidas.

Parte 3 – Proximidade: Aprendendo a manter a presença da Glória de Deus (2 Samuel 6)

A jornada de Davi para trazer a arca da aliança de volta a Jerusalém, registrada em 2 Samuel 6, é uma poderosa ilustração de como podemos nos esforçar para manter a presença de Deus em nossas vidas. Nesta passagem, vemos Davi enfrentando desafios e cometendo erros, mas, em última análise, perseverando até que a glória de Deus habitasse no meio do Seu povo.

De acordo com 2 Samuel 6, alguns dos principais desafios enfrentados por Davi ao trazer a arca da aliança de volta a Jerusalém foram:

  1. A morte de Uzá – Quando a arca estava sendo transportada em uma carroça, Uzá tocou na arca para segurá-la quando os bois tropeçaram, e Deus o feriu e ele morreu. Isso fez Davi temer a Deus e interromper a jornada inicialmente.
  2. Deixar a arca na casa de Obede-Edom – Após a morte de Uzá, Davi ficou com medo de levar a arca para Jerusalém e a deixou na casa de Obede-Edom por 3 meses, até ouvir que a casa de Obede-Edom estava sendo abençoada por causa da arca.
  3. Transportar a arca corretamente – Davi percebeu que eles não tinham buscado a Deus da maneira devida na primeira tentativa. Ele aprendeu que a arca deveria ser carregada nos ombros dos levitas usando varas, não em uma carroça.
  4. A reação de Mical – Quando Davi dançou com todas as suas forças diante do Senhor ao trazer a arca, sua esposa Mical o desprezou em seu coração por sua exuberante adoração, criando tensão no relacionamento deles.

Como vemos aqui, Davi enfrentou tragédia, temor, erros logísticos e críticas durante o processo de trazer a arca para Jerusalém, mas perseverou em sua busca pela presença de Deus apesar dos desafios. Sua jornada ilustra as lutas que podemos enfrentar para manter a presença de Deus central em nossas vidas.

O desejo de Davi por proximidade com Deus é evidente ao longo desta narrativa. Ele não se contentava com encontros esporádicos com o divino; ansiava por uma intimidade duradoura.

O renomado escritor cristão A.W. Tozer, em seu clássico livro “A Busca de Deus”, enfatiza a importância de cultivar uma proximidade constante com Deus. Ele escreve: “Deus está sempre perto de nós. Ele não está interessado em visitas ocasionais, mas em residência permanente.” Esta é a lição que Davi aprendeu em sua jornada com a arca: que a presença de Deus não é algo para ser experimentado apenas em momentos especiais, mas algo para ser “carregado” conosco em cada aspecto de nossas vidas.

Conforme nos aproximamos de Deus e aprendemos a andar em Sua presença, uma transformação ocorre. O apóstolo Paulo descreve este processo em 2 Coríntios 3:18: “Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.” Quanto mais tempo passamos na proximidade de Deus, mais nos tornamos como Ele.

Portanto, que possamos, como Davi, cultivar um coração que anseia pela presença constante de Deus. Que não nos contentemos com encontros esporádicos, mas busquemos “carregar” Sua glória conosco em cada área de nossas vidas. Ao fazermos isso, descobriremos que a intimidade com Deus não apenas nos transforma, mas também nos capacita a impactar o mundo ao nosso redor com Sua presença.

Conclusão:

Ao longo de nossa reflexão, exploramos os segredos do Tabernáculo de Davi e descobrimos por que ele se tornou a casa favorita de Deus. Vimos que a presença de Deus não é atraída por estruturas imponentes, mas por corações quebrantados e famintos. Aprendemos que derrubar barreiras, buscar a face de Deus com persistência e oferecer uma adoração sacrificial são as chaves para abrir as janelas do céu sobre nós.

Agora, a pergunta que fica é: Estamos dispostos a nos tornar o Tabernáculo de Davi nos dias de hoje? Estamos prontos para deixar de lado nossa comodidade e dignidade para buscar a Deus de todo o coração? Vamos nos contentar com migalhas de Sua presença ou vamos persegui-Lo até que Ele venha e faça morada em nosso meio?

Se abraçarmos a paixão de Davi e nos tornarmos uma habitação viva para a glória de Deus, veremos uma nova onda de avivamento varrer a terra. Experimentaremos um mover sem precedentes do Espírito Santo, que trará cura, libertação e transformação para nossa geração. Seremos uma igreja vibrante, cheia da presença de Deus, que impacta a sociedade com o amor e o poder do Evangelho.

Portanto, eu desafio você a se tornar um adorador radical, um caçador da presença de Deus. Deixe que o fogo da adoração consuma seu coração e derrube qualquer obstáculo que o impeça de se aproximar Dele. Determine-se a não se contentar com nada menos do que a plenitude de Sua glória em sua vida e em sua igreja.

Que possamos nos tornar a casa favorita de Deus nos dias de hoje. Que o Tabernáculo de Davi seja reerguido em nosso meio, para que o mundo veja a beleza e o poder do nosso Deus. Vamos construir um trono de misericórdia com nossa adoração e ver os céus se abrirem sobre nós. Amém!

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“Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos dará; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também.” Lucas 6:38

SOBRE O AUTOR:
Josias Moura de Menezes

É formado em Teologia, Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Licenciatura em Matemática. É especialista em Marketing Digital, Produção Audiovisual para Web, Tecnologias de Aprendizagem a Distância, Inteligência Artificial, Jornalismo Digital e possui Mestrado em Teologia. Atua ministrando cursos de capacitação profissional e treinamentos online em diversas áreas. Para mais informações sobre o autor <clique aqui>.

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