Aula de Romanos 1 – O evangelho da justiça de Deus pela fé

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As bençãos da justificação para a vida do Cristão – O evangelho da justiça de Deus pela fé

Texto bíblico base: Romanos 1:1-32

Introdução

A carta de Paulo aos Romanos é um dos livros mais importantes do Novo Testamento, pois contém uma exposição clara e profunda do evangelho da justiça de Deus pela fé em Cristo. Nesta carta, Paulo aborda temas como a pecaminosidade humana, a graça divina, a justificação, a santificação, a eleição, a liberdade cristã, o amor e a esperança.

A carta foi escrita pelo apóstolo Paulo, que ditou a carta ao escriba Tércio (Rm 16.22) e a enviou por meio de Febe, uma diaconisa da igreja de Cencréia (Rm 16.1). O destinatário da carta era a igreja de Roma, formada por judeus e gentios convertidos ao cristianismo.

O motivo para Paulo escrever Romanos foi:

     

      • Enfim, Paulo escreveu o livro de Romanos por vários motivos, mas principalmente para explicar e defender o evangelho de Jesus Cristo, que revela a justiça de Deus pela fé. Ele também quis preparar o caminho para sua futura visita a Roma, onde ele esperava pregar o evangelho e receber apoio para sua missão na Espanha. Além disso, ele quis promover a união entre os cristãos judeus e gentios em Roma, que tinham diferentes entendimentos sobre a lei de Moisés e a graça de Cristo.

    A data e o local da escrita da carta são incertos, mas as evidências apontam para o final da terceira viagem missionária de Paulo, entre os anos 56 e 58 d.C., provavelmente na cidade de Corinto, onde Paulo passou três meses hospedado na casa de Gaio (Rm 16.23; At 20.2-3). Paulo escreveu a carta com o propósito de apresentar o seu ensino sobre o evangelho aos cristãos romanos, de expressar o seu desejo de visitá-los e de pedir o seu apoio para a sua viagem à Espanha (Rm 1.8-15; 15.22-29).

    Neste estudo, vamos explorar os principais temas e ensinamentos deste primeiro capítulo, buscando aplicá-los à nossa vida cristã. Que Deus nos abençoe com a sua Palavra!

    1. A identidade e a saudação de Paulo (v.1-7)

    Paulo inicia a sua carta aos Romanos apresentando-se como um servo de Jesus Cristo, um apóstolo chamado e separado para anunciar o evangelho de Deus. Ele mostra que o seu ministério é fundamentado na promessa de Deus feita nas Escrituras, que se cumpriu em Jesus Cristo, o Filho de Deus encarnado, morto e ressuscitado, que é o Senhor de todos. Paulo saúda os cristãos de Roma com amor e respeito, reconhecendo-os como pessoas amadas por Deus e chamadas para serem santos. Ele lhes deseja a graça e a paz que vêm de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo.

    Provas da divindade de Cristo nos versos 1 à 7:

    Em Romanos 1:1-7, Paulo apresenta algumas provas da divindade de Cristo, tais como:

       

      Essas provas mostram que Paulo reconhecia e ensinava a divindade de Cristo como uma verdade essencial para a salvação e a santificação dos crentes.

      Algumas aplicações práticas da identidade e da saudação de Paulo são:

         

          • Reconhecer que somos servos de Jesus Cristo, que nos chamou e nos separou para o seu propósito. Isso implica em obediência, fidelidade e dedicação ao nosso Senhor.

          • Valorizar o evangelho de Deus, que é a boa notícia da salvação em Jesus Cristo, o Filho de Deus que morreu e ressuscitou por nós. Isso implica em crer, anunciar e viver o evangelho.

          • Amar e respeitar os nossos irmãos em Cristo, que são amados por Deus e chamados para serem santos. Isso implica em comunhão, edificação e serviço mútuo na igreja.

          • Desejar e buscar a graça e a paz de Deus, que vêm de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo. Isso implica em confiança, oração e gratidão a Deus.

        2. O agradecimento e o desejo de Paulo de visitar Roma (v.8-15)

        Paulo expressa sua gratidão a Deus por todos os que estão em Roma, chamados para serem santos, e que têm a fé anunciada em todo o mundo. Ele diz que sempre ora por eles e que deseja muito vê-los, para lhes comunicar algum dom espiritual, para que sejam fortalecidos, e para ter com eles algum fruto, assim como entre os demais gentios. Ele afirma que está pronto para pregar o evangelho também em Roma, pois é devedor tanto de gregos como de bárbaros, tanto de sábios como de ignorantes.

        Algumas aplicações práticas são:

           

            • Agradecer a Deus pela fé dos nossos irmãos em Cristo, que é conhecida e louvada por todo o mundo. Isso implica em reconhecer a obra de Deus na vida deles e interceder por eles em oração.

            • Desejar visitar e conhecer os nossos irmãos em Cristo, que estão em outros lugares, para compartilhar algum dom espiritual e sermos confortados pela fé mútua. Isso implica em ter um coração missionário e fraterno, que busca a comunhão e o crescimento espiritual.

            • Sentir-nos devedores de pregar o evangelho a todas as nações, sem distinção de raça, cultura ou classe social. Isso implica em obedecer ao mandato de Cristo e ter um zelo pela salvação dos perdidos.

          3. O tema central: O evangelho da justiça de Deus pela fé (v.16-17)

          Neste trecho, Paulo declara o tema central da sua carta aos Romanos: o evangelho da justiça de Deus pela fé. Ele explica que o evangelho é o poder de Deus para salvar todos os que creem em Jesus Cristo, tanto judeus quanto gentios. 

          Ele mostra que o evangelho revela a justiça de Deus, que é um dom gratuito de Deus aos pecadores, que são justificados pela fé em Cristo, e não pelas obras da lei. 

          Ele cita uma passagem do Antigo Testamento, onde o profeta Habacuque afirma que o justo viverá pela fé, mesmo em meio às tribulações. Ele aplica essa verdade aos cristãos de Roma, que viviam sob a perseguição do império romano. Ele afirma que a fé é o único meio de se apropriar da justiça de Deus e de viver para a sua glória.

          Vejamos as aplicações práticas: 

             

              • Não se envergonhar do evangelho, mas reconhecer que ele é o poder de Deus para salvar todos os que creem em Jesus Cristo. Isso implica em testemunhar, defender e compartilhar o evangelho com coragem e confiança.

              • Crer na justiça de Deus, que é um dom gratuito de Deus aos pecadores, que são justificados pela fé em Cristo, e não pelas obras da lei. Isso implica em confiar na obra completa de Cristo na cruz, e não nos nossos próprios méritos ou esforços para sermos aceitos por Deus.

              • Viver pela fé, mesmo em meio às tribulações, sabendo que Deus é fiel e soberano sobre todas as coisas. Isso implica em perseverar, esperar e orar, confiando nas promessas de Deus e na sua providência e glorificar a Deus com a nossa vida, reconhecendo que ele é o autor e o fim de tudo. Isso implica em adorar, servir e obedecer a Deus em todas as áreas da nossa vida.

            4. A ira de Deus contra a impiedade e a injustiça (v.18-32)

            Neste trecho, Paulo revela que a ira de Deus se manifesta do céu contra toda a impiedade e injustiça dos homens que suprimem a verdade pela injustiça. 

            Uma possível definição da ira de Deus em Romanos 1:18-32 é:

            A ira de Deus é a sua reação santa e justa contra o pecado e a rebelião dos seres humanos, que rejeitam o seu conhecimento e a sua glória, e se entregam a toda sorte de impiedade e injustiça. A ira de Deus se revela do céu, ou seja, tem origem na sua soberania e autoridade sobre toda a criação, e se manifesta tanto na história quanto no futuro juízo final. 

            A ira de Deus não é um capricho ou uma emoção descontrolada, mas um ato deliberado e proporcional de castigar os que detêm a verdade pela injustiça, ou seja, os que impedem ou distorcem a revelação de Deus que ele mesmo lhes manifestou por meio da natureza, da consciência e das Escrituras. A ira de Deus também se expressa na forma de entrega, ou seja, de permitir que os pecadores sigam o curso da sua própria depravação, sofrendo as consequências naturais e espirituais da sua conduta. 

            A ira de Deus visa tanto a vindicar a sua santidade e a sua justiça, quanto a levar os pecadores ao arrependimento e à fé em Jesus Cristo, que é o único meio de escapar da condenação eterna.

            Ele argumenta que os homens são indesculpáveis, pois conhecem a Deus por meio das suas obras na criação, mas não o glorificam nem lhe dão graças, antes se tornam fúteis em seus pensamentos e seus corações insensatos se obscurecem. 

            Ele diz que os homens trocam a glória do Deus incorruptível por imagens de homens, de aves, de quadrúpedes e de répteis, e que Deus os entrega às suas paixões desordenadas, à imundícia, à degradação do corpo, à paixão infame, ao erro, à injustiça, à malícia, à inveja, ao homicídio, à contenda, ao engano, à malignidade, à maledicência, à insolência, à soberba, à jactância, à invenção de males, à desobediência aos pais, à insensatez, à deslealdade, à falta de afeição natural e à misericórdia. Ele afirma que os homens conhecem o justo juízo de Deus, que considera dignos de morte os que praticam tais coisas, mas não somente as fazem como também aprovam os que assim procedem.

            Paulo quer mostrar que todos os homens são pecadores e culpados diante de Deus. Ele expõe a situação dos gentios (não judeus), que rejeitaram o conhecimento de Deus revelado na natureza e se entregaram à idolatria e a todo tipo de pecado. Ele mostra que Deus não tolera o pecado e que sua ira é justa contra os que o ofendem. 

            Ele também mostra que os homens são responsáveis por suas escolhas e que não podem alegar ignorância ou inocência. Ele alerta que o pecado traz consequências graves para a vida humana e para a sociedade. Ele prepara o caminho para apresentar o evangelho como a única solução para o problema do pecado e da condenação.

            Algumas aplicações possíveis de Romanos 1:18-32 são:

               

              Conclusão

              Algumas aplicações práticas de todo o capítulo 1 de Romanos são:

                 

                Este estudo nos ensina que o evangelho é a boa notícia de que Deus nos ama e nos salva pela fé em seu Filho Jesus Cristo, que morreu e ressuscitou por nós. Este evangelho nos revela a justiça de Deus, que não depende das nossas obras, mas da sua graça. Este evangelho nos chama a vivermos de forma santa, obedecendo a Deus e amando os nossos irmãos. Este evangelho nos convida a reconhecermos os nossos pecados, a nos arrependermos e a confiarmos na salvação em Cristo. Este evangelho nos motiva a sermos gratos a Deus pelo seu amor e pela sua paz.

                Que Deus nos abençoe e nos ajude a vivermos segundo o seu evangelho. Amém.